A globalização e seus malefícios



Documentos relacionados
Estudo de Caso. Cliente: Rafael Marques. Coach: Rodrigo Santiago. Duração do processo: 12 meses

Atualmente é Coach, e fundador da Crescimentum-Coaching for Performance ( adiniz@crescimentum.com.

Cadernos ASLEGIS. ISSN /

Apresentação. Olá! O meu nome é Paulo Rebelo e sou apostador profissional.

1. A retomada da bolsa 01/02/2009 Você S/A Revista INSTITUCIONAL 66 à 68

* (Resumo executivo do relatório Where does it hurts? Elaborado pela ActionAid sobre o impacto da crise financeira sobre os países em

Como Investir em Ações Eduardo Alves da Costa

W W W. G U I A I N V E S T. C O M. B R

Importância da normalização para as Micro e Pequenas Empresas 1. Normas só são importantes para as grandes empresas...

CAPITAL DE GIRO: ESSÊNCIA DA VIDA EMPRESARIAL

Parte V Financiamento do Desenvolvimento

30/09/2008. Entrevista do Presidente da República

Cinco principais qualidades dos melhores professores de Escolas de Negócios

GUIA DE AVALIAÇÃO DE CLIENTES PARA PROGRAMA DE RECUPERAÇÃO PÓS-DESASTRE

Apresentação de Teresa Ter-Minassian na conferencia IDEFF: Portugal 2011: Coming to the bottom or going to the bottom? Lisboa, Jan.31-Fev.

DESCRIÇÃO DAS PRÁTICAS DE GESTÃO DA INICIATIVA

Entrevista exclusiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, ao SBT

O FGTS TRAZ BENEFÍCIOS PARA O TRABALHADOR?

difusão de idéias AS ESCOLAS TÉCNICAS SE SALVARAM

1 Introdução. futuras, que são as relevantes para descontar os fluxos de caixa.

Documento Explicativo

Ana Beatriz Bronzoni

30/04/2009. Entrevista do Presidente da República

Lições para o crescimento econômico adotadas em outros países

3º Seminário Internacional de Renda Fixa Andima e Cetip Novos Caminhos Pós-Crise da Regulação e Autorregulação São Paulo 19 de março de 2009

Introdução. 1.1 Histórico

"Brasil é um tipo de país menos centrado nos EUA"

Estabelecendo Prioridades para Advocacia

Objetivos do Seminário:

Compreendendo a dimensão de seu negócio digital

ilupas da informação e comunicação na área de Saúde entrevista

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, após encontro com a Senadora Ingrid Betancourt

Seja muito bem vindo a INNOVA SELECT Inteligência e sustentabilidade. Receba divisões de lucro a cada 24 horas.

RESPONSABILIDADE SOCIAL NO CENÁRIO EMPRESARIAL ¹ JACKSON SANTOS ²

5 DICAS DE GESTÃO EM TEMPOS DE CRISE. Um guia prático com 5 dicas primordiais de como ser um bom gestor durante um período de crise.

Escritório de Carreiras PUCRS - Carreira Internacional

Os desafios do Bradesco nas redes sociais

Problemas em vender? Veja algumas dicas rápidas e práticas para aumentar suas vendas usando marketing

Mas elas não querem ser felizes nem ter sucesso, mas também nem vão para a atitude de ação.

Excelência Sr. Presidente da Associação Angolana de Bancos, Distintos Membros dos Conselhos de Administração dos Bancos

Introdução à Administração Financeira

DECLARAÇÃO DE POLÍTICA DE DIREITOS HUMANOS DA UNILEVER

Lucas Liberato Coaching Coach de Inteligência Emocional lucasliberato.com.br

Rodobens é destaque no website Infomoney

A importância da comunicação em projetos de

RESOLUÇÃO CFC Nº /09. O CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE, no exercício de suas atribuições legais e regimentais,

1. Uma situação na qual um comprador e um vendedor possuem informações diferentes sobre uma transação é chamada de...

cada fator e seus componentes.

