TENDÊNCIA DO VOLUME DE INVESTIMENTOS (quesito trimestral na Indústria e semestral nos demais setores) Agosto 2014.

Documentos relacionados
Em comparação com o ano passado, você pretende gastar com presentes para o Dia das Mães...

Tabela 1 Indicador de Intenção de Compras de Natal

Julho de Evolução sobre o mês anterior

Índice de Confiança Empresarial (dados de out/08 a out/17, dessazonalizados)

Gráfico 1 Indicador de Incerteza da Economia Brasil (IIE-Br)

Abril de Novembro de 2016

Índice de Confiança avança em agosto

PROJETO RUMOS DA INDÚSTRIA PAULISTA

Gráfico 1 Indicador de Incerteza da Economia Brasil (IIE-Br)

PROJETO RUMOS DA INDÚSTRIA PAULISTA MOVIMENTO DO FINAL DO ANO E PAGAMENTO DO 13º SALÁRIO

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de outubro de Número dezembro.2018

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de abril de Número junho.2019

SONDAGEM DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO. Fevereiro, 2016

SONDAGEM DO SETOR SERVIÇOS. Fevereiro, 2016

Abril de 2018 IBRE-FGV

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de novembro de Número janeiro.2019

INVESTIMENTOS REALIZADOS EM 2013 INVESTIMENTOS PREVISTOS PARA 2014

INVESTIMENTOS NA INDÚSTRIA

INVESTIMENTOS REALIZADOS EM 2014 INVESTIMENTOS PREVISTOS PARA 2015

Gráfico 1: Taxa de variação trimestral do PIB (comparado aos trimestres imediatamente anteriores, %) Fonte e elaboração: FGV IBRE

SONDAGEM DO SETOR SERVIÇOS. Dezembro, 2015

O SETOR DE PRÉ-FABRICADOS

SONDAGEM INDUSTRIAL SETEMBRO 2018

2) A taxa trimestral móvel do PIB no trimestre findo em fevereiro, comparada com o mesmo período do ano anterior,

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de fevereiro de Número abril.2019

Gráfico 1: Taxa de variação acumulada em 12 meses do PIB (comparado aos mesmos períodos dos anos anteriores, %) Fonte e elaboração: IBRE/FGV

PROJETO RUMOS DA INDÚSTRIA PAULISTA INVESTIMENTOS

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de janeiro de Número março.2019

70,7% 66,7% 30,8% 40,9% 24,1% 57,7% das empresas gaúchas utilizam capital próprio como principal fonte de financiamento

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário Set/16

SONDAGEM INDUSTRIAL MENSAL. Empresas da Região irão investir R$ 100 milhões em ano eleitoral

SONDAGEM DO SETOR SERVIÇOS. Maio, 2016

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de setembro de Número novembro.2016

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de março de Número maio.2017

69,8% 53,0% 27,8% 29,9% 22,1% 52,5% das indústrias gaúchas utilizam capital próprio como principal fonte de financiamento

Julho Obs.: O detalhamento por classe de consumo será informado na Resenha de Mercado da EPE do mês de agosto/18.

1) O PIB recuou 3,6% em 2016; esta taxa é a vigésima terceira taxa negativa do indicador, na taxa

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

SONDAGEM INDUSTRIAL MENSAL Setembro de 2010 (resultados referentes ao mês de Agosto de 2010)

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

SONDAGEM INDUSTRIAL MARÇO 2017

Índice de Confiança da Construção

Índice de Confiança da Construção. Índice da Situação Atual. Índice de Expectativas

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário Dezembro/16

SONDAGEM DO SETOR SERVIÇOS. Agosto, 2015

SONDAGEM INDUSTRIAL JANEIRO 2016 Respostas não indicam recuperação econômica, mas apontam para estabilização na produção do nível de emprego.

SONDAGEM DO SETOR COMÉRCIO. Março.2015

27,8 29,0 40,7 Insatisfatória 36,4 35,1 46,2 Insatisfatória

SONDAGEM INDUSTRIAL MENSAL. Câmbio: Um obstáculo aos negócios das empresas da RMC

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

SONDAGEM INDUSTRIAL FEVEREIRO 2018

Ano III Dez/2015. Prof. Dr. Sergio Naruhiko Sakurai André Ribeiro Cardoso, Jaqueline Rossali e Guilherme Perez

SONDAGEM ESPECIAL 89% 42% 24% 57% 41% 45% Incerteza econômica afeta planos de investimento INVESTIMENTO

