Avaliação de Integridade e Extensão de Vida das Caldeiras na Tractebel Energia



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Transcrição:

Avaliação de Integridade e Extensão de Vida das Caldeiras na Tractebel Energia Luiz Felippe - Rio de Janeiro - 6/11/2015 1

Complexo Termelétrico Jorge Lacerda (857 MW) UTLB UTLA UTLC

Resumo Integridade de Caldeiras sob ótica do Ativo de Geração Idade das Caldeiras e a influência das degradações A visão da nova Norma NR-13 A estratégia do EPRI para as Caldeiras Lições aprendidas com acidentes nas Caldeiras O processo de Avaliação e os desafios 3

A Caldeira na Gestão de Ativo! Durante os anos de operação de uma planta térmica, os gerentes estão expostos a diferentes cenários para tomada de decisões, quais sejam: Continuar operando sem modificações de equipamentos, com possíveis mudanças em condições operacionais; Upgrade de componentes da Caldeira; Retrofit das tecnologias de controle de poluição; Grandes modificações na caldeira para usar combustível diferente, para atender órgãos reguladores (ANEEL, etc..) ou parâmetros mais elevados de vapor (temperatura/pressão/vazão) para aumento de eficiência / potência; Fechamento da planta.

Operação Plantas Térmicas + 45 % das plantas operam + que 25 anos Melhorias/Avaliações: Caldeira Turbina Sistema tratamento gases Operação contínua com mínimas modificações Ações para avaliação e extensão de vida Retirada de Operação (decommissioning) t = 0 Início Operação t = 25 anos Início Avaliações t > 40 anos TEMPO DE VIDA DE UMA PLANTA TÉRMICA 5

Expectativa de Vida Útil de UTE s Nos EUA (fonte: WEC World Energy Council): 50 anos para UTE s < 200 MW 60 anos para UTE s > 200 MW Nota: ciclos de manutenção de 3 anos. 6

Expectativa de Vida Útil de UTE s Nos EUA (fonte: WEC World Energy Council): Pineville Generating Station, 1924 a 2001 (77 anos) - Estado de Kentucky Fonte: http://www.planetexperts.com/old-coal-plants-never-die/ 7

DISTRIBUIÇÃO DA GERAÇÃO TERMELÉTRICA POR IDADE DAS USINAS (MW) 870 5% 1211 7% 1218 7% 1029 5% 1934 11% 11678 65% 0 a 9 ANOS 10 a 19 ANOS 20 a 29 ANOS 30 a 39 ANOS 40 a 49 ANOS >50 ANOS

Programa de Extensão Vida Útil de UTE s Na Europa (fonte: GDF Suez e IEA Clean Coal Centre): 40 a 50 anos com reparos parciais após 24 anos; 9

Expectativa de Vida Útil de UTE s No mundo (fonte: GDF Suez e EPRI): Usinas de 200MW 800MW (por componentes) 10

A visão da nova Norma NR-13 13.4.4.7. No máximo, ao completar 25 (vinte e cinco) anos de uso, na sua inspeção subsequente, as caldeiras devem ser submetidas a uma avaliação de integridade com maior abrangência para determinar a sua vida remanescente e novos prazos máximos para inspeção, caso ainda estejam em condições de uso. 12

Quando iniciar a Avaliação de Integridade em UTE s? O que recomendam a Associação Brasileira de Ciências Mecânicas ABCM e o Comitê de Tubulações e Vasos de Pressão CTVP? Os equipamentos para os quais se conheça a vida de projeto, a análise dos danos acumulados deve ser executada pela primeira vez ao se atingir 80% desse valor. Nos demais equipamentos, a análise dos danos acumulados deve ser iniciada quando forem completadas 80.000 horas de operação, observados os seguintes limites de temperatura: - Aços carbono acima de 400 C; - Aços 0,5 % Mo acima de 425 C; - Aços baixa liga (CrMoV) acima de 450 C; - Aços inoxidáveis austeníticos acima de 550 C. 13

