Entrevista de António Paiva menção qualidade poesia



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Transcrição:

Entrevista de António Paiva menção qualidade poesia A poesia é útil na sua vida ou o poeta sente-se serviçal da palavra? (Dionísio) Tal como já escrevi; Às palavras tudo darei, até a minha vida. Não diria que a poesia me é útil, mas sim que dela necessito para viver, do mesmo modo como de respirar. Poeta? Sê-lo um dia é o meu sonho maior. A respeito disso escrevi e está publicado num dos meus livros; gostava de um dia ser poeta/juro! / por agora tento versejar/pode ser que lhe apanhe o jeito/e não me venham com a falsa modéstia/a dor sinto-a/a poesia amo-a/ela é que ainda não me deu o sim.

O que pensa da qualidade da poesia que vai lendo nos sites de escrita? (Dionísio) Antes de responder à questão, quero deixar claro que nunca afirmei, ou escrevi em parte alguma, que o que escrevo tem qualidade. Respondendo à questão, há de facto poesia escrita por alguns autores que me agrada bastante, quer na forma/estilo, quer no conteúdo. Sim, porque na minha modesta opinião, a apreciação deve ter em conta, no mínimo, estes vectores. Há autores cujo estilo não me agrada muito, mas que lhes reconheço qualidade no conteúdo. Na leitura, avalio a escrita e o autor enquanto tal, nunca a pessoa. Mas não me escondo atrás do politicamente correcto, afirmo que uma parte significativa do que leio é mesmo muito pobre, em todos os vectores pelos quais faço a análise. EscritArtes, virtudes e defeitos, dê-nos duas sugestões para fazermos melhor (Dionísio) Virtudes e defeitos são, de facto, os pilares que suportam tudo quanto é concebido por seres humanos. Não poderia ser de outra forma. No entanto, procurar fazer melhor, deve ser sempre fio condutor em tudo o que fazemos. Como alguém disse, de momento não me ocorre quem, mas foi dito: Se estás deslumbrado com o que fizeste ontem, é porque ainda não fizeste nada hoje. Eu sou de algum modo um utilizador recente de sites de escrita. Quando publiquei a primeira vez num espaço do género, apesar de já ter livros publicados, fi-lo com muito respeito porque, na minha mente, seriam espaços onde haveria muita exigência na qualidade do que se publica. Depois descobri que assim não era, aí experimentei alguma desilusão. Mas a culpa é minha, porque as expectativas eram minhas.

Para dar sugestões, eu teria de conhecer os objectivos que levaram à criação do EscritArtes, em que filosofias se suporta, o que se pretende alcançar. De outro modo, tudo o que eu possa sugerir não passará de ideias avulsas, cujo destino das mesmas será naturalmente o desajuste, entre elas e um projecto que à partida está assente no que eu desconheço. Ainda assim, direi que o EscritArtes é um sítio onde se navega com alguma tranquilidade.

Como se define na poesia? Quer falar-nos do seu percurso literário? (Conceição) Não me defino, vivo-a, amo-a e sinto-a, na secreta esperança de um dia a ter como segunda pele. O meu percurso literário, se é que assim se lhe pode chamar, será tão igual ao de muitos outros. Poderei dizer que na magia de juntar letras e aprender a formar palavras, fui tomado em criança pela fome de ler, a qual alimentava com tudo o que me viesse à mão pintado de palavras. Mais tarde, por volta dos 13 anos senti o apetite de escrever, até aí já escrevia sim, mas sem noção alguma do que isso significava. Sempre me foram dizendo, uns que tinha muito jeito, outros que escrevia muito bem. Nunca me deslumbrei com isso. O que eu gostava e continuo a gostar muito é de escrever, sempre acompanhado pela leitura. Há uma frase que tenho sempre presente: se vais escrever não te esqueças de ler. Que conselho quer deixar a alguém que esteja a pensar editar um livro de poesia? (Conceição) Não darei qualquer conselho, até porque escrevi durante décadas sem me passar pela ideia um dia vir a publicar em livro. Até que, por força de muitos incitamentos para que publicasse em livro, depois de muito ponderar, para tomar essa decisão, tive necessidade de adicionar algo que realmente desse força e sentido ao acto de publicar em livro. Obviamente que não vou aqui referir do que se trata. Direi apenas que, se pretenderem publicar em livro por uma questão de vaidade, esqueçam. Direi também que é necessária uma overdose de humildade. Direi ainda que quanto mais inseguros estiverem em relação ao acto de publicar, é exactamente quando

