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Transcrição:

FORMAÇÃO CONTINUADA EM LÍNGUA PORTUGUESA ROTEIRO DE ATIVIDADES 9 ANO 3 BIMESTRE AUTORIA GISELLA DA COSTA SANT'ANNA Rio de Janeiro 2012

TEXTO GERADOR O Texto Gerador é um recorte do livro Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Este fragmento intitulado Mudança, mostra o ambiente nordestino de seca e apresenta os retirantes que estão migrando. Mudança Na planície avermelhada os juazeiros alargavam duas manchas verdes. Os infelizes tinham caminhado o dia inteiro, estavam cansados e famintos. Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. Fazia horas que procuravam uma sombra. A folhagem dos juazeiros apareceu longe, através dos galhos pelados da caatinga rala. Arrastaram-se para lá, devagar, Sinhá Vitoria com o filho mais novo escanchado no quarto e o baú de folha na cabeça, Fabiano sombrio, cambaio, o aió a tiracolo, a cuia pendurada numa correia presa ao cinturão, a espingarda de pederneira no ombro. O menino mais velho e a cachorra Baleia iam atrás. Os juazeiros aproximaram-se, recuaram, sumiramse. O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão. - Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai. Não obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta. Mas o pequeno esperneou acuado, depois sossegou, deitou-se, fechou os olhos. Fabiano ainda lhe deu algumas pancadas e esperou que ele se levantasse. Como isto não acontecesse, espiou os quatro cantos, zangado, praguejando baixo. A catinga estendia-se, de um vermelho indeciso salpicado de manchas brancas que eram ossadas. O voo negro dos urubus fazia círculos altos em redor de bichos moribundos. - Anda, excomungado. O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. A seca aparecia-lhe como um fato necessário - e a 2

obstinação da criança irritava-o. Certamente esse obstáculo miúdo não era culpado, mas dificultava a marcha, e o vaqueiro precisava chegar, não sabia onde. Tinham deixado os caminhos, cheios de espinho e seixos, fazia horas que pisavam a margem do rio, a lama seca e rachada que escaldava os pés. Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores. Sinhá Vitória estirou o beiço indicando vagamente uma direção e afirmou com alguns sons guturais que estavam perto. Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorou-se, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados no estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinhá Vitória, pôs o filho no cangote, levantou-se, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre o peito, moles, finos como cambitos. Sinhá Vitória aprovou esse arranjo, lançou de novo a interjeição gutural, designou os juazeiros invisíveis. E a viagem prosseguiu, mais lenta, mais arrastada, num silencio grande. Ausente do companheiro, a cachorra Baleia tomou a frente do grupo. Arqueada, as costelas a mostra, corria ofegando, a língua fora da boca. E de quando em quando se detinha, esperando as pessoas, que se retardavam. Ainda na véspera eram seis viventes, contando com o papagaio. Coitado, morrera na areia do rio, onde haviam descansado, a beira de uma poça: a fome apertara demais os retirantes e por ali não existia sinal de comida. Baleia jantara os pés, a cabeça, os ossos do amigo, e não guardava lembrança disto. Agora, enquanto parava, dirigia as pupilas brilhantes aos objetos familiares, estranhava não ver sobre o baú de folha a gaiola pequena onde a ave se equilibrava mal. Fabiano também às vezes sentia falta dela, mas logo a recordação chegava. Tinha andado a procurar raízes, à toa: o resto da farinha acabara, não se ouvia um berro de rés perdida na catinga. Sinhá Vitoria, queimando o assento no chão, as mãos cruzadas segurando os joelhos ossudos, pensava em acontecimentos antigos que não se relacionavam: festas de casamento, vaquejadas, novenas, tudo numa confusão. Despertara-a 3