Percentage Coletores de Caldeiras 60 50 40 30 20 10 0 Identification of Temperature Conditions Causing Concern for Future Header Operation A: SH and RH Tubing Areas With High Failure Rate or Excessive Wall Thinning; B: Average Header Temperature Frequently Exceeds Design Temperature by 20 F or More; C: Local Header Area Frequently Exceeds Design Temperature by 35 F or More; D: Thermal Shock During Either Planned or Emergency Startup or Shutdown. A B C D Cause Fonte: Utility Survey and Inspection for Life Assessment of Elevated Temperature Headers, R. Viswanathan 14

Quando antecipar os PRAZOS da Avaliação? Os prazos indicados devem ser antecipados se: Ocorrer sobrecarga mecânica ou térmica; Surgir evidência prematura de acumulação de danos; Houver histórico de acumulação de danos em equipamentos semelhantes de outras empresas. 15

4 weeks 4 weeks 4 weeks 4 weeks Estratégias para inspeção segundo a RCM (MCC) Reversa PCD para busca de fatos e pequenos reparos (*) Inspeção e Reparos mais relevantes da Caldeira RCM_r = Reliability Centred Maintenance_Reverse (*) = Annual One-week Outage for Fact Findings & Small Repairs

AVALIAÇÃO DA CONDIÇÃO DE COMPONENTES CRÍTICOS Seleção de componente crítico Reavaliação do projeto Cálculos com maiores informações Investigação do dano Histórico planta / Geometria componente Cálculo das tensões Comparação valores calculados e valores mínimos permitidos Estimativa de vida residual Instrumentação adicional / Inspeções (ex: END) Identificação do dano Permitido Dano significante Inspeção detalhada e análise / Remoção de amostras Decisão para ações de manutenção Aceito Muito curto Continuar operando

AVALIAÇÃO DE VIDA RESIDUAL Tendências Componente Avaliação da performance Histórico do equipamento Desvios operacionais Examinações metalúrgicas Inspeções Fadiga Fluência Avaliação de vida residual END ED Base de dados do material Sistema especialista Operação Segura Diagnóstico Reparo Substituição 18

Avaliação de Integridade / Diagnóstico Fontes de incertezas Condições operacionais (passado/futuro) Histórico de manutenção (passado/futuro) Propriedades de materiais e comportamento Inspeções e monitoramento Análises e gerenciamento de dados Características Histórico de carga e temperatura, queima, combustíveis. Alterações de projeto, reparos e substituições. Grau de material, END, degradação. Detecção, dimensionamento, interpretação, avisos falsos. Métodos, ferramentas/manutenção. Fatores humanos Presente em praticamente todas as atividades técnicas da Avaliação. 19

7 Passos da Melhoria Contínua (EPRI) I. Identificar o(s) Mecanismo(s) de Falha atuante(s); II. Determinar prováveis causas-raiz; III. Confirmar o Mecanismo relativo a causa-raiz; IV. Determinar extensão da degradação; V. Implementar ações imediatas (reparos para a unidade retornar a operação); VI. Implementar ações de longo prazo (alterar manutenção, operação e projeto para prevenir futuras falhas; VII. Determinar possíveis ramificações / outros problemas na unidade geradora.

FLUXOGRAMA DE AÇÕES PARA IDENTIFICAR, AVALIAR, SOLUCIONAR E ANTECIPAR FALHAS NA TUBULAÇÃO DE CALDEIRAS Ocorrida uma falha na Caldeira / Mecanismo desconhecido Ocorrida uma falha na Caldeira / Mecanismo conhecido Antecipação/Prevenção de futuras Falhas Comparar a aparência macroscópica da superfície da falha com material de consulta Tentativa de identificar mecanismo (material de consulta) Confirmar mecanismo Confirmar causa raiz Determinar extensão do dano Rever causas de possíveis falhas Analisar mecanismo específico Há possibilidade de ocorrer falha por tal mecanismo? Reparos e soluções imediatas Soluções de longo prazo (mitigar) Determinar possíveis problemas em ramificações/auxiliares da unidade Registrar Análise e Plano de ação

