2. OS ELEMENTOS DA FORMA URBANA

Documentos relacionados
2. OS ELEMENTOS DA FORMA URBANA

2. OS ELEMENTOS DA FORMA URBANA

Vítor Oliveira 2. AS CIDADES GREGAS. Aulas de História da Forma Urbana

6. AS CIDADES DO RENASCIMENTO

Profa. Dra. Deusa Maria R. Boaventura. Projeto 1 A FORMA DA CIDADE E OS SEUS ELEMENTOS CONSTITUTIVOS.

DA INVESTIGAÇÃO CIENTÍFICA À PRÁTICA PROFISSIONAL

Cidade Barroca. Antonio Castelnou

5. AS CIDADES MEDIEVAIS

A ABORDAGEM TIPOLÓGICA PROJETUAL DA ESCOLA MURATORIANA

RESIDÊNCIA BROOKLIN. Implantação e Partido Formal

Teoria e História do Urbanismo 1. Profa. Noemi Yolan Nagy Fritsch

2. Localização São Vicente de fora - Alfama - Lisboa São Vicente de Fora - Lisboa lisboa 1 Percurso São Vicente de Fora - Lisboa [ 30] Área de

Curso de Arquitetura e Urbanismo Escola de Artes e Arquitetura Pontificia Universidade Católica de Goiás

ARTE ROMANA Arquitetura, Escultura e Pintura III Trimestre e 172

RENASCIMENTO e MANEIRISMO

CASA LP. Implantação e Partido Formal. Local: São Paulo Ano: 2012 Escritório: METRO Arquitetos Associados Autoria: Mariana Samurio

Arte no Brasil Colonial. Arquitetura e urbanismo. 8º ano

ÁREA DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA DO INFANTE UNIDADE DE INTERVENÇÃO - QUARTEIRÃO FERREIRA BORGES CARACTERIZAÇÃO PARCELAR (VERSÃO WEB) Q 13006

1. A ARQUITETURA SUMÉRIA E CHINESA

Figura 1: Implantação da casa no Derby O Norte Oficina de criação. Fonte: Jéssica Lucena, 2015.

Três locais do Centro Av. Mem de Sá, 25; Rua do Teatro, 17; Rua da Carioca, 71-75, Rio de Janeiro, Brasil

TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2

4. A ARQUITETURA ISLÂMICA

Rua António Saúde nº 11 a 13, freguesia São Domingos de Benfica, concelho Lisboa

AULA 1 FUNDAMENTOS DA ARQUITETURA. Prof João Santos

RESIDÊNCIA YAMADA. Implantação e Partido formal

CASA CA. Implantação e Partido Formal

Planejamento Urbano. Prof. Marcos Aurélio Tarlombani da Silveira

AULA 1 INTRODUÇÃO FUNDAMENTOS DA ARQUITETURA EDI 64 ARQUITETURA E U. Profa. Dra. Giovanna M. Ronzani Borille

QUADRO XV ZONA CENTRAL - ZC PARÂMETROS COEFICIENTE DE APROVEITAMENTO (CA)

UNIDADE DE EXECUÇÃO BORRAGEIROS

TEORIA, HISTÓRIA E CRÍTICA DA ARQUITETURA E DO URBANISMO II TH 2

ÁGORAS GREGAS FÓRUNS ROMANOS PIAZZE ITALIANAS PLACES ROYALES FRANCESAS PLAZAS MAYORES ESPANHOLAS SQUARES INGLESAS

3. AS CIDADES ROMANAS

DIFERENTES ABORDAGENS NO ESTUDO DA FORMA URBANA

EXERCÍCIO 2: EDIFÍCIO RESIDENCIAL EM ÁREA CENTRAL

DIFERENTES ABORDAGENS MORFOLÓGICAS: A SINTAXE ESPACIAL

Roma é uma das cidades mais importantes da história da humanidade, exercendo uma influência sem igual no desenvolvimento da história e da cultura dos

Morpho: investigação morfológica e prática de planeamento

UNIVERSIDADE FEDERAL DE OURO PRETO - DEMAT 3 a Lista de Exercícios

MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO MASP. Integrantes: Ingrid Salabia, Manuela Simões, Maritza Marmo, Sandra Mota e Thaís Teles

Avaliação de projeto segundo Pause e Clark

ISCTE - IUL Instituto Universitário de Lisboa ESCOLA DE MÚSICA CONSERVATÓRIO NACIONAL DE MÚSICA. Raquel Sales Martins

3. Dois topógrafos, ao medirem a largura de um rio, obtiveram as medidas mostradas no desenho abaixo. Determine a largura do rio.

