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ESTADO DE MINAS - DOMINGO, 20 DE JANEIRO DE 2002 PÁGINA 10 O pisinão olobiano AFFONSO ROMANO DE SANT ANNA santanna@novanet.o.br OS BANDIDOS, QUE JÁ DERAM PROVAS DE QUE CONTROLAM NÃO APENAS BAIRROS E FAVELAS, MAS VÁRIOS PRESÍDIOS DO PAÍS, DIA E NOITE SINALIZAM NOVOS AVANÇOS SEGUNDA-FEIRA - Alione Araújo e Fernando Sabino TERÇA-FEIRA - Roberto Druond QUARTA-FEIRA - Fernando Brant QUINTA-FEIRA - Frei Betto SEXTA-FEIRA - Chio Aaral SÁBADO - Cro Siqueira DOMINGO - Affonso Roano de Sant Anna Voês ertaente já ouvira falar do pisinão de Raos. Coo a praia de Raos é ultrapoluída, resolvera avar na sua areia ua espéie de lago, por onde diariaente entra e sai a água do ar. Só que a água é tratada e, por isto, te enos olifores feais. Pois o pisinão de Raos virou o grande hit de verão, dessa idade que nessa teporada te que inventar jornalístia e turistiaente algua oisa. Essas oisas geralente vinha de Ipanea, as agora os subúrbios se ipusera. Teria a garota de Ipanea, então, sido substituída pela garota de Raos. Antes fosse. Foi substituída pelos trafiantes que tenta ontrolar o pisinão. Isto se dá por dois otivos: Ali orre uito dinheiro nas barraquinhas de praia. Mas é tabé questão de territorialidade. Coo os ães, que se assenhora dos espaços fazendo pipi e oô aqui e ali, u grupo de trafiantes oeçou a pihar uros, deretar o que se podia fazer ou não, hegando até a estabeleer que ningué ali podia usar aiô ou qualquer roupa verelha, que é a or dos trafiantes adversários. Surgiu ua guerra naroroátia. Pode usar azul? Aarelo? Pode, não pode. Resultado: os jornais publiara ua foto onde não apenas ulheres e rianças, obedeendo a ua das fações, estão nas ruas da favela vestidas de verelho, as até u ahorro ve revestido dessa bandeira. Sei que daqui a pouo vai haver pisinão e Botafogo, Flaengo, Barra, porque as praias estão poluídas e resolvera, e vez de tratá-las, riar alternativa. Sei que assi oo o Brasil inteiro adotou o odelo arioa do Caneão e do Sabódroo (há sabódroo até e São Paulo e Manaus), daqui a pouo haverá pisinão e Paraopeba e Santa Rita do Passa-Quatro. Mas não é isto que e preoupa. Quanto ais alegria para o povo, elhor. O problea é outro. E aqui oeço a falar da Colôbia e das Far. A gente lê sobre as patétias notíias naquele país, e pensa: oo é que pode ter u país assi, onde quase a etade está na ão de guerilheiros que vive de seqüestros? Coo é que pode o presidente olobiano parlaentar o guerrilheiros que negoia oaína e o a presença de representantes de dez países, alé da ONU? Estive na Colôbia inúeras vezes na déada passada e pensava: inda be que o Brasil não é assi. Pensava. Não penso ais. Assi oo São Paulo prende 10 il bandidos por ês e não te onde botá-los, e teve no ano passado ais de 300 pessoas seqüestradas, o pisinão de Raos prova que estaos ais perto da Colôbia do que pensávaos. Os bandidos, que já dera provas de que ontrola não apenas bairros e favelas, as vários presídios do País, dia e noite sinaliza novos avanços. E o que é pior, estão onseguindo instituionalizar seu poder. Quando oeei a vir ao Rio nos anos 50 não era assi. A relação o o ar e o a praia era idília. Algué vai lebrar que o desalabro não é só no Brasil. Nos Estados Unidos, por exerplo, as esolas tê detetores de etais