Mecanismo de Falha vs Causa-Raiz 22

MECANISMOS DE FALHA EM TUBOS DE CALDEIRA Mecanismo Caldeira Convencional Caldeira de Recuperação Tubos tocados pela água Corrosão Fadiga X X Erosão por cinza leve X Dano por hidrogênio X X Corrosão por ácido fosfato X X Corrosão cáustica (NaOH) X X Corrosão lado-fogo na parede d água Fadiga térmica na parede d água X Fadiga térmica nos tubos dos coletores do economizador X Fadiga termo-mecânica e induzida pela vibração X X Fadiga térmica causada por sopradores de água FAC X X Erosão por soprador de fuligem X Sobreaquecimento de curta duração X X Sobreaquecimento de longa duração X X Dano por limpeza química X X Pitting / Corrosão lado gás X X Erosão por partícula de carvão X X X 23

MECANISMOS DE FALHA EM TUBOS DE CALDEIRA Tubos tocados pela água Queda de cinza fundida Mecanismo Corrosão ácida pelo ponto de orvalho Trinca por corrosão-tensão (SCC)* Tubos tocados pelo vapor Caldeira Convencional X X Caldeira de Recuperação Sobreaquecimento de longa duração X X Corrosão lado fogo SH/RH Falha em solda dissimilar Sobreaquecimento de curta duração X X Trinca por corrosão-tensão (SCC) X X Erosão por soprador de fuligem X X Dano por limpeza explosiva Fadiga termo-mecânica e induzida pela vibração X X Fricção/contato X X X X X 24

MECANISMOS DE FALHA EM TUBOS DE CALDEIRA Mecanismo Tubos tocados pelo vapor Caldeira Convencional Caldeira de Recuperação Pitting X X Grafitização Dano por limpeza química X X Manutenção intrusiva X X Defeito de material e fabricação X X Defeito em solda X X X 25

Idade das Caldeiras e a influência das degradações Caldeiras Potência (MW) Fornecedor / Fabricante Falhas mais criticas em tubos e componentes 1 & 2 (1965) 2 x 50 MAN Erosão por cinzas leves e corrosão ácida no Eco, Erosão por partículas de carvão e sopradores de fuligem nas paredes d água, Sobreaquecimento de longa duração / fluência nos SH e tubos de recirculação do Eco, Corrosão-fadiga nos tubos de suprimento de condensado ao Evaporador (criticidade elevada para Segurança na Unid. 1 em 2006) e Corrosão/Erosão (FAC) devido ao fluxo nos aquecedores de alta pressão (criticidade elevada para Segurança na Unid. 2 em 2002). 3 & 4 (1973) 2 x 66 ANSALDO / B & W Danos por hidrogênio nos Evaporadores, Erosão por cinzas leves e Corrosão-fadiga nos Eco, Fadiga térmica nos coletores de entrada do Eco, e Sobreaquecimento de longa duração / Creep nos tubos de ligação risers (entre SH de placas e SH final) (criticidade elevada para Segurança na Unid. 4 em 1985). 5 & 6 (1980) 2 x 131 D. BABCOCK / SES Tlmace Corrosão-Erosão devido ao fluxo nos niples de entrada do Eco, Fadiga Termomecânica nos tubos traseiros do SH final, Erosão por sopradores de fuligem no RH final, Falhas em solda em tubos membranados e Corrosão-fadiga no Evaporador (criticidade elevada para Segurança na Unid. 6 em 2002). 7 (1996) 1 x 363 D. BABCOCK / SES Tlmace Corrosão-fadiga, Corrosão lado fogo nas paredes laterais, Fadiga térmica no teto do Evaporador e nos tubos de sustentação da parede traseira, Excessivo depósito de cinzas slagging no passo intermediário provocando Sobreaquecimento no RH Final e por fim, Erosão no SH primário.

Estimativa de Vida Remanescente para tubos sujeitos a Corrosão lado Fogo Re( W2) [ W2 ( 2 E P) P ( D 2 W) ] ( W1 W2) ( 2 E P) H 0,4 mm / ano W = 5,0 mm (Espessura de projeto do tubo) W 2 = 2,1 a 3,2 mm (Medição de espessura por UT na data da inspeção, 2007) W 1 = 4,1mm (Medição anterior, em 2002) D = 38 mm (Diâmetro do tubo) H = 36.535 horas medições) (Intervalo de tempo entre C = mm/hr (Taxa de corrosão = (W 1 /W 2 ) / H) P = 22,25 MPa (Pressão Interna) N = 108 MPa (Tensão resistente para situação "normal ) E = 203 MPa Tensão resistente para situação emergência ) Re = (horas) (Vida residual para situação emergencial) Fonte: Central Electricity Generating Board (According to D.W.C. Baker et all., London: CEGB, 1977)

