ESTADO DE SANTA CATARINA Fpolis, 23 OUT 2014



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Transcrição:

ESTADO DE SANTA CATARINA Fpolis, 23 OUT 2014 POLÍCIA MILITAR NBCG Nº 2772/DIE/2014 DIRETORIA DE INSTRUÇÃO E ENSINO DECISÃO DE RECURSO ADMINISTRATIVO - PROCESSO SELETIVO PARA O CURSO DE FORMAÇÃO DE OFICIAIS PILOTOS DO BAPM EDITAL Nº 025/DIE/PMSC/2014 Com referência ao Edital nº 025/DIE/PMSC/2014, considerando os recursos impetrados no certame, publico a decisão de recursos, conforme abaixo: 1. RECURSO ADMINISTRATIVO: 1º Ten PM Mat 929199-7 Fabiano de Souza Freitas Martins REFERÊNCIA: Edital nº 025/DIE/PMSC/2014 EMENTA: Fundamentação de decisão de Recurso Administrativo. Trata-se de Recurso Administrativo interposto pelo 1º Ten PM Mat 929199-7 Fabiano de Souza Freitas Martins, referente ao resultado do Exame de Avaliação Psicológica EDITAL 025/DIE/2014, onde o recursante requer a anulação do Teste de Atenção Difusa (TEDIF-1), alegando que um candidato, não identificado, declarou perante o recursante e outros candidatos que burlou o referido o teste psicológico. PARECER: Analisando o recurso administrativo do candidato 1º Ten PM Mat 929199-7 Fabiano de Souza Freitas Martins, verifica-se que, de fato, o manual do TEDIF-1 orienta que o psicólogo deve manter-se vigilante para evitar eventuais fraudes. Por esse motivo, quatro psicólogos fiscalizaram o grupo de 15 (quinze) candidatos durante a aplicação do TEDIF-1. Os psicólogos que se encontravam no momento da aplicação do TEDIF-1 eram: 1) Diego Remor Moreira Francisco, 2) Rodrigo Azevedo, 3) Ronaldo Ribeiro Borges e 4) Luciano Ribas Batista. Nenhuma fraude foi constatada pelos psicólogos. Verificou-se, ainda, que a Comissão Avaliadora utilizou o procedimento de registrar em ata toda alteração ocorrida no processo de avaliação psicológica constatada não só pelos psicólogos como também pelos candidatos. O aplicador questionou o grupo de candidatos se havia alguma alteração a ser registrada, e ninguém manifestou qualquer anormalidade que pudesse prejudicar essa fase do certame. A cópia da referida ata encontra-se em anexo. Conforme relato do recursante, a fraude foi constatada após a realização do último teste psicológico no período matutino, que era exatamente o TEDIF-1, entretanto, todos os candidatos tiveram que ser submetidos a um teste aplicado individualmente no período vespertino. Logo, houve a oportunidade de o recursante fazer a comunicação da suposta fraude à comissão avaliadora no período vespertino ou até a posteriori, porém a comunicação não ocorreu. É de conhecimento do Conselho Federal de Psicologia, da Comissão Avaliadora e da Polícia Federal de que, há anos, o procedimento de aplicação, correção e interpretação de inúmeros testes psicológicos utilizados no país encontra-se divulgado na internet, porém em sites estrangeiros, dificultando a ação da Polícia Federal para impedir essa quebra de sigilo. Qualquer candidato tem acesso a essas informações, no entanto em nenhum momento o Conselho Federal de Psicologia proibiu o uso de testes psicológicos cujas informações sigilosas encontram-se disponibilizadas na internet. Além disso, nenhum candidato da seleção em tela tinha conhecimento de quais testes

