ENE/07. (Esta NEF anula e substitui as NEF s nºs 04 e 17/ENE/07, respectivamente de 14/02 e 30/07)

Documentos relacionados
ENE/10. NOTA:(Esta NEF anula e substitui a nº17a/ene/07, de 20/11)

NOTA: Esta NEF substitui e anula a NEF nº 16/ENE/07

ASSUNTOS: POFFTE VOLUME II PARTE I CAPÍTULO I Formação de Treinadores de Dressage

ENE/08. ASSUNTOS: POFFTE VOLUME I PARTE II Formação em Equitação Geral CAPÍTULO V Estágio de Mestre de Equitação

NEF nº ENE/07. (Correcção de 26 de Abril de 2008)

NEF nº ENE/07. ASSUNTOS: POFFTE VOLUME III PARTE I Formação em Turismo Equestre CAPÍTULO III Reciclagem para Docentes de Equitação de Plena Natureza

NEF nº ENE/10. (Actualização das NEF de 26 de Abril de 2008 e de 02 de Janeiro de 2009)

CIRCULAR Nº 22 ADM / 2006 Lisboa, 15 de Maio de 2006

Referenciais de FORMAÇÃO

REGULAMENTO DA FORMAÇÃO Departamento de Formação Permanente Desenvolvemos Competências Humanizadas

Ficha Informativa + Segurança

FEDERAÇÃO PORTUGUESA DE VELA PLANO FORMAÇÃO DE TREINADORES

Disposições Específicas para Alunos com Necessidades Educativas Especiais da Universidade do Porto.

UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE MEDICINA DENTÁRIA

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MÃES D ÁGUA

PROGRAMA DA FORMAÇÃO DESIGNAÇÃO. Nome: Produção e Marketing de Eventos Carga horária total: 250 horas Acreditação profissional: n/a

Regulamento do CPROC. Proposta de novo Regulamento do CPROC. aprovado em 30 de julho de para a Assembleia Geral de 30 de junho de 2016

CAPÍTULO IV INSTRUTORES DE EQUITAÇÃO (Grau III)

PRODUÇÃO E MARKETING DE EVENTOS

Cursos de Dupla Certificação - A Experiência do Cinform/Cercilei. ESECS - Leiria

DESPACHO. Assim, nos termos dos artigos 30.º a 32.º, nº 5 do artigo 40º e nº 5 do artigo 42º do ECD, determino:

FORUM

Projecto de Apoio à Literacia. Introdução. Pesquisa e tratamento de informação

Regulamento do Centro de Educação e Formação

UNIVERSIDADE DE LISBOA FACULDADE DE MEDICINA DENTÁRIA

ENE/08. Dar competência a profissionais na área da saúde e educação para integrarem uma equipa interdisciplinar de um centro de equitação terapêutica;

REGULAMENTO DOS CURSOS DE FORMAÇÃO CONTÍNUA E CURSOS LIVRES DA FACULDADE DE LETRAS DA UNIVERSIDADE DO PORTO

PROGRAMA DA FORMAÇÃO - PRODUÇÃO E MARKETING DE EVENTOS

ENE/07 NOTA PRÉVIA: AS DISPOSIÇÕES EXPRESSAS NESTA NEF ENTRAM EM VIGOR PARA OS CURSOS QUE SE INICIAREM A PARTIR DA DATA DA MESMA.

DESP. 52/SESS/90 DE 16 DE JULHO DA SECRETARIA DE ESTADO DA SEGURANÇA SOCIAL

REGULAMENTO DA PÓS-GRADUAÇÃO EM

CURSO DE TÉCNICO DE ACÇÃO GERIÁTRICA (24ª edição)

A/ENE/0 ENE/08. ASSUNTOS: Actualização da NEF nº8/ene/07 de 30Jul07 POFFTE VOLUME I. II Formação em Equitação Geral CAPÍTULO II Cursos de Ajudant

CURSO DE INTEGRAÇÃO EMPRESARIAL DE QUADROS (CIEQ)

Guia de Apoio. Orientações para as candidaturas. Tipologia de Intervenção 6.4 (Eixo 6)