Melhores Praticas para mitigar riscos de falhas por Corrosão-Fadiga Extensômetro axial Extensômetro radial Termopar

Melhores Praticas para mitigar riscos de falhas por Corrosão-Fadiga

Curva da Banheira (etapa de Falhas Prematuras)

Curva da Banheira (etapa de Falhas Constantes)

Curva da Banheira (etapa de Falhas em Final de Vida)

O FAC e a curva da Banheira (etapa de Falhas Constantes)

Lições aprendidas com acidentes nas Caldeiras 1985_UTLA 4 1996_UTAL 2 2002_UTLB 6 2006_UTLA 1 Sobreaquecimento Sobreaquecimento e Corrosão Fadiga Corrosão-Fadiga

Análise de Caso Caldeira 1 Jorge Lacerda A - UTLA 50 MW, ~ 244000 h (~ 40 anos) / PMTA = 106 kgf/cm² - 9/5/2006 16 14 12 10 Superaquecedor Final Superaquecedor Primário Evaporador (parede dágua) Economizador Outras partes (redes de drenagem, atemperação, coletores, chaparia, etc..) 8 6 4 2 0 1999 2000 2001 2002 2003 2004 2005 Fonte: Programa de Redução de Falhas em Tubos de Caldeiras - ENG

Exemplo de falha de elevado risco (temperatura < 350 C ) Pites de corrosão (LD) Aspectos da falha e pites de corrosão (LE) Aspecto da fratura (LD)

Mecanismos de degradação predominantes no caso Caldeira 1 UTLA: Corrosão por pites Corrosão-fadiga Fonte: B&W Safety Alert Warning

Inicio / Propagação das Trincas O processo de falha por Fadiga-Corrosão é caracterizado por três etapas distintas: 1) Formação da trinca em pites agrupados devido ambiente de corrosão, em que a trinca se forma em algum ponto de concentração de tensão; 2) Propagação da trinca, em que a trinca aumenta de tamanho a cada ciclo de tensão; e 3) Falha final, que ocorre de maneira muito rápida uma vez que a trinca avançou até um tamanho crítico.

Aspecto da Iniciação da trinca

Melhores práticas e ações planejadas (foco na metodologia do EPRI) Investigação de falhas em tubos / soluções adotáveis; Melhores praticas em reparos com solda em tubos; Estimativa de vida residual através da medição da camada oxida interna em tubos; Técnicas de avaliação de integridade e estimativa de vida residual para componentes expostos a elevadas temperaturas; Metodologia e mitigação de riscos ao mecanismo Corrosão Acelerada devido ao Fluxo (FAC = Flow-Accelerated Corrosion); Melhorias na I&C para os parâmetros de tratamento de água junto aos ciclos térmicos; Aplicação da MCC (Manutenção Centrada em Confiabilidade) Reversa para obter eficácia de tarefas de manutenção.

World Class Benchmarking Maasvlakte Unit 1 Netherlands estabeleceu um recorde mundial, por operar 13.000 horas sem falhas em tubos. Por realizar esta marca em um longo período de operação comercial ininterrupta, Maasvlakte unidade 1 foi mencionada no Guinness Book of Records (Edição Outubro de 1997). (Fonte: Power Gen 98, Milão Itália) Jorge Lacerda Unidade 4 Em Junho, 2009, completou 672 dias (9.363 horas em operação) sem falhas em tubos. Jorge Lacerda Unidade 7 No período Janeiro a Dezembro de 2009, alcançou a condição World Class pelo programa do EPRI (EPRI - Assessment of a Utility s Boiler Tube Failure Reduction Program) devido a Indisponibilidade forçada por falha na Caldeira ter sido menor que 0,5%, ou seja, somente 0,46%. De 27/5/2014 a 27/5/2015 não observou-se falha nesta Caldeira 7.

Grato pela Atenção! lfelippe@tble.com.br www.tractebelenergia.com.br 46