Terceirização de RH e o líder financeiro SUMÁRIO EXECUTIVO. Você e o RH estão falando a mesma língua? EM ASSOCIAÇÃO COM

OS NEGROS NO MERCADO DE TRABALHO

COMO INVESTIR PARA GANHAR DINHEIRO

IDENTIDADE DE POLÍTICOS E DESENVOLVIMENTO DE LONGO- PRAZO

BEPS, na perspectiva dos países não desenvolvidos

PALAVRAS DO GOVERNADOR TASSO JEREISSATI POR OCASIÃO DA ABERTURA DO SEMINÁRIO "LIDERANÇA JOVEM NO SECULO XXI", AOS 07/03/2002 ~j ~/02

Avaliando o Cenário Político para Advocacia

ACOMPANHAMENTO GERENCIAL SANKHYA

Sicredi aprimora monitoramento de data center com o CA Data Center Infrastructure Management

Gestão de Pequenas Empresas no Brasil - Alguns Dados Importantes.

Sumário executivo. ActionAid Brasil Rua Morais e Vale, 111 5º andar Rio de Janeiro - RJ Brasil

11 Segredos para a Construção de Riqueza Capítulo II

OS 14 PONTOS DA FILOSOFIA DE DEMING

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

PRODUTOS E SERVIÇOS BANCÁRIOS. Programa de Remessas e Capacitação para Emigrantes Brasileiros e seus Beneficiários no Brasil

O Marco de Ação de Dakar Educação Para Todos: Atingindo nossos Compromissos Coletivos

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

ABCEducatio entrevista Sílvio Bock

Bom Crédito. Lembre-se de que crédito é dinheiro. Passos

O desafio do choque de gerações dentro das empresas

Integração ESG. Raquel Costa. 27/maio/2015 PUBLIC

Como Processos Criam Valor?

Valor: Qual a fatia de investidores da América Latina no ESM?

Connections with Leading Thinkers

Sou Helena Maria Ferreira de Morais Gusmão, Cliente NOS C , Contribuinte Nr e venho reclamar o seguinte:

Entrevista com Heloísa Lück

Uma globalização consciente

2º CICLO DE PALESTRAS SODEPAC GESTÃO DE PEQUENOS NEGÓCIOS

Colégio São Paulo Geografia Prof. Eder Rubens

Amigos, amigos, negócios à parte!

Dicas para investir em Imóveis

BRASIL EXCLUDENTE E CONCENTRADOR. Colégio Anglo de Sete Lagoas Prof.: Ronaldo Tel.: (31)

COMO MINIMIZAR AS DÍVIDAS DE UM IMÓVEL ARREMATADO

Gestão do Conhecimento A Chave para o Sucesso Empresarial. José Renato Sátiro Santiago Jr.

FORMAÇÃO PLENA PARA OS PROFESSORES

"O MEC não pretende abraçar todo o sistema"

1. Quem somos nós? A AGI Soluções nasceu em Belo Horizonte (BH), com a simples missão de entregar serviços de TI de forma rápida e com alta qualidade.

CONFERÊNCIA DAS NAÇÕES UNIDAS SOBRE MEIO AMBIENTE E DESENVOLVIMENTO SEÇÃO IV. MEIOS DE IMPLEMENTAÇÃO CAPÍTULO 33

DESIGN DE MOEDAS ENTREVISTA COM JOÃO DE SOUZA LEITE

COMO CALCULAR A PERFORMANCE DOS FUNDOS DE INVESTIMENTOS - PARTE II

Voluntário em Pesquisa: informe-se para decidir! Qual documento garante que os meus direitos serão respeitados?

Começo por apresentar uma breve definição para projecto e para gestão de projectos respectivamente.

