ANEXO 1 GLOSSÁRIO. Vegetação de Restinga

Documentos relacionados
Oscilação Marinha. Regressão diminuição do nível do mar (Glaciação) Transgressão aumento do nível do mar (Inundação)

Ministério do Meio Ambiente

Lagoa Urussanga Velha Lagoa Mãe Luzia

AULÃO UDESC 2013 GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA PROF. ANDRÉ TOMASINI Aula: Aspectos físicos.

RESTINGAS: SER OU NÃO SER, EIS A QUESTÃO...

MAPEAMENTO GEOMORFOLÓGICO COMO APOIO AO PROCESSO DE RESTAURAÇÃO AMBIENTAL DO PARQUE ESTADUAL DO RIO VERMELHO, FLORIANÓPOLIS/SC

Bens da União no litoral. Novembro 2015

Praias Antropizadas Conforme citado anteriormente, os perfis 1, 5, 7, 9 (Passo de Torres), 13, 14, (Balneário Gaivota), 19, 21, 24, 25, 27 (Balneário

Agentes Externos ou Exógenos

Conteúdo: Aula 1: As formas do relevo. A importância do estudo do relevo. A dinâmica do relevo. Aula 2: Agentes externos que modificam o relevo.

Causas Naturais da Erosão Costeira

GEOMORFOLOGIA COSTEIRA: PROCESSOS E FORMAS

MAPA GEOMORFOLÓGICO DO MUNICÍPIO DE ITANHAÉM BAIXADA SANTISTA, SÃO PAULO, BRASIL

Figura 7: Distribuição dos diferentes tipos de perfis localizados nos municípios do setor Sul do litoral catarinense.

Resolução CONAMA nº 303, de 20 de março de Dispõe sobre parâmetros, definições e limites de Áreas de Preservação Permanente. (Publicação - Diári

COMUNIDADE ARBÓREA SOBRE UM SAMBAQUI E A VEGETAÇÃO DE RESTINGA ADJACENTE NO PARQUE ESTADUAL DA ILHA DO CARDOSO. Edison Rodrigues

Pablo Merlo Prata. Vitória, 17 de junho de 2008.

Comparação entre lei 4771 e PL relatado pelo Dep.Aldo Rebelo preparado por Zeze Zakia Versão preliminar ( Definições)

GEOGRAFIA 6 ANO ENSINO FUNDAMENTAL PROF.ª ANDREZA XAVIER PROF. WALACE VINENTE

AGENTES EXTERNOS DO RELEVO

Relevo Brasileiro. Professora: Jordana Costa

FUNÇÕES DESEMPENHADAS PELAS DIFERENTES TIPOLOGIAS DA REN

Importância dos oceanos

III SEMINÁRIO NACIONAL ESPAÇOS COSTEIROS 04 a 07 de outubro de 2016

ASPECTOS ECOLÓGICOS DE Liolaemus occipitalis BOULENGER, 1885 (SQUAMATA, TROPIDURIDAE), MORRO DOS CONVENTOS, ARARANGUÁ, SANTA CATARINA, BRASIL

Geografia de Santa Catarina

GEOLOGIA COSTEIRA DA ILHA DE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC COASTAL GEOLOGY OF THE SÃO FRANCISCO DO SUL/SC ISLAND.

SISTEMA NACIONAL DE CLASSIFICAÇÃO E SUAS DEFINIÇÕES de março 2015 Paramaribo, Suriname

LAMA DE PRAIA CASSINO

7. o ANO FUNDAMENTAL. Prof. a Andreza Xavier Prof. o Walace Vinente


Proposta dos critérios de planejamento da gestão integrada da orla marítima dos municípios do litoral Sul de Santa Catarina.

MAPEAMENTO DE COMPARTIMENTOS FISIOGRÁFICOS DE PLANÍCIE COSTEIRA E BAIXA-ENCOSTA E DA VEGETAÇÃO ASSOCIADA, NO LITORAL NORTE DE SÃO PAULO

Ambientes tectônicos e sedimentação

Sedimentos Costeiros. Transporte de Sedimentos. Transporte de Sedimentos. Transporte de Sedimentos 06/06/2016

Potencial de transporte de areia pelo vento

Figura 07: Arenito Fluvial na baixa vertente formando lajeado Fonte: Corrêa, L. da S. L. trabalho de campo dia

BRASIL: RELEVO, HIDROGRAFIA E LITORAL

Data: /08/2014 Bimestre: 2. Nome: 6 ANO B Nº. Disciplina: Geografia Professor: Geraldo

Vegetação de Restinga

Complexo deltaico do rio Paraíba do Sul: caracterização geomorfológica do ambiente e sua dinâmica recente

Capítulo 11. Biomas e a vegetação Parte 2

DOMÍNIOS AMBIENTAIS DA PLANÍCIE COSTEIRA ASSOCIADA À FOZ DO RIO SÃO FRANCISCO/SE Hélio Mário de Araújo, UFS.