SONDAGEM DO SETOR SERVIÇOS. Agosto, 2016

Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de julho de Número setembro.2017

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO

SONDAGEM INDUSTRIAL RIO GRANDE DO SUL

SONDAGEM INDÚSTRIA DA CONSTRUÇÃO DE ALAGOAS

Indicador de Demanda por Crédito e Investimento do Micro e Pequeno Empresário

Especial Energia e Indústria 3º trimestre de 2015

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de junho de Número agosto.2017

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de maio de Número julho.2017

EMPRESÁRIOS DO SETOR DE TI ESTÃO CONFIANTES EM MARÇO

Sondagem Mensal da Indústria de Autopeças

Sondagem: Expectativas Econômicas do Transportador Rodoviário

Investimento na Indústria do RN Ano 6, n 1, maio de 2018

INVESTIMENTOS DA INDÚSTRIA

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de setembro de Número novembro.2018

Por que os juros para financiamento de veículos não estão acompanhando a queda da SELIC, apesar da diminuição da inadimplência?

Investimento na Indústria do RN Ano 7, n 1, junho de 2019

Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário

IPEA O desafio da produtividade na visão das empresas

Com demanda fraca, indústria volta a acumular estoques

Produção industrial mato-grossense aumenta em março

>> Sondagem Industrial Mato Grosso do Sul >> Dezembro 2017

Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário

Indústria. Prof. Dr. Rudinei Toneto Junior Prof. Dr. Luciano Nakabashi Renata de Lacerda Antunes Borges Simone Prado Araújo

INDÚSTRIAS IDENTIFICAM PREJUÍZOS A PARTIR DE FALHAS NO FORNECIMENTO DE ENERGIA ELÉTRICA

SONDAGEM INDUSTRIAL ABRIL 2018

Sondagem Industrial do Estado de São Paulo

CONFIANÇA DO COMÉRCIO AUMENTA PELA SÉTIMA VEZ NAS VÉSPERAS DO NATAL

INDICADOR DE COMÉRCIO EXTERIOR - ICOMEX

INVESTIMENTO NA INDÚSTRIA

77% dos empresários da construção civil apontam a. 100% dos empresários sentem-se prejudicados. 64% das empresas que dispõem de mecanismos para

Indicador de Confiança do Micro e Pequeno Empresário

SONDAGEM DO SETOR SERVIÇOS. Setembro, 2016

A atividade industrial paulista cresceu 12,1% em junho

Monitor do PIB-FGV Indicador mensal de fevereiro de Número abril.2018

PIB do transporte avança 2,2% em 2018, corroborando cenário de recuperação gradual.

Gráfico 1: Taxa de variação acumulada em 12 meses do PIB (comparado aos doze meses anteriores, %) Fonte e elaboração: IBRE/FGV

SONDAGEM DE EXPECTATIVAS DO CONSUMIDOR

SONDAGEM INDUSTRIAL SETEMBRO 2017

Gráfico 1: Taxa de variação trimestral do PIB

SONDAGEM DA INDÚSTRIA DE TRANSFORMAÇÃO. Julho, 2015

Nota de Crédito. Setembro Fonte: BACEN - 26/10/2012

O Brasil lidera a piora do clima econômico na América Latina

SONDAGEM DE EXPECTATIVAS DO CONSUMIDOR

Transcrição:

Agosto 2014 2º Trimestre/2015 A edição do 2º trimestre de 2015 da s da Fundação Getulio Vargas consultou as empresas brasileiras a respeito dos seguintes temas: i) tendência do volume de investimentos produtivos 1 nos 12 meses anteriores e seguintes à pesquisa; ii) grau de certeza em relação aos planos de investimentos para os 12 meses seguintes; e iii) principal motivação e fatores limitativos à realização de investimentos em 2015. Neste relatório são analisados os resultados das enquetes realizadas nos setores da, Serviços, Construção e Comércio. As informações estão organizadas por temas e, secundariamente, por setores produtivos. A s é realizada com periodicidade trimestral na e semestral nos demais setores 2. Ao todo, foram consultadas 729 empresas na Indústria, 1.521 no Setor de Serviços, 961 no Comércio e 554 na Construção, ao longo do bimestre abril-maio. TENDÊNCIA DO VOLUME DE INVESTIMENTOS (quesito trimestral na Indústria e semestral nos demais setores) A s do segundo trimestre de 2015 capta os reflexos da piora acentuada do ambiente de negócios nos últimos meses tanto sobre as avaliações retrospectivas de realização de investimentos quanto em relação às projeções para os meses seguintes. Na, 24% das empresas afirmaram ter investido mais nos 12 meses anteriores e 35% terem investido menos. Esta é a segunda vez consecutiva em que a proporção de empresas reportando diminuição do volume de investimentos supera a das que informam aumento neste horizonte de tempo. No trimestre anterior, estes percentuais haviam sido de 27% e 29%, respectivamente. 1 A pesquisa trata de investimentos em capital fixo, tais como máquinas e equipamentos, veículos, construções, ampliação ou melhoria de instalações, etc. 2 A s dos setores não industriais é realizada desde 2014 no 2º e 4º trimestres do ano. Informações mais detalhadas sobre a s podem ser encontradas no site www.fgv.br/ibre

