A Saúde Ocupacional e a Crise Actual. Álvaro Durão



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Transcrição:

Seminário ANTESHT Évora, 27 de Novembro de 2009 Conferência de Encerramento A Saúde Ocupacional e a Crise Actual Álvaro Durão Especialista em Medicina do Trabalho 1

Saúde Ocupacional, Globalização e desafios de hoje Globalização É hoje difícil encontrar alternativa a este dominante modelo de mercado económico Repercussões económicas, políticas e culturais Países com diferentes níveis de protecção social Pode ser vista como limitação à protecção do trabalhador Diferenças entre trabalhar numa grande ou pequena empresa Desigualdades de Saúde e Segurança nos diferentes países A SST não pode ser considerada como um direito não garantido Marie,JL. INRS.2006. In Med Lav. Itália Podemos relegar a SO para uma preocupação secundária? Nós acreditamos que trabalhar num ambiente decente é uma exigência não negociável INRS, França, 2006 2

Sobre a Saúde dos Trabalhadores 3

A saúde dos trabalhadores no contexto da crise actual Para além da obrigação inalienável dos empregadores em relação à Saúde e Segurança no Trabalho, as empresas necessitam do apoio dos técnicos da Saúde Ocupacional para que respondam ao desafio de identificar, prevenir e controlar os riscos relacionados com o ambiente e condições de trabalho. Mas os trabalhadores, tal como a população não activa, também estão sujeitos aos riscos relacionados com as condições ambientais da sociedade em que se integram. Em época de crise, ficam expostos a riscos psicossociais acrescidos, entre os quais os relacionados com a insegurança no emprego, desemprego, endividamento e com os riscos persistentes e emergentes relacionados com a pobreza. 4 Entre os riscos psicossociais que afectam as actuais sociedades ditas desenvolvidas são agora mais evidentes os que agridem os desempregados e, em especial, os que se habituaram à regra do mercado mais agressivo: compre, use e pague quando queira 4

Riscos psicossociais, stresse e suicídio Não se pode esperar que os trabalhadores possam sempre resistir mais Papel da crise económica actual Razões porque os trabalhadores são afectados Sinais que devem alertar os gestores Prevenção dos riscos psicossociais nas empresas. Que fazer? Possibilidades de actuação para evitar stresse e suicídio Num contexto difícil pode aumentar o medo de perder o emprego, o desemprego e a aceitação de condições difíceis 3 Os que ficam, esperam ver quem será o próximo Continuar a produzir o mesmo com menos efectivos Sentimento de culpa em relação aos que foram despedidos 3 Efeitos do distresse para os trabalhadores e empresas Valérie Langevin. In Travail & Securitá. Nov 2009 nº 700 pp.12-13 5

Da Saúde Ocupacional e da crise em Portugal 6

Portugal não podia escapar à crise actual À crise económica estrutural de Portugal vieram juntar-se problemas financeiros que difundiram dos EUA a todos os países com quem mantemos relações comerciais privilegiadas. Os efeitos da inflação negativa pouco se fazem sentir na economia individual e familiar. Os comportamentos e estilos de vida não se alteram de um dia para o outro, como acontece com os hábitos consumistas. 4 O desequilíbrio psicossocial da população activa, responsável por distresse, instabilidade laboral e desemprego, justificou uma enorme corrida a: Acções de Formação e aperfeiçoamento profissional Recurso ao Subsídio de Desemprego Empreendedorismo, e integração em novas actividades Apoio dos Serviços de Saúde 7

Portugal não podia escapar à crise actual Com economia dependente, e agora com menor poder de compra Sem atractivos fiscais, sem matérias primas e fontes energéticas Sem bons níveis de formação industrial de nível intermédio Com processos burocráticos pesados e Justiça muito lenta Com intenso fluxo de importação e menor corrente de exportação Sem hábitos de poupança e fortes hábitos consumistas 6 Há uma maior procura e corrida aos SERVIÇOS DE SAÚDE? Além do impacto financeiro e económico da crise e dos escândalos denunciados, o brutal aumento do desemprego e do trabalho precário veio alterar, de forma muito marcada, o equilíbrio psicossocial da população activa e a relação do trabalhador com o Sector Saúde 8

Apoio dos Serviços de Saúde em Portugal Em complemento das prestações sociais e, especificamente, das acções de formação e das iniciativas de empeendedorismo para aproveitar o empenho individual em criar novos modelos de actividade, temos cerca de 10% da população desempregada que vai necessitar apoio e, nomeadamente, do apoio dos Serviços de Saúde. O apoio de saúde de que os desempregados podem necessitar só poderá ser disponibilizados pelos: Serviços de Saúde Ocupacional Serviço Nacional de Saúde 9

Sobre o possível apoio dos Serviços de Saúde Ocupacional 10

Filosofia da Saúde Ocupacional Fundamentos, princípios, valores, causas e coisas do conhecimento técnico e cientifico e da cultura e ética para preservar a saúde da população activa Vias de encontro de novos caminhos para utilizar o conhecimento disponível, aprender a fazer melhor para Ajudar o trabalhador a manter a saúde Promover o trabalho seguro, decente 11