para apreender aras de alunos, e volta e eia há fuzilarias atando professores e alunos. É u horror. Mas eu não vivo lá, e não posso fazer nada. Vivo aqui no Brasil. Ou será que e enganei e há uito vivo na Colôbia e não e dei onta? VELUDO & PLUTÃO Agradeço aos leitores que, e eu soorro, enviara não só o antológio poea sobre o ão Veludo, as até e lebrara do poea Plutão, de Bila, que tabé se delaava nas esolas. Neste tabé o anial tabé orre de aor por seu dono. EDUCAÇÃO PROJETO CANTANDO A HISTÓRIA DO SAMBA ENVOLVE ALUNOS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL NO RESGATE DA CULTURA NACIONAL SAMBA É ASSUNTO PARA A ESCOLA AUGUSTO PIO Criado pela antora, ontadora de histórias e eduadora ineira Elzelina Dóris, o projeto Cantando a história do saba te oo proposta levar até os alunos das esolas uniipais e estaduais ua parte da ultura ineira. O trabalho onsiste e proover ofiinas de sensibilização o os alunos, despertando o interesse para o onheiento da nossa história ultural. A proposta não é udar o gosto usial dos alunos, e si apresentar ua opção desonheida para eles, explia Dóris. E 2 de fevereiro, o projeto será levado à ounidade do Alto Vera Cruz, e pareria o o Centro de Estudo, Referênia e Prátia da Capoeira Angola Cerprátia. Aprovado pelas leis federal e estadual, o projeto está sendo uito be aeito, de aordo o a própria Elzelina Dóris. Sobre a riação do projeto, Dóris lebra que perebeu que os jovens não tinha onheiento da história usial brasileira, prinipalente do saba. Pensei nu projeto que pudesse unir a inforação a u show usial. Coeei a desenvolvê-lo e pensei tabé nua fora de introduzi-lo nas esolas e ounidades. A idéia era apresentar o projeto às esolas e forei ua equipe que iria trabalhar junto aos professores, dando sugestões dentro de ada atéria, lebra. A partir daí, Dóris riou ua equipe que trabalha junto aos professores e alunos. São eles Elaine Dase (ouniadora, eduadora, artista plástia e oordenadora da equipe), Benilda Regina (psiopedagoga), Apareida Reis (historiadora), Júnior (eduador), Edna (eduadora) e Maros Cardoso (filósofo). Elaine Dase onta que o trabalho já foi realizado e nove esolas uniipais e estaduais. O resultado te sido uito positivo, pois teos reebido u ótio feedba das esolas e dos alunos, uprientando-nos pelo projeto, onta Elaine Dase. Dóris explia que o trabalho deora e édia u ês para ser desenvolvido nas esolas, e o enerraento é feito o u show usial dos alunos que a esola india. Cedeos aterial de pesquisa ua apostila e u CD, o úsias oo Pelo Telefone (Donga), Agoniza as não orre (Nelson Sargento), Não deixe o saba orrer (Edson), Folhas Seas (Nelson Cavaquinho), Sei lá Mangueira (Paulinho da Viola) e Tive Si e As rosas não fala (Cartola), entre outras. Sugerios aos professores que ada aluno esolha u opositor antigo para trabalhar. Os alunos pesquisa o os pais e o o aterial que deixaos. É legal tabé que isso fora inlusive ua integração failiar. Elaine Dase observa que os alunos só onhee o que está na ídia, autores e antores oo Zea Pagodinho, Jorge Aragão e o grupo Fundo de Quintal. Na verdade, fazeos u diferenial do saba e do pagode, haando a atenção para o oproisso soial, a elaboração das letras e o texto poétio, diz. Segundo Ednéia Lopes Ferreira, vie-diretora da Esola Estadual Gervásio