RELATÓRIO DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO AGRISUS Projeto Agrisus Nº: 2597/18 Interessado: Prof. Dr. José Laércio Favarin Instituição: Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz. Endereço: Avenida Pádua Dias, 11 CP 09 CEP: 13418-900 Cidade: Piracicaba Estado: SP Fone: (19) 3486 0833 Cel: (19) 99153-3454 e-mail: favarin.esalq@usp.br e-mail (aluno monitor): francisco.rigodanzo@usp.br Cel: (64) 99618-7456 Local do evento: Diversos estados brasileiros Encontro técnico em Primavera do Leste/MT Valor financiado pela Fundação Agrisus: R$ 10.000,00 Vigência: 17 de dezembro a 29 de março Resumo: A Expedição Cerrado é a maior viagem técnica organizada por estudantes de Engenharia Agronômica do país. É realizada todos os anos pelo GEA - Grupo de Experimentação Agrícola (Esalq/USP). Nesta edição e nos anos anteriores, observou-se uma preocupação dos produtores com a conservação do solo. Muitos deles semeiam plantas de cobertura em consórcio, particularmente com a cultura da segunda safra, para fim de produzir e acumular resíduos. Grande parte das propriedades visitadas esforçam para realizar a agricultura em semeadura direta. Em todas as visitas técnicas às propriedades rurais e no evento Encontro Técnico sobre Algodão, em Primavera do Leste/MT, foram entregues folders da Fundação Agrisus (produtores, técnicos e demais participantes). A logomarca da fundação foi exposta durante o encontro, nos slides de descanso de tela, no banner do evento, como apoiadora da viagem. Consta, ainda, nas fotos divulgadas no Instagran e no Facebook do GEA e na camiseta dos estudantes durante o tempo que durou a viagem.
1. INTRODUÇÃO A Expedição Cerrado - 9ª edição em 2019, percorreu, em média, 7.000 km, passando por diversos polos agronômicos do país. Visitou propriedades rurais, empresas e cooperativas, e proporcionou a oportunidade de conhecer os principais manejos adotados, os desafios de cada região, as diferenças entre as várias regiões, contato com diversas culturas. Tudo isso resultou no aprimoramento e conhecimento técnico, bem como vivencial dos alunos. Nesta edição, a Expedição Cerrado passou pelos estados de Mato Grosso, Goiás, Minas Gerias e São Paulo, nos quais foram visitadas onze localidades diferentes. As principais culturas que o grupo teve contato foram: algodão, café, cana-de-açúcar, milho e soja, além de plantas de cobertura. O GEA também realizou, durante a Expedição-2019, um evento Encontro Técnico sobre Algodão em parceria com a Ceres Consultoria Agronômica, na Associação dos Engenheiros Agrônomos de Primavera do Leste-MT (AEAPL). 2. PROGRAMA DO EVENTO No dia 21 de janeiro, a viagem começou com destino a Sinop/MT. Foram feitas duas paradas para descanso, uma em Campo Grande e outra em Diamantino, ambas no Mato Grosso. Após Sinop, a Expedição passou por Lucas do Rio Verde/MT, Primavera do Leste/MT, Rondonópolis/MT, Rio Verde/GO, Ipameri/GO, Uberlânida/MG, Patrocínio/MG, Araxá/MG e Buritizal/SP. Em Diamantino, o grupo visitou uma propriedade produtora de soja e milho, onde foram discutidos aspectos relacionados aos maquinários, equipamentos e muitas dúvidas técnicas. Em Sinop, conhecemos a Fazenda Agrolina, produtora de soja, milho e gado de corte e, também, a Embrapa Agrossilvipastoril. Em Lucas do Rio Verde, visitamos a empresa Farms Edge, especializada em agricultura digital e a GDM Seeds, empresa detentora das marcas Dom Mario e Brasmax, importantes no segmento de sementes de soja. Já em Primavera do Leste MT, local onde foi realizado o evento beneficente, visitamos a Fazenda Cidade Verde, que produz algodão, soja, milho e gado de corte. A Fazenda adota uma sucessão de culturas interessante, com o plantio de soja após três anos de algodão, intercalando seus talhões com planta de