Ímpeto de Investimentos nos últimos e próximos 12 meses ( de respostas*) *Diferença, em pontos percentuais, entre a proporção de empresas prevendo/reportando aumento e a proporção de empresas prevendo/reportando diminuição dos investimentos nos 12 meses seguintes/12 meses anteriores. Em relação aos próximos 12 meses, os resultados sinalizam continuidade da fase de desaceleração dos investimentos. Das 729 empresas consultadas, 18% preveem investir mais e 35% programam investir menos que nos 12 meses anteriores. No primeiro trimestre de 2015, estes percentuais haviam sido de 27% e 31%, respectivamente. Em ambos os horizontes de tempos, os saldos de resposta são os menores desde o terceiro trimestre de 2012, quando se inicia a série deste quesito da pesquisa. Demais setores No setor de Serviços, houve piora análoga à observada na indústria entre o quarto trimestre de 2014 e o segundo trimestre de 2015, embora, neste segmento, os saldos de resposta continuem no terreno positivo. Considerando-se a evolução prevista para os próximos 12 meses, 23% das empresas preveem investir mais e 17% programam investir menos. Em outubro-novembro de 2014, estes percentuais haviam sido de 34% e 10%, respectivamente. O Comércio obteve resultado análogo ao do setor de Serviços, com saldos um pouco superiores: 27% das empresas preveem investir mais e 15% menos que nos 12 meses anteriores. Em 2014, as empresas indicaram 44% e 10%, respectivamente. 2

O pior resultado setorial foi observado na Construção, com números negativos nos dois horizontes de tempo. Em relação aos 12 meses anteriores, 14% das empresas informaram ter investido mais e 39%, menos, um saldo de -25 pontos percentuais. No quarto trimestre de 2014, essa diferença havia sido de -3 pontos percentuais. Em relação aos próximos 12 meses, 15% preveem investir mais e 31% menos que nos 12 meses anteriores. GRAU DE CERTEZA DOS PLANOS DE INVESTIMENTOS (quesito incluído no segundo e quarto trimestre de todos os setores) No 2º trimestre de 2015, as empresas também foram consultadas sobre o grau de certeza com que projetam os investimentos para os próximos 12 meses. No setor industrial, 33% das empresas estão certas em relação ao programa de investimentos para os próximos 12 meses enquanto 36% reportam incerteza, um saldo de -3 pontos percentuais. No 4º trimestre de 2014, essa diferença havia sido de +28 pontos percentuais (p.p.), ou seja, havia muito mais empresas certas quanto à execução de seus planos de investimento. Esta evolução negativa reflete os resultados muito fracos do setor em termos de produção e lucratividade desde o ano passado, e as incertezas acerca da demanda nos próximos meses (sobre este último tópico, ver Seção Fatores Limitativos à Realização de Investimentos deste relatório). Demais setores No setor Serviços a incerteza também predomina: 37% das empresas consideram seu plano de investimentos incerto contra 26% que atribuem certeza aos projetos. No quarto trimestre de 2014, estas opções haviam sido distribuídas de forma mais homogênea: 27% indicavam certeza e 26% incerteza. No Comércio, 28% das empresas avaliam como certa a realização do plano de investimentos contra 36% das que o classificam como incerto. Em 2014 estes percentuais foram de 40% e 20%, respectivamente. Novamente, o setor da Construção apresenta o pior resultado neste quesito: o percentual de empresas avaliando o plano de investimentos para os próximos 12 meses como certo, de 14%, é muito inferior ao das que o julgam incerto (49%). No quarto trimestre de 2014, estes percentuais haviam sido de 22% e 29%, respectivamente. 3

