CONFLITOS ORIENTE MÉDIO



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Transcrição:

CONFLITOS ORIENTE MÉDIO

CRONOLOGIA CONFLITOS RECENTES

(UFRN) O Oriente Médio, foco de conflitos geopolíticos, nacionalistas e religiosos que geram preocupações em diferentes países, é considerado uma das principais áreas estratégicas do mundo a) por ter o seu território banhado pelos oceanos Pacífico e Índico e por sua importância no mercado mundial, devido ao elevado consumo de carvão mineral. b) devido à sua localização próxima à China e à Índia e à sua importância econômica como principal produtora de carvão mineral em escala mundial. c) devido à sua localização entre Ásia, Europa e África e à sua importância econômica como detentora das maiores reservas mundiais de petróleo em terra. d) por ter o seu território banhado pelo Mar Mediterrâneo e Mar Vermelho e por sua importância no mercado mundial como principal consumidora de petróleo.

(UDESC) Leia a notícia abaixo. França proíbe o uso do véu islâmico em locais públicos Projeto de lei veta traje que cobre todo o corpo e/ou deixa só olhos à mostra. A França está prestes a entrar para o grupo de países europeus que decidiu proibir o uso do véu islâmico em locais públicos. A Câmara Baixa francesa aprovou, com 335 votos a favor e um contra, o projeto de lei que proíbe o uso da burca (cobre todo o corpo e rosto) ou o niqab (deixa apenas os olhos à mostra). O texto foi aprovado na última segunda-feira pelos deputados da maioria conservadora da União por Movimento Popular (UMP), sem a presença dos socialistas, que já haviam alertado que não participariam da votação. O projeto segue para o voto no Senado em setembro, onde se espera que passe facilmente. A medida conta com o apoio da população francesa, segundo pesquisas divulgadas nas últimas semanas, mas atrai críticas do mundo muçulmano.

Com base na notícia, analise as proposições abaixo. I. Fica clara a influência da religião islâmica no Estado Francês, que se mostra preocupado em manter as especificidades da cultura religiosa islâmica. II. A medida de proibição que conta com apoio da população francesa está relacionada à democracia e ao ideal republicanos que os franceses alimentam, construídos desde a Revolução Francesa, e que separou o Estado de quaisquer manifestações de religiosidade. III. Os franceses são antiterroristas e, por isso, querem impedir o crescimento do islamismo naquele país, pois para os franceses um religioso islâmico é sempre um terrorista. IV. Os franceses são contra o uso do véu em lugares públicos porque ele seria um símbolo da subserviência feminina. Assinale a alternativa correta. a) Somente a afirmativa I é verdadeira. b) Somente a afirmativa II é verdadeira. c) Somente as afirmativas III e IV são verdadeiras. d) Somente as afirmativas I e II são verdadeiras. e) Todas as afirmativas são verdadeiras.

(UFAC) O grupo palestino Hamas disse que lutará até que Israel atenda suas exigências para um cessarfogo. BOWEN, Jeremy. Cessar-fogo não deve pôr fim à guerra na Faixa de Gaza. BBCBrasil.com. Disponível em:http://www.bbc.co.uk/portuguese/reporterbbc/story/2009/01/09 0118_g azatregua_analise_fp.shtml. O texto do site da BBCBrasil.com trata dos conflitos armados entre palestinos e o Estado de Israel, que teve seu início quando: a) Na Declaração de Balfour, em que foi concedido apoio britânico para a criação de uma pátria judaica na Palestina. b) A ONU, no ano de 1947, fez a divisão entre os territórios da Palestina e Israel. Ação que desencadeou um ataque da Liga Árabe ao Estado de Israel. c) No movimento sionista, criado no séc. XIX, por Theodor Herzl, que tinha como propósito a formação de um estado judaico com reconhecimento internacional da Palestina. d) Na assinatura dos Acordos de Camp David, pelos quais se estabelecia a concordância na negociação para a devolução do Sinai ao Egito e a autonomia restrita aos palestinos que habitavam Gaza. e) Na Intifada e no Haganah.

