A8-0021/1. Proposta de resolução alternativa (artigo 170.º, n.º 4, do Regimento) à proposta de resolução não legislativa A8-0021/2016

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Transcrição:

6.4.2016 A8-0021/1 Alteração 1 Dominique Bilde em nome do Grupo ENF Relatório Damian Drăghici Aprender sobre a UE na escola 2015/2138(INI) A8-0021/2016 Proposta de resolução alternativa (artigo 170.º, n.º 4, do Regimento) à proposta de resolução não legislativa A8-0021/2016 Resolução do Parlamento Europeu sobre "Aprender sobre a UE na escola" O Parlamento Europeu, Tendo em conta o artigo 2.º do Tratado da União Europeia (TUE), Tendo em conta os artigos 6.º e 165.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), Tendo em conta o Regulamento (UE) n.º 1288/2013 do Parlamento Europeu e do Conselho, de 11 de dezembro de 2013, que cria o Programa «Erasmus+»: o programa da União para o ensino, a formação, a juventude e o desporto e que revoga as Decisões n.º 1719/2006/CE, n.º 1720/2006/CE e n.º 1298/2008/CE 1, Tendo em conta a Decisão n.º 1093/2012/UE do Parlamento Europeu e do Conselho, de 21 de novembro de 2012, relativa ao Ano Europeu dos Cidadãos (2013) 2, Tendo em conta o Regulamento (UE) n.º 390/2014 do Conselho, de 14 de abril de 2014, que institui o Programa «Europa para os Cidadãos» para o período de 2014-2020 3, Tendo em conta a Recomendação do Parlamento Europeu e do Conselho, de 18 de dezembro de 2006, sobre as competências essenciais para a aprendizagem ao longo da vida 4, Tendo em conta as Conclusões do Conselho, de 12 de maio de 2009, sobre um quadro estratégico para a cooperação europeia no domínio da educação e da formação («EF 2020») 5, Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 26 de agosto de 2015, intitulada 1 JO L347 de 20.12.2013, p. 50. 2 JO L325 de 23.11.2012, p. 1. 3 JO L115 de 17.4.2014, p. 3. 4 JO L394 de 30.12.2006, p. 10. 5 JO C 119 de 28.5.2009, p. 2.

«Projeto de Relatório Conjunto de 2015 do Conselho e da Comissão sobre a aplicação do quadro estratégico para a cooperação europeia no domínio da educação e da formação (EF 2020)» (COM(2015)0408), Tendo em conta a Decisão de Execução da Comissão, de 14 de setembro de 2015, sobre a adoção do Programa de Trabalho da Comissão para 2016 com vista à execução do Programa «Erasmus +: o programa da União para o ensino, a formação, a juventude e o desporto» (C(2015)6151), Tendo em conta as Conclusões do Conselho, de 28 e 29 de novembro de 2011, sobre o critério de referência da mobilidade para a aprendizagem 1, Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 15 de setembro de 2015, intitulada «Projeto Conjunto de 2015 do Conselho e da Comissão sobre a aplicação do quadro renovado para a cooperação europeia no domínio da juventude (2010-2018)» (COM(2015)0429), Tendo em conta a Comunicação da Comissão, de 27 de abril de 2009, intitulada «Uma Estratégia da UE para a Juventude: Investir e Mobilizar Um método aberto de coordenação renovado para abordar os desafios e as oportunidades que se colocam à juventude» (COM(2009)0200), Tendo em conta a Resolução do Conselho, de 27 de novembro de 2009, sobre um quadro renovado para a cooperação europeia no domínio da juventude (2010-2018) 2, Tendo em conta a Recomendação do Conselho, de 20 de dezembro de 2012, sobre a validação da aprendizagem não formal e informal 3, Tendo em conta a sua Resolução sobre a política educativa e a formação na perspetiva de 1993 4, Tendo em conta a sua Resolução sobre a melhoria da qualidade da formação de professores 5, Tendo em conta o artigo 52.º do seu Regimento, Tendo em conta o relatório da Comissão da Cultura e da Educação (A8-0021/2016), A. Considerando que, nos termos do artigo 6.º do Tratado sobre o Funcionamento da União Europeia (TFUE), a educação continua a ser da competência dos Estados-Membros; B. Considerando que o papel fundamental da educação é ensinar a cidadania, o que implica que as pessoa ou entidades estão sujeitas ao direito civil do Estado; 1 JO C 372 de 20.12.2011, p. 31. 2 JO C 311 de 19.12.2009, p. 1. 3 JO C 398 de 22.12.2012, p. 1. 4 JO C 150 de 15.6.1992, p. 366. 5 JO C 8 E, de 14.1.2010, p. 12.