Lara, do ponto de vista pedagógio, o aluno onvive nu abiente esolar o ua diversidade EDUCADORA Elzelina Dóris riou e desenvolve o projeto de resgate da história do saba nas esolas CARLOS ALTMAN Esola Estadual Gervásio Lara Esola Muniipal Santa Luzia Esola Estadual Geraldo Teixeira da Costa Esola Muniipal Paulo Freire Esola Estadual Padre Franiso Esola Estadual Geraldina Soares Esola Estadual Padre Anhieta (ES) Esola Muniipal Agenor Alves Counidade do Conjunto Zilah Spósito ultural iensa, e abe à esola divulgar e ensinar os alunos a lidar o elas. Coo ontribuição para o saba, o projeto proporiona às pessoas redesobrir o saba e onheer parte da nossa história usial, hoje esqueida, dando lugar a alguas úsias o letras evasivas e se oproisso. Já Cássia Carvalho, diretora da Esola Geraldo Teixeira da Costa, e Santa Luzia, diz que o interessante é que os alunos, eso se o envolviento do professor responsável na seleção da úsia, busa reursos para representar a tura. Isso ve provar que o interesse do aluno é grande. A idealizadora do Cantando a história do saba explia que, ao térino do projeto, a esola reebe u ertifiado de partiipação porque ele está dentro dos parâetros urriulares. Nos shows, segundo Elzelina Dóris, o grupo interpreta desde o prieiro saba gravado a fazer suesso Pelo Telefone, de Donga, do final de 1916 até feras oo Cartola, Pixinguinha, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, as intérpretes Beth Carvalho e Clara Nunes, Ar Barroso, Ataulfo Alves, Paulinho da Viola e Zea Pagodinho. As esolas interessadas no projeto Cantando a história do saba pode entrara e ontato o Elzelina Dóris pelo 9974-3289 ou o Elaine Dase (3412-3761). CYAN MAGENTA AMARELO PRETO

CYAN

MAGENTA

AMARELO

ESTADO DE MINAS - DOMINGO, 20 DE JANEIRO DE 2002 PÁGINA 10 AFFONSO ROMANO DE SANT ANNA santanna@novanet.o.br OS BANDIDOS, QUE JÁ DERAM PROVAS DE QUE CONTROLAM NÃO APENAS BAIRROS E FAVELAS, MAS VÁRIOS PRESÍDIOS DO PAÍS, DIA E NOITE SINALIZAM NOVOS AVANÇOS SEGUNDA-FEIRA - Alione Araújo e Fernando Sabino TERÇA-FEIRA - Roberto Druond QUARTA-FEIRA - Fernando Brant QUINTA-FEIRA - Frei Betto SEXTA-FEIRA - Chio Aaral SÁBADO - Cro Siqueira DOMINGO - Affonso Roano de Sant Anna O pisinão olobiano Voês ertaente já ouvira falar do pisinão de Raos. Coo a praia de Raos é ultrapoluída, resolvera avar na sua areia ua espéie de lago, por onde diariaente entra e sai a água do ar. Só que a água é tratada e, por isto, te enos olifores feais. Pois o pisinão de Raos virou o grande hit de verão, dessa idade que nessa teporada te que inventar jornalístia e turistiaente algua oisa. Essas oisas geralente vinha de Ipanea, as agora os subúrbios se ipusera. Teria a garota de Ipanea, então, sido substituída pela garota de Raos. Antes fosse. Foi substituída pelos trafiantes que tenta ontrolar o pisinão. Isto se dá por dois otivos: Ali orre uito dinheiro nas barraquinhas de praia. Mas é tabé questão de territorialidade. Coo os ães, que se assenhora dos espaços fazendo pipi e oô aqui e ali, u grupo de trafiantes oeçou a pihar uros, deretar o que se podia fazer ou não, hegando até a estabeleer que ningué ali podia usar aiô ou qualquer roupa verelha, que é a or dos trafiantes adversários. Surgiu ua guerra naroroátia. Pode usar azul? Aarelo? Pode, não pode. Resultado: os jornais