Diretrizes de Sustentabilidades Aplicadas à Requalificação / Reabilitação no Bairro da Alegria- Covilhã ANEXOS. Gonçalo António Martins Ramos

AVISO OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO MUNICIPAL N

A PRAÇA DO CAMPIDOGLIO UMA ANÁLISE MORFOLÓGICA

CAPÍTULO I. Disposições gerais. Artigo 1º. Objecto e Âmbito

3.4 O Largo da Matriz e seu entorno

Filosofia dos Gregos

Vila Viçosa oferece a quem a visita um espólio de cultura, arte e beleza com os seus monumentos, solares, igrejas e museus. Nos Roteiros Turísticos

SEMESTRE VI DOCUMENTAÇÃO DE APOIO REGULAMENTAÇÃO E BOAS PRÁTICAS, SERVIÇO DE INCÊNDIOS E ACESSIBILIDADES

S C.F.

DIÁRIO OFICIAL ELETRÔNICO ATOS DO MUNICÍPIO DE CURITIBA

RESIDENCIA KS. Implantação e Partido formal

ANEXO I TABELA 1 ÁREAS MÍNIMAS EM EDIFICAÇÕES RESIDENCIAIS


Morfologia e Legislação

DECRETO N.º D E C R E T A : CAPÍTULO I SEÇÃO ÚNICA DA VILA SANTA CECÍLIA

Implantação e Partido Formal

COLÉGIO SHALOM Ensino Fundamental II 9º ANO Profº: RONALDO VILAS BOAS COSTA Disciplina: GEOMETRIA 9 B 25 C

CÂMARA MUNICIPAL DE SESIMBRA MORADIAS-TIPO DA AUGI 24 DA RIBEIRA DO MARCHANTE MEMÓRIA DESCRITIVA E JUSTIFICATIVA

Qual é a posição do Centro de Massa de um corpo de material homogêneo que possui um eixo de simetria

DISCIPLINA: Matemática SÉRIE: 9. Antes de iniciar a lista de exercícios leia atentamente as seguintes orientações:

ALTERAÇÃO AO PLANO DE PORMENOR DA ZONA DE EXPANSÃO SUL-NASCENTE DA CIDADE DE SINES RELATÓRIO DE PONDERAÇÃO DA DISCUSSÃO PÚBLICA

Índice de ilustrações

ÁREA DE INTERVENÇÃO PRIORITÁRIA SÉ/VITÓRIA QUARTEIRÃO (MARTINS ALHO) (VERSÃO WEB)

Projeto Jovem Nota 10 Áreas de Figuras Planas Lista 6 Professor Marco Costa

OPERAÇÃO DE LOTEAMENTO EST 01. Ano Mês Alvará de de licença/autorização de de loteamento n.º n.º

DESENHO URBANO. Fonte: Profa. Eloisa Dezen-Kempter. Profª Elizabeth Correia. Prof. Fernando Luiz Antunes Guedes. Fonte: Profa. Eloisa Dezen-Kempter

Praça da Liberdade: Uma história de Arquitectura e Urbanismo no Porto

Habitar-Trabalhar (Live-Work) PA2 AI1 FAU/UFRJ Professores: Adriana Sansão. Paulo Jardim. Jorge Fleury. João Folly. Leonardo Hortêncio.

ENGENHARIA BARROCA ICCC1. André Vieira, Alexsandro S. Nunes, Matheus Rafael. Verônica Freitas

Estrutura de uma Edificação

CASA BARRA DO UNA. Figura 2: Declividade do terreno e implantação da Casa Barra do Una SIAA Arquitetos Fonte: RODRIGUES, Web G. P., 2015.

SÃO JOÃO DA PESQUEIRA REGULAMENTO DO TRÂNSITO AUTOMÓVEL DA VILA DE S. JOÃO DA PESQUEIRA

ESCOLA ESTADUAL DR JOSÉ MARQUES DE OLIVEIRA PLANO DE ESTUDOS INDEPENDENTES DE RECUPERAÇÃO 2º ANO

PAISAGISMO. Antonio Castelnou

FATEC - SP Faculdade de Tecnologia de São Paulo. ACESSOS DE EDIFÍCIOS E CIRCULAÇÕES VERTICAIS - escadas. Prof. Manuel Vitor Curso - Edifícios

Canguru Matemático sem Fronteiras 2012

Povoamento disperso; económicas predominantes: agricultura, pecuária e silvicultura.