DECISÃO SOBRE O PLANO DE INVESTIMENTOS PARA OS PRÓXIMOS 12 MESES Setor 4º Trimestre de 2014 Certa Quase certa Incerta Certa Quase certa Incerta Indústria 45 38 17 33 31 36 Serviços 27 47 26 26 37 37 Comércio 40 40 20 28 36 36 Construção 22 49 29 14 37 49 PRINCIPAL MOTIVAÇÃO PARA A REALIZAÇÃO DE INVESTIMENTOS (quesito incluído anualmente no segundo trimestre) A expansão da capacidade produtiva foi citada como principal objetivo para a realização de investimentos produtivos no ano corrente por 21% das empresas industriais, a menor parcela desde 1999 (20%), neste quesito incluído nas sondagens da FGV/IBRE em 1998. Majoritária em anos de maior crescimento dos investimentos do setor industrial, a expansão da capacidade produtiva havia sido o principal motivo para a realização de investimentos produtivos nos biênios 2007-2008 e 2010-2011. O resultado corrobora, portanto, a tendência de diminuição do investimento em 2015. A principal motivação para a realização de investimentos produtivos em 2015 é o aumento da eficiência produtiva, apontado por 30% das empresas, proporção similar à observada no ano passado, segundo informações obtidas nesta mesma edição da pesquisa. A proporção de empresas que afirmam estar sem programa de investimentos no momento foi a que mais avançou em relação a 2014, ao passar de 18% para 30%, maior número da série histórica iniciada em 1998. A parcela das que citaram substituição de máquinas e/ou equipamentos foi apontada por 19% das empresas, uma queda de 5 p.p. em relação ao ano passado. 4

Demais setores No setor de Serviços, a motivação de aperfeiçoamento, modernização ou racionalização do processo produtivo foi apontada como o principal objetivo para a realização de investimentos em 2015 por 31% das empresas, proporção 4 p.p. inferior à prevista no ano passado. Já a expansão da capacidade de oferta foi citada por 22% das empresas, contra 35% de 2014, enquanto a proporção de empresas que afirmam estar sem programa de investimentos saltou para 32% do total, após registrar apenas 8% em 2014. No Comércio, expandir a capacidade de oferta foi o motivo apontado por 34% das empresas em 2015, proporção similar à do ano passado (35%). A parcela das empresas que citaram o aperfeiçoamento, modernização ou racionalização do processo produtivo como principal objetivo, passou de 27%, em 2014, para 21%, em 2015. A proporção de empresas que estão sem programa de investimentos aumentou de 16% para 29% no mesmo período. Na Construção, 27% das empresas apontaram aperfeiçoamento, modernização ou racionalização do processo produtivo como principal objetivo em 2015 (contra 31%, em 2014) e 38% afirmam estar sem programa de investimentos (14% em 2014). FATORES LIMITATIVOS À REALIZAÇÃO DE INVESTIMENTOS (quesito incluído anualmente no segundo trimestre) Entre 2014 e 2015, a percepção das empresas industriais em relação ao ambiente para a realização de investimentos em capital fixo 3 piorou. O percentual de empresas que afirmam encontrar algum tipo de dificuldade para investir aumentou de 49% para 59%, o pior resultado desde 2009 (87%), quando as avaliações estavam sendo afetados pela crise internacional. Entre as empresas que perceberam entraves à realização de investimentos, o fator mais citado foram as incertezas acerca da demanda, mencionadas por 57% do total, um aumento de 20 p.p. em relação ao ano anterior e o maior patamar da série iniciada em 2004. 3 Neste quesito, as empresas podem assinalar quantas opções de resposta desejarem. 5

