B8-0842/2015 } RC1/Alt. 4/rev. 4/rev. Barbara Spinelli Considerando B-A (novo) B-A. Considerando que os Estados-Membros são em parte responsáveis pelo aumento dramático do número de refugiados graças às suas intervenções militares no Iraque, na Líbia e no Afeganistão, bem como ao seu contributo para o armamento e financiamento de diferentes atores, nomeadamente na Síria;
B8-0842/2015 } RC1/Alt. 5 5 Considerando E-A (novo) E-A. Considerando que a maioria dos Estados-Membros reduziu a sua participação em programas de ajuda alimentar, o que conduziu a uma escassez de alimentos nos primeiros países de acolhimento dos refugiados, em particular na Jordânia e no Líbano;
B8-0842/2015 } RC1/Alt. 6 6 Lola Sánchez Caldentey, Marina Albiol Guzmán, Patrick Le Hyaric, Matt Carthy, Martina Anderson, Kostas Chrysogonos, Stelios Kouloglou, Sofia Sakorafa, Dimitrios Papadimoulis, Pablo Iglesias, Tania González Peñas, Estefanía Torres N.º 3-A (novo) 3-A. Saúda os esforços envidados por algumas autoridades locais em toda a Europa, que têm prestado assistência aos refugiados na ausência de apoio e liderança por parte da UE e dos governos nacionais; congratula-se, em particular, com a criação de uma rede de «cidades-refúgio» em Espanha e encoraja as autoridades locais a seguirem este exemplo;
B8-0842/2015 } RC1/Alt. 7 7 N.º 6-A (novo) 6-A. Exorta a UE e os Estados-Membros a desenvolverem uma operação de busca e salvamento proativa, massiva e robusta a nível multinacional, independente do controlo das fronteiras, que dê resposta à situação humanitária dramática a que se tem vindo a assistir no Mediterrâneo, em cooperação com as organizações da sociedade civil, as quais detêm uma experiência valiosa em termos de busca e salvamento, como a MOAS e os MSF;
B8-0842/2015 } RC1/Alt. 8 8 N.º 7 7. Congratula-se com o apoio operacional que a Comissão irá fornecer aos países da linha da frente, como a Grécia, Itália e a Hungria, através da instalação de «pontos de atendimento», mediante utilização dos conhecimentos específicos das agências da UE, nomeadamente a Frontex, o EASO e o Serviço Europeu de Polícia (Europol), para apoiar os Estados- Membros nas formalidades de registo das pessoas que chegam; recorda aos Estados-Membros que o êxito desses centros de registo depende da sua vontade para transferir os refugiados dos «pontos de atendimento» para os seus territórios; considera que essa abordagem deve prever claramente mecanismos eficazes para a identificação das pessoas com necessidades específicas e para o posterior recurso a serviços; 7. Congratula-se com o reforço do apoio financeiro e operacional que a Comissão irá fornecer aos países da linha da frente, como a Grécia, Itália e a Hungria, destinado à relocalização, à receção e ao tratamento de pedidos de proteção internacional; condena, no entanto, a aceleração e a execução dos regressos planeados nos pontos de acesso, com base numa lista de países seguros;
B8-0842/2015 } RC1/Alt. 9 9 N.º 8 8. Regista a proposta da Comissão no sentido de reforçar a disposição «país de origem seguro» da Diretiva Procedimento de Asilo mediante a elaboração pela UE de uma lista comum de países de origem seguros; entende que esta abordagem poderia limitar os direitos processuais dos cidadãos desses países; recorda que a taxa de aceitação de pedidos de asilo varia consideravelmente entre os Estados-Membros, incluindo no que diz respeito aos países de origem; solicita que sejam tomadas medidas para assegurar que esta abordagem não põe em causa o princípio da não-repulsão e o direito individual de asilo, nomeadamente das pessoas que pertencem a grupos vulneráveis; 8. Condena a proposta da Comissão no sentido de reforçar a disposição «país de origem seguro» da Diretiva Procedimento de Asilo mediante a elaboração pela UE de uma lista comum de países de origem seguros; entende que esta abordagem poderia limitar os direitos processuais dos cidadãos desses países; recorda que a taxa de aceitação de pedidos de asilo varia consideravelmente entre os Estados-Membros, incluindo no que diz respeito aos países de origem; solicita que sejam tomadas medidas para assegurar que esta abordagem não põe em causa o princípio da não-repulsão e o direito individual de asilo, nomeadamente das pessoas que pertencem a grupos vulneráveis;
