Aula 84 SERVIDOR PÚBLICO. De acordo com o art. 151, o processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases:

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Transcrição:

Página1 Curso/Disciplina: Direito Administrativo Aula: Servidor Público: Demissão. Processo administrativo disciplinar sumário 84 Professor (a): Luiz Oliveira Castro Jungstedt Monitor (a): Luis Renato Ribeiro Pereira de Almeida Aula 84 SERVIDOR PÚBLICO 1. Demissão (continuação): De acordo com o art. 151, o processo disciplinar se desenvolve nas seguintes fases: a) instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão; b) inquérito administrativo, que compreende instrução, defesa e relatório; c) julgamento. Porém, a Lei 8.112 consagra também um processo disciplinar sumário na União, que não é encontrado nos outros entes da Federação. Logo, na União há dois processos administrativos disciplinares, que terão sequencias diferentes. No processo sumário, em vezes de uma fase de inquérito, há uma instrução sumária. a) instauração; b) instrução sumária; c) julgamento.

Página2 Quando o processo não é punitivo, normalmente se fala em instrução em vezes de inquérito ; e decisão em vez de julgamento. Logo, nos processos que não são punitivos existem as seguintes fases: a) instauração; b) instrução; c) decisão. Nos processos punitivos, o inquérito se subdivide em: a) instrução; b) defesa; c) relatório. O processo administrativo disciplinar (sumário ou não) são obrigatórios, sob pena de prevaricação, condescendência criminosa. Ao tomar conhecimento da irregularidade, a autoridade superior tem a obrigação de apurá-la. Para tanto, existe a sindicância como uma forma preliminar de apuração. No direito administrativo, o inquérito é fase do processo disciplinar (diferentemente do que ocorre no direito processual penal, em que o inquérito policial é anterior ao processo). O que pode existir antes do processo é a sindicância. A sindicância não é acusatória, tem o objetivo apenas de coletar dados (rápida investigação) para identificar se realmente a infração existiu. Verificada a ocorrência da infração, deve ser instaurado o processo. Os autos da sindicância são encerrados, sendo formulado um relatório que recomenda a instauração do processo. A sindicância pode ser feita por apenas um servidor ou por uma comissão de sindicância. A Lei 8.112 exige uma comissão de sindicância, no art. 149, 2.º (que trata da suspeição). A comissão é composta por 3

Página3 integrantes. Obs.: A comissão que realiza a instrução sumária no processo disciplinar é composta por 2 servidores. Art. 149. 2.º. Não poderá participar de comissão de sindicância ou de inquérito, cônjuge, companheiro ou parente do acusado, consangüíneo ou afim, em linha reta ou colateral, até o terceiro grau. De acordo com o art. 145, parágrafo único, o prazo para conclusão da sindicância não excederá 30 dias, podendo ser prorrogado por igual período, a critério da autoridade superior. Portanto, a comissão de sindicância tem a atribuição de realizar uma investigação. Concluindo que não há infração, os autos são arquivados; verificada infração punida com sanção média ou grave, encerra-se a sindicância e solicita-se a instauração do processo disciplinar, para que, observada ampla defesa e contraditório, seja aplicada a sanção. Quando na sindicância identifica-se uma infração leve, que receberá uma sanção suave, seria desnecessário instaurar um processo disciplinar com todas as fases indicadas para punir. Assim, a Lei 8.112 admitiu que a sindicância possa punir o servidor: ao final do relatório, o servidor será citado para que exerça sua ampla defesa e contraditório. Com o advento da CRFB/88, para a aplicação de qualquer sanção é necessária a observância de ampla defesa e contraditório. Art. 145. Da sindicância poderá resultar: I - arquivamento do processo; II - aplicação de penalidade de advertência ou suspensão de até 30 (trinta) dias; III - instauração de processo disciplinar. A sindicância, porém, não é obrigatória. Se já houver dados suficientes para instaurar o processo a sindicância não é necessária. A opção por realizara ou não a sindicância fica a critério da autoridade superior. Antes da CRFB existia o termo de declaração e a verdade sabida, que permitiam o sancionamento sem ampla defesa e contraditório. Hoje, o termo de declaração e a verdade sabida no máximo servirão para substituir a sindicância e instaurar diretamente o processo. A verdade sabida era quando todos viam o servidor praticando a infração. O servidor é pego em flagrante. O termo de declaração é uma espécie de confissão. Antes da CRFB/88, ambos geravam a punição imediata, pois não era necessário respeitar ampla defesa e contraditório. A verdade sabida não se confunde com a verdade material. Na verdade material, a própria Administração Pública faz as suas investigações, produzindo provas. No processo administrativo (diferentemente do processo penal), embora a Administração seja concomitantemente parte e autoridade julgadora, ela mesma pode produzir provas. A autoridade superior pode discordar do relatório da sindicância, não instaurando o processo administrativo (mesmo que o relatório da comissão aconselhe). No entanto, a autoridade superior deve