um grito áspero, vira de perto a realidade e o papagaio, que andava furioso, com os pés apatetados, numa atitude ridícula. Resolvera de supetão aproveitá-lo como alimento e justificara-se declarando a si mesma que ele era mudo e inútil. Não podia deixar de ser mudo. Ordinariamente a família falava pouco. E depois daquele desastre viviam todos calados, raramente soltavam palavras curtas. O louro aboiava, tangendo um gado inexistente, e latia arremedando a cachorra. As manchas dos juazeiros tornaram a aparecer, Fabiano aligeirou o passo, esqueceu a fome, a canseira e os ferimentos. As alpercatas dele estavam gastas nos saltos, e a embira tinha-lhe aberto entre os dedos rachaduras muito dolorosas. Os calcanhares, duros como cascos, gretavam-se e sangravam. Num cotovelo do caminho avistou um canto de cerca, encheu-o a esperança de achar comida, sentiu desejo de cantar. A voz saiu-lhe rouca, medonha. Calou-se para não estragar força. Deixaram a margem do rio, acompanharam a cerca, subiram uma ladeira, chegaram aos juazeiros. Fazia tempo que não viam sombra. Sinhá Vitoria acomodou os filhos, que arriaram como trouxas, cobriu-os com molambos. O menino mais velho, passada a vertigem que o derrubara, encolhido sobre folhas secas, a cabeça encostada a uma raiz, adormecia, acordava. E quando abria os olhos, distinguia vagamente um monte próximo, algumas pedras, um carro de bois. A cachorra Baleia foi enroscar-se junto dele. ATIVIDADES DE LEITURA QUESTÃO 1 Quando lemos um texto ou assistimos a um filme, tiramos nossas próprias conclusões a respeito dos personagens. Muitas vezes nos surpreendemos com nossos julgamentos, pois um personagem que parecia ser bom, justo e honesto, se mostra mau, vingativo e traidor. Isso 4

acontece porque fazemos inferências a partir das informações dadas pelo autor. Leia os trechos abaixo que falam sobre Fabiano e relate suas impressões sobre o personagem nas duas passagens do texto: 1) O menino mais velho pôs-se a chorar, sentou-se no chão. - Anda, condenado do diabo, gritou-lhe o pai. Não obtendo resultado, fustigou-o com a bainha da faca de ponta... Fabiano ainda lhe deu algumas pancadas e esperou que ele se levantasse. Como isto não acontecesse, espiou os quatro cantos, zangado, praguejando baixo... - Anda, excomungado. O pirralho não se mexeu, e Fabiano desejou matá-lo. Tinha o coração grosso, queria responsabilizar alguém pela sua desgraça. 2) Pelo espírito atribulado do sertanejo passou a ideia de abandonar o filho naquele descampado. Pensou nos urubus, nas ossadas, coçou a barba ruiva e suja, irresoluto, examinou os arredores... Fabiano meteu a faca na bainha, guardou-a no cinturão, acocorouse, pegou no pulso do menino, que se encolhia, os joelhos encostados no estômago, frio como um defunto. Aí a cólera desapareceu e Fabiano teve pena. Impossível abandonar o anjinho aos bichos do mato. Entregou a espingarda a Sinhá Vitória, pôs o filho no cangote, levantouse, agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre o peito, moles, finos como cambitos. Habilidade Trabalhada Utilizar pistas do texto para fazer antecipações e inferências a respeito de conteúdo. 5

Resposta Comentada Nesta questão o aluno deve perceber que nem tudo está escrito no texto e que podemos fazer inferências de acordo com as informações que o autor nos dá. Mas é preciso realizar uma leitura aprofundada para não fazermos julgamentos errôneos e até injustos de alguns personagens. No trecho 1, o aluno deve perceber que Fabiano não parece um bom pai. Ele briga com o filho, o agride e desejou até matá-lo. Ao ler o trecho 2, o discente perceberá que Fabiano não é mau. O pai é um homem rude que está sofrendo ao ver sua família passar por aquela situação, mas jamais abandonaria o filho como demonstrou no trecho anterior. QUESTÃO 2 Ao ler um texto, nem sempre conhecemos os significados de todas as palavras, mas isso não nos impede de entender a história, já que o próprio contexto em que a palavra desconhecida está inserida pode nos dar pistas de seu sentido. Assim, observe as palavras/expressões retiradas do trecho Mudança e relacione as colunas de acordo com o significado que você pode perceber através do contexto: (1) Juazeiro (2) Escanchado no quarto (3) Fustigou-o (4) Cólera ( ) Ódio, raiva, ira ( ) Sentar-se abrindo as pernas nos quadris, ancas, cadeiras ( ) Bater com alguma coisa flexível; açoitar ( ) Árvore da família das ramnáceas, muito frequente nas caatingas e que tem como fruto o juá. 6