CURSO DE AUXILIAR DE ACÇÃO MÉDICA / ASSISTENTE OPERACIONAL

FPPM REGULAMENTO DE HIPISMO. Aprovado em Reunião de Direção a 27 de dezembro de 2014

Guia para a compreensão do Programa Nacional de Formação de Treinadores

Despacho n.º 22/SEEI/96, de 20 de Abril de (Publicado no DR, II Série, n.º 140, de 19 de Junho de 1996)

CURSO Alimentação vegetariana. 29 de março de 2019 Lisboa

ANEXO II REGULAMENTO DE ESTÁGIO DO CURSO DE TERAPIA OCUPACIONAL INTRODUÇÃO

REGULAMENTO DA ACTIVIDADE FORMATIVA

As escolas de condução e a formação de profissionais de condução José Santos Pedro

FICHA TÉCNICA DO CURSO FISCALIZAÇÃO DE OBRA FERRAMENTAS E METODOLOGIAS

PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA

Regulamento de Avaliação

NORMAS DE PARTICIPAÇÃO E INSCRIÇÃO EM CONCURSOS E EVENTOS EQUESTRES INTERNACIONAIS

FORMAÇÃO PROFISSIONAL DO PESSOAL NÃO DOCENTE

REGULAMENTO DA INICIAÇÃO À PRÁTICA PROFISSIONAL DOS 2º CICLOS EM ENSINO DA FCUP. I - Natureza e Objectivos

Training Course MBA FORMAÇÃO DE FORMADORES

CURSO DE PÓS-GRADUAÇÃO EM MEDICINA DO TRABALHO REGULAMENTO

Serra do Saber. Formação Pedagógica Inicial de Formadores

DO II CURSO PÓS-GRADUADO DE APERFEIÇOAMENTO EM DIREITO PROCESSUAL CIVIL

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE MOURA REGIMENTO INTERNO DA EDUCAÇÃO ESPECIAL

Curso de Tai Chi Nível I Medical Yang Tai Chi

RELATÓRIO DE AUTO-AVALIAÇÃO Professor

CENTRO UNIVERSITÁRIO DO NORTE REITORIA ACADÊMICA COORDENAÇÃO DE PÓS GRADUAÇÃO REGULAMENTO GERAL DOS CURSOS DE PÓS-GRADUAÇÃO LATO SENSU

JORNAL OFICIAL. I Série. Suplemento. Sumário REGIÃO AUTÓNOMA DA MADEIRA. Sexta-feira, 31 de Outubro de Número 138

PACTO NACIONAL PELA ALFABETIZAÇÃO NA IDADE CERTA - PNAIC

Caderno 2 de Prova PR08. Educação Especial. Professor de. Prefeitura Municipal de Florianópolis Secretaria Municipal de Educação. Edital n o 003/2009

Departamento de Formação e Emprego Normas de Funcionamento

2- A matriz curricular de referência dos cursos vocacionais do ensino básico de 3º ciclo é a seguinte:

ENE/08 NOTA PRÉVIA: AS DISPOSIÇÕES EXPRESSAS NESTA NEF ENTRAM EM VIGOR A PARTIR DE 01 DE JANEIRO DE 2009, SUBSTITUINDO E ANULANDO A NEF SUBSTITUIDA

PROJECTO DE INTERVENÇÃO PRECOCE DO CAP FUNCHAL

PROTOCOLO. - Que, o exercício de algumas actividades exige um conjunto de requisitos;

INSTITUTO POLITÉCNICO DO PORTO - (Instituto Superior de Contabilidade Administração do Porto) Mapa de Pessoal Não Docente 2012

Universidade Técnica de Lisboa

REGULAMENTO INTERNO ESCOLA DE MUSICA

Certificar no presente para garantir o futuro

Módulo 5: Trabalho de Aplicação Pedagógica (TAP) Guia de Exploração Pedagógica do Módulo - Formando

ALUNO Indivíduo que frequenta o sistema formal de ensino após o acto de registo designado como matrícula.