C. Considerando que os objetivos da educação incluem a preparação dos indivíduos para a vida em sociedade, transmitindo os códigos sociais e os valores do país de que os mesmos são cidadãos; D. Considerando que, de acordo com uma sondagem de opinião do Eurobarómetro realizada em 2014, 44 % dos cidadãos da União Europeia consideram que compreendem mal o modo de funcionamento da UE e 52 % dos europeus consideram que a sua voz não é ouvida na UE 1 ; E. Considerando que apenas 46,61 % dos cidadãos da UE e apenas 27,8 % dos cidadãos da UE na faixa etária dos 18 aos 24 anos votaram nas últimas eleições para o Parlamento Europeu, o que representa a mais elevada abstenção desde 1979 2 ; F. Salientando que, tal como demonstram os dados acima indicados, a União Europeia padece de um défice democrático e de uma crise de legitimidade entre os cidadãos dos Estados-Membros; realçando igualmente que, neste perspetiva, poderá ser útil uma prestação de informações mais transparente sobre o funcionamento do processo de construção europeia, mas que tal não poderá ser feito sem demonstrar respeito pelas diversas opiniões dos cidadãos dos Estados-Membros, a fim de que os mesmos se sintam respeitados; G. Considerando que diversas sondagens demonstraram recentemente o desejo dos cidadãos de vários Estados-Membros, nomeadamente a França e os Países Baixos, de que seja realizado um referendo sobre a permanência na União Europeia; considerando que os resultados dessas sondagens destacam a ligação que os povos europeus ainda sentem em relação às nações respetivas; H. Considerando que os beneficiários dos programas de mobilidade pertencem frequentemente a meios sociais que já permitem a sua fácil circulação na Europa; considerando que, além disso, a prioridade imediata deve consistir em reduzir a insegurança social e económica em que vivem muitos cidadãos dos Estados-Membros; atendendo, além disso, à necessidade de respeitar o princípio da subsidiariedade e de reconhecer a importância dos Estados-nação, em que os cidadãos possam gozar das vantagens de uma Europa constituída por nações livres e independentes, que cooperam entre si no âmbito de programas comuns, como o Erasmus +; I. Considerando que apenas os Estados-Membros podem compreender e dar resposta aos desafios no domínio da educação e cultura devido à sua proximidade dos cidadãos e à sua legitimidade, mas também porque as condições socioeconómicas diferem de país para país; J. Considerando que a maioria dos Estados-Membros tem integrado a educação sobre a UE nos seus currículos e programas de formação de professores; que, não obstante, essa formação não poderá ser proveitosa se os cidadãos dos Estados-Membros não adquirirem 1 Eurobarómetro Standard 81, primavera de 2014: Public opinion in the European Union (http://ec.europa.eu/public_opinion/archives/eb/eb81/eb81_publ_en.pdf) pp. 117 e 131. 2 http://www.eprs.sso.ep.parl.union.eu/lis/lisrep/13-eprspublications/2015/comm_stud_558351_updatereview-en.pdf, p. 43-45.