Paisagem Costeira e seus matizes

ANÁLISE DA DINÂMICA DUNÁRIA E DA EXPANSÃO URBANA DA CIDADE DE TUTÓIA (MA) ENTRE 1987 E 2010

Aula Bioma e Vegetação. Prof. Diogo Máximo

IMPACTOS DA ELEVAÇÃO DO NÍVEL DO MAR NO LITORAL SUL DE SÃO PAULO E POSSÍVEIS MEDIDAS DE PREVENÇÃO, MITIGAÇÃO E ADAPTAÇÃO

Biomas brasileiros: Florestas

III SEMINÁRIO NACIONAL ESPAÇOS COSTEIROS 04 a 07 de outubro de 2016

TIPOS DE VEGETAÇÃO E OS BIOMAS BRASILEIROS. Profº Gustavo Silva de Souza

FRAGILIDADE DOS AMBIENTES NATURAIS DA MICROBACIA HIDROGRÁFICA DA LAGOA DE IBIRAQUERA SANTA CATARINA, BRASIL, FRENTE ÀS MODIFICAÇÕES DO USO DO SOLO.

O RELEVO DA TERRA Capítulo 2

BIOMAS DO BRASIL E DOMÍNIOS MORFOCLIMÁTICOS. Prof ª Gustavo Silva de Souza

GEOGRAFIA DE SANTA CATARINA E BACIAS HIDROGRÁFICAS DO BRASIL Profº Gustavo Silva de Souza

2017 Ecologia de Comunidades LCB Prof. Flávio Gandara Prof. Sergius Gandolfi. Aula 2. Caracterização da Vegetação e Fitogeografia

Estudo dos potenciais naturais da Reserva de Desenvolvimento Sustentável Estadual Ponta do Turabão/ RN para o Ecoturismo Educativo Comunitário

Ecossistemas Costeiros

APLICAÇÃO DA GEOTECNOLOGIANAANÁLISE GEOAMBIENTAL DA GRANDE ROSA ELZE NO MUNICÍPIO DE SÃO CRISTÓVÃO-SE

Curso de Engenharia Civil

RESTINGAS: IMPORTÂNCIA E PROTEÇÃO JURÍDICA

UNIDADES GEOMORFOLÓGICAS E PROBLEMAS AMBIENTAIS NA BACIA DO RIO JACARÉ, MUNICÍPIO DE NITEROI-RJ

UNIDADES DO RELEVO E CLASSIFICAÇÃO DO RELEVO BRASILEIRO. Módulos 29 e 30 Livro 2 paginas 122 a 124 / 127 a 129

ROCHAS SEDIMENTARES. Prof.ª Catarina Reis

Ficha de Actividades/Relatório para o Ensino Secundário Um Olhar Sobre a Lagoa dos Salgados. Escola: Ano Lectivo: Introdução

Figura 8: Distribuição dos diferentes tipos de praias localizados nos municípios do setor Centro- Norte do litoral catarinense.

CARACTERIZAÇÃO GEOMORFOLÓGICA DO POVOADO PONTA DO MANGUE LENÇOIS MARANHENSES. SOUZA, U.D.V. ¹ ¹ (NEPA/UFMA)

RELATO DE DEGRADAÇÃO AMBIENTAL EM UMA ÁREA DE PROTEÇÃO AMBIENTAL APA COSTA DOS CORAIS ÀS MARGENS DA PE-76 NO MUNICÍPIO DE TAMANDARÉ PERNAMBUCO.

GEOLOGIA GERAL CIÊNCIAS BIOLÓGICAS

DIREITO AMBIENTAL. Proteção do meio ambiente em normas infraconstitucionais. Plano Nacional de Gerenciamento Costeiro Lei n 7.

1. (Unesp 2017) Leia os excertos do geógrafo Aziz Nacib Ab Sáber.