INVASÃO DO IRAQUE UMA DÉCADA

(UFRN) Os dois documentos abaixo reproduzidos dizem respeito a aspectos das relações internacionais no início do século XXI. Analisando a imagem e o fragmento textual, é possível inferir que a) a reação bélica dos EUA a esses ataques contou com o respaldo do Conselho de Segurança da ONU, que se indignou com a ação terrorista em Nova Iorque. b) a geopolítica no mundo pós-guerra Fria foi abalada e surgiram outras formas de contestação ao poder que se pretende hegemônico. c) a destruição de um símbolo do capitalismo internacional fragilizou a economia estadunidense, desencadeando o maior abalo financeiro das últimas décadas. d) a política externa dos EUA tornou-se pacifista, em claro antagonismo àquela adotada no período da Guerra Fria.

(UFG) Leia o texto a seguir. Os dois aviões de passageiros que terroristas islâmicos lançaram, há cinco anos, contra as torres gêmeas do World Trade Center se tornaram um marco na história contemporânea. Lidos em conjunto com a extinção do bloco socialista na esfera da União Soviética, no início dos anos 1990, os atentados da Al Qaeda em Nova York demarcam um antes e um depois. FOLHA DE S. PAULO, São Paulo, 11 set. 2006, p. A2. O depois, de acordo com o texto, caracteriza-se a) pela ação dos Estados Unidos em combater o terrorismo mundial mediante acordos bilaterais intermediados pela ONU. b) pela disseminação mundial da ação de grupos terroristas ligada às questões políticas e/ou religiosas. c) pela emergência de governos populistas, na América Latina, dificultando as ações antiterroristas do governo estadunidense. d) pelo estímulo à implantação de barreiras alfandegárias, para proteger os interesses nacionais. e) pelo surgimento das estruturas protecionistas do Estado de bem-estar social, visando melhorar a qualidade de vida da população.

CONFLITOS NA SÍRIA

A guerra civil na SÍRIA já dura dois anos, matou mais de 700 mil pessoas (segundo a ONU) e deixou milhares de refugiados. Em 15 de março de 2011, na continuidade da onda de manifestações da Primavera Árabe, parte da população saiu às ruas para protestar contra o regime do ditador Bashar al-assad. O governo reprimiu os manifestantes, dando início a uma guerra civil que, até agora, resistiu a todos os esforços diplomáticos para cessá-la. Pelo menos 42 soldados sírios morreram em ataques aéreos a três posições militares na região norte de Damasco, capital síria. Israel evitou, até então, qualquer envolvimento com os conflitos no país vizinho. Por que, agora, essa agressão?

A composição política e ideológica da região coloca, de um lado, o governo de Assad, o Irã, o Iraque e o Hezbollah (grupo xiita libanês); e de outro, Israel e Estados Unidos. Israel vive em conflito com os árabes desde a formação de seu Estado, em 1947. Mais recentemente, em 2006, esteve em guerra com o Hezbollah. O Hezbollah, que em árabe significa Partido de Deus, é uma força islâmica xiita com estrutura similar à do Exército e, ao mesmo tempo, um grupo político com sede no Líbano. Ele nasceu em 1982, durante a Guerra Civil Libanesa, a princípio como uma milícia, ou seja, constituída por cidadãos libaneses portadores de armas e de um suposto poder policial.

O ataque à Síria, em resumo, seria mais um capítulo do conflito Israel-Hezbollah, que inclui bombardeios pontuais e assassinatos de líderes de ambos os lados. Ainda assim, os efeitos políticos são perigosos, pois uma retaliação prometida pela Síria (que considerou os ataques uma declaração de guerra ) poderia precipitar uma guerra. O objetivo dos ataques era impedir que um suposto carregamento de armas chegasse até os militantes do Hezbollah, no vizinho Líbano. O receio dos israelenses é de que os árabes consigam mísseis de maior alcance, que possam atingir cidades como Tel Aviv e Jerusalém (hoje os mísseis mal ultrapassam da fronteira israelense).

Al QAEDA

FOCOS DE TENSÕES NA EUROPA

A Chechênia, parte do território russo, possui 1,3 milhão de habitantes e está localizada no norte do Cáucaso, entre o mar Negro e o mar Cáspio. Ao contrário dos países localizados no sul do Cáucaso, como Geórgia, Armênia e Azerbaijão, o norte do Cáucaso continua pertencendo à Rússia após o colapso da União Soviética e enfrenta uma Instabilidade perene. Atos violentos são comuns. Seu terreno acidentado abre espaço para divisões Étnicas e linguísticas - só no Daguestão, há 40 grupos diferentes. Manter controle sobre a região tem sido um imperativo geopolítico para Moscou.