psicológicos seriam utilizados no certame. Nesse sentido, todos os candidatos encontravam-se em situação equânime. Por derradeiro, entende-se que a acusação de fraude deveria ser apurada não por esta comissão de avaliação de recurso, e sim por meio de processo administrativo e/ou inquérito policial militar. Para tanto, o recursante deveria formalizar a acusação inclusive citando o nome do autor da fraude. Destaca-se que não há provas, além da declaração do recursante, tampouco está clara a autoria da suposta fraude. Pelo exposto, esta comissão opina pelo INDEFERIMENTO do pleito. Quartel em Florianópolis, 23 de outubro de 2014. Darlan Novaes de Queiroz Cap PM Chefe Sv Psicologia - DSPS Psicólogo CRP 12/08345 Iloir Adur de Oliveira Júnior Maj PM Chefe da Seção de Ensino Complementar - DIE Antônio Fernando Pinheiro Maj PM Chefe de Operações - BAPM DECISÃO 1. Com base no item 9 do Edital nº 34/DIE/PMSC/14 e Art 8º e 63º NGE/PMSC, acolho o parecer da comissão de análise de recurso, onde considerando os argumentos apresentados, decido pelo INDEFERIMENTO do pleito. 2. Publique-se. 3. Arquive-se. Florianópolis, 23 de outubro de 2014. Cel PM Diretor de Instrução e Ensino 2. RECURSO ADMINISTRATIVO: 2º Ten PM Mat 929689-1 Tatiana de Campos Simões REFERÊNCIA: Edital nº 025/DIE/PMSC/2014 EMENTA: Fundamentação de decisão de Recurso Administrativo. Trata-se de Recurso Administrativo interposto pela 2º Ten PM Mat 929689-1 Tatiana de Campos Simões, referente ao resultado do Exame de Avaliação Psicológica EDITAL 025/DIE/2014, onde a recursante requer que seja revista a reprovação na avaliação psicológica e continue no certame, devido à falta de utilização de critérios objetivos.

PARECER: Analisando o recurso administrativo da candidata 2º Ten PM Mat 929689-1 Tatiana de Campos Simões, discorda-se da concepção do certame em tela como um concurso público, visto que se trata de uma seleção interna. De maneira alguma trata-se de uma seleção para acesso a cargo público, visto que o cargo ocupado pela recursante é de 2º Tenente da Polícia Militar de Santa Catarina, conforme versam os artigos 21 e 22 da Lei Estadual nº 6.218/83 (Estatuto dos Policiais Militares). A seleção interna em questão visa ao preenchimento de vagas para o Curso de Formação de Oficial Piloto, o qual possibilita aos formandos ocuparem a função de Oficial Piloto. O artigo 24 da Lei Estadual nº 6.218/83 (Estatuto dos Policiais Militares) traz a definição de função. Mesmo não se tratando de um concurso público, não há indícios de que a comissão avaliadora não utilizou critérios objetivos para a seleção interna em questão. A avaliação psicológica utilizou-se de 09 (nove) testes psicológicos cujo uso é exclusivo de psicólogo e está autorizado pelo Conselho Federal de Psicologia, quais sejam: 1) Teste de Atenção Alternada (TEALT); 2) Teste de Atenção Concentrada (TEACO-FF); 3) Teste de Atenção Difusa da Bateria Geral de Funções Mentais (TEDIF-1); 4) Teste de Atenção Dividida (TEADI); 5) Destreza; 6) Memória Visual de Rostos (MVR); 7) Pfister; 8) Beta III Códigos; 9) Beta III Matricial. A recursante alega que o teste de personalidade denominado Pfister é subjetivo, de modo que não deveria ser utilizado na seleção às vagas relativas ao Curso de Formação de Oficiais Pilotos do BAPM. Primeiramente, deve-se destacar que o uso do Pfister como instrumento psicológico está autorizado pelo Conselho Federal de Psicologia desde 22/01/2005, conforme pode-se verificar no site http://satepsi.cfp.org.br/. Portanto, não há proibições de sua utilização. A recursante alega, ainda, que a suposta subjetividade do teste Pfister impediria a oportunidade do exercício do contraditório relativo à sua reprovação nesta etapa. Antes de nos aprofundarmos na análise da suposta subjetividade do teste que o tornaria inadequado para uso em contexto de seleção interna, é necessário destacar que a recursante solicitou o agendamento de entrevista de devolução dos resultados da avaliação psicológica, conforme previsão editalícia. Entretanto, faltou à entrevista devolutiva, agendada para o dia 20 de outubro de 2014, às 13 horas e 30 minutos, conforme cópia do e-mail em anexo. Se a recursante não compareceu à entrevista de devolução, cujo agendamento foi provocado por ela própria, como poderia declarar que o teste Pfister acarretou sua reprovação? É importante salientar que a Comissão Avaliadora não informou os motivos do resultado de inaptidão a nenhum candidato fora do contexto das entrevistas devolutivas. Outrossim, o exercício do contraditório é oportunizado ao candidato através do próprio recurso administrativo, como está ocorrendo na presente situação. O contraditório sobre a análise dos resultados do teste Pfister também é possível, já que o manual do referido instrumento, como todos os