(73) Titular(es): (72) Inventor(es): (74) Mandatário:

Unidades Habitacionais Coletivas - CODHAB (2016) Sobradinho, Brasília - Distrito Federal, Brasil

ESTRUTURA LAGE VIGA PAREDE COLUNA DEVEM ESTAR DEVIDAMENTE CONECTADOS TRANSMITIR CARGAS NÃO ESTRUTURAL

CONDIÇÕES DE EDIFICABILIDADE...

Vítor Oliveira ANÁLISE SINTÁTICA. Aulas de Morfologia Urbana

Relatório CS

Câmara Municipal MUNICÍPIO DE MATOSINHOS

S C.F.

2.ENQUADRAMENTO NOS INSTRUMENTOS DE GESTÃO DO TERRITÓRIO. 1. Enquadramento Face ao Plano Director Municipal / Plano de Urbanização da Cidade

DECRETO Nº Art.1º A partir de 1º de janeiro de 2019, passam a vigorar os valores das taxas municipais constantes no anexo deste decreto.

7 a Série (8 o Ano) Avaliação Diagnóstica Matemática (Saída) Ensino Fundamental. Gestão da Aprendizagem Escolar. Nome da Escola.

Prefeitura Municipal de Nova Viçosa publica:

PLANO DE PORMENOR ESPAÇOS RESIDENCIAIS EM SOLO URBANIZÁVEL TERMOS DE REFERÊNCIA

Centro de Pesquisa e Aprendizado de Línguas Estrangeiras

4 Acessibilidade a Edificações

Revista da Graduação

As cotações dos itens de cada caderno encontram-se no final do respetivo caderno.

CASA BIOVILLA PATIO. (b) (c)

Transcrição:

Vítor Oliveira 2. OS ELEMENTOS DA FORMA URBANA Morfologia Urbana. Uma introdução ao estudo da forma física das cidades

Os elementos da forma urbana 1. O conceito de tecido urbano 2. O contexto físico natural 3. As ruas (e as praças) 4. As parcelas 5. Os edifícios

1. O conceito de tecido urbano Tecido urbano é um todo orgânico que pode ser visto de acordo com diferentes níveis de resolução. Quanto maior for o nível de resolução, maior será o detalhe daquilo que é mostrado e maior será a especificidade da descrição morfológica. A um nível reduzido, o tecido urbano incluirá apenas ruas e quarteirões, enquanto a um nível elevado poderá incluir todo um conjunto de detalhes, como os materiais de construção de um espaço exterior ou de um edifício.

Figura. Diferentes tecidos urbanos em diferentes cidades (aproximadamente à mesma escala): a. Brasília; b. Djenné; c. Veneza; d. Nova Iorque; e. Barcelona; f. Paris; g. Roma; h. Sana a; i. Pequim (Fonte: Google Earth).

Figura. Brasília.

Figura. Djenné.

Figura. Veneza.

Figura. Nova Iorque.

Figura. Barcelona.

Figura. Paris.

Figura. Roma.

Figura. Sana a.

Figura. Pequim.

Figura. Diferentes tecidos urbanos na mesma cidade, Nova Iorque (aproximadamente à mesma escala): a) Soho, em torno de Greene Street; b) Harlem, em torno da 125st Street; c) Baixa, em torno de Wall Street; d) bairro residencial Stuyvesant Town (Fonte: Google Earth).

Figura. Diferentes tecidos urbanos na mesma cidade, Nova Iorque: a) Soho, em torno de Greene Street; b) Harlem, em torno da 125st Street; c) Baixa, em torno de Wall Street; d) bairro residencial Stuyvesant Town (Fonte: a, b, c autor, d Joel Raskin).

2. O contexto natural Constitui-se como primeira condicionante para a implantação e composição dos vários elementos da forma urbana. A topografia, a hidrografia, a qualidade e aptidão do solo e do subsolo, o clima, a exposição solar e eólica, o tipo de paisagem natural todos estes fatores influenciam o modo como uma cidade se implanta desde a sua fundação, desde a construção das suas primeiras ruas, até ao modo como o solo é dividido numa série de parcelas privadas, até aos diferentes edifícios que vão sendo construídos, e mesmo aos materiais que dão expressão concreta a todas estas formas.