previamente um conhecimento sobre a história dos respetivos países, o que constitui um requisito prévio para a compreensão do processo de construção europeia; K. Considerando que, em vários Estados-Membros, os temas europeus são geralmente abordados nos diferentes níveis de ensino e no âmbito de diversas disciplinas do ensino obrigatório, L. Considerando que as prioridades de investimento no domínio da educação variam consoante os Estados-Membros devido ao contexto específico de cada um deles; considerando que cabe, por conseguinte, a cada Estado-Membro avaliar as melhorias que devem ser introduzidas no que respeita aos programas escolares e à formação inicial de professores; M. Considerando que, segundo o estudo «Aprender sobre a UE na escola» realizado pela empresa privada de consultoria ICF GHK para a DG Educação e Cultura 1, já existem muitas oportunidades de formação de professores sobre temas relacionados com a UE através de associações que não fazem parte da rede do ensino superior; N. Considerando que a avaliação de impacto do Programa Erasmus apresentada pela Comissão em 2014 demonstra os efeitos positivos da mobilidade académica e da internacionalização dos estudos na empregabilidade; recordando, no entanto, que a mobilidade não pode, por si só, resolver o problema do desemprego, em especial o desemprego dos jovens, na Europa, mas que esta deve ser acompanhada de esforços para melhorar a aquisição de competências de base e conceder maior importância, nomeadamente no plano social, ao estatuto dos aprendizes e à formação profissional; 1. Sublinha a importância crescente de que os estudantes compreendam melhor os mecanismos da construção europeia em que vivem e o crescente impacto da União Europeia na sua vida; recorda, contudo, que, tal como demonstrado por numerosos estudos sobre o assunto, a prioridade no domínio da educação é a aquisição de competências de base (leitura, escrita, matemática), que são fundamentais para a obtenção de acesso ao mundo crucial do ensino e para a compreensão do meio em que os cidadãos vivem; 2. Salienta que a UE não recuperará a confiança dos cidadãos dos Estados-Membros se se limitar a levar a cabo uma vasta campanha de comunicação nas escolas e nos estabelecimentos de ensino superior; recorda a necessidade de proteger o pluralismo de opinião e das culturas europeias, encorajando os Estados a promover a sua História nacional através dos programas de ensino e de um maior acesso ao património cultural nacional; 3. Salienta a necessidade de definir de forma mais precisa os valores fundamentais da União Europeia, a fim de que estes não permaneçam um conceito abstrato para uma grande parte dos cidadãos dos Estados-Membros; salienta que o conhecimento e a compreensão da História e dos valores dos Estados-Membros são fundamentais para a compreensão mútua; 1 http://www.eupika.mfdps.si/files/learning%20europe%20at%20school%20final%20report.pdf.

4. Realça que os temas relacionados com a UE devem obter um maior destaque nos materiais de ensino, dado o seu impacto no dia a dia dos cidadãos; entende que os conteúdos explicitamente relacionados com a UE devem ser abordados de uma forma diferente nos currículos escolares; frisa a necessidade da utilização de métodos de ensino ativos e participativos, direcionados para os níveis de aprendizagem, as necessidades e os interesses dos alunos, sem negligenciar a necessidade de aquisição prévia de competências básicas a fim de assegurar o melhor desenvolvimento educativo e cultural possível e uma melhor compreensão do mundo que os rodeia; 5. Salienta a necessidade de utilizar métodos de ensino que já tenham dado provas no passado no que respeita à aquisição das competências de base; toma nota, neste sentido, da conclusão formulada pelo Conselho e pela Comissão no seu relatório conjunto de 2015 sobre a aplicação do quadro estratégico para a cooperação europeia no domínio da educação e da formação («EF 2020»), em que as duas instituições recordam que, na UE, 22 % dos jovens de 15 anos têm lacunas nos seus conhecimentos de matemática e 18 % têm sérias dificuldades de leitura; 6. Sublinha que a educação cívica, com base em prioridades definidas a nível nacional, deve possibilitar um debate aberto e pluralista sobre a integração europeia e permitir também que os alunos desenvolvam o seu espírito crítico relativamente à União Europeia, em particular através da aprendizagem sobre os