MESA REDONDA 5 AGROECOLOGIA E A FRUTICULTURA

Documentos relacionados
Intensificação ecológica da fruticultura: sistema de produção ecologicamente intensivo de coco e citros, na Região Norte e Nordeste do Brasil

Análise Econômica e Ambiental de Sistemas Consorciados à Base de Citros nos Tabuleiros Costeiros

Texto de Abertura. Sistema Ecologicamente Intensivo de Produção de Coco e Citros nas Regiões Norte e Nordeste do Brasil

Análise Agroeconômica de Sistemas de Produção de Coco no Norte e Nordeste do Brasil

Avanços da intensificação ecológica na produção de coco e citros na Região Norte e Nordeste do Brasil: Sistema ecologicamente intensivos de Produção

BOLETIM DO LEGISLATIVO Nº 22, DE 2012

Land Sparing e a intensificação sustentável da produção agrícola

TÓPICOS DE PESQUISA VISANDO APRIMORAR O RENOVABIO. Marcelo A. B. Morandi Nilza Patrícia Ramos

Agricultura familiar, orgânica e agroecológica. Semana do Meio Ambiente

Agroalimentar, Florestas e Biodiversidade

Biodiversidade e prosperidade económica

O PAPEL ESTRATÉGICO DA AGRICULTURA BIOLÓGICA Jaime Ferreira Lisboa, 19 Abril 2013

Programa Analítico de Disciplina FIT491 Agroecologia II

SERVIÇOS ECOSSISTÊMICOS SISTEMAS INTEGRADOS DE PRODUÇÃO

Crescimento em longo prazo, com base em pesquisa e desenvolvimento focados na agricultura sustentável e na busca por inovadoras soluções ambientais

MELHORAMENTO PARTICIPATIVO: RESGATANDO, PRESERVANDO E MULTIPLICANDO SEMENTES CRIOULAS

RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO RESUMO DA PARTICIPAÇÃO

REUNIÃO TÉCNICA Agricultura familiar: Desenvolvimento Tecnológico. Altair Toledo Machado

CARACTERIZAÇÃO DE UM AGROECOSSISTEMA DE MILHO NO INSTITUTO REGIONAL DE DESENVOLVIMENTO RURAL (IRDER) 1

ANÁLISE E INDICADORES DE SUSTENTABILIDADE. Aula 4

Desafios da implantação de Programas de Sustentabilidade Corporativa

Sistemas de produção eficientes para fixação de carbono no solo 18/12/2018

ANÁLISE ENERGÉTICA DE ALGODÃO ORGÂNICO CONSORCIADO COM CULTURAS ALIMENTARES

Agroecologia. Professor: Thiago Leite. Agroecossitemas

Universidade de São Paulo Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz

Agroecologia e Sistemas Agroflorestais

Pecuária na fronteira agrícola A pecuária é considerada a pecuária é ativ considerada a

ESTUDO DE CASO: ANÁLISE ECONÔMICA ENTRE O CUSTO DE PRODUÇÃO DE MORANGO ORGÂNICO E CONVENCIONAL

Tendências em Serviços Ecossistêmicos - TeSE

XXV CONIRD Congresso Nacional de Irrigação e Drenagem 08 a 13 de novembro de 2015, UFS - São Cristóvão/SE

RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO

Biblioteca informa. Horário de. Funcionamento: 07:30 às 12:00. e das. 13:30 às 17:00. Telefone: (75_)

Redução da dependência de insumos agropecuários não renováveis e o aproveitamento de resíduos

AMBIENTE E TERRITÓRIO 9 ª aula

ARRANJOS ESPACIAIS NO CONSÓRCIO DA MANDIOCA COM MILHO E CAUPI EM PRESIDENTE TANCREDO NEVES, BAHIA INTRODUÇÃO

Solos do Nordeste: características e potencial de uso. Djail Santos CCA-UFPB, Areia

Avaliação das. externalidades. do regadio em. Portugal. Sumário executivo

Agroecologia: mudando a forma de produzir. Agroecology: changing the form of producing

Pecuária na fronteira agrícola A pecuária é considerada a pecuária é ativ considerada a

INTENSIFICAÇÃO DA PECUÁRIA BRASILEIRA: SEUS IMPACTOS NO DESMATAMENTO EVITADO, NA PRODUÇÃO DE CARNE E NA REDUÇÃO DE EMISSÕES DE GASES DE EFEITO ESTUFA

A agricultura portuguesa e o futuro da PAC pós 2013

Lauro Charlet Pereira Francisco Lombardi Neto - IAC Marta Regina Lopes Tocchetto - UFSM Jaguariúna, 2006.