18/06/2009. Quando cuidar do meio-ambiente é um bom negócio. Blog:

O RELATÓRIO DE ENERGIA ENERGIA 100% RENOVÁVEL ATÉ 2050

05/12/2006. Discurso do Presidente da República

Redação do Site Inovação Tecnológica - 28/08/2009. Humanos aprimorados versus humanos comuns

Sendo manifesto que estas incertezas e insegurança económica sentidas por. milhões de cidadãos Portugueses e Europeus são um sério bloqueio para o

Processos Técnicos - Aulas 4 e 5

Entenda agora as mudanças para as novas contratações do FIES

Opinião N13 O DEBATE SOBRE AÇÕES AFIRMATIVAS NO ENSINO SUPERIOR NO BRASIL E NA ÁFRICA DO SUL 1

Transcrição:

37 A globalização e seus malefícios Joseph E. Stiglitz 1ª edição W.W. Norton, 2002 282 p. (capa dura) 978-0393051247 Ideias chave Edição atual no Reino Unido Penguin Books, 2002 320 p. (brochura, nova edição) 978-0141010380 Edição atual nos Estados Unidos W.W. Norton, 2003 304 p. (brochura) 978-0393324396 A globalização, liderada pelas instituições internacionais, como o Banco Mundial e o FMI, não cumpriu a promessa de melhorar o mundo. O compromisso do Banco Mundial e do FMI com os mercados livres como ideologia levou a muitos erros, em alguns casos drásticos, à custa dos pobres. Não existe coisa como informação perfeita nos mercados e, portanto, a mão invisível não funciona no melhor interesse de todos. O problema não é a globalização em si, mas a maneira como está sendo promovida e administrada. Se pudermos superar a inflexibilidade ideológica e os poderosos interesses das instituições multilaterais e multinacionais do Ocidente, a globalização poderá trazer enormes benefícios para todos.

A GLOBALIZAÇÃO E SEUS MALEFÍCIOS 191 Sinopse A tese que permeia A globalização e seus malefícios é que a globalização não resultou nos benefícios econômicos prometidos para algumas nações mais pobres do mundo. Na verdade, os ricos estão cada vez mais ricos e os pobres, cada vez mais pobres. Muito desse fracasso deve -se aos efeitos perversos das instituições multilaterais, especialmente o FMI e o Banco Mundial, inclusive do legado de empréstimos para o Terceiro Mundo e dos programas de ajustes estruturais a estes condicionados. Stiglitz define a globalização como a integração mais próxima de países e povos do mundo... causada pela enorme redução de custos de transporte e comunicação e pela eliminação de barreiras artificiais para os fluxos de mercadorias, serviços, capital, conhecimento e (em menor escala) pessoas através das fronteiras internacionais. O processo não é intrinsecamente ruim, mas tem sido acompanhado de uma ladainha de políticas que têm causado mais danos do que benefícios aos países em desenvolvimento, entre as quais austeridade fiscal, altas taxas de juros, liberalização do comércio, liberalização dos mercados de capitais, privatização e reestruturação do mercado financeiro. De acordo com Stiglitz, essas políticas são resultado de um compromisso ideológico para liberar mercados que é quase dogmático, especialmente no âmbito do FMI. Ele acredita que o FMI tende a agir segundo os interesses dos credores e das elites ricas em detrimento dos pobres, e que não é suficiente mente aberto para as visões e perspectivas destes últimos. Afinal, foi essa ideologia cega, somada à má economia e aos interesses particulares discretamente velados, que resultou na transição da terapia de choque russa, que foi o equivalente econômico do Oeste Selvagem. Em compensação, a China adotou sua própria forma de gradualismo com sucesso muito maior. Stiglitz propõe algumas reformas sistêmicas: 1. Reconhecimento do perigo da liberalização do mercado de capitais: o hot money (dinheiro de disponibilidade imediata e caríssimo) impõe altos custos àqueles que não são parte direta das transações. 2. Reformas da lei de falência e moratória: é preciso um supercapítulo 11 na lei (da legislação norte -americana) para abordar as reformas referentes à falência e moratória que ocorrem em razão dos distúrbios macroeconômicos. 3. Menos dependência dos socorros: pelo mecanismo do risco moral, estes encorajam, em vez de desencorajar, a continuação do investimento de risco. 4. Melhoria da regulação bancária: tanto nos países desenvolvidos quanto nos menos desenvolvidos. 5. Gestão aperfeiçoada de risco: países em desenvolvimento e instituições financeiras deveriam estruturar empréstimos de forma a mitigar os riscos de grandes flutuações. 6. Redes aperfeiçoadas de segurança: estas são inadequadas nos países em desenvolvimento em geral, e em setores específicos de economias desenvolvidas, tais como agricultura e pequenos negócios. 7. Respostas aprimoradas para crises: os interesses dos trabalhadores e dos pequenos negócios têm de estar equilibrados em contraposição às preocupações dos credores. Além disso, para Stiglitz, no futuro o FMI deveria limitar -se à sua principal área de atuação, a

