XIII. A República dos Marechais

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XIII. A República dos Marechais Governo (Provisório) de Deodoro Primeiras medidas: - Federalismo - Separação entre Igreja e Estado (registro civil de nascimento e casamento civil) - Novos símbolos nacionais - Grande naturalização Ministro da Fazenda: Rui Barbosa - Política emissionista especulação financeira - Empresas-fantasmas - Crise do Encilhamento. 2

Constituição de 1891 - Sistema presidencialista - Estado federalista - Divisão dos poderes - Voto aberto (eleitores maiores de 21 anos), Exclusão de analfabetos, mendigos, soldados, religiosos e mulheres. Divergências entre o Exército e o PRP. Pressionado pela crise, por adversários e aliados, Deodoro decretou estado de sítio e dissolveu o Congresso. Greve Estrada de Ferro Central do Brasil Primeira Revolta da Armada Almirante Custódio José de Melo ameaça bombardear o RJ. Deposto pelos militares. 3

Floriano Peixoto Marechal de Ferro Apoio de SP e forças armadas Reabertura do Congresso Nacional Importação de máquinas industriais e financiamentos a empresários. Reação dos fazendeiros. Reforma bancária emissão de moeda pelo Governo Construção de casas populares Segunda Revolta da Armada debelada pelo governo apoiado por São Paulo e pelo exército. 4

Revolução Federalista Republicanos (PRR) Pica-paus Positivistas Sistema republicano e presidencialista Apoiados por Floriano e Júlio da Castilhos Federalistas (PF) Maragatos Sistema republicano e parlamentarista Líder: Silveira Martins Os federalistas uniram-se à Segunda Revolta da Armada e ameaçavam São Paulo. A região foi pacificada no governo de Prudente de Morais. 5

XIV. A República dos Coronéis Coronelismo Clientelismo Voto de cabresto eleitorado fantasma Maior independência política em São Paulo, Minas Gerais e Rio Grande do Sul. Prudente de Morais (1894-1898) Guerra de Canudos (1896/97). Campos Sales Negociação da dívida externa Funding Loan/1898); Rodrigues Alves Política de valorização do café - Convênio de Taubaté/1906. Montagem do regime das oligarquias. Hegemonia dos cafeicultores Política dos governadores. Comissão Verificadora Degola. 6

Política do café com leite Cafeicultores de São Paulo e de Minas Gerais (Leite). Movimentos messiânicos Canudos (1896-97) e Contestado (1911-15). Revoltas Anarquismo Corrente católica Sindicalismo revolucionário Revoltas da Vacina (1904) e da Chibata (1910), na Capital, e a Greve Geral (1917), principais sintomas dos problemas sociais da época. Economia Café (exportação), açucar e algodão (mercado interno), borracha (produto de destaque de 1891 a 1918) e cacau (exportação). 7

XV. A Revolta dos Tenentes I Tenentismo ameaça à hegemonia coronelista. É um movimento, militar, elitista e reformista, ideologicamente heterogêneo. São contestações organizadas contra a política café com leite e socialização das perdas do café. Influências Revolução Russa Primeira Guerra Mundial Semana de Arte Moderna (1922) Manifesto Antropofágico Abrasileirar a cultura brasileira Expoentes Mário de Andrade, Menotti del Picchia, Ronald de Carvalho, Oswald de Andrade, Heitor Villa- Lobos, Emiliano Di Cavalcanti, Anita Malfatti, Tarcila do Amaral e Victor Brecheret. 8

XV. A Revolta dos Tenentes II Críticas Eleições manipuladas pelas oligarquias rurais; Liberalismo como causa de todos os males; Poder privado acima do poder público. Objetivos principais Defesa de um estado centralizado; Voto secreto; Apoio político a Nilo Peçanha contra Artur Bernardes, candidato do regime; O Clube Militar volta a ser o articulador político, após a Primeira Guerra Mundial. 9

XV. A Revolta dos Tenentes III Manifestações Revolta dos 18 do Forte de Copacabana (1922), cujo objetivo era impedir a posse de Arthur Bernardes e derrubar o governo. Sobreviventes: Siqueira Campos e Eduardo Gomes. Revolução de 1924 em SP com o objetivo de derrubar o governo. Vencidos foram para Foz do Iguaçu aos quais se juntaram os revoltosos vindos do Rio Grande do Sul. Formaram a Coluna Prestes-Miguel Costa que andaram pelo país e se asilaram na Bolívia (1924-1927). O movimento era formado por militares, intelectuais, artistas, operários e até latifundiários. A vanguarda tenentista sabia bem o que não queria, sonhava com reformas sociais, políticas e econômicas, mas não tinha clareza de como executá-las. Foi, assim, útil braço armado na Revolução de 1930. 10

Referências BURNS, E. McNall. História da Civilização Ocidental. 27. ed. Rio de Janeiro: Globo, 1986. V. I e II. CAMPOS F. de e MIRANDA, R. Garcia. Oficina de História: História Integrada. São Paulo: Moderna, 2001. COTRIM, Gilberto. História Global Brasil e Geral. 8ª Ed. São Paulo: Saraiva, 2007. FIGUEIRA, Garcia Divalte. História. São Paulo: Ática, 2005. (Série: Novo Ensino Médio). MORAES, José Geraldo V. de. Caminhos das Civilizações. São Paulo: Atual, 1955. MOTA, M. B. e BRAICK, P. R. História das Cavernas ao Terceiro Milênio. São Paulo: Moderna, 2000. TEIXEIRA M. P. Francisco. Brasil História e Sociedade. São Paulo: Ática, 2000. VAINFAS, Ronaldo et al. HISTÓRIA: o mundo por um fio: do século XX ao XXI. São Paulo: Saraiva, 2010. V. 3. 11