Apoio dos Serviços de Saúde Ocupacional Em Portugal, alguns grupos profissionais ainda não contam com prestações dos Serviços de Saúde e Segurança no Trabalho. Mesmo em sectores do Estado, e em grandes Empresas, os trabalhadores nem sempre têm acesso a Serviços Internos de Saúde e Segurança no Trabalho, e muitos não contam com programas próprios de vigilância e de promoção da saúde. É muito frequente verificar que esta obrigação legal está pretensamente a ser cumprida por Serviços Externos, por empresas de prestação de serviços cujo compromisso é proceder a um exame médico anual ou de dois em dois anos. Os serviços que asseguram a vigilância da saúde dos trabalhadores merecem e necessitam ser considerados órgãos staff das Administrações, tecnicamente autónomos, e aceites como credíveis pelos trabalhadores, empregadores e pelos organismos estatais responsáveis. Interessa conhecer e ter em conta a percepção dos TRABALHADORES 12

Percepção dos trabalhadores sobre a Saúde Ocupacional 13

Percepção dos trabalhadores sobre a Vigilância da Saúde Para que as consultas dos médicos do trabalho sejam eficazes é necessário fazer com que os trabalhadores acreditem na necessidade e na utilidade destes exames médicos. Para isso, e segundo um Estudo que analisou os vaticínios de satisfação de 1389 utentes que responderam a um questionário, contribuem: a forma como são recebidos, as boas maneiras da recepcionista, a limpeza do local de exame, o tempo de espera, o debate de questões privadas, a ânsia relativa às características do examinador e o aconselhamento de ajuda do médico. 6 A conclusão do Estudo indica a importância da privacidade, a confiança que o examinador inspire e o aconselhamento para que o trabalhador faça uma boa gestão da sua saúde. In Predictors of Japanese workers satisfaction with their annual health checkups Kudo, Yasushi et al. Dep. de Medicina Preventiva Kitasato University Kanagawa, Japan, 2007 14

Percepção dos trabalhadores sobre a Vigilância da Saúde Em que medida os trabalhadores utilizam os resultados A legislação sobre Segurança e Saúde no Trabalho determina que os Trabalhadores sejam anualmente submetidos a exame de saúde no local de trabalho (no Japão). A Saúde Ocupacional deve: Convencer os trabalhadores da importância e eficácia dos comportamentos saudáveis; Demonstrar uma grande dedicação dos médicos; Aconselhar a adopção de estilos de vida e hábitos saudáveis de forma convincente; Garantir a privacidade dos trabalhadores. From The degree of workers use of annual health checkup results among Japanese workers Kudo, Yasushi. Dep. de Medicina Preventiva Kitasato University Kanagawa, Japan, 2007 15

Sobre o possível apoio do Serviço Nacional de Saúde 16

Saúde Ocupacional e Serviço Nacional de Saúde Mesmo nas Empresas que dispõem de Serviços Internos de Medicina do Trabalho, a sua valência de Saúde Mental tem, em regra, uma capacidade limitada. Acresce que o acesso de desempregados e ex-trabalhadores a esses serviços não está previsto nem facilitado. Está previsto na lei que o Serviço Nacional de Saúde assegure aos trabalhadores agrícolas, independentes e a outros grupos a vigilância e demais cuidados de Saúde Ocupacional O acesso a estes serviços seria necessário para atender os trabalhadores sem outra alternativa, e muito útil para acompanhar os reformados e desempregados Os Médicos do Trabalho nestes serviços poderiam facilmente angariar credibilidade por respeitarem a privacidade dos utentes e serem dedicados, independentes do empregador e terem apoio desaúde Mental. 17

Serviço Nacional de Saúde Panorama actual Novas instalações Novas tecnologias e equipamentos Pessoal mais preparado Utentes mais informados e exigentes Elevados recursos financeiros, sempre escassos O SNS foi criado há 30 anos. Nos últimos 20 anos as despesas do SNS aumentaram 5 vezes. Têm crescido mais de 5% ao ano (Bastante mais acelerado que o PIB) 18

Serviço Nacional de Saúde 4º lugar dos Países que mais gastam (em relação ao PIB) Caracteriza o aumento de acesso Aumento dos idosos e diminuição da natalidade; Mais informação e consciencialização dos cidadãos; Riscos psicossociais relacionados com a situação nilaboral e o stresse relacionado com a crise. Os gastos do SNS representam 26% do Orçamento do Estado E, entretanto, continua a ser desejável Melhorar o acesso Aumentar a eficiência Incrementar a qualidade 19

Diminuição da natalidade em Portugal Evolução da idade do primeiro parto Em 1999 > 23 anos Em 2009 > 28 anos Em 1975 nasceram 180.000 crianças Em 2009 nascerão, pela primeira vez, menos de 100.000 As limitações económicas poderão causar nascimentos ainda mais tardios 20