O Cáucaso é um ponto estratégico de defesa para a Rússia, pois ao Sul se encontram duas grandes nações muçulmanas, a Turquia e o Irã. Não é uma região fácil de controlar. No século XVIII, durante a expansão do Império Russo, houve forte resistência dos persas e dos otomanos no norte do Cáucaso. No período soviético, o ditador Josef Stalin criou zonas administrativas para lidar com grupos étnicos que apresentavam maior resistência e deportou um grande número de pessoas do norte do Cáucaso. Centenas de milhares de muçulmanos caucasianos, principalmente chechenos, foram enviados à força especialmente para o Cazaquistão e o Quirguistão - localizados na região central da Ásia, perto da China.

No final da década de 1980, reformas no sistema governamental permitiram que parte dessas populações regressasse a suas terras de origem. A volta dessas pessoas levou ao surgimento de movimentos nacionalistas e separatistas semelhantes às que se espalharam pelas repúblicas soviéticas à época. A diferença delas é que as repúblicas poderiam declarar sua independência, enquanto regiões autônomas como a Chechênia, não. Essa questão foi motivo de inúmeros conflitos no início da era pós-soviética: a Rússia travou duas guerras com a Chechênia na década de 1990, devido à ambição desta última de se tornar Um estado independente. Nesse período, muitos voltaram à Ásia Central, para onde haviam sido deportados anteriormente.

(PUCPR) O começo do século XXI revelou uma nova forma de terrorismo: globalizado, sem fronteiras e sob os holofotes da mídia. O mundo ficou estarrecido diante dos atentados de 11 de setembro de 2001 a importantes símbolos do poder político e econômico norteamericano. Nos três primeiros dias de setembro de 2004, no sul da Rússia, a pequena cidade de Beslan foi assolada pelo terrorismo. Uma escola local foi ocupada, em dia de festa, por terroristas que fizeram mais de 1000 reféns. A principal motivação do grupo armado que ocupou a escola de Beslan centrava-se na causa separatista, reinvidicavam: a) Saída das forças militares russas da Chechênia. b) Inclusão da Chechênia no Comunidade dos Estados Independentes, CEI. c) Ajuda militar russa às tropas chechenas na defesa de suas fronteiras. d) Ajuda humanitária do governo de Moscou às populações pobres das montanhas da Chechênia. e) Anexação dos territórios vizinhos, como o Azerbaijão e a Geórgia, àchechênia.

EUSKADI TA ASKATASUNA

PAÍS BASCO NÃO É UM PAÍS INDEPENDENTE ÁREA DE 20 MIL Km2 POVOS BASCOS ESTÃO ALI HÁ MAIS DE 4 MIL ANOS TERRITÓRIO OCUPADO POR ROMANOS, VISIGODOS, MOUROS E FRANCOS ESPANHA E A FRANÇA PEGARAM SUA FATIA POR VOLTA DO SÉCULO 15

NO SÉCULO 17, A DEMARCAÇÃO DEFINITIVA DAS FRONTEIRAS DIVIDIU DE VEZ ESSE POVO EM DOIS ESTADOS. "NA ESPANHA, ONDE ESTÃO 90% DO TERRITÓRIO BASCO, A INTEGRAÇÃO FOI MAIS DIFÍCIL QUE NA FRANÇA DURANTE A GUERRA CIVIL ESPANHOLA (1936-1939), ELES LUTARAM CONTRA O GENERAL FRANCISCO FRANCO, O LÍDER NACIONALISTA QUE IMPLANTOU UMA SANGRENTA DITADURA O GENERAL ACABOU COM A RELATIVA AUTONOMIA POLÍTICA BASCA, ALIMENTANDO AINDA MAIS O NACIONALISMO DAQUELE POVO E FAZENDO SURGIR ORGANIZAÇÕES TERRORISTAS QUE DEFENDIAM A CRIAÇÃO DE UM ESTADO INDEPENDENTE.