B8-0842/2015 } RC1/Alt. 10 10 N.º 8-A (novo) 8-A. Lamenta o facto de muitas pessoas que fogem à privação de direitos humanos em Estados frágeis ou em situação de rutura não verem reconhecido o seu estatuto de refugiado e ficarem sem documentos, não obstante o seu receio fundado de serem perseguidas;
B8-0842/2015 } RC1/Alt. 11 11 N.º 12 12. Considera que a aplicação da Diretiva Regresso deve andar a par do respeito dos procedimentos e das normas que permitem à Europa assegurar um tratamento humano e digno às pessoas que são objeto de uma medida de regresso, em consonância com o princípio de não-repulsão; recorda que o regresso voluntário deve ser privilegiado em relação ao regresso forçado; 12. Insta a UE a abandonar as medidas repressivas contra os migrantes e requerentes de asilo, pondo termo aos regressos forçados, à detenção de migrantes e aos acordos de readmissão, bem como à operação da EUNAVFOR Med;
B8-0842/2015 } RC1/Alt. 12/rev. 12/rev. N.º 12-A (novo) 12-A. Insta a Comissão e os Estados-Membros a suspenderem de imediato a cooperação com países terceiros cuja política se destina a impedir que os migrantes e os refugiados alcancem um local seguro na Europa e a melhorar o controlo das fronteiras; apela ao fim das negociações de todos os acordos com países terceiros que não garantam a proteção dos refugiados e o respeito dos direitos e liberdades fundamentais, bem como à suspensão dos processos de Cartum e de Rabat; solicita ainda a suspensão de toda a assistência financeira aos regimes que não respeitam os direitos fundamentais;
B8-0842/2015 } RC1/Alt. 13 13 Barbara Spinelli, Cornelia Ernst N.º 12-B (novo) 12-B. Rejeita as propostas dos Estados-Membros para criar centros europeus de asilo ou detenção em países terceiros e para envolver os países da África do Norte e a Turquia nas operações europeias de busca e salvamento com o objetivo de intercetar refugiados e de os fazer regressar à costa africana ou turca; solicita à Comissão, neste contexto, que forneça ao Parlamento uma análise da conformidade destas propostas relativamente ao Direito Internacional, nomeadamente a Convenção de Genebra, e de quaisquer outros entraves práticos ou jurídicos à sua aplicação;
B8-0842/2015 } RC1/Alt. 14 14 N.º 14 14. Recorda que os Estados-Membros devem estabelecer pesadas sanções penais contra o tráfico e o contrabando de seres humanos, tanto para a UE como através do seu território; insta os Estados-Membros a combaterem as redes criminosas de passadores, mas sem, entretanto penalizarem aqueles que, por razões humanitárias, prestam voluntariamente auxílio aos migrantes, incluindo transportadores, convidando a Comissão a considerar a revisão da Diretiva 2001/51/CE do Conselho; regista a operação da força EUNAVFOR Med contra os passadores e traficantes de seres humanos na região do Mediterrâneo; 14. Recorda que os Estados-Membros devem estabelecer pesadas sanções penais contra o tráfico e o contrabando de seres humanos, tanto para a UE como através do seu território; insta os Estados-Membros a combaterem as redes criminosas de passadores, mas sem, entretanto penalizarem aqueles que, por razões humanitárias, prestam voluntariamente auxílio aos migrantes, incluindo transportadores, convidando a Comissão a considerar a revisão da Diretiva 2001/51/CE do Conselho;
B8-0842/2015 } RC1/Alt. 15 15 N.º 18-A (novo) 18-A. Exorta a UE e os seus Estados-Membros, à luz do impacto dramático de anteriores intervenções militares em termos de aumento do número de refugiados, a absterem-se de participar nos conflitos em países terceiros ou de contribuírem para o armamento e o financiamento dos seus atores, e a basearem a sua política externa na promoção da paz e na rejeição de intervenções violentas; apela, em particular, à UE e aos seus Estados-Membros para que não procedam a qualquer intervenção militar na Síria ou na Líbia;