processos de tomada de decisão e a forma como estes influenciam os seus Estados-Membros e a sua participação democrática; 7. Chama a atenção para o facto de a UE ter sido moldada pelos Estados-Membros, com a sua História e cultura únicas, e de o desenvolvimento da União permanecer inextricavelmente ligado aos seus Estados-Membros; 8. Observa que o impacto da União nos Estados-Membros é considerável e que a aprendizagem sobre a UE nas escolas deve refletir tanto o papel dos Estados-Membros no desenvolvimento da UE como a influência desta na evolução dos Estados-Membros; 9. Salienta que os Estados-Membros e a União devem dar o exemplo a todos os intervenientes no ensino e na aprendizagem sobre a UE na escola, praticando os valores europeus fundamentais, nomeadamente o respeito do pluralismo de opinião e da liberdade de expressão; 10. Reconhece a necessidade de assegurar, melhorar e alargar as oportunidades de desenvolvimento inicial e contínuo, profissional e ao longo da vida, para professores e educadores, a fim de lhes possibilitar a incorporação de uma dimensão europeia no seu ensino, nomeadamente no domínio da História e da Educação para a Cidadania, assinala, não obstante, que as prioridades de investimento variam em função do Estado-Membro e que alguns Estados-Membros devem, em primeiro lugar, proceder à revalorização salarial e social dos professores e dos educadores, a fim de garantir o respeito pela autoridade destas pessoas e a oferta de condições de ensino ótimas para todos; 11. Salienta a necessidade de promover e reafirmar as línguas nacionais dos Estados- Membros a fim de fomentar o património cultural europeu; considera que, para atingir esse objetivo, os professores devem receber apoio, incluindo oportunidades de formação profissional;

12. Salienta o papel das universidades na preparação e na formação de professores e educadores altamente qualificados e motivados; apela ao incentivo e ao apoio às medidas tomadas pelos Estados-Membros no âmbito dos seus esforços para criar nas universidades a possibilidade de cursos para a obtenção de qualificações especializadas, abertos e acessíveis aos estudantes inscritos, bem como aos professores e educadores em atividade; 13. Destaca a importância e o potencial da revalorização do ensino da História, tendo simultaneamente em conta as competências dos Estados-Membros na matéria, uma vez que a civilização europeia é resultado de um património comum definido pela civilização grega, pelo Direito romano e pelo Cristianismo; exorta a Comissão e os Estados- Membros a apoiarem as sociedades de História e os centros de investigação histórica, a fim de realçar o valor do seu contributo científico para a História Europeia e o seu papel na atualização dos professores; 14. Recomenda, além disso, que a Casa da História Europeia não se limite a uma apresentação dos séculos XIX e XX, uma vez que a Europa é o resultado de uma História muito mais longa; salienta que o alargamento do seu âmbito narrativo poderá permitir que a Casa da História Europeia se torne um instrumento construtivo para estudantes e professores; 15. Solicita uma renovação e um reforço urgentes da educação em matéria de cidadania europeia e de educação cívica nos Estados-Membros, com o objetivo de dotar os alunos, através de meios adequados à sua idade, de conhecimentos, valores, aptidões e competências relevantes, assim como de os capacitar para terem um pensamento crítico e formarem opiniões fundamentadas e equilibradas, exercerem os seus direitos e deveres democráticos, incluindo o direito de voto, avaliarem o pluralismo de opinião e serem cidadãos ativos e responsáveis; 16. Faz notar que a qualidade do ensino depende em grande medida do respeito devido aos professores; incentiva o reforço da sua autoridade; sublinha que os pais também têm um importante papel a desempenhar, pois a família é a primeira estrutura de socialização, e apela, assim, a uma maior cooperação entre os pais, os estabelecimentos de ensino e as autoridades nacionais no domínio da educação, visto que todos eles são responsáveis pelas questões relacionadas com a cidadania, um domínio que deve inclusivamente ser apoiado através do reforço das aulas de formação cívica; 18. Sublinha que a aprendizagem de línguas estrangeiras pode desempenhar um papel importante na promoção da empregabilidade, mas que a passagem a um ensino efetivamente orientado para o mercado do trabalho continua a ser a melhor forma de combater o desemprego juvenil; 19. Destaca o papel fundamental da aprendizagem não formal e informal, incluindo a animação juvenil, o voluntariado, a educação intergeracional, familiar e de adultos, bem como do desporto como instrumento educacional, no desenvolvimento de aptidões, competências e comportamentos sociais e cívicos e na formação de cidadãos responsáveis e ativos dos Estados-Membros; frisa a necessidade de reconhecer e validar essas aptidões no quadro da aprendizagem formal e de criar uma ligação mais estreita entre a aprendizagem formal, não formal e informal;