O segundo fator inibidor mais citado foi a limitação de recursos da empresa, apontado por 44% das empresas, uma redução de 1 p.p. frente ao ano passado. O fator custo de financiamento vem a seguir, reportado por 35% das empresas, o maior percentual da série. Da mesma forma, a limitação de crédito apresentou o maior patamar da série ao passar de 21%, em 2014, para 29%, em 2015. O item taxa de retorno inadequada é apontado por 24% das empresas industriais, 2 p.p. acima do ano passado e maior nível da série. Demais setores Nos demais setores, este quesito foi introduzido na pesquisa em 2014. No Setor de Serviços, o percentual de empresas que apontam algum tipo de dificuldade para a realização de investimentos produtivos aumentou de 38%, em 2014, para 42%, em 2015. O fator incertezas acerca da demanda foi citado como a principal dificuldade à realização de investimentos neste ano, por 53% das empresas, um aumento de 22 p.p. em relação ao ano passado. A seguir, a carga tributária, apontada por 50% do total, proporção superior aos 47% de 2014. As citações à limitação de recursos da empresa diminuíram um pouco em relação ao ano passado, de 47% para 46% do total. No Comércio, o número relativo de empresas que apontam algum tipo de dificuldade para realizar investimentos em capital fixo em 2015 ficou em 31% do total, 2 p.p. acima do ano anterior. O fator incertezas acerca da demanda foi apontado como a principal dificuldade à realização de investimentos por 62% das empresas, um aumento de 29 p.p. em relação ao ano passado. A carga tributária elevada é o segundo maior entrave para a realização de investimentos neste setor, tendo sido mencionada por 52% das empresas. Na Construção, a percepção das empresas em relação ao ambiente para a realização de investimentos modificou-se bastante na comparação com o ano passado. Entre 2014 e 2015, o percentual de empresas que afirmam encontrar dificuldades para realizar investimentos em capital fixo aumentou de 38% para 66% do total. Entre as empresas que perceberam impedimentos à realização de investimentos, o fator mais lembrado foram as incertezas acerca da demanda, mencionado por 67% das empresas, um salto de 28 p.p. em relação ao ano passado. O fator limitação de recursos da empresa vem a seguir, apontado por 41% do total (36% em 2014). A s é um levantamento estatístico que fornece sinalizações sobre o rumo dos investimentos produtivos. A edição do 2º trimestre de 2015 coletou informações de 3.765 empresas entre 01 de abril de 2015 e 29 de maio de 2015. A próxima divulgação da s ocorrerá em 10 de setembro de 2015. 6

Trimestres Tendência do Volume de Investimentos (em %, exceto onde indicado) Últimos 12 meses(*) Próximos 12 meses (*) 3T/2012 35 44 21 14 33 53 14 19 4T/2012 39 39 22 17 43 45 12 31 1T/2013 41 37 22 19 43 44 13 30 2T/2013 45 33 22 23 51 34 15 36 3T/2013 36 39 25 11 34 49 17 17 4T/2013 41 39 20 21 43 43 14 29 1T/2014 37 45 18 19 34 50 16 18 2T/2014 31 45 24 7 30 49 21 9 3T/2014 29 41 30-1 30 47 23 7 4T/2014 31 41 28 3 30 47 23 7 1T/2015 27 44 29-2 27 42 31-4 2T/2015 24 41 35-11 18 47 35-17 (*) Em comparação aos 12 meses anteriores Serviços Últimos 12 meses(*) Próximos 12 meses (*) Trimestres 4T/2014 32 55 13 19 34 56 10 24 2T/2015 27 53 20 7 23 60 17 6 (*) Em comparação aos 12 meses anteriores Comércio Últimos 12 meses(*) Próximos 12 meses (*) Trimestres 4T/2014 42 49 9 33 44 46 10 34 2T/2015 29 60 11 18 27 58 15 12 (*) Em comparação aos 12 meses anteriores Construção Últimos 12 meses(*) Próximos 12 meses (*) Trimestres 4T/2014 23 51 26-3 20 58 22-2 2T/2015 14 47 39-25 15 54 31-16 (*) Em comparação aos 12 meses anteriores 7

Principal motivo para a realização de investimento fixo Previsões em relação ao ano corrente - Em % EXPANDIR A CAPACIDADE DE PRODUÇÃO AUMENTAR A EFICIÊNCIA PRODUTIVA SUBSTITUIR MÁQUINAS E/OU EQUIPAMENTOS SEM PROGRAMA DE INVESTIMENTOS 1998 25 40 15 20 1999 20 43 12 25 2000 23 42 14 21 2001 30 39 12 19 2002 26 43 13 18 2003 24 33 15 28 2004 29 33 12 26 2005 30 29 16 25 2006 28 34 13 25 2007 39 32 15 14 2008 50 24 12 14 2009 24 36 14 26 2010 40 28 18 14 2011 36 33 15 16 2012 30 35 16 19 2013 32 33 18 17 2014 27 31 24 18 2015 21 30 19 30 EXPANDIR A CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Serviços APERFEIÇOAR, MODERNIZAR OU RACIONALIZAR O PROCESSO PRODUTIVO SUBSTITUIR MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS OU INSTALAÇÕES OUTRAS FINALIDADES SEM PROGRAMA DE INVESTIMENTOS 2014 35 35 18 4 8 2015 22 31 14 1 32 EXPANDIR A CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Comércio APERFEIÇOAR, MODERNIZAR OU RACIONALIZAR O PROCESSO PRODUTIVO SUBSTITUIR MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS OU INSTALAÇÕES OUTRAS FINALIDADES SEM PROGRAMA DE INVESTIMENTOS 2014 35 27 15 7 16 2015 34 21 13 3 29 EXPANDIR A CAPACIDADE DE PRODUÇÃO Construção APERFEIÇOAR, MODERNIZAR OU RACIONALIZAR O PROCESSO PRODUTIVO SUBSTITUIR MÁQUINAS, EQUIPAMENTOS OU INSTALAÇÕES OUTRAS FINALIDADES SEM PROGRAMA DE INVESTIMENTOS 2014 30 31 20 5 14 2015 14 27 16 5 38 8