Em suma Em Portugal blá blá aaaaaaa bbbbb Vou fazer o texto com o que me disserem 21

Em suma Em Portugal, o stresse causado pela concorrência e movimentos migratórios, pela banalização de procedimentos ilícitos e pelo desemprego, e os efeitos reais da crise, vieram alterar, de forma muito marcada, a tranquilidade e o equilíbrio psicossocial da população empregada que trabalha. Estes factores perturbaram também os que viviam do rendimento de pequenas poupanças. E também perturbaram os que, por tradição e cultura tendo ou não emprego sentiram que poderiam vir a ter dificuldades acrescidas e limitar os seus hábitos de gastança. 6 No contexto actual fomos confrontados com desafios que superaremos com políticas económicas e sociais bem escolhidas e coordenadas, ajustadas ao Mercado Único adaptado ao Século XXI, e promovendo investimentos que assegurem a competitividade e os direitos no trabalho e em saúde. 22

Promover investimentos para assegurar a competitividade e direitos no trabalho e em saúde significa, para nós, oferecer aos trabalhadores os serviços e intervenções necessários e fiáveis para Manutenção e Promoção da Saúde e para assegurar condições e ambientes de trabalho seguras e saudáveis. 23

A Comissão Europeia, a Saúde e a Crise 24

Trabalhar em conjunto para ultrapassar a crise Mensagens da Comissão Europeia Tudo que a Comissão está a fazer para ultrapassar a crise visa a estabilidade do sistema, para o bem-estar dos cidadãos. A crise levará tempo a cessar. Mas nós poderemos minimizar os efeitos negativos e resolvê-la, se aprendermos as lições ao revermos a evolução das anteriores. Temos uma via para sair da recessão e para sair da dívida. A Comissão trabalha com os Estados Membros para repor o Fundo Social e manter o emprego, e Trabalha para reduzir o impacto da crise, monitoriza os fundos, mesmo através do Fundo de Ajustamento da Globalização. Débitos excessivos não se empilham para futuros impostos. Posições insustentáveis em certos Estados Membros não podem danificar outros, nem a confiança na União Europeia ou na zona Euro. 25

Trabalhar em conjunto para ultrapassar a crise Mensagens da Comissão Europeia Agenda para garantir saída eficaz da crise e bem-estar dos cidadãos: Reforçar o tecido industrial da Europa. Assegurar um moderno Sector de Serviços. Economia Rural próspera. Reforçar o Sector Marítimo. Reforçar a Política de Investigação Desenvolver novas fontes de crescimento económico e de coesão social. Expandir actividades com tecnologias novas e limpas e criar programas de emprego num ambiente de trabalho em mutação. Melhorar a qualidade do ensino e apoiar a juventude. O cumprimento desta AGENDA implica relançar a Saúde Ocupacional 26

Trabalhar em conjunto para ultrapassar a crise Campanha Europeia sobre Avaliação de Riscos Com 450 mortes de europeus diárias por causas relacionadas com o trabalho a SST não pode ser considerada como um luxo, neste tempo de crise económica. (Jukka Takala, Director da EU-OSHA) Dinheiro gasto para assegurar a saúde e segurança dos nossos trabalhadores é um investimento e não um custo, já que 6% do produto europeu é perdido devido a AT e DP. Slogan: Locais de trabalho saudáveis: Bom para si. Bom para os negócios. O Inquérito sobre riscos novos e emergentes nas empresas: os actores responsáveis são questionados sobre gestão de riscos, e especialmente sobre riscos psicossociais Os programas de SST têm o potencial de nos manter equipados para enfrentar os desafios futuros do desenvolvimento demográfico e incrementar a economia mundial globalizada. (Sven O. Littorin, Swedish Minister of Employment) Evento de encerramento da Campanha em 17.Nov.2009 com a presença do Ministro Sueco do Emprego, Ministro Espanhol do Emprego e Imigração e Ministro do Emprego do Governo Vasco 27

Em suma A Comissão Europeia tem aprovado Directivas para protecção da saúde dos trabalhadores que Portugal tem transposto para o Direito Nacional Tem preparado Comunicações relativas à responsabilidade Social das Empresas (ex:com(2002) 347 de 2 de Julho) Definiu a Estratégia para 2020 e preparou AGENDAS para sair da crise 8 Analisa e divulga informação sobre a evolução da crise e sobre o plano de relançamento económico e social A Comissão Europeia pede aos Estados Membros Informes de Progresso Vai estabelecer quadros dos Estados bem comportados 28

Seminário ANTESHT Évora, 27 de Novembro de 2009 Muito obrigado A Saúde Ocupacional ainda não dispõe de novos caminhos e ferramentas para utilizar o conhecimento disponível e aprender a defender os trabalhadores em época de crise. Temos que aprender a fazer melhor 29

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