testes psicológicos comercializados no país, deve conter a orientação sobre os procedimentos corretos de análise e interpretação dos resultados. O método de análise dos resultados é encontrado nas páginas 49 a 99 do manual do Pfister 1. Portanto, não se trata de um teste psicológico infundado, sem consistência, pois, se assim fosse, o Conselho Federal de Psicologia não autorizaria seu uso, uma vez que todos os testes psicológicos utilizados no Brasil são avaliados com base em critérios científicos por uma comissão do Conselho Federal de Psicologia (CFP), que exige, de acordo com normas do CFP, adequação de normatização, precisão e validade. A recursante declara que os autores Villemor-Amaral e Pasqualini Casado (2006) afirmam que os testes projetivos, como o Pfister, geram informações sobre o comportamento e tendências espontâneas, isto é, aspectos mais subjetivos que geralmente são motivados por necessidades implícitas e mais passíveis de se tornarem manifestas em contextos específicos do que as técnicas objetivas, cujas implicações de um motivo ou necessidade especial são claras quem as relata. Ora, não há relação alguma entre a subjetividade do teste Pfister com a qualidade deste teste avaliar aspectos mais subjetivos do psiquismo humano. Para tanto, precisa-se entender o conceito de subjetividade do psiquismo segundo dois autores referenciados em nota de rodapé: Por subjetividade compreendemos antes de tudo "o caráter de todos os fenômenos psíquicos, enquanto fenômenos de consciência, que o sujeito relaciona consigo mesmo e chama de 'meus'" (Abbagnano, 1998), mas acrescentamos a essa definição os fenômenos psíquicos inconscientes, no sentido freudiano 2. Subjetividade refere-se à qualidade subjetiva-mental ou privada de algo, ou seja, refere-se a eventos, estados, processos e disposições mentais ou privadas que, por causa dessas qualidades, só podem ser de, ou pertencer a, ou estar em um sujeito 3. Logo, a avaliação psicológica necessariamente investiga a subjetividade. O teste Pfister permite avaliar conteúdos mais subjetivos, uma vez que fogem da consciência do avaliado. Já testes nos moldes de escalas e inventários permitem a investigação de conteúdos conscientes, ou, para utilizar as palavras dos autores citados pela recursante, conteúdos que são claros para quem os relata. Fica claro que a recursante fez uma interpretação equivocada da afirmação de Villemor-Amaral e Pasqualini Casado (2006). Não é verdade também que foi utilizado apenas um teste psicológico para avaliar os candidatos. Conforme já citado anteriormente, foram utilizados 09 (nove) testes psicológicos para avaliar as 16 (dezesseis) características relativas ao perfil profissiográfico da função pretendida. Por derradeiro, questiona-se a legalidade do acesso da recursante ao manual do teste Pfister, do qual extraiu algumas citações e as inseriu no recurso administrativo, visto que a venda dele é restrita a psicólogos de acordo com a Lei Federal nº 4.119/62. Pelo exposto, esta comissão opina pelo INDEFERIMENTO do pleito. 1 Villemor-Amaral, A. E. (2012). As pirâmides coloridas de Pfister. São Paulo: Casa do Psicólogo. 2 Sznelwar, Laerte Idal, Uchida, Seiji, & Lancman, Selma. (2011). A subjetividade no trabalho em questão. Tempo Social, 23(1), 11-30. Recuperado em 23 de outubro de 2014, de http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=s0103-20702011000100002&lng=pt&tlng=pt. 10.1590/S0103-20702011000100002. 3 Abib, J.A. D. (1999). Empirismo radical e subjetividade. Psicologia: Teoria e Pesquisa. 1(15), 55-63.

Quartel em Florianópolis, 23 de outubro de 2014. Darlan Novaes de Queiroz Cap PM Chefe Sv Psicologia - DSPS Psicólogo CRP 12/08345 Iloir Adur de Oliveira Júnior Maj PM Chefe da Seção de Ensino Complementar - DIE Antônio Fernando Pinheiro Maj PM Chefe de Operações - BAPM DECISÃO 1. Com base no item 9 do Edital nº 34/DIE/PMSC/14 e Art 8º e 63º NGE/PMSC, acolho o parecer da comissão de análise de recurso, onde considerando os argumentos apresentados, decido pelo INDEFERIMENTO do pleito. 2. Publique-se. 3. Arquive-se. Florianópolis, 23 de outubro de 2014. Cel PM Diretor de Instrução e Ensino 3. Publique-se. 4. Arquive-se. Cel PM Diretor de Instrução e Ensino