Manual Técnico Das Equipas Locais de Intervenção

FICHA TÉCNICA DO CURSO DESEMPENHO ENERGÉTICO DE EDIFÍCIOS EDIÇÃO Nº 2016

FICHA TÉCNICA DO CURSO PROJECTAR COM REVIT ARCHITECTURE Nível 1 EDIÇÃO 2016

CAPÍTULO I Da Identificação e Finalidade

Avaliação da formação. Um estudo de caso. Ana Veloso

NEF. NEF nº 26 / ENE / 08. Lisboa, 22 de Novembro de 2008

AOS NOVOS. b. Os outros casos enquadram-se no novo regime de acesso ao ensino superior para os maiores de 23 anos.

União das Freguesias de Santo António dos Cavaleiros e Frielas. Regulamento Ocupação Tempos Livres

*B V* B V. Data:

CURSO CERTIFICAÇÃO/QUALIFICAÇÃO DE AUDITORES INTERNOS DA SEGURANÇA ALIMENTAR ISO 22000:2005

O presente regulamento é elaborado nos termos da Portaria n.º 550 C/2004

Actividades de Formação da Unidade de Técnicas Aumentativas de Comunicação (UTAAC) do Centro de Reabilitação de Paralisia Cerebral Calouste Gulbenkian

Regulamento do Curso


Regulamento Interno de Funcionamento do Gabinete de Gestão e Qualidade (GGQ)

MOBILIZAÇÃO E MANIPULAÇÃO

Regulamento do Curso de Preparação para Revisores Oficiais de Contas. CAPÍTULO I Disposição geral. Artigo 1.º Objeto

Agrupamento de Escolas da Moita Sede Escola Secundária da Moita E S C O L A S E C U N D Á R I A D A M O I TA REGULAMENTO

Serviço Técnico de Educação de Deficientes Intelectuais Quinta do Leme

NÍVEIS DE COMPETÊNCIA DE FORMAÇÃO DE PRATICANTES DE EQUITAÇÃO TERAPÊUTICA

PRODUÇÃO E MARKETING DE EVENTOS

Especialização Gestão de Recursos Humanos EDIÇÕES Porto Coimbra Viseu Aveiro

Sistema Educativo de Portugal

Regulamento do Curso de Mestrado em Educação 1

REGULAMENTO DO CONSELHO DE ARBITRAGEM

UNIVERSIDADE FEDERAL DE VIÇOSA PRÓ-REITORIA DE ASSUNTOS COMUNITÁRIOS DIVISÃO DE ESPORTE E LAZER DEPARTAMENTO DE EDUCAÇÃO FÍSICA

Especialização em Gestão da Qualidade no Setor Agro-Alimentar horas - Porto

Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial Departamento Regional de São Paulo

Transcrição:

NEF nº nº 17A/ENE/0 ENE/07 Lisboa, 20 de Novembro de 2007 (Esta NEF anula e substitui as NEF s nºs 04 e 17/ENE/07, respectivamente de 14/02 e 30/07) ASSUNTOS: POFFTE VOLUME III PARTE II Formação em Equitação Terapêutica CAPÍTULO III Curso de Docentes de Equitação Terapêutica 1. OBJECTIVO DA ACÇÃO A urgência na formação de docentes nesta área aconselha a tomar medidas imediatas que permitam obter, com a maior rapidez e segurança (qualidade), os quadros necessários ao enquadramento técnico e pedagógico da formação no quadro da reabilitação pela utilização de meios equestres. Deste modo, foi decidido recorrer a um público-alvo já com formação de docente de equitação, procurando complementar a sua preparação com os conhecimentos específicos da equitação terapêutica e da hipoterapia. A pormenorização dos acessos profissionais bem como os graus da carreira encontram-se descritos adiante. Pretendemos formar não apenas nas técnicas desta área, mas também assegurar os conhecimentos necessários à formação de formadores da mesma. O aproveitamento na avaliação final desta acção dá direito à Certificação FEP, aconselhando-se o público em geral e os deficientes em particular a não recorrerem, neste tipo de serviços, a professores não certificados pela FEP. 2. PLANEAMENTO DAS ACÇÕES DE FORMAÇÃO Para uma divulgação rápida, mas segura dos conhecimentos e do sistema de certificação que se pretende implementar, iniciámos estas acções, ainda na forma de reciclagem, em 2006. Em 2007 a credenciação passa pelo aproveitamento no curso seguidamente apresentado tendendo a serem realizadas nos diferentes Pólos da ENE espalhados pelo território nacional. O primeiro curso teve início já no mês de Janeiro. Os Cursos serão ministrados por um conjunto de professores e técnicos de saúde de competência comprovada pela Comissão Técnica de Equitação Terapêutica CT/ET- não esquecendo que esta Comissão se encontra representada no Conselho Superior Pedagógico (CSP) da Escola Nacional de Equitação (ENE). Esse grupo de professores, seleccionados por conhecimento directo da ENE, integra o Corpo Docente desta última. 3. CARACTERIZAÇÃO DA PROFISSÃO GRAUS E CARREIRA O docente de ET é o profissional responsável pela implementação de programas de equitação terapêutica ou de hipoterapia num Centro Hípico, por isso ser-lhe-ão exigidos certos requisitos e