publiara ua foto onde não apenas ulheres e rianças, obedeendo a ua das fações, estão nas ruas da favela vestidas de verelho, as até u ahorro ve revestido dessa bandeira. Sei que daqui a pouo vai haver pisinão e Botafogo, Flaengo, Barra, porque as praias estão poluídas e resolvera, e vez de tratá-las, riar alternativa. Sei que assi oo o Brasil inteiro adotou o odelo arioa do Caneão e do Sabódroo (há sabódroo até e São Paulo e Manaus), daqui a pouo haverá pisinão e Paraopeba e Santa Rita do Passa-Quatro. Mas não é isto que e preoupa. Quanto ais alegria para o povo, elhor. O problea é outro. E aqui oeço a falar da Colôbia e das Far. A gente lê sobre as patétias notíias naquele país, e pensa: oo é que pode ter u país assi, onde quase a etade está na ão de guerilheiros que vive de seqüestros? Coo é que pode o presidente olobiano parlaentar o guerrilheiros que negoia oaína e o a presença de representantes de dez países, alé da ONU? Estive na Colôbia inúeras vezes na déada passada e pensava: inda be que o Brasil não é assi. Pensava. Não penso ais. Assi oo São Paulo prende 10 il bandidos por ês e não te onde botá-los, e teve no ano passado ais de 300 pessoas seqüestradas, o pisinão de Raos prova que estaos ais perto da Colôbia do que pensávaos. Os bandidos, que já dera provas de que ontrola não apenas bairros e favelas, as vários presídios do País, dia e noite sinaliza novos avanços. E o que é pior, estão onseguindo instituionalizar seu poder. Quando oeei a vir ao Rio nos anos 50 não era assi. A relação o o ar e o a praia era idília. Algué vai lebrar que o desalabro não é só no Brasil. Nos Estados Unidos, por exerplo, as esolas tê detetores de etais para apreender aras de alunos, e volta e eia há fuzilarias atando professores e alunos. É u horror. Mas eu não vivo lá, e não posso fazer nada. Vivo aqui no Brasil. Ou será que e enganei e há uito vivo na Colôbia e não e dei onta? VELUDO & PLUTÃO Agradeço aos leitores que, e eu soorro, enviara não só o antológio poea sobre o ão Veludo, as até e lebrara do poea Plutão, de Bila, que tabé se delaava nas esolas. Neste tabé o anial tabé orre de aor por seu dono. EDUCAÇÃO PROJETO CANTANDO A HISTÓRIA DO SAMBA ENVOLVE ALUNOS DA REDE PÚBLICA ESTADUAL NO RESGATE DA CULTURA NACIONAL SAMBA É ASSUNTO PARA A ESCOLA AUGUSTO PIO Criado pela antora, ontadora de histórias e eduadora ineira Elzelina Dóris, o projeto Cantando a história do saba te oo proposta levar até os alunos das esolas uniipais e estaduais ua parte da ultura ineira. O trabalho onsiste e proover ofiinas de sensibilização o os alunos, despertando o interesse para o onheiento da nossa história ultural. A proposta não é udar o gosto usial dos alunos, e si apresentar ua opção desonheida para eles, explia Dóris. E 2 de fevereiro, o projeto será levado à ounidade do Alto Vera Cruz, e pareria o o Centro de Estudo, Referênia e Prátia da Capoeira Angola Cerprátia. Aprovado pelas leis federal e estadual, o projeto está sendo uito be aeito, de aordo o a própria Elzelina Dóris. Sobre a riação do projeto, Dóris lebra que perebeu que os jovens não tinha onheiento da história usial brasileira, prinipalente do saba. Pensei nu projeto que pudesse unir a inforação a u show usial. Coeei a desenvolvê-lo e pensei tabé nua fora de introduzi-lo nas esolas e ounidades. A