Exercitando Ciências Tema Ecossistemas Brasileiros. (Terrestres, Litorâneos e de Transição)

GEOMORFOLOGIA FLUVIAL: PROCESSOS E FORMAS

Cartas de Sensibilidade a Derramamento de Óleo Costeira e Terrestre. Prof Dr Paulo Márcio Leal de Menezes ICA SBC - UFRJ

Projeto Lagoas Costeiras

Luciana Scur Felipe Gonzatti Eduardo Valduga Ronaldo Adelfo Wasum

Formulário para Licenciamento de CONSTRUÇÃO DE AÇUDES OU TANQUES

Tipos de Ecossistemas Aquáticos

VULNERABILIDADE AMBIENTAL DAS UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DE SABIAGUABA, FORTALEZA-CE.

Descrição da área de estudo

EROSÃO COSTEIRA E OS DESAFIOS DA GESTÃO COSTEIRA NO BRASIL: REFLEXOS DAS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Orogênese (formação de montanhas): o choque entre placas tectônicas forma as cordilheiras.

SOLO FORMAÇÃO E UTILIZAÇÃO

GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA

ANÁLISE DA ENERGIA DO RELEVO E DO USO DA TERRA NO MUNICÍPIO DE MONGAGUÁ (SP) SATO, S.E. 1 CUNHA, C.M.L. 1

As praias do Ribeiro, Atalaia do Mariscal, Sepultura, Ilhota, Atalaia, Molhe e Vermelha 3 (Penha) também apresentam poucas construções (Fichas 18 a

A importância do trabalho de campo no ensino aprendizagem de geografia física

DIAGNÓSTICO AMBIENTAL DO PORTO ORGANIZADO DE ÓBIDOS

Por que as paisagens possuem características únicas?

O que é hidrografia? É o ciclo da água proveniente tanto da atmosfera como do subsolo.

Mapeamento Costeiro. Métodos e técnicas para configurar espacialmente feições costeiras para interpretações geológicas e geomorfológicas

Ocupação antrópica e problemas de ordenamento Zonas Costeiras

Vegetação do Brasil e suas características

Aula Bioma e Vegetação. Prof. Diogo

Regime Patrimonial dos Espaços Litorâneos

O que é tempo geológico

MAPA GEOLÓGICO DA PLANÍCIE COSTEIRA ADJACENTE AOS RECIFES DE ARENITO DO LITORAL DO ESTADO DO PIAUÍ

GEOMORFOLOGIA. Prof. Dr. Adilson Soares. Universidade Federal de São Paulo

Caracterização da Ecorregião do Planalto Central

GEOLOGIA GERAL GEOGRAFIA

Atividades. As respostas devem estar relacionadas com o material da aula ou da disciplina e apresentar palavras

Transcrição:

ANEXO 1 GLOSSÁRIO Vegetação de Restinga Entende-se por restinga um conjunto de ecossistemas que compreende comunidades vegetais florísticas e fisionomicamente distintas, situadas em terrenos predominantemente arenosos, de origens marinha, fluvial, lagunar, eólica ou combinações destas, de idade quaternária, em geral com solos pouco desenvolvidos. Estas comunidades vegetais formam um complexo vegetacional edáfico e pioneiro, que depende mais da natureza do solo que do clima, encontrando-se em praias, cordões arenosos, dunas e depressões associadas, planícies e terraços. A vegetação de restinga compreende formações originalmente herbáceas, subarbustivas, arbustivas ou arbóreas, que podem ocorrer em mosaicos e também possuir áreas ainda naturalmente desprovidas de vegetação; tais formações podem ter-se mantido primárias ou passado a secundárias, como resultado de processos naturais ou de intervenções humanas. Em função da fragilidade dos ecossistemas de restinga, sua vegetação exerce papel fundamental para a estabilização dos sedimentos e a manutenção da drenagem natural, bem como para a preservação da fauna residente e migratória associada à restinga e que encontra neste ambiente disponibilidade de alimentos e locais seguros para nidificar e proteger-se dos predadores (Resolução CONAMA 261/1999) Vegetação de praias e dunas frontais A vegetação é constituída predominantemente por plantas herbáceas geralmente providas de estolões ou rizomas, com distribuição geralmente esparsa ou formando touceiras, podendo compreender vegetação lenhosa, com subarbustos em densos agrupamentos, fixando e cobrindo totalmente o solo. Corresponde aos agrupamentos vegetais mais próximos do mar, recebendo maior influência da salinidade marinha, através de ondas e respingos levados pelo vento (Resolução CONAMA 261/1999). Duna Unidade geomorfológica de constituição predominante arenosa, com aparência de cômoro ou colina, produzida pela ação dos ventos, situada no litoral ou no interior do continente, podendo estar recoberta, ou não, por vegetação (Resolução CONAMA 303/2002). Praia Entende-se por praia a área coberta e descoberta periodicamente pelas águas, acrescida da faixa subseqüente de material detrítico, tal como areias, cascalhos, seixos e pedregulhos, até o limite onde se inicie a vegetação natural, ou, em sua ausência, onde comece outro ecossistema (Lei 7.661/88). 204