O MAIS FAMOSO DESSES GRUPOS, O ETA (SIGLA DE EUSKADI TA ASKATASUA, OU "PÁTRIA BASCA E LIBERDADE"), APARECEU EM 1959 e POSSUI IDEOLOGIA SEPARATISTA/INDEPENDENTISTA MARXISTA-LENINISTA E REVOLUCIONÁRIA AO LONGO DAS ÚLTIMAS CINCO DÉCADAS, OS TERRORISTAS ORGANIZARAM ATENTADOS CONTRA O GOVERNO CENTRAL EM NOME DA INDEPENDÊNCIA O GRUPO SEPARATISTA ANUNCIOU NO DIA 20 DE OUTUBRO DE 2011 QUE ABANDONOU DEFINITIVAMENTE A LUTA ARMADA, SEGUNDO COMUNICADO DIVULGADO PELO JORNAL "GARA", CANAL HABITUAL DOS COMUNICADOS DO GRUPO.

ETA = CRONOLOGIA HISTÓRICA 1959: FUNDAÇÃO DO ETA PARA LUTAR PELA INDEPENDÊNCIA DO PAÍS BASCO.(DITADURA DE FRANCISCO FRANCO ) 1973: PRIMEIRO-MINISTRO LUIS CARRERO BLANCO É MORTO NA EXPLOSÃO DE UM CARRO-BOMBA EM MADRI. 1980 - COMEÇA UMA ETAPA SANGRENTA DA ETA - EM POUCOS ANOS PROVOCA A MORTE DE 118 PESSOAS. 1995: JOSÉ MARÍA AZNAR (LÍDER DO PARTIDO POPULAR/PP) SALVA-SE DE UM ATENTADO, APÓS SER ELEITO CHEFE DE GOVERNO

1997: MIGUEL ANGEL BLANCO (VEREADOR DO PP) SEQÜESTRADO E ASSASSINADO PELO ETA. 1998: ETA INICIA TRÉGUA UNILATERAL. JANEIRO DE 2000: EXPLOSÃO DE CARRO-BOMBA EM MADRI MATA POLICIAL. MAIO: JORNALISTA JOSÉ LUIS DE LA CALLE É MORTO EM UM ATENTADO

11 DE MARÇO DE 2004 TERROR EM MADRID: A EUROPA SENTE O 11 DE SETEMBRO NA PELE MAIS DE 200 PESSOAS MORRERAM NOS ATENTADOS EM MADRI

LIGAÇÕES COM O GRUPO AL-QAEDA DE OSAMA BIN LADEN SERIAM OS RESPONSÁVEIS PELAS EXPLOSÕES DE 11 DE MARÇO.

Há vários elementos que implicam a Al-Qaeda. Primeiramente foi a descoberta de um furgão contendo detonadores e cânticos do Alcorão. O segundo elemento é a reivindicação de autoria do ataque por parte de um obscuro grupo no Canadá. O fato de que não houve advertência antes do ataque e de que ele ocorreu de maneira tão sincronizada, também indica que a Al-Qaeda pode estar envolvida.

Com 7,5 milhões de habitantes, a CATALUNHA representa 20% da economia e seu PIB per capita é mais elevado que o do resto da Espanha. Caso ficasse independente, a Catalunha por si mesma estaria mais ou menos em linha com a média da zona do euro. Enquanto o resto da Espanha, pelo contrário, seria um dos países mais pobres do bloco, juntamente com a Grécia e Portugal. A princípio, parece um bom negócio para a Catalunha. Mas há um porém, destacam os especialistas. Se a região, formalmente se separar, pode ter que abandonar o euro e a UE, pelo menos temporariamente. A renúncia ao euro poderia causar um pouco de desorganização econômica. Além disso, o Governo da Catalunha permanece fortemente endividado e isso seria um problema se ela não puder contar com os fundos de resgate da eurozona.

(UFPEL) O terrorismo tem sido apontado como o grande fenômeno global deste início de século XXI, fenômeno que teria começado, simbolicamente, com os atentados de 11 de setembro de 2001, nos Estados Unidos. O mapa a seguir apresenta uma série de atos terroristas que evidenciam a insegurança provocada por essas ações em grande parte do mundo.