cobertura ou milho. Em Rondonópolis, o grupo visitou a Fundação MT, a empresa Fast Agro, especializada em nutrição e fisiologia de plantas. No município de Pedra Preta, próximo de Itiquira/MT, conhecemos a Fazenda Leonardo, produtora de algodão safrinha, soja, milho e milheto para semente. Em Goiás, na cidade de Rio Verde, o grupo visitou a Planalto Case, onde teve contato com maquinários modernos em funcionamento, a COMIGO (Cooperativa Agroindustrial dos Produtores Rurais do Sudoeste Goiano), o grupo de compras SOMA Agronegócio Forte e Fazenda São Tomáz do Rio do Peixe, produtora de soja, milho e feijão-caupi, que também cultiva braquiária, crotalária e milheto (plantas de cobertura). Em Santa Helena de Goiás, próxima a Rio Verde, o destino foi o Confinamento Santa Fé e em Caiapônia, uma unidade da Sementes JHS. Em Ipameri, visitou a Fazenda Santa Brígida, conhecida por seu modelo ILPF. O próximo estado visitado foi Minas Gerais. Na cidade de Uberlândia, o grupo conheceu o centro de treinamento da Bayer e o programa Field View da multinacional e demais áreas experimentais. Em Patrocínio, o grupo visitou a fazenda Serra Negra, produtora de leite no sistema de Compost Barn, a Expocaccer (Cooperativa dos Cafeicultores do Cerrado) e a Fazenda Boa Vista do Grupo Daterra Coffee, produtora de café de alta qualidade. Em Araxá, o grupo visitou a fazenda Santa Maria, também produtora de café, o armazém Acauã, onde foi realizado o teste de degustação de café, e a empresa Fertinutri, onde fora apresentada o processo de fabricação de seus produtos e algumas demonstrações em laboratório. A última visita da Expedição ocorreu na Usina Buriti, em Buritizal/SP. Conhecemos as áreas da usina onde se faz a MEIOSE, e observamos in loco as operações de plantio da cana e de quebra-lombo. 3. RESUMO DAS PALESTRAS O GEA realiza, durante a Expedição Cerrado, um evento técnico beneficente, como forma de agradecer o conhecimento adquirido durante a viagem. O Encontro Técnico sobre Algodão ocorreu no dia 28 de janeiro de 2019 e reuniu cerca de 80 pessoas, entre produtores rurais, engenheiros agrônomos e outros profissionais ligados à área. Foram arrecadados cerca de
150 kg de alimentos não perecíveis, os quais foram doados para uma instituição de caridade da cidade Projeto Mãe Cidinha. Os palestrantes foram: Agrônomo Evaldo Kazushi Takizawa, sócio proprietário da Ceres Consultoria Agronômica - tema Fisiologia do algodão aplicada ao manejo, Dr. Rafael Nunes, pesquisador da Embrapa Cerrados, tema Adubação e nutrição do algodão aplicada à produção e o Prof. Paulo Cesar Sentelhas, sobre o tema Yield Gap do algodoeiro conceitos e aplicações. O primeiro palestrante tratou dos processos fisiológicos do algodoeiro, seus aspectos morfológicos e do ambiente como fator relacionado às decisões de manejo. O segundo, tratou da fertilidade e matéria orgânica do solo, das estratégias que aumentam a eficiência dos fertilizantes e a importância do conhecimento do potencial produtivo do sistema. A última palestra mostrou o conceito de Yield Gap aplicado ao algodoeiro e a importância do clima sobre as culturas, a fim de caracterizar os ambientes de produção. 4. PARTICIPANTES A viagem contou somente com a participação de estudantes do GEA- ESALQ/USP. Foram onze alunos participantes, todos brasileiros. 