competências específicas que assegurem a eficaz utilização de meios equestres na reabilitação de pessoas portadoras de deficiências de diversos tipos e graus Para além das competências equestres, ele deverá reunir também competências na área da pedagogia, alguns conhecimentos na área da saúde e capacidade de organização, conforme se detalhará mais adiante. Ao procurarmos neste Curso um público-alvo baseado em docentes de equitação geral, estamos desde logo a assumir que o candidato a docente aporte conhecimentos e práticas equestres, bem como formação e prática pedagógica. São estabelecidos os três seguintes Graus na carreira: Grau I Ajudante de Monitor de Equitação Terapêutica Grau II Monitor de Equitação Terapêutica Grau III Instrutor de Equitação Terapêutica Destes três graus apenas o II e o III são efectivamente docentes, já que o grau I se destina a apoiar o trabalho dos restantes, não lhe sendo conferida autonomia para, isoladamente, ministrar uma lição, ou implementar um programa de ET. Para este Cursos podem candidatar-se: A Ajudantes de Monitores de ET (Grau I) as pessoas com o Curso de Ajudante de Monitor de Equitação Geral, com mais de 21 anos, preferencialmente com alguma prática de trabalho com pessoas portadoras de deficiência e que se tenham mantido activas do ponto de vista equestre. A Monitores de ET (Grau II) as pessoas com o Curso de Monitores de Equitação Geral, com mais de 23 anos, que provem ter experiência de dois ou mais anos de ensino da equitação e um ano de trabalho com pessoas portadoras de deficiência. A Instrutores de ET (Grau III) os Instrutores, ou Mestres de Equitação Geral (graus III ou IV), com cinco ou mais anos de experiência no trabalho com deficientes e com mais de 25 anos de idade. A matéria do Curso é uma única, independente do grau a que o candidato se apresente. Para além da reprovação, que pode resultar do Exame Final, poderão, pela avaliação contínua e final da mesma, alguns candidatos a Monitores obterem aproveitamento apenas para o Grau I, ou candidatos a Instrutores obterem aproveitamento apenas para o Grau II. Tratando-se de formação de docentes, é prioritária a qualificação prévia de formação de formadores. comprovada pela apresentação do respectivo CAP Certificado de Aptidão Profissional, passado por entidade devidamente certificada. Este CAP é atribuído a quem obedeça a qualquer uma das seguintes condições: Tenha frequentado, com aproveitamento, um curso de formação pedagógica inicial, reconhecido pelo IEFP; Faça prova de que entre os anos de 1990 e 1997 ministrou 180 ou mais horas de formação profissional. 2