Com base nos textos e em seus conhecimentos, analise as afirmativas abaixo. I. O terrorismo hoje é um fenômeno do mundo islâmico, com grupos atuantes na Europa, como o ETA (na Espanha), o IRA (na Irlanda) e os movimentos dos guerrilheiros esquerdistas na América, FARC e ELN (na Colômbia). II. Movimentos extremados não são recentes, haja vista que já a 1ª Guerra Mundial teve início com um ato terrorista: o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, herdeiro do Império Austro-Húngaro, por um estudante sérvio, em Serajevo, atual capital da Bósnia-Herzegovina. III. A Al-Qaeda é uma organização que reúne de 20 a 30 grupos terroristas islâmicos que operam por conta própria, no mundo todo. Dos atentados identificados no mapa, grande parte atribuídos a essa organização ou nela inspirados, apenas o continente americano não foi alvo desses atos. IV. O sentimento de ódio contra os EUA e seus aliados tem colocado em alerta países como Inglaterra e Itália. Sobretudo entre os italianos, por causa de sua participação na Guerra do Iraque, tem crescido o temor de um atentado, motivo que fez o governo aumentar a segurança naquele país peninsular. Estão corretas apenas as afirmativas a) I e II. b) II e IV. c) III e IV d) I e III. e) I e IV.

A QUESTÃO IRLANDESA - IRA

A Irlanda é uma ilha localizada a oeste da Inglaterra e dela separada pelo Mar da Irlanda (de 18 a 193 km de largura). Durante o início de sua colonização a Irlanda, ou Eire, em irlandês, era dividido em diversas tribos distribuídas em cinco regiões distintas: Ulster, Connacht, Meath, Leinster e Munster. Devido à fragilidade dessa situação a Irlanda foi muitas vezes invadida por outros povos como os vikings e, principalmente, os celtas.

A questão irlandesa se iniciou com a conquista da região por Henrique II, O Plantageneta, da Inglaterra. Em 1175 Henrique II firmou o Tratado de Windsor segundo o qual a Irlanda passaria a ser regida pelas leis inglesas. Além do que, o domínio do território pelos ingleses significava que a partir de então os irlandeses teriam de pagar tributos à Inglaterra dentro da hierarquia vigente no feudalismo. Para piorar a situação, Henrique VIII, em 1534, rompe com a Igreja Católica iniciando a chamada Reforma Protestante, a partir da qual a Inglaterra passou a adotar a religião Anglicana, fundada por ele, como religião oficial. Assim, a Irlanda que era de maioria católica se viu obrigada por Henrique VIII a adotar o anglicanismo Henrique II Henrique VIII

A religião apenas foi incorporada ao conflito já existente. Assim, manter a religião católica passou a ser encarado como uma forma de protesto contra os ingleses. A discriminação e a exploração sofrida pelos irlandeses fizeram com que eclodissem diversas revoltas, sendo a mais expressiva delas em 1641 e que foi reprimida violentamente por Oliver Cromwell que havia tomado o poder na Inglaterra e proclamado a República Inglesa consolidando o poder dos ingleses obre a região. Mas as revoltas continuaram, tendo como episódios mais importantes a eclosão da Revolução de 1798 encabeçada pelo grupo secreto Irlandeses Unidos, o movimento nacionalista de 1829 que conseguiu alguns direitos políticos aos católicos, a epidemia de tifo e a fome decorrente da queda na produção agrícola devido a uma praga em 1847 e 1948 e que foi responsável pela morte de mais de 800.000 pessoas e a imigração da maior parte da população e, por fim da independência da Irlanda, declarada em 1921..

DUBLIN BELFAST

Em 1905 foi fundado o Sinn Féin, que tinha como OBJETIVOS unir os grupos informais nacionalistas de resistência pacífica ao domínio britânico e restaurar a monarquia irlandesa. Em 1918 foi proclamada a independência da Irlanda. Mas, a Inglaterra só viria a reconhecê-la em 1921 através da assinatura de um tratado onde a Irlanda, com exceção da região do Ulster, passaria a ser independente, mas, ainda um domínio inglês. Nesse ínterim, entre 1918 e 1921, surgiu um grupo guerrilheiro irlandês que tinha como OBJETIVO a independência da Irlanda e depois sua unificação com a região de Ulster ainda sob domínio britânico. O Irish Republican Army, ou IRA, foram responsáveis por uma série de atentados aos protestantes residentes na Irlanda, principalmente na região de Ulster que mais tarde passaria a se chamar Irlanda do Norte.