Cordão Arenoso São acumulações alongadas, em geral de composição arenosa, dispostas paralelamente as linhas praiais e separadas entre si por depressões (SUGUIO, 1992). Embasamento Rochoso São pacotes rochosos formados pelos fragmentos de rochas sedimentares (ardósia, folhelhos e outras). (SUGUIO, 1992). Lagoas São corpos de águas rasas e de pequena profundidade, podendo ser originadas de águas de rios, oceanos, das chuvas ou do lençol freático. Não possuem comunicação com o mar (SUGUIO, 1992). Laguna São corpos de águas rasas e calmas, situados na planície costeira, possuindo comunicação com o mar (através de canais) (SUGUIO, 1992). Área Úmida Esta área possui como característica o solo inundado devido à baixa declividade. Encontram-se ao redor das lagoas ou nas depressões dos cordões arenosos (Ana F. da Silva, comunicação pessoal). 205

Anexo 2 Coordenadas geográficas dos perfis praiais localizados no litoral sul catarinense. Pontos Leste (X) Norte (Y) Município P-01 624763,96 6755779,32 Passo de Torres P-02 625327,66 6756463,76 Passo de Torres P-03 625204,83 6757048,97 Passo de Torres P-04 626414,83 6757914,90 Passo de Torres P-05 628693,72 6761066,38 Passo de Torres P-06 628359,16 6760674,82 Passo de Torres P-07 629450,60 6762006,70 Passo de Torres P-08 629957,63 6762742,54 Passo de Torres P-09 630197,23 6763156,01 Passo de Torres P-10 631954,15 6766390,54 Balneário Gaivota P-11 635490,19 6770217,72 Balneário Gaivota P-12 636389,78 6771170,22 Balneário Gaivota P-13 637924,36 6772916,47 Balneário Gaivota P-14 638665,20 6774080,64 Balneário Gaivota P-15 639485,41 6774768,56 Balneário Gaivota P-16 640041,03 6775377,10 Balneário Gaivota P-17 642929,42 6778767,38 Balneário Gaivota P-18 642933,50 6778741,42 Balneário Gaivota P-19 647343,55 6784293,58 Balneário Arroio do Silva P-20 651201,72 6788476,75 Balneário Arroio do Silva P-21 649645,43 6786965,88 Balneário Arroio do Silva P-22 650306,89 6787521,50 Balneário Arroio do Silva P-23 651603,35 6789029,63 Balneário Arroio do Silva P-24 654646,06 6792389,85 Balneário Arroio do Silva P-25 655980,50 6793716,29 Balneário Arroio do Silva P-26 656471,69 6794268,39 Balneário Arroio do Silva 206

P-27 657462,87 6795208,54 Balneário Arroio do Silva P-28 658541,09 6796175,60 Araranguá P-29 659220,84 6796889,15 Araranguá P-30 659820,97 6797443,24 Araranguá P-31 660904,78 6799029,34 Araranguá P-32 662768,79 6800591,95 Araranguá P-33 664664,83 6801931,17 Araranguá P-34 665308,79 6802655,70 Araranguá P-35 666883,13 6804458,40 Içara P-36 667777,18 6805579,41 Içara P-37 670335,89 6807206,54 Içara P-38 670948,65 6807688,30 Içara P-39 672588,56 6809100,30 Içara P-40 674436,94 6810662,01 Içara P-41 676985,08 6812656,07 Içara P-42 675660,22 6811639,38 Içara P-43 631390,09 6764794,68 Balneário Gaivota P-44 645866,65 6782389,91 Balneário Arroio do Silva P-45 648901,17 6786016,61 Içara 207

Anexo 3 Mapas de caracterização ambiental dos municípios localizados entre Passo de Torres e Içara, SC. 208