devem lutar para o fazer. E digo ainda que se estiverem convencidos de que aquilo que escrevem é bom ou muito bom, então é que não devem tomar mesmo qualquer iniciativa para publicar. Termino dizendo que se alguém estiver convencido de que publicar escritos em sites ou blogues é o caminho certo para um dia conseguir publicar um livro, digo-lhe que, na minha opinião, está redondamente enganado. Encontro frequentemente intervenções e poesias do António em vários sites de literatura. Esta nova forma de comunicação influenciou (ou não) a sua forma de escrever? (Brito) Sim, de facto tenho publicado em vários sites, agora menos. Todo o ser humano é influenciável, eu não sou imune. Ainda assim, sem qualquer presunção, afirmo que até hoje, nesta minha curta passagem por sites, nenhum deles me influenciou no meu modo de escrever. O mais que têm conseguido é levar-me a expressar determinados pontos de vista, isto para além de partilhar algumas coisas do que escrevo é claro. Não esquecendo a leitura. Deixa transparecer na sua escrita um carácter frontal e afirmativo. Retenho de um dos seus poemas "sereis poetas quando acordardes pela manha/de alma acesa e a boca a saber a versos". Quer comentar? (Brito) Quero sim! Já me aconteceu acordar alguns dias com uma sensação algo semelhante a isso, mas, depois de verdadeiramente acordar, para infelicidade minha, dei conta de que não era verdade, mas apenas o resultado de tanto ambicionar um dia ser poeta. Quando escrevo algo assim, não é com intenção de ferir susceptibilidades, mas sim no intuito de provocar uma reflexão séria.

Começando em mim e terminando em mim. Há muitas mentes enviesadas que assim não o entendem, com muita pena minha. A frontalidade é algo que me acompanhará, tal como a escrita e a leitura, até ao fim dos meus dias. Mais uma vez, deixo aqui um excerto de algo que já escrevi e que ainda não publiquei; Há quem teime em repetidamente chorar lágrimas de amor sob forma de poesia, como quem morre de fome no vazio de uma caveira, a verdade é que sempre foram os excessos que pariram a fome. Em tempos, os poetas, quando tomados pela esterilidade colocavam uma flor na lapela, amenizando assim o penar no deserto dos versos. Muitos dos de hoje relegam a poesia à inferioridade de um nariz comprido e desatam a trovejar tempestades vazias, com versos enrodilhados em palavras de amor. O mais importante, no seu entender, é vomitar no papel algo que se assemelhe a versos, ao que eles mesmos, presunçosamente, se encarregam de chamar poesia. Para terminar esta questão, deixo uma frase do ilustre escritor e poeta, José Gomes Ferreira: Queria ter duas bocas: uma para beijar e outra para comer. Assim, com uma apenas, só posso morder. Já nos cruzamos algumas vezes no real onde deu voz à sua poesia. Como se faz na sua actividade literária o cruzamento dos dois planos (real e virtual)? Qual privilegia? (Goreti) Confesso que quando comecei a ter de dar voz ao que escrevo, me foi bastante penoso, não estava minimamente preparado para o fazer, a escrita é um acto isolado e solitário. Actualmente já me sinto mais à vontade para o fazer. Embora de vez em quando publique alguma coisa na Internet, é sem dúvida o plano real que me cativa cada vez mais. Fruto da participação em várias tertúlias entre outras