Só em 1937 através da promulgação da Constituição Irlandesa é que foi conseguida a independência de fato e a Irlanda passou a chamar-se Eire. Mais, uma vez a Inglaterra demorou a reconhecer o fato, o que foi feito em 1949 quando, também, foi concedida autonomia ao território de Ulster que passou a se chamar Irlanda do Norte. Mas os conflitos e a atuação do IRA continuam. A reivindicação agora é pela união das duas Irlandas em uma só e por causa da intolerância religiosa provocada por grupos guerrilheiros de ambos os lados. Os Unionistas Protestantes, da Irlanda do Norte, preferem continuar aliados da Grã-Bretanha alegando que caso houvesse a unificação eles seriam perseguidos pela maioria católica do Eire, incentivando, inclusive, a criação de grupos guerrilheiros protestantes como o Esquadrão da Morte.

Em 28 de julho de 2005: IRA anuncia fim da luta armada IRA prometeu largar a luta armada O Exército Republicano Irlandês (IRA) renunciou ao uso da violência como meio de conquistar objetivos políticos, e disse que retomará o processo de desarmamento, num passo dramático para a retomada do processo de paz na Irlanda no Norte, ao final de um conflito de 35 anos. Em maio de 2008, um novo atentado à bomba ligado ao IRA feriu um policial. Esses dois episódios acabaram confundindo a opinião pública. Afinal de contas, o IRA acabou ou continua sendo uma ameaça latente

(FACASPER) O empenho em provocar dor sem limite Com 1.300 mortos em todo o mundo, 2004 teve o maior número de vítimas do terrorismo desde 2001. (Veja, 22/12/2004) Assinale a alternativa que caracteriza corretamente o terrorismo, em 2004 a) O 11 de março demonstrou que o governo espanhol estava correto ao responsabilizar o ETA como responsável direto pelo atentado. b) A política colocada em prática por Ariel Sharon contribuiu para o fim das hostilidades na Faixa de Gaza. c) As ações do governo norte-americano no Iraque levaram ao desmantelamento dos grupos terroristas que agiam na região. d) As ações dos grupos terroristas visaram evitar que civis fossem vítimas de seus ataques espetaculares. e) O massacre da escola de Beslan foi conseqüência da ação de terroristas que defendem a independência da Chechênia.

(MACK) IRA decreta fim de campanha armada na Irlanda do Norte. BBCBrasil.com,28/07/2005 Sobre o Grupo Terrorista citado, é correto afirmar que a) reúne protestantes unionistas, que buscam a continuidade do domínio Inglês na Região da Irlanda do Norte. b) é formado por católicos que lutam pela independência da República da Irlanda, que está sob o domínio do governo britânico. c) é formado por muçulmanos que realizavam atentados em metrôs e ônibus em Londres para desestabilizar o governo que apoiou o invasão do Iraque. d) se trata de milícias terroristas, comandas pelo braço armado Sinn Fein, que queriam a independência da Irlanda do Norte. e) corresponde ao Exército Republicano Irlandês, que alegou ter entregado suas armas e que pretende negociar politicamente e não mais através do terrorismo.

(IBMEC) Recentemente (julho de 2005) o IRA (Exército Republicano Irlandês) anunciou publicamente, depois de quase cem anos de sua fundação, o fim das ações terroristas. Esse grupo sempre empunhou a bandeira da reunificação da Irlanda e, portanto, a sua separação do Reino Unido. A imprensa nacional e internacional aventa que tal medida pode estar ligada: a) à possibilidade, ainda neste ano, do primeiro ministro Tony Blair assinar a definitiva separação da Irlanda do Norte do Reino Unido e a sua tão esperada unificação com a República da Irlanda. b) à percepção de que os atos terroristas não levam a lugar nenhum, uma vez que, depois de quase cem anos de existência, o IRA não conseguiu realizar nenhum acordo com o governo britânico. c) à mudança dos membros do alto escalão do IRA, menos comprometidos com a causa da libertação da Irlanda do Norte e mais preocupados em manter acordos com guerrilheiros muçulmanos (Al Qaeda) e colombianos (Farc). d) aos ataques muçulmanos a Londres, pois esses teriam roubado do IRA o seu terreno de ação, levando as pessoas a confundir as organizações e a aumentar a aversão às práticas terroristas do grupo irlandês. e) ao grupo unionista da Irlanda do Norte, liderado pelo pastor Ian Paisley, cada vez mais forte dentro do país, que vem gradativamente desmontando o grupo separatista e trazendo a público suas ligações com a máfia irlandesa.