Ano Lectivo 2012/2013 Governo da República Portuguesa
Não há a mínima dúvida de que hoje em dia não podemos viver sem os computadores. Eles são infiltrados em todos os aspectos das nossas vidas, são eles que permitem levantar dinheiro nas caixas Multibanco, controlam o tráfego nas grandes cidades, permitem que façamos transacções comerciais em qualquer lugar do mundo. Etc
1) O Abacus 2) A Pascaline 3) O Aritmómetro 4) A Máquina Diferencial de Babbage 5) A máquina Analítica 6) O Cartão Perfurado
Há cerca de 5000 anos emergiu na Ásia Menor o Abacus, qua ainda se encontra actualmente em uso, e que pode ser considerado como o primeiro computador da história da humanidade. Este aparelho permite ao utilizador executar cálculos (somar, subtrair) deslizando um conjunto de rodas num eixo. As barras actuam como colunas que posicionam casas decimais: cada bola na barra das unidades vale um, na barra das dezenas vale 10 e assim por diante.
Só passados praticamente 12 séculos houve outro avanço significativo nos dispositivos de cálculo. 1642, Blaise Pascal inventou aquilo a que chamou uma calculadora numérica a rodas. Esta calculadora também chamada Pascaline, usava 8 discos móveis que permitiam executar somas até 8 dígitos.
Em 1964, o matemático e filósofo Alemão Gottfried Wilhem Von Leibniz aperfeiçoou a Pascaline, criando uma máquina que também podia executar multiplicações.
Em 1820, o Francês Charles Xavier Thomas de Colmar inventou uma máquina capaz de executar as quatro operações aritméticas. A esta máquina foi dado o nome de Aritmómetro. Devido à sua versatilidade, o aritmómetro foi largamente usado até à Primeira Guerra Mundial.
Mas o inicio dos computadores, como os conhecemos hoje, deu-se com um professor de matemática Inglês, Charles Baddage. Em 1812, Baddage apercebeu-se da existência de uma certa harmonia entre as máquinas e a matemática: as máquinas eram óptimas a executar tarefas repetidas sem erros; Enquanto a matemática, particularmente a produção de tabelas, requer uma repetição de operações.
O problema estava somente em aplicar a habilidade das máquinas às necessidades da matemática. A 1ª tentativa de resolver esta questão foi em 1822, quando apresentou uma máquina capaz de executar equações diferenciais. Movida a vapor e bastante grande, a máquina tinha um programa e podia executar cálculos e imprimir os resultados automaticamente.
Após trabalhar durante 10 anos na sua máquina Diferencial, Baddage começou a trabalhar naquele que foi considerado o 1º computador, a que ele deu o nome de Máquina Analítica.
Quem deu uma enorme ajuda para o desenvolvimento da máquina foi Augusta Ada King, Condessa de Lovelace e filha do poeta Inglês Lord Byron. Como assistente de Baddage e profunda conhecedora da máquina ela criou as rotinas com instruções que faziam com que a máquina funcionasse, tendo-se tornado na 1ª mulher programadora. Nos anos 80, o Departamento de Defesa dos Estados Unidos decidiu, em sua honra, dar o nome de ADA a uma linguagem de programação.
Era constituída por cerca de 50,000 componentes e no seu desenho básico incluía dispositivos de entrada na forma de cartões perfurados contendo as instruções de operação e um sistema de armazenamento que permita memorizar 1,000 números com um comprimento para decimais de até 50 dígitos. Tinha também uma unidade de controlo que permitia processar instruções em qualquer sequência e dispositivos de saída que produziam resultados impressos.
A ideia da utilização dos cartões perfurados veio do tear de Jacquard. Esse tear foi inventado em 1820 por Joseph Marie Jacquard e usava precisamente os cartões perfurados para controlar os padrões a serem tecidos.
O conceito dos cartões perfurados foi novamente aplicado à computação em 1889 por Herman Hollerith, para computar os resultados do recenseamento de 1889 nos Estados Unidos. Em vez de os usar como Baddage para dar instruções à maquina, hollerith usou os cartões como sistema de armazenamento de dados, que depois eram introduzidos numa máquina que compilava os resultados mecanicamente.
Cada furo no cartão representava um número e combinações de dois furos representava uma letra. Cada cartão era possível armazenar até 80 variáveis.
Posteriormente, Hollerith comercializou o leitor de cartões perfurados. Em 1896 fundou a Tabulating Machine Company, que mais tarde se transformou na conhecida International Busines Machine.