Disponha de título de formador obtido em países da União Europeia, reconhecidos pelo IEFP; Tenha uma licenciatura via ensino, ou posse de diploma de profissionalização para os ensinos básico e secundário do Sistema Formal de Ensino; Disponha de certificado de habilitação de curso superior, que integre nos seus conteúdos programáticos correspondência com a formação pedagógica de formadores; Esteja integrado nos quadros da carreira docente universitária (menos assistente estagiário); 4. PERFIL DO DOCENTE DE EQUITAÇÃO TERAPÊUTICA O perfil do docente de ET é definido pelas competências que ele deve ter no final deste curso. Essas competências constituem as condições comuns a que todos devem satisfazer, independentemente do grau a atingir (Ajudante, Monitor ou Instrutor de ET). a) Competências equestres. Para além das competências decorrentes dos requisitos iniciais, é necessário: 1) Ter um conhecimento mais aprofundado do equipamento especial que poderá ser utilizado na Equitação Terapêutica ou na Hipoterapia, saber as razões da sua utilização e como ajustá-lo correctamente; 2) Saber preparar e trabalhar um cavalo especificamente para estas modalidades (à guia, à mão e, eventualmente com rédeas longas). 3) Saber quais as qualidades procuradas e defeitos a evitar tanto físicos como morais nos animais a serem utilizados. 4) Conhecer a mecânica dos três andamentos do cavalo e reconhecer o seu efeito sobre o corpo do cavaleiro; comparar o passo do cavalo com a marcha humana. 5) Ser capaz de vigiar o estado geral de saúde e bem-estar dos animais utilizados, definir o plano de alimentação adequado a este tipo de trabalho, incluindo desparasitação, exame regular dos dentes, cuidados dos cascos, estado do dorso e determinar factores de eventual stress ou mal-estar. 6) Reconhecer situações de perigo potencial num Centro Hípico e mais especificamente durante uma aula de Equitação Terapêutica ou Hipoterapia e tomar as medidas necessárias para evitá-las. 7) Conhecer os métodos seguros de montar e apear cavaleiros deficientes. b) Competências pedagógicas Além da sua experiência como cavaleiro normal, o docente de ET terá uma técnica pedagógica mais aperfeiçoada, pelo que deverá: 1) Saber como ensinar e lidar com pessoas invisuais, surdos, deficientes mentais, casos de paralisia cerebral, autistas e pessoas com dificuldades de aprendizagem e locomoção, entre outros. 2) Saber estabelecer objectivos para estes alunos/praticantes e utilizar técnicas pedagógicas adequadas a cada tipo de deficiência, a fim de alcançar estes objectivos. 3) Saber preparar um plano de trabalho individual progressivo, incluindo neste, o papel desempenhado pelos outros profissionais (Auxiliares de ET, Técnicos, Fisioterapeutas, Terapeutas Ocupacionais, Ajudantes etc.) 4) Saber dar uma lição em grupo e uma lição individual, evidenciando a sua preparação, o seu desenvolvimento e a sua conclusão. c) Competências organizacionais O Docente de ET de Grau II ou III poderá ser o profissional responsável técnico por um Centro Hípico dedicado a esta actividade, pelo que deverá ser capaz de: 3

1) Elaborar, preencher e manter actualizadas as fichas de avaliação e registos dos seus alunos, promovendo reuniões periódicas de avaliação com os outros membros da equipa terapêutica. 2) Reconhecer a importância de fichas médicas e saber como obtê-las 3) Reconhecer a importância dos diversos seguros e exigir a sua existência e actualização. 4) Organizar as sessões de Equitação Terapêutica/Hipotarapia de acordo com os restantes serviços prestados no Centro Hípico, garantindo um uso racional dos recursos existentes e velando sempre pelo bem-estar dos cavalos utilizados, incluindo o seu descanso. 5) Organizar e coordenar a sua equipa de trabalho, definir tarefas e, quando necessário, elaborar o plano de trabalho para cada aluno com a ajuda de outros profissionais (médicos, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, psicólogos, auxiliares de ET, etc.) 6) Compreender as implicações da expressão equipa terapêutica e compreender perfeitamente o papel de cada membro desta equipa. 7) Reconhecer quando necessita de ajuda e saber onde obter mais informação a este respeito sobre os aspectos em falta. 8) Manter os dados na sua ficha de base de dados, registados pela FEP/ENE. actualizados, com o registo das acções de formação frequentadas, conferências ou palestras a que tenha assistido, grupos ou pessoas deficientes com quem tenha trabalhado e quaisquer outras informações relevantes para a sua carreira. 9) Conhecer o lugar da Equitação Terapêutica na FEP e na ENE. d) Competências na área da saúde 1) Ter conhecimentos gerais sobre as diversas patologias geralmente encontradas. Conhecer e utilizar o vocabulário técnico adequado às diferentes patologias. 2) Conhecer as contra-indicações e saber avaliar o momento apropriado para terminar uma sessão ou um programa de equitação terapêutica, sempre após consulta dos outros membros da equipa terapêutica. 3) Saber avaliar os diferentes níveis de incapacidade e fazer as adaptações necessárias. 4) Ter feito nos últimos 5 anos uma formação ou actualização na área dos primeiros socorros e saber qual o procedimento a cumprir em caso de acidente, elaborando o respectivo relatório, ou nota de ocorrência. 5. CONTEÚDO PROGRAMÁTICO DO CURSO CARGA HORÁRIA 5.1. Estrutura e Duração Dada a carga horária que passou para 74 horas, foi decidido transformar a acção em Curso Fraccionado, com três módulos intervalados por pequenos períodos, tornando assim mais fácil a disponibilização de tempo dos participantes. De acordo com o atrás referido, realizar-se-ão três módulos com a duração média de 24 horas, acrescido de mais duas horas para um breefing final.. 5.2. Inscrições As inscrições deverão ser dirigidas à ENE com a antecedência mínima de 10 dias, utilizando a Ficha publicada na NEF nº 01/2006, presente no SITE da FEP. Esta inscrição deverá ser acompanhada de um resumido currículo informando sobre a experiência adquirida em trabalhos anteriores de reabilitação. 4