Página4 apresentar motivação suficiente e pertinente para justificar tal conduta (exemplos: a sindicância foi mal conduzida, o relatório contraria as provas dos autos da sindicância etc). Não é possível que a negativa de instauração do processo seja arbitrária. No mesmo sentido, o julgamento não necessariamente deve acatar o relatório da comissão de inquérito. Em regra, há obrigação de investigar (instaurar de sindicância e/ou processo administrativo disciplinar), nos termos do art. 143. Art. 143. A autoridade que tiver ciência de irregularidade no serviço público é obrigada a promover a sua apuração imediata, mediante sindicância ou processo administrativo disciplinar, assegurada ao acusado ampla defesa Ao instaurar o processo administrativo, na União, a autoridade superior deve realizar determinados atos, como a formação de comissão de inquérito (Obs.: em determinados Estados e Municípios, como no Rio de Janeiro, existem comissões permanentes de inquérito). 133). A comissão é formada por 3 servidores (art. 149); e no processo sumário, 2 servidores estáveis (art. Art. 149. O processo disciplinar será conduzido por comissão composta de três servidores estáveis designados pela autoridade competente, observado o disposto no 3o do art. 143, que indicará, dentre eles, o seu presidente, que deverá ser ocupante de cargo efetivo superior ou de mesmo nível, ou ter nível de escolaridade igual ou superior ao do indiciado. Art, 133. I - instauração, com a publicação do ato que constituir a comissão, a ser composta por dois servidores estáveis, e simultaneamente indicar a autoria e a materialidade da transgressão objeto da apuração. 2. Processo administrativo disciplinar sumário. O processo sumário é instaurado em razão de infrações documentadas, de fácil percepção, em que a irregularidade é facilmente identificada, tornando desnecessária a investigação. Art. 133. Detectada a qualquer tempo a acumulação ilegal de cargos, empregos ou funções públicas, a autoridade a que se refere o art. 143 notificará o servidor, por intermédio de sua chefia imediata, para apresentar opção no prazo improrrogável de dez dias, contados da data da ciência e, na hipótese de omissão, adotará procedimento sumário para a sua apuração e regularização imediata, cujo processo administrativo disciplinar se desenvolverá nas seguintes fases: O art. 133 traz a infração de acumulação ilegal de cargo público. A infração pode ser apurada a partir da verificação do mesmo CPF com mais de uma matrícula funcional. Há duas outras infrações em que pode ser aplicado o art. 133, quais sejam: a) abandono de cargo (art. 140 c/c 138); b) inassiduidade habitual (art. 140 c/c 139).

Página5 Art. 140. Na apuração de abandono de cargo ou inassiduidade habitual, também será adotado o procedimento sumário a que se refere o art. 133, observando-se especialmente que: Art. 138. Configura abandono de cargo a ausência intencional do servidor ao serviço por mais de trinta dias consecutivos. Art. 139. Entende-se por inassiduidade habitual a falta ao serviço, sem causa justificada, por sessenta dias, interpoladamente, durante o período de doze meses. Os servidores que compõem a comissão em regra não ficam afastados do ponto até a entrega do relatório final, somente se necessário. Art. 152. 1.º. Sempre que necessário, a comissão dedicará tempo integral aos seus trabalhos, ficando seus membros dispensados do ponto, até a entrega do relatório final. O servidor deve cumprir a ordem do servidor que o indicou para participar da comissão, nos moldes do art. 116, IV. Art. 116. São deveres do servidor: IV - cumprir as ordens superiores, exceto quando manifestamente ilegais; No processo submetido ao rito sumário, o lapso temporal de conclusão é abreviado: 30 dias para conclusão, admitida prorrogação por mais 15 dias (art. 133, 7.º). No processo administrativo disciplinar, o prazo é de 60 dias, prorrogável por igual período (art. 152). Art. 133. 7.º. O prazo para a conclusão do processo administrativo disciplinar submetido ao rito sumário não excederá trinta dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por até quinze dias, quando as circunstâncias o exigirem. Art. 152. O prazo para a conclusão do processo disciplinar não excederá 60 (sessenta) dias, contados da data de publicação do ato que constituir a comissão, admitida a sua prorrogação por igual prazo, quando as circunstâncias o exigirem. No processo sumário não há inquérito, mas sim instrução sumária, que se subdivide em: a) defesa; b) relatório. Em matéria de acumulação (art. 133, caput), antes de instaurar o processo sumário, deve-se dar ao servidor o direito de optar no prazo de 10 dias. Além disso, o art. 133, 5.º, dispõe que a opção do servidor até o último dia de prazo para defesa configura sua boa-fé. Porém, caso seja comprovada a má-fé do servidor, o servidor perderá os dois cargos ( 6.º). Art. 133. 5.º. A opção pelo servidor até o último dia de prazo para defesa configurará sua boa-fé, hipótese em que se converterá automaticamente em pedido de exoneração do outro cargo.

Página6 6.º. Caracterizada a acumulação ilegal e provada a má-fé, aplicar-se-á a pena de demissão, destituição ou cassação de aposentadoria ou disponibilidade em relação aos cargos, empregos ou funções públicas em regime de acumulação ilegal, hipótese em que os órgãos ou entidades de vinculação serão comunicados.