5. CONCLUSÕES A Expedição Cerrado 2019 foi muito importante para todos os participantes. Os alunos tiveram contato direto com agricultores e demais profissionais do agronegócio, visitamos as culturas em campo, discutimos dúvidas e conhecemos a variabilidade técnica, climática e edáfica das várias localidades por onde passamos. Aprofundamos e conciliamos conhecimentos obtidos em sala de aula com a realidade no campo. As visitas em cooperativas, empresas e instituições de pesquisa também enriqueceram o conhecimento dos alunos, mostrando os desafios enfrentados por eles, a rotina das mesmas e os experimentos que realizam em campo. Também merece destaque o conhecimento do grupo de compras Soma Agronegócio Forte, em Rio Verde-GO, pelo fato de os grupos de compra ganharem cada vez mais espaço entre os produtores. 6. COMPENSAÇÕES OFERECIDAS A FUNDAÇÃO AGRISUS
Em relação a divulgação do apoio, o slogam da Fundação Agisus foi colocado nas fotos divulgadas no Instagram e no Facebook do GEA. O slogam nas camisetas da Expedição, usadas pelos alunos em tempo integral durante a viagem. Também foi exposto nos slides de descanso durante o evento beneficente em Primavera do Leste/MT e nos banners do mesmo. O folder da Agrisus foi distribuído na sacola de brindes para os participantes do evento e nos brindes para os produtores rurais (anfitriões das visitas). O mesmo material publicado no Instagram e no Facebook do GEA foi enviado para a jornalista Maria Luiza Araújo da Agrisus. Em relação a avaliação do estado da arte do plantio direto nas propriedades visitadas, notou-se que muitas adotam o sistema, mas há uma certa dificuldade em aplicar o conceito de rotação de culturas em toda a área. Os produtores rurais procuram semear algumas culturas com o intuito de fazer palha, o que demonstra a preocupação dos mesmos com a conservação do solo. Grande parte das propriedades produtoras de milho de segunda safra, realizam o consorcio com braquiária. Milheto e crotalária também são utilizadas para fazer resíduo. A formação de resíduo (palha), depende da cultura utilizada para esse fim, data de semeadura, entre outros fatores, mas é sabido que as leguminosas degradam rapidamente, por isso não indicadas para esse fim. Nas áreas onde não semeia milho em segunda safra após a soja, o produtor não deixa o solo exposto, e cultiva plantas de cobertura. Em alguns casos, quando o preparo do solo é requerido, aproveita-se a operação para incorporar calcário. Nas fazendas produtoras de algodão, fazse a destruição mecânica (revolvimento do solo) e química da soqueira. Nas lavouras de café visitadas, os cafeicultores cultivam braquiária na entre linha. 7. DEMONSTRAÇÃO FINANCEIRA DOS RECURSOS DA FUNDAÇÃO AGRISUS Em reunião do acadêmico Francisco Massing Rigodanzo com o Prof Dr. Antônio Roque Dechen, ficou estabelecido que a Fundação Agrisus bancaria 35% do custo da Expedição (entre alimentação, combustível e hospedagem). Foi feita uma previsão desses custos, descritas no pedido de apoio financeiro,
em que 35% do total representariam R$ 10.000,00. Porém, houve uma diminuição do número de pessoas que participaram da viagem e de um veículo. Por conta disso, estabeleceu-se que o GEA demonstraria o custo real (entre alimentação, hospedagem e combustível). Os valores reais foram: R$ 4.636,00 para alimentação; R$ 5.580,00 para hospedagem e R$ 9.638,00 para combustível, com total de R$19.854,00. Portanto, o valor financiado pela Fundação, passaria de R$10.000,00 para R$ 6.950,00 (35% de R$ 19.854,00). Em outra reunião realizada no dia 18 de março de 2019, o Prof. Dr. Antônio Roque Dechen estabeleceu que o valor de R$ 10.000,00 seria mantido, cujo excedente ficará para a próxima edição da Expedição. 8. DATA E COORDENADOR Piracicaba, 29 de março de 2019. José Laércio Favarin Fundador e coordenador do GEA Francisco Massing Rigodanzo Aluno estagiário do GEA