A certificação. aumenta a. rentabilidade. com produção. responsável. O projeto batata brasileira

ATIVIDADES ECONÔMICAS NO ESPAÇO RURAL

SECRETARIA DE AGRICULTURA E PECUÁRIA SUPERINTENDÊNCIA DE DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL

MESA DE CONTROVÉRSIAS SOBRE AGROTÓXICOS EDSON GUIDUCCI FILHO EMBRAPA

Carvão. Vegetal. na produção do Aço Verde. Solução renovável a favor de uma economia de baixo carbono. Imagem ArcelorMittal /Eduardo Rocha

DECISÃO DE EXECUÇÃO DA COMISSÃO. de

Programa Conservação e produção rural sustentável: uma parceria para a vida" no Nordeste de Minas Gerais

Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS13) Ação contra a mudança global do clima

Vera Lucia Imperatriz Fonseca IEA / USP 2009

O QUE É ILPF ILP IPF. A ILPF pode ser utilizada em diferentes configurações, combinando-se dois ou três componentes em um sistema produtivo:

GRUPO DOS SERVIÇOS DE ECOSSISTEMAS 1. O SERVIÇO DA POLINIZAÇÃO

Desempenho Ambiental da Produção de Coco Verde no Norte e Nordeste do Brasil

Comunicado 184 Técnico

Valoração dos Serviços Ecossistêmicos

Sítio Agroecológico: um sistema em conversão na Embrapa Agropecuária Oeste

A ATUAÇÃO DO MINISTÉRIO PÚBLICO FRENTE ÀS QUESTÕES AMBIENTAIS ENVOLVENDO AS ATIVIDADES DE SUINOCULTURA e AVICULTURA

Custo da produção de abacaxi na região do Recôncavo Baiano

RESPONSABILIDADE AMBIENTAL E DESENVOLVIMENTO DA

Quadro Comum de Acompanhamento e Avaliação - questões comuns de avaliação relação com os domínios Folha 5

Importância da Agricultura Familiar: Ponto de vista social e ambiental. Tamara Righetti Tupini Cavalheiro

ENAAC - Grupo Sectorial Agricultura, Floresta e Pescas. Estratégia de Adaptação da Agricultura e das Florestas às Alterações Climáticas

MANEJO DO SOLO EM SISTEMA DE ILPF

MANEJO DA FERTILIDADE DO SOLO NO CERRADO

Serviços Técnicos e Gestão Ambiental no Agronegócio Diretoria de Agronegócios

Análise de Sustentabilidade em Diferentes Sistemas de Produção de Coco no Norte e Nordeste

PT Unida na diversidade PT B8-0360/1. Alteração. Paolo De Castro, Ulrike Rodust, Isabelle Thomas em nome do Grupo S&D

Irrigação da cultura do tomateiro orgânico

CAPÍTULO 3 - AGROPECUÁRIA E AGRONEGÓCIO PROFESSOR LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ 7º ANO

BIODIVERSIDADE ALIMENTAR

Síglia Regina Souza / Embrapa. Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF) Sustentabilidade do agronegócio com preservação ambiental

ECOEFICIÊNCIA DE FERTILIZANTES NITROGENADOS

Atributos do solo em um módulo de cultivo intensivo de hortaliças orgânicas. Soil attributes in an intensive cultivation module of organic vegetables.

Principais problemas da pecuária na Amazônia

ZONEAMENTO AGRÍCOLA DE RISCO CLIMÁTICO SPA/MAPA

Agrupamento de Escolas Eugénio de Castro Escola Básica de Eugénio de Castro Planificação Anual

Formulário de Propostas

Desenvolvimento do Coqueiro-Anão- Verde em Cultivo Consorciado com Laranjeira, Limoeiro e Mamoeiro

Avaliação de Sustentabilidade da produção de Etanol de Cana-de-Açúcar

Biblioteca informa. Horário de. Funcionamento: 07:30 às 12:00. e das. 13:30 às 17:00. Telefone: (75_)

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 341

Projeto de Extensão ( PROEXT) relizado no Instituto Federal Farroupilha Campus Santo Augusto pelo Curso Superior Tecnologia em Agronegócio.