Figura. Fisiografia do suporte físico da cidade de Lisboa (festos a vermelho, talvegues a azul; centros de distribuição a vermelho e centros de encontro a azul) e sistema de ruas (ruas de festo a vermelho, ruas de talvegue a azul) (Fonte: Guerreiro, 2011).

Figura. O relevo, Lisboa muçulmana e Lisboa Pombalina (Fonte: Guerreiro, 2001).

Figura. Diferentes contextos naturais em diferentes assentamentos urbanos: a. Machu Picchu; b. Masada; c. Saint-Michel; d. Lhasa; e. Groningen; f. Veneza; g. Varanasi; h. Hong-Kong (Fonte: UNESCO / Silvan Rehfeld; NG / Michael Yamashita; UNESCO / Francesco Bandarin; NG / Maureen Greco).

Figura. As diferentes características do contexto natural de uma mesma cidade, Nova Iorque (Fonte: Google Earth; autor).

3. As ruas (e as praças) Diferentes tipos de rua (e de praça). A importância de cada rua (e de cada praça) no sistema urbano. Relação entre largura da rua e altura dos edifícios. Alinhamento dos edifícios ao longo da rua. Figura. Diferentes tipos de rua (aproximadamente à mesma escala): a. Broadway (Nova Iorque); b. Campos Elísios (Paris); c. Via Rinaldini (Siena); d. Reguliersgracht (Amsterdão) (Fonte: Google Earth; autor; Wikipedia / JSquish).

Figura. A Avenida Antunes Guimarães tomada isoladamente e inserida no sistema de ruas do Porto (Fonte: autor).

Figura. Diferentes praças: a Times Square em Nova Iorque, a Place Georges-Pompidou em Paris, a Piazza del Campo em Siena e a Meidan Emam em Isfahan figuras inferiores aproximadamente à mesma escala (Fonte: Google Earth, autor).

Figura. Diferentes praças com diferentes formas na cidade de Paris (aproximadamente à mesma escala): a. Place Vendome; b. Place des Vosges; c. Place des Victoires; d. Place Dauphine (Fonte: Google Earth; autor).

Figura. Place Vendome.

Figura. Place Vendome. Construída no início do séc. XVIII (é a mais recente deste conjunto). Tem uma forma retangular (140 x 120m) tendo um corte nos quatro cantos que de algum modo a aproxima de um octógono. É atravessada apenas por uma rua, a Rue de la Paix, e é composta por um conjunto de edifícios com uma grande homogeneidade em termos de número de pisos e de linguagem arquitetónica. Em termos de funções, inclui um conjunto de lojas de moda.

Figura. Place des Vosges.

Figura. Place des Vosges. Construída no início do século XVII. É um quadrado com 140 m de lado (um pouco maior do que a anterior), conformado por um conjunto de edifícios extremamente homogéneo correspondendo a 36 fogos (9 em cada um dos 4 lados) e contendo uma arcada em todo o seu perímetro. O centro da praça é um espaço verde. O acesso a partir da Rue de Birague é feito através da arcada a praça é delimitada apenas por uma rua importante, a Rue du Pas de la Mule, a Norte.

Figura. Place des Victoires.

Figura. Place des Victoires. Construída no século XVII para enquadrar uma estátua de Louis XIV. Tem uma forma circular e dimensão mais reduzida que as duas anteriores (75m de diâmetro). Como nos dois casos anteriores, é definida por um conjunto de edifícios de 4 ou 5 pisos com uma grande homogeneidade em termos de estilo arquitetónico. Apesar de ter um interessante conjunto edificado e importantes lojas de moda, neste momento é pouco mais do que uma rotunda.

Figura. Place Dauphine.

Figura. Place Dauphine. Construída no início do século XVII. Tem uma forma triangular, com uma área maior do que a Place des Victoires e menor que as outras duas. Os edifícios que a definem têm uma maior diversidade que os edifícios dos casos anteriores, quer em termos de número de pisos, quer em linguagem arquitetónica.

Figura 12. Diferentes praças com diferentes formas na cidade de Roma (aproximadamente à mesma escala): a. Piazza S. Pietro; b. Piazza del Campidoglio; c. Piazza Navona; d. Piazza della Rotonda (Fonte: Google Earth; autor).