Habilidade Trabalhada Inferir o significado de palavras desconhecidas a partir do contexto em que são usadas. Resposta Comentada O aluno deve perceber que o não conhecimento do significado de uma palavra pode não ser empecilho para sua compreensão. Desta forma, mesmo desconhecendo o significado de juazeiro, o aluno conseguirá inferir, pelo enunciado em que a palavra aparece, que ela significa árvore muito frequente na caatinga. Assim, ele também perceberá pelo contexto que escanchado no quarto significa que a criança estava sentada no quadril da mãe. Quando Fabiano fustigou o menino, ele bateu com a faca. Por fim, o aluno perceberá que cólera significa que a raiva, o ódio passou. ATIVIDADES DE USO DA LÍNGUA QUESTÃO 3 As conjunções podem assumir diferentes sentidos de acordo com o enunciado em que se inserem. Analise a conjunção COMO nos trechos abaixo e assinale o sentido que está sendo indicado por ela em cada fragmento. 1) Ordinariamente andavam pouco, mas como haviam repousado bastante na areia do rio seco, a viagem progredira bem três léguas. (a) causa (b) comparação (c) conclusão (d) condição (e) (e) tempo 7

2) Agarrou os bracinhos que lhe caíam sobre o peito, moles, finos como cambitos. (a) causa (b) comparação (c) conclusão (d) condição (e) tempo Habilidade Trabalhada adverbiais. Relacionar o emprego do modo subjuntivo à ocorrência de orações subordinadas Resposta Comentada Para resolver esta questão é necessário fazer uma revisão dos sentidos assumidos pelas conjunções de acordo com o enunciado em que estão inseridas. No trecho 1, a conjunção COMO assume sentido de causa, pois foi pelo fato de terem repousado bastante que conseguiram andar mais. No trecho 2, a conjunção assume o sentido de comparação, pois diz que os braços são finos assim como os cambitos. ATIVIDADE DE PRODUÇÃO TEXTUAL QUESTÃO 3 Ao longo deste bimestre, trabalhamos o Romance e suas características. Conhecemos um pouco das obras Capitães da Areia e Vidas Secas. Agora chegou a hora de criarmos o nosso Romance de maneira coletiva. 8

Será realizado um sorteio para definir a ordem em que cada aluno dará a sua contribuição para a produção. O aluno que estiver com o número 1 iniciará a história e, na sequência, os outros darão continuidade. Todos deverão ficar atentos para continuar o texto de maneira coerente e tornar a história interessante. O professor será responsável por escrever o que for ditado pelos alunos. Ao final da produção, todos farão a leitura do texto e escolherão o título. Divirtam-se! Habilidade Trabalhada Produzir coletivamente um texto narrativo cuja estrutura se aproxime do romance. Comentário A professora realizará um sorteio de números entre a turma. Esses números definirão a ordem que cada um dará a sua contribuição para a produção do romance. O professor será o escriba enquanto os alunos serão os autores do texto. O aluno de número 1 iniciará a história e, na sequência, os outros darão continuidade de maneira coerente. Cabe ao professor indicar os alunos responsáveis pela introdução, pelo desenvolvimento e pela conclusão. Ao final, todos farão a leitura do romance e será escolhido o melhor título para o mesmo. 9