5.3. Conteúdos Programáticos Carga Horária a) Clarificação dos termos utilizados e noção da inter-disciplinariedade. Noção da EQUIPA TERAPÊUTICA quem faz o quê em cada situação. Hipoterapia, equitação terapêutica, equitação desportiva adaptada (paradressage) Discussão (Formato: palestre em sala de aula) : 2 horas b) Cinesioterapia É a terapia baseada no movimento. Na Equitação Terapêutica o gerador do movimento é o cavalo, assim a análise dos andamentos do cavalo é fundamental, tal como a escolha do tipo de cavalo e a sua preparação para trabalho à mão, à guia, rédeas longas, etc.. A decomposição do movimento do cavalo analisado nos três planos perpendiculares: - Longitudinal... de trás para a frente - Horizontal... esquerda / direita - Vertical... cima / baixo Discussão 8 horas c) Organizar uma sessão prática. Noções de pedagogia Preparar o plano da sessão, controlar o grupo, utilizar os elementos da Equipa Terapêutica, fazer a avaliação e procurar o feedback (Sessão em sala) Execução deste plano numa situação real e exercícios práticos no picadeiro 4 horas d.) Montar e apear Utilização de escadas, blocos rampas etc. Segurança teoria e prática, prática no picadeiro 2 horas e) As diversas modalidades existentes IPEC parafraseares. Noções sobre Equitação Adaptada (Parolímpica) Ensino adaptado Saltos adaptados Volteio terapêutico Atrelagem Férias a cavalo Gincanas jogos - prática no picadeiro 6 horas f) Suportes Administrativos Documentos seguros, fichas, registos etc. 1 hora 5

g) Palestras sobre tipos de deficiências e patologias Proferidas por especialistas sobre paralisia cerebral, autismo, sindroma de Down, dificuldades de aprendizagem, deficit de atenção, deficiência mental, cegos, surdos, lesões cerebrais Debate (vocabulário) 22 horas h) Primeiros Socorros Os candidatos deverão fazer prova documental devidamente certificada da frequência de um curso ou actualização nos últimos cinco anos. 4 horas i) Prática com Equipas Terapêuticas reais 22 horas j) Avaliação final Para além do exame teórico assinalado, será feita uma avaliação contínua durante as sessões do curso pelo Coordenador do mesmo. No final deverá ser constituído um Júri para a execução do exame final presidido por um quadro a designar pela ENE acompanhado de técnicos de cada matéria 3 horas Total da Carga Horária: 74 horas Pela Direcção da ENE Visto, Pela FEP Cor. João Bilstein de Sequeira Director Drª Anabela Vaz dos Reis Vice-Presidente 6