idéia era apresentar o projeto às esolas e forei ua equipe que iria trabalhar junto aos professores, dando sugestões dentro de ada atéria, lebra. A partir daí, Dóris riou ua equipe que trabalha junto aos professores e alunos. São eles Elaine Dase (ouniadora, eduadora, artista plástia e oordenadora da equipe), Benilda Regina (psiopedagoga), Apareida Reis (historiadora), Júnior (eduador), Edna (eduadora) e Maros Cardoso (filósofo). Elaine Dase onta que o trabalho já foi realizado e nove esolas uniipais e estaduais. O resultado te sido uito positivo, pois teos reebido u ótio feedba das esolas e dos alunos, uprientando-nos pelo projeto, onta Elaine Dase. Dóris explia que o trabalho deora e édia u ês para ser desenvolvido nas esolas, e o enerraento é feito o u show usial dos alunos que a esola india. Cedeos aterial de pesquisa ua apostila e u CD, o úsias oo Pelo Telefone (Donga), Agoniza as não orre (Nelson Sargento), Não deixe o saba orrer (Edson), Folhas Seas (Nelson Cavaquinho), Sei lá Mangueira (Paulinho da Viola) e Tive Si e As rosas não fala (Cartola), entre outras. Sugerios aos professores que ada aluno esolha u opositor antigo para trabalhar. Os alunos pesquisa o os pais e o o aterial que deixaos. É legal tabé que isso fora inlusive ua integração failiar. Elaine Dase observa que os alunos só onhee o que está na ídia, autores e antores oo Zea Pagodinho, Jorge Aragão e o grupo Fundo de Quintal. Na verdade, fazeos u diferenial do saba e do pagode, haando a atenção para o oproisso soial, a elaboração das letras e o texto poétio, diz. Segundo Ednéia Lopes Ferreira, vie-diretora da Esola Estadual Gervásio Lara, do ponto de vista pedagógio, o aluno onvive nu abiente esolar o ua diversidade EDUCADORA Elzelina Dóris riou e desenvolve o projeto de resgate da história do saba nas esolas CARLOS ALTMAN Esola Estadual Gervásio Lara Esola Muniipal Santa Luzia Esola Estadual Geraldo Teixeira da Costa Esola Muniipal Paulo Freire Esola Estadual Padre Franiso Esola Estadual Geraldina Soares Esola Estadual Padre Anhieta (ES) Esola Muniipal Agenor Alves Counidade do Conjunto Zilah Spósito ultural iensa, e abe à esola divulgar e ensinar os alunos a lidar o elas. Coo ontribuição para o saba, o projeto proporiona às pessoas redesobrir o saba e onheer parte da nossa história usial, hoje esqueida, dando lugar a alguas úsias o letras evasivas e se oproisso. Já Cássia Carvalho, diretora da Esola Geraldo Teixeira da Costa, e Santa Luzia, diz que o interessante é que os alunos, eso se o envolviento do professor responsável na seleção da úsia, busa reursos para representar a tura. Isso ve provar que o interesse do aluno é grande. A idealizadora do Cantando a história do saba explia que, ao térino do projeto, a esola reebe u ertifiado de partiipação porque ele está dentro dos parâetros urriulares. Nos shows, segundo Elzelina Dóris, o grupo interpreta desde o prieiro saba gravado a fazer suesso Pelo Telefone, de Donga, do final de 1916 até feras oo Cartola, Pixinguinha, Nelson Cavaquinho, Nelson Sargento, as intérpretes Beth Carvalho e Clara Nunes, Ar Barroso, Ataulfo Alves, Paulinho da Viola e Zea Pagodinho. As esolas interessadas no projeto Cantando a história do saba pode entrara e ontato o Elzelina Dóris pelo 9974-3289 ou o Elaine Dase (3412-3761). PRETO