Balanço de nutrientes na propriedade: como fazer e para que serve? Eng. Agr. José Francisco Cunha. Tec-Fértil, Vinhedo - SP

ENGENHARIA e MEIO AMBIENTE

SERVIÇO PÚBLICO FEDERAL MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA CAMPUS DE ROLIM DE MOURA DEPARTAMENTO DE AGRONOMIA

PRODUÇÃO AGRÍCOLA FAMILIAR SUAS RELAÇÕES

MILHO PARA SILAGEM E SEU EFEITO SOBRE O MANEJO DO SOLO. Dr. Rodrigo Pizzani

AGROSSILVICULTURA COMO OPORTUNIDADE PARA O FOMENTO

04/10/2015. Moacyr Bernardino Dias-Filho Embrapa Amazônia Oriental. Amazônia: protótipo da fronteira agrícola brasileira

Projeto Citros: 100 toneladas

TECNOLOGIAS DE BAIXO CARBONO INTEGRAÇÃO LAVOURA, PECUÁRIA, FLORESTA - ilpf

Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil

Missão: Prover soluções de caráter agroecológico para o meio rural.

RELATÓRIO PARA AUXÍLIO DE PARTICIPAÇÃO EM EVENTO

Objetivos e desafios

CAPÍTULO 10. Indicadores de sustentabilidade e gestão ambiental. ecológica da produção leiteira. Introdução

Gerência de Assessoramento Técnico ao Agronegócio Gerag SP

Produção de Alimentos Orgânicos

Transcrição:

MESA REDONDA 5 AGROECOLOGIA E A FRUTICULTURA INTENSIFICAÇÃO ECOLÓGICA DA FRUTICULTURA SISTEMAS DE PRODUÇÃO ECOLOGICAMENTE INTENSIVOS DE PRODUÇÃO DE COCO E CITROS Inácio de Barros, Ph.D. Pesquisador em Sistemas de Produção Sustentáveis Embrapa Tabuleiros Costeiros Estudos recentes mostram que o consumo de frutas deverá aumentar a uma taxa de 1,95 a 2,12 kg per capta per annum até 2025 (HENNEN; BENNINGA, 2009) em função de uma mudança no perfil socio-econômico dos consumidores, como consequência da melhoria de renda das populações, e baseado na constatação de que pessoas com maiores níveis de renda, educação e status social tendem a consumir mais frutas (DEHGHAN et al., 2011). Ao mesmo tempo, as questões ligadas a agricultura se expandiram e passaram a requerer dos sistemas de produção a geração de serviços ecológicos e/ou ambientais, contribuindo para a construção de uma sociedade sustentável (ZHANG et al., 2007). Por décadas, a agronomia tem produzido conhecimentos e gerado sistemas de cultivo que buscam maximizar a produção primária, seja ela para consumo direto ou para uso industrial (DORÉ et al. 2011). Todavia, assim como os ecossistemas naturais ou semi-artificiais, os agroecossistemas têm o potencial de fornecer serviços tais como o sequestro de carbono, polinização, descontaminação de solos, filtragem da água, preservação cultural e da paisagem, contribuir na luta contra incêndio, contribuir para a estética da paisagem, amenizar as mudanças climáticas e contribuir para a preservação da biodiversidade (GRIFFON, 2013). A capacidade, no entanto, dos agroecossistemas em fornecer tais serviços não é garantida e existem diversos exemplos de efeitos adversos das práticas agrícolas no ambiente (SWINTON et al., 2007). Os desserviços podem incluir a diminuição da qualidade da água e do ar (CARPENTER et al., 1998), a contribuição à perda da biodiversidade (FIRBANK et al., 2008), a emissão de gases de efeito estufa (BURNEY et al., 2010) entre outros.