20. Solicita a adoção de uma abordagem de assimilação no âmbito da política de educação a fim de permitir a integração eficaz dos alunos imigrantes nos padrões e valores dos seus países de acolhimento; 21. Chama a atenção para a necessidade de prestar mais informações sobre o processo de integração europeia dentro e fora das escolas, a fim de permitir a participação no debate democrático sobre as diferentes perspetivas da União e de proporcionar transparência aos cidadãos dos Estados-Membros que, de outra forma, não podem formar uma opinião crítica e, assim, contribuir para o bom funcionamento do processo democrático; sublinha, contudo, a necessidade de transmitir informações objetivas e de proporcionar um ensino baseado em factos e isento de qualquer preconceito de ordem ideológica, a fim de não comprometer o livre arbítrio dos cidadãos, inclusive das crianças; 22. Solicita à Comissão que incentive novos trabalhos de investigação para determinar a forma como a UE é atualmente lecionada nas escolas de toda a Europa, a forma como está integrada nos currículos e nos exames, e se (a) professores e educadores têm acesso suficiente aos programas e ações da União relevantes para o desenvolvimento profissional, a aprendizagem ao longo da vida e as plataformas para o intercâmbio de boas práticas, e b) as ações financiadas para incorporar a aprendizagem escolar eficaz sobre a UE têm, no fim, impacto nas escolas; 23. Assinala a existência de redes que promovem a educação sobre a UE a nível nacional, regional e local, e que estão envolvidas nesta atividade, bem como o intercâmbio de boas práticas entre estas redes a nível da União; 24. Destaca o importante papel dos programas Erasmus+, Europa para os Cidadãos e Europa Criativa na promoção da educação e da formação, das competências linguísticas, da cidadania ativa, da sensibilização para as questões culturais e da compreensão do mundo em que vivemos; sublinha a necessidade de dotar estes programas de recursos financeiros adequados e de alargar o acesso dos cidadãos à mobilidade; recorda, não obstante, que embora a mobilidade possa ser considerada uma vantagem, não poderá ser eficaz sem uma definição clara das componentes da Europa e o desenvolvimento da identidade própria de cada nação europeia; defende que a aprendizagem sobre as especificidades nacionais, nomeadamente através do ensino da História, constitui a única forma de identificar aquilo que as nações europeias têm em comum e de valorizar a civilização europeia; 25. Relembra a vasta gama de ações que o Programa Erasmus + possibilita, bem como a popularidade e o reconhecimento deste pelo público em geral, nomeadamente no que diz respeito à mobilidade dos estudantes como parte integrante dos seus estudos; insta a Comissão e os Estados-Membros a sensibilizarem para os aspetos menos conhecidos do Programa Erasmus +, nomeadamente o Serviço Voluntário Europeu; 26. Saúda o Programa de Trabalho da Comissão para 2016 com vista à execução do programa Erasmus+, mas manifesta preocupação pelo facto de as verbas para este programa ainda estarem bloqueadas na Grécia; 27. Exorta a Comissão a reforçar os aspetos pedagógicos, e a capacidade de resposta às necessidades das escolas, dos projetos financiados através dos projetos Jean Monnet,