Figura. Piazza S. Pietro

Figura. Piazza S. Pietro A praça, a basílica e a colunata foram construídas nos séculos XVI e XVII. Tem uma função religiosa dominante. A praça tem uma forma complexa composta por duas formas diferentes uma elipse (200 x 150m) e um trapézio (os lados paralelos têm 100 e 115m e estão distanciados 100m). A praça é parte de uma composição mais vasta, constituindo o limite poente de um forte eixo definido pela Via della Conciliazione, que é limitada a nascente pelo Castel Sant Angelo. O centro da praça é marcado por um obelisco e os dois centros da elipse por duas fontes.

Figura. Piazza del Campidoglio

Figura. Piazza del Campidoglio A praça e os três palazzo que a definem foram construídos/restaurados no século XVI, constituindo um novo centro cívico. Atualmente têm funções cívicas e museológicas. A praça tem uma forma trapezoidal; as bases do trapézio têm aproximadamente 55 e 40m e estão distanciadas 75 m (é substancialmente mais pequena que a Piazza S. Pietro). Tem um notável desenho de pavimento e, no centro, uma estátua equestre. Limitada a nascente pelo Pallazo Senatorio, a composição axial deste conjunto inclui, a poente, uma escada rampeada (a cordonata) ligando a praça com a Via del Teatro di Marcello.

Figura. Piazza Navonna

Figura. Piazza Navonna A praça tal como a conhecemos foi estabelecida no século XVII. Tem uma forma peculiar: um longo retângulo de cerca de 250 x 50 m com o topo norte arredondado (uma proporção de 5:1 em que a dimensão mais longa é maior do que a dimensão maior de S. Pietro), que tem por base as ruinas de um estádio construído no século I. Três fontes notáveis (Nettuno, Quatro Fiumi and Moro, de norte para sul) têm um papel central neste conjunto barroco. Para além dos inúmeros cafés, restaurantes e lojas, o conjunto edificado da praça inclui a igreja de Sant Agnese in Agone.

Figura. Piazza della Rotonda

Figura. Piazza della Rotonda A praça foi definida no século XV. No entanto, os edifícios circundantes datam de períodos anteriores. É o caso do seu edifício principal o Panteão (ou Igreja de Santa Maria Rotonda, dando o nome à praça) que data do século I. A praça é consideravelmente mais pequena do que os outros três exemplos. Tem uma forma irregular próxima de um trapézio: as bases do trapézio têm aproximadamente 45 e 35 m e distam 60 m. Tem uma fonte e um obelisco no centro. Tem um grande número de cafés e restaurantes.

4. As parcelas Figura. As diferentes parcelas em Pingyao, 2000 (Fonte: Whitehand and Gu, 2007).

Figura. As diferentes parcelas da Rua Costa Cabral, no Porto (Fonte: autor).

Figura. As diferentes parcelas da Rua Costa Cabral, no Porto (Fonte: autor).

Figura. As diferentes parcelas e edifícios da Rua Costa Cabral, no Porto (Fonte: autor).

5. Os edifícios Figura. As diferentes parcelas e edifícios da Rua Costa Cabral, no Porto (Fonte: autor).

Figura. Os diferentes tipos de edifícios da Rua Costa Cabral, no Porto. A primeira fila de imagens ilustra o processo de transformação dos edifícios unifamiliares: das casas de duas frentes construídas em parcelas de frente estreita (a) em parcelas de frente média (b) e em parcelas de frente larga (c) até às casas de três frentes (d) e às casas de quatro frentes (e). A segunda fila ilustra a transformação dos edifícios multifamiliares: dos edifícios de duas frentes em parcelas de frentes estreita e larga (f, g) aos edifícios de três frentes (h) e aos edifícios de quatro frentes (i) (Fonte: autor).

Figura. Diferentes edifícios em diferentes cidades e aldeias, em cinco continentes: Chicago, Djenné, Samosir, Estocolmo e Taumaranui (Fonte: a, d - autor; b - Sandra Garside; c - Allamandalah; e - Bryan Woodhead)

Referências bibliográficas Guerreiro, R. (2001) O território e a edificação: o papel do suporte físico natural na genese e formação da cidade Portuguesa, Tese de Mestrado não publicada apresentada no ISCTE-IUL, Lisboa. Guerreiro, R. (2011) Urbanismo orgânico e a ordem implícita: uma leitura através das geometrias da natureza, Tese de Doutoramento não publicada apresentada no ISCTE-IUL, Lisboa. Whitehand, J. e Gu, K. (2007) Extending the compass of plan analysis: a Chinese exploration, Urban Morphology 11, 91-109.