192 administração de crises; não deveria mais se envolver (fora das crises) em desenvolvimento ou economias de transição. Economias em desenvolvimento e aquelas em transição do comunismo são mais bem atendidas pelas habilidades próprias de cada país, por soluções domésticas em parcerias internas, em vez de estarem sob a supervisão imperiosa de instituições financeiras internacionais. Os pacientes têm de curar a si mesmos. Tópicos do livro [O FMI] não estava participando de uma conspiração, mas refletindo os intereses e a ideologia da comunidade financeira ocidental. As decisões foram tomadas com base no que pareceu ser uma mistura curiosa de ideologia e má economia, dogma que algumas vezes pareceu estar encobrindo sutilmente interesses particulares. Enquanto trabalhava equivocadamente para resguardar o que via como a santidade do contrato de crédito, o FMI estava disposto a romper o contrato social, que deveria ser mais importante. Há dinheiro para socorrer bancos, mas não para pagar por melhores educação e serviços de saúde, quanto mais para socorrer trabalhadores que são dispensados como resultado da má administração macroeconômica do FMI. A globalização pode ser remodelada e, quando isso acontecer, quando for conduzida de maneira adequada e justa, com todos os países tendo voz nas políticas que os afetam, é possível que venha a ajudar a criar uma nova economia global em que o crescimento não será somente mais sustentável e menos volátil, mas na qual os frutos desse crescimento serão compartilhados mais equitativamente. Sobre o autor Joseph E. Stiglitz (nascido em 1943) é economista norte -americano, mais conhecido por seu trabalho em economia da informação e impactos da globalização. Ele formou -se pelo Amherst College, recebeu um PhD do MIT em 1967, tornou -se professor titular de Yale em 1970 e, em 1979, foi agraciado com o prêmio John Bates Clark, concedido bienalmente pela Associação Americana de Economia ao economista de menos de quarenta anos que tenha prestado a mais relevante contribuição para a área. Lecionou em Princeton, Stanford, MIT, tendo sido também professor da Drummond e membro do conselho do All Souls College, de Oxford. Atualmente é professor da Universidade de Columbia, em Nova York, e presidente da Comissão do Pensamento Global da Universidade de Columbia. É ainda cofundador e diretor executivo da Initiative for Policy Dialogue, da Columbia, e diretor dos programas de pós- graduação ministrados no verão no Brooks World Poverty Institute.