Uma vez que os agroecossistemas são, na sua essência, ecossistemas controlados pelo homem (ANTLE; CAPALBO, 2002), a adoção de uma correta abordagem para ampla gama de questões requer um entendimento sobre como os processos naturais dos ecossistemas interagem com o agenciamento humano (DORÉ te al., 2011). Uma agricultura com múltiplos objetivos (tais como a produção primária e o fornecimento de serviços ambientais) poderia então ser alcançada fazendo-se um melhor uso dos mecanismos de regulação biológica e dos processos ecológicos que ocorrem naturalmente nos diferentes níveis de agregação dos sistemas agrícolas, do protocolo cultural ao arranjo e gestão da paisagem (MÉDIÈNE et al., 2011). Desta forma os mecanismos naturais das interações tróficas dos processos ecológicos podem substituir insumos químicos e físicos ou, ainda, interagir favoravelmente com estes, atuando agronomicamente da mesma maneira, porém reduzindo-se ou eliminando-se as externalidades geradas. O uso da regulação biológica nos agroecossistemas com o objetivo de se alcançar tanto níveis elevados de produtividade quanto o fornecimento de serviços ambientais é colocado no centro do que tem sido denominado de Intensificação Ecológica. A intensificação ecológica (ou intensificação sustentável na sua versão anglófona) é definida como a maximização da produção primária por unidade de área sem o comprometimento da capacidade do sistema em manter a sua capacidade produtiva (FAO, 2009), ou ainda como produzir mais alimentos na mesma área ao mesmo tempo em que se reduzem os impactos ambientais (ROYAL SOCIETY OF LONDON, 2009). Segundo Griffon (2013) a intensificação ecológica é um caminho para a produção de mais produtos agrícolas, de novos produtos (serviços ambientais) e para diferentes formas de produção (sistemas ambientalmente amigáveis). Ainda segundo o autor, a intensificação ecológica é baseada na intensificação no uso das funcionalidades naturais e dos processos ecológicos que os ecossistemas oferecem. Apesar de vaga, esta definição oferece um ponto de partida interessante para a reflexão e pesquisa de caminhos alternativos de desenvolvimento da agricultura (DORÉ et al., 2011). Dentro deste contexto, concebeu-se o projeto SEIFRUT (Sistema de Produção Ecologicamente Intensivo de Coco e Citros, na Região Norte e Nordeste do Brasil) onde diversas instituições públicas e privadas se uniram para o desenvolvimento de sistemas

de produção de coco e de citros baseados nos princípios da Intensificação Ecológica. A experiência ocorreu na região Norte e Nordeste, envolvendo instituições de pesquisa, ensino e extensão, bem como, a participação fruticultores da agricultura familiar a empreendimentos empresarias, entre os anos de 2010 e 2014. O objetivo principal foi gerar conhecimentos e tecnologias, além difundir os conceitos, aplicações e benefícios da intensificação ecológica para a produção de frutas, junto à comunidade científica e acadêmica, sociedade civil, produtores e técnicos. Três etapas dimensionam a formalização do processo de aprendizagem, compartilhamento e construção do conhecimento do projeto SEIFRUT. A primeira etapa consistiu do levantamento dos referenciais bibliográficos para respaldar cientificamente o projeto no contexto da realidade das regiões Norte e Nordeste, e tendo como base as cadeias produtivas de citros e coco. O levantamento bibliográfico realizado buscou consolidar conceitos e ações que promovessem o diálogo entre os desafios dos agroecossistemas produtivos de cultivo de coco e citros e a intensificação ecológica. Estas culturas vêm passando por situações de crise e demandam novas tecnologias a fim de se manterem produtivas, evidenciando claramente o esgotamento do modelo convencional de produção. Elas se caracterizam por serem geradoras de emprego e renda, contribuindo significativamente com desenvolvimento local e regional. Nestas regiões cerca de 70% da produção de coco e 80% de citros são oriundos de propriedades com menos de 10 ha. Em uma segunda etapa, realizou o processo de internalização, formação e discussão com uma equipe multidisciplinar e multinstitucional sobre os propósitos da intensificação ecológica. Realizou-se ainda o estabelecimento de experimentos que atendessem as premissas da produção ecologicamente intensiva, ou seja, fundamentadas nas funcionalidades ecológicas e nas regulações biológicas para o manejo dos agroecossistemas. Este processo baseou-se na realização de inúmeras reuniões de trabalhos e eventos nas regiões nordeste e norte do Brasil. Além disso, foram realizadas visitas técnicas às propriedades frutícolas familiares e empresariais, buscando pontualmente o reconhecimento da proposta, dos desafios e da necessidade do compartilhamento do conhecimento gerado. A terceira etapa consistiu-se na implantação e avaliação dos experimentos de campo da intensificação ecológica de citros e coco em áreas produtivas. Além disso,