garantindo que as escolas possam candidatar-se diretamente e facultando um financiamento por um período de tempo mais longo, por exemplo três anos, em conformidade com o modo como os Módulos Jean Monnet são financiados; insta a Comissão a disponibilizar a ação do Módulo Jean Monnet a instituições de formação de professores e a incentivar estas instituições a integrá-la nos seus programas; 28. Observa que a União Europeia atravessa atualmente uma crise de legitimidade democrática, não só devido à falta de conhecimento dos cidadãos europeus sobre os mecanismos da UE, mas também ao facto de a sua voz não ser ouvida nos processos de tomada de decisão; realça que, para recuperar legitimidade, a União tem de travar a desagregação das suas estruturas democráticas e retomar o contacto com os cidadãos; 29. Toma nota da existência das plataformas virtuais etwinning, EPALE e School Education Gateway; 30. Apela à Comissão para que viabilize uma análise crítica, efetuada por professores em atividade e especialistas em estudos sobre a UE, dos materiais atualmente disponíveis na plataforma Teacher's Corner, no intuito de garantir a sua qualidade e adequação; 31. Destaca o papel que os gabinetes de informação das instituições europeias desempenham e regista o seu empenho no fomento das relações com os Estados-Membros, as instituições de ensino nacionais, regionais e locais, as organizações de juventude e os meios de comunicação social, a fim de os aproximarem e assegurarem que os jovens compreendem o papel que as instituições desempenham na sua vida quotidiana; O papel dos Estados-Membros 32. Recorda que, em conformidade com os artigos 6.º e 165.º do TFUE, a UE tem a responsabilidade de prestar apoio aos Estados-membros no domínio da educação; incentiva os Estados-Membros a atualizarem os seus sistemas educativos e todas as formas de conteúdos curriculares relacionados com a UE em todos os níveis de ensino, incluindo no ensino e na formação profissionais a fim de aumentar a prestação de informações sobre o funcionamento da UE, em estreita colaboração com todos os atores pertinentes, incluindo as partes interessadas, ao nível da UE e ao nível nacional, regional e local; 33. Encoraja os Estados-Membros a apoiarem todas as possibilidades de transmissão de mais informação sobre a UE aos estudantes, bem como aos professores e outros educadores, através da aprendizagem formal, não formal e informal, e a explorarem e complementarem plenamente as iniciativas, os programas e os instrumentos financeiros da União neste contexto; 34. Solicita aos Estados-Membros que adotem mais medidas relativas ao ensino da educação cívica nas escolas; sublinha que, em especial após os atentados de 13 de novembro de 2015 em Paris e de 22 de março em Bruxelas, é mais importante do que nunca assegurar que as escolas sejam locais de integração para todos, com base nos valores nacionais e europeus, a fim de garantir os princípios democráticos e o respeito pela cidadania e pela identidade de cada Estado-Membro e da civilização europeia;

35. Exorta os Estados-Membros a aumentarem o investimento na educação e a prestarem o apoio necessário de molde que as escolas e os professores implementem e desenvolvam continuamente cursos e um programa sólido de educação cívica sobre o funcionamento da União; 36. Insta os Estados-Membros a assegurarem um acesso equitativo e inclusivo ao ensino formal e não formal, inovador e de elevada qualidade, a todos os alunos, em especial às pessoas com deficiência, que são com demasiada frequência esquecidas nas políticas de educação; solicita, assim, que sejam proporcionados todos os meios disponíveis com vista ao desenvolvimento das pessoas com deficiência num ambiente educativo aberto e acolhedor, nomeadamente integrando-as, sempre que possível, no sistema de ensino regular; 37. Considera que os Estados-Membros, em diálogo com os agentes educativos, devem procurar oportunidades de intercâmbio de ideias no tocante à aprendizagem sobre a integração europeia e o funcionamento da União, em correlação com o ensino da História no âmbito dos seus programas de estudo, para que os jovens possam aperceber-se do verdadeiro impacto da União nas suas vidas atuais e futuras; 38. Recorda o papel dos parceiros sociais e das organizações da sociedade civil na tarefa de colmatar a lacuna existente entre a União Europeia e os seus cidadãos, sublinhando embora que tal não poderá ser alcançado enquanto as instituições europeias sofrerem de uma crise de legitimidade; salienta, por conseguinte, a necessidade de realizar debates ao mais alto nível entre os Estados-Membros, a Comissão e o Conselho, com vista a identificar as causas reais deste afastamento dos cidadãos dos Estados-Membros relativamente à União Europeia e de tomar as decisões necessárias em conformidade com esses debates; 39. Encarrega o seu Presidente de transmitir a presente resolução ao Conselho, à Comissão e aos Governos e Parlamentos dos Estados-Membros. Or. en