actividades, para as quais vou sendo convidado com alguma frequência. Sabemos que já editou três livros:"juntando as Letras", 2006. "Janela do Pensamento", 2007. "Navegando nas Palavras", 2007. Comente um pouco de cada um... (Dite) Os três livros já publicados representam para mim a abertura e o fecho de um ciclo da minha escrita e publicação. Digamos que até os títulos de algum modo foram escolhidos com essa intenção. Juntando as Letras, é a juntar letras que aprendemos a ler e a escrever, desse modo entendi que a juntar letras é a melhor forma de aprender a publicar. Janela do Pensamento, depois de aprendermos a ler e a escrever, estamos melhor preparados para abrir novas janelas, dar asas e materializar os nossos pensamentos.

Navegando nas Palavras, é no imenso mar das palavras, que alguém como eu gosta de navegar, sempre em busca de novas sensações e à descoberta do mundo da escrita e das pessoas. A partir daqui novas aventuras virão. Termino dizendo, que o final de cada livro dá algumas pistas para o que será o próximo livro, a junção dos três, é como se de um livro apenas se tratasse. O final do último livro é uma pista para o novo ciclo de escrita e publicação que virá a seguir.

Novos projectos? (Dite) Do que disse anteriormente, depreende-se que há. Mas sobre isso não adiantarei mais nada, são apenas projectos de facto. Conhecemos a sua escrita: prosa poética e poesia. Fale um pouco da sua experiência de divulgação, nomeadamente a ida às Escolas e contacto com os jovens estudantes. Alguma história que o marcou? (Dite) A divulgação tem sido para mim um enriquecedor processo de crescimento, enquanto homem e pessoa que escreve.

Tenho passado por muitas livrarias, escolas e outras instituições, bem como espaços que abrem portas à divulgação e à partilha das palavras. Em todos os lugares tenho encontrado gente maravilhosa, que muito me tem dado. Fico-lhes eternamente grato por isso. Mas é nas escolas que tenho vivido as experiências mais gratificantes, sem dúvida. Se eu já tinha para mim que os jovens estão sedentos de falar de coisas que importam, como a escrita e a leitura, a minha experiência e vivência em quase uma dezena de escolas, retirou-me qualquer dúvida que eu porventura pudesse ter. A postura a adoptar nestas circunstâncias, mais do que despejar-lhes sabedoria, é estar disponível para os escutar e sentir, a partir daí é tudo tão fácil e gratificante. Houve imensas situações que me marcaram, refiro apenas duas para espelhar o que acima afirmei. Numa escola, uma jovem com cerca de 13 anos, à qual os professores não conseguiam motivar fosse para o que fosse, na manhã do dia em que fui visitar a escola, pegou num dos meus livros e nunca mais o largou, apesar de ele fazer falta para os colegas porque tinham poucos exemplares. Durante a sessão num salão repleto de alunos e professores, levantou-se e pediu para ler um poema, leu-o de forma brilhante. Toda a gente ficou de boca aberta, não queriam acreditar no que estavam a presenciar. Para terminar, numa outra escola com jovens entre os 16 e 19 anos, considerados muito difíceis, estive com eles durante duas horas, com um nível de atenção e participação excelente. No final, a professora responsável disse-me estar impressionada com o facto. Recebi de uma jovem dessa escola a seguinte mensagem: Sem dúvida, muito enriquecedora mesmo!

Agradeço os esclarecimentos e, de certa forma, as ajudas. Foi um contacto muito além de importante e fenomenal... Foi, pelo menos para mim, revitalizante e terapêutico! Pena não existirem destas sessões muitas mais vezes... Obrigado mais uma vez, e sim... ousarei sempre... Todas as minhas vivências estão documentadas por imagens e algumas palavras num blog que criei para o efeito.