A GLOBALIZAÇÃO E SEUS MALEFÍCIOS 193 Stiglitz foi membro do Conselho de Consultores Econômicos de 1993 a 1995, durante a administração Clinton, e trabalhou como presidente da CEA de 1995 a 1997. Tornou -se então economista -chefe e vice -presidente sênior do Banco Mundial, de 1997 a 2000. Em 2001, recebeu o Prêmio Nobel de Economia por suas análises de mercados com informações assimétricas. Seu trabalho ajudou a explicar as circunstâncias sob as quais os mercados não trabalham bem e como a intervenção seletiva do governo pode melhorar o desempenho deles. Em suas próprias palavras (entrevista de 2008) Reflexões sobre o livro Eu tinha sido economista -chefe do Banco Mundial, vice -presidente sênior, e havia tomado parte em uma série de assuntos importantes: a transição dos países comunistas para o mercado, a crise da Ásia oriental, a crise financeira global de 1997 1998, bem como a tentativa de criar um regime de comércio que fosse favorável ou, ao menos, justo para os países em desenvolvimento. Minha insatisfação com a maneira pela qual cada uma dessas crises foi administrada motivou -me a escrever o livro, com a esperança de que, expondo os problemas, talvez algo pudesse ser feito em relação aos processos democráticos. Os problemas não eram intrínsecos à globalização; no entanto, a maneira como a globalização foi administrada tornou -se desvantajosa para os países em desenvolvimento, e até mesmo para muitas pessoas dos países desenvolvidos. Um dos paradoxos foi que, enquanto, em princípio, supunha -se que todos ficariam melhor em consequência da globalização, na prática houve um levante de oposição, tanto no norte como no sul. Isso acabou unindo muita gente no mundo contra a globalização, por causa do modo como foi administrada. Houve alguns vencedores, mas os perdedores foram em número muito maior. O papel dos negócios Acho que existe uma grande variedade de comportamentos corporativos, alguns muito bons, outros muito ruins. Estava ocupando -me

194 do Alasca e percebi que a maioria das empresas de petróleo que operam no Estado tentava burlar as leis. No outro extremo há empresas como a Hydro, na Noruega, que não estão apenas tentando ativar a agenda da transparência, mas também a dos direitos humanos. Essa é uma contribuição importante para a responsabilidade corporativa. Alguns pensam que responsabilidade corporativa é só uma boa página na internet; outros estão realmente tentando fazer algo a esse respeito. Deveríamos reconhecer que há algumas empresas que estão tentando melhorar a produtividade dos pobres e outras que reconhecem que se pode tirar vantagem deles. Nos Estados Unidos, tivemos a crise das hipotecas sub-prime (crédito de risco). As instituições bancárias americanas perceberam que havia dinheiro na base da pirâmide e disseram: Temos de pegá -lo para nós como lucros corporativos. E foi o que fizeram. E atualmente milhões de americanos estão perdendo suas casas e, com isso, as poupanças de uma vida toda. Olhando para o futuro Antes dos distúrbios que ocorreram em Seattle havia um entusiasmo que não estava adequado à realidade. À medida que as pessoas começaram a olhar para o que sucedia no FMI e no Banco Mundial e para os fracassos da regulação dos mercados financeiros globais, houve um amplo reconhecimento de que algo não havia dado certo. Assim, é necessário compreender que há um problema antes de se começar a mudar. Por outro lado, há algumas pessoas que se beneficiam do sistema da forma como ele é hoje, e elas vão tentar dificultar as mudanças que têm de ser feitas. Em toda parte há grandes oportunidades na globalização para ganhos tanto para os países desenvolvidos quanto para os em desenvolvimento; no entanto, os interesses particulares exercem importante papel. OUTROS LIVROS (SELEÇÃO) Whither socialism? (MIT Press, 1996). The roaring nineties: a new history of the world s most prosperous decade (W.W. Norton & Co., 2003). MAIS INFORMAÇÕES Website oficial de Joseph Stiglitz: www2.gsb.columbia.edu/faculty/jstiglitz Columbia s Initiative for Policy Dialogue: www0.gsb.columbia.edu/ipd Fair trade for all: how trade can promote development (com Andrew Charlton) (Oxford University Press, 2005). Making globalization work (W.W. Norton & Co., 2006). The three trillion dollar war: the true cost of the Iraq conflict (Allen Lane, 2008).