buscou- se difundir os preceitos da intensificação ecológica em dias de campo, reuniões técnicas, seminários, congressos, dentre outros, sendo compartilhado o processo de construção, desafios e conceitos, desde ao contato junto aos produtores, técnicos e agentes de extensão, estudantes e professores de ciências agrárias. Os resultados obtidos na presente pesquisa indicam que a implementação de mecanismos apropriados de gestão interferem transversal e positivamente no desempenho ambiental, bem como em todas as dimensões de sustentabilidade. Ao mesmo tempo, observou-se que o desempenho ambiental dos estabelecimentos dedicados à cocoicultura e à citricultura nas regiões Norte e Nordeste mostraram-se melhorados quando o contexto produtivo se apresentou mais diversificado e integrado, conferindo valor às práticas dirigidas à adoção tecnológica e intensificação ecológica da produção. Além disso, os resultados obtidos até o presente, permitiram identificar fatores agronômicos positivos, bem como etapas do processo produtivo que tiveram maior impacto sobre o desempenho econômico. Os componentes mais significativos na composição dos custos foram os gastos com operações manuais e insumos, como fertilizantes e especialmente despesas com defensivos, denotando a necessidade de aprimoramento e geração de tecnologias que permitam, por meio da intensificação ecológica, reduzir os custos de produção e contribuir para o equilíbrio econômico e ambiental. Em relação aos citros, a consorciação com mandioca, milho, feijão de arranque, feijão caupi, inhame, fava, abóbora, quiabo, amendoim, melancia, mamão e maracujá trazem benefícios econômicos e ambientais. Os principais indicadores associados a elevados índices de desempenho econômico ambiental foram o nível de impacto do controle fitossanitário, diversidade produtiva, lucratividade do consórcio, equilíbrio da rentabilidade, retorno do investimento em energia fóssil, eficiência do uso de água, de nitrogênio e de fósforo. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS HENNEN, W.H.G.; BENNINGA, J. Application of Trend Impact Analysis for predicting future fruit consumption. J Hortic Sci Biotechnol ISAFRUIT Special Issue 18 21. 2009.

DEHGHAN, M.; AKHTAR-DANESH, N.; MERCHANT, A.T. Factors associated with fruit and vegetable consumption among adults. J Hum Nutr Diet 24:128 134. 2011. ZHANG, W.; RICKETTS, T.H.; KREMEN, C.; CARNEY, K.; SWINTON, S.M. Ecosystem services and dis-services to agriculture. Ecol Econ 64:253 260. 2007. DORÉ T. ; MAKOWSKI D. ; MALÉZIEUX E. ; MUNIER-JOLAIN N. ; TCHAMITCHIAN M. ; TITTONELL P. Facing up to the paradigm of ecological intensification in agronomy: Revisiting methods, concepts and knowledge. Eur J Agron 34:197-210. 2011. GRIFFON, M. Qu est ce que l agriculture écologiquement intensive? - Édition Quae 2013, Collection : Matière à débattre et décider, Éd. Quae. Versalhes. 224 p. 2013. SWINTON, S.; LUPI, F.; ROBERTSON, G.P.; HAMILTON, S.K, Ecosystem services and disservices to agriculture: Cultivating agricultural ecosystems for diverse benefits. Ecol Econ 64:245, 252. 2007. CARPENTER, S. R.; CARACO, N.F.; CORRELL, D.L.; HOWARTH, R.W.; SHARPLEY, A.N.; SMITH, V.H. Nonpoint pollution of surface waters with phosphorus and nitrogen. Ecol Appl 8:559-568. 1998. FIRBANK, L.G.; PETIT, S.; SMART, S.; BLAIN, A.; FULLER, R.J. Assessing the impacts of agricultural intensification on biodiversity: a British perspective. Phil Trans R Soc B 363:777 787. 2008. BURNEY, J.A.; DAVIS, S.J.; LOBELL, D.B. Greenhouse gas mitigation by agricultural intensification. Proc Natl Acad Sci U.S.A. 107:12052 12057. 2010. ANTLE, J.; CAPALBO, S. Agriculture as a Managed Ecosystem: Policy Implications. J Agr Resour Econ 27:1 5. 2002. MEDIENE, S.; VALANTIN-MORISON, M.; SARTHOU, J.-P. ; DE TOURDONNET, S.; GOSME, M.; BERTRAND, M.; ROGER-ESTRADE, J.; AUBERTOT, J.-N. ; RUSCH, A.; MOTISI, N.; PELOSI, C.; DORE, T. Agroecosystem management and biotic interactions. A review. Agron Sustain Dev 31:491-514. 2011. FAO, Glossary on Organic Agriculture. Ed. FAO, Roma. 2009. ROYAL SOCIETY OF LONDON. Reaping the Benefits: Science and the Sustainable Intensification of Global Agriculture. Royal Society of London, London, UK. 73 pp. 2009.