A empresa vem encontrando dificuldades para realizar investimentos em capital fixo no corrente ano? Em % 2009 2010 2011 2012 2013 2014 2015 SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO SIM NÃO Indústria 87 13 33 67 33 67 43 57 46 54 49 51 59 41 Serviço - - - - - - - - - - 38 62 42 58 Comércio - - - - - - - - - - 29 71 31 69 Construção - - - - - - - - - - 38 62 66 34 Fatores Limitativos à realização de investimentos em capital fixo* - Em % TAXA DE RETORNO INADEQUADA RECURSOS DA EMPRESA CRÉDITO CUSTO DE FINANCIAMENTO INCERTEZAS ACERCA DA DEMANDA CARGA TRIBUTÁRIA ELEVADA OUTROS 2004 13 29 12 26 39 40 6 2005 16 34 16 29 33 46 8 2006 16 28 10 19 36 38 11 2007 15 26 8 20 32 40 10 2008 15 33 16 27 18 48 13 2009 16 35 28 28 50 29 7 2010 16 42 25 26 20 26 12 2011 19 34 24 33 19 42 11 2012 22 46 19 26 34 35 6 2013 22 39 24 22 31 37 13 2014 22 45 21 28 37 36 8 2015 24 44 29 35 57 35 7 (*) responderam a este quesito somente as empresas que perceberam a ocorrência de fatores limitativos. As empresas podem indicar quantos fatores desejarem. Serviços TAXA DE RETORNO INADEQUADA RECURSOS DA EMPRESA CRÉDITO CUSTO DE FINANCIAMENTO INCERTEZAS ACERCA DA DEMANDA CARGA TRIBUTÁRIA ELEVADA OUTROS 2014 32 47 19 27 31 47 15 2015 28 46 29 32 53 50 13 (*) responderam a este quesito somente as empresas que perceberam a ocorrência de fatores limitativos. As empresas podem indicar quantos fatores desejarem. 9

Comércio TAXA DE RETORNO INADEQUADA RECURSOS DA EMPRESA CRÉDITO CUSTO DE FINANCIAMENTO INCERTEZAS ACERCA DA DEMANDA CARGA TRIBUTÁRIA ELEVADA OUTROS 2014 16 30 17 21 33 53 14 2015 26 28 30 38 62 52 19 (*) responderam a este quesito somente as empresas que perceberam a ocorrência de fatores limitativos. As empresas podem indicar quantos fatores desejarem. Construção TAXA DE RETORNO INADEQUADA RECURSOS DA EMPRESA CRÉDITO CUSTO DE FINANCIAMENTO INCERTEZAS ACERCA DA DEMANDA CARGA TRIBUTÁRIA ELEVADA OUTROS 2014 20 36 26 17 39 38 14 2015 25 41 36 31 67 38 11 (*) responderam a este quesito somente as empresas que perceberam a ocorrência de fatores limitativos. As empresas podem indicar quantos fatores desejarem. SONDAGEM DE INVESTIMENTOS Publicação trimestral da FGV/IBRE Instituto Brasileiro de Economia Diretor do IBRE: Luiz Guilherme Schymura de Oliveira Vice-Diretor: Vagner Laerte Ardeo Superintendente Adjunto de Ciclos Econômicos: Aloisio Campelo Jr Coordenadora da Sondagem: Patricia Meziat Pina Responsável por análise e divulgação: Aloisio Campelo Jr. Equipe Técnica: Rodolpho Guedon Tobler Atendimento à imprensa: Thais Thimoteo (21) 3799-6836 ou 3799-6912 / e-mail: thais.thimoteo@fgv.br Central de Atendimento do IBRE: (21) 3799-6799 / ibre@fgv.br / portalibre.fgv.br 10