Página 1 de 11 17 de Maio, 2011 Impresso por ANDERSON JACKSON TOASSI PRAZOS DE RECOLHIMENTO DO ICMS EM SANTA CATARINA - Aspectos Gerais Matéria Elaborada com Base na Legislação Vigente em: 13.05.2011. SUMÁRIO: 1 - INTRODUÇÃO 2 - RECOLHIMENTO POR OCASIÃO DO FATO GERADOR 2.1 - Estabelecimentos Agroindustriais e Cooperativas de Produtores 2.2 - Regime Especial para Recolhimento do ICMS Mensalmente 2.2.1 - Saídas Interestaduais de Fumo em Folha 2.2.1.1 - Condições para Fruição do Regime Especial 2.2.1.2 - Dispensa da Garantia 2.3 - Serviço de Transporte Executado por Transportador Autônomo ou Não-Inscrito em SC 2.3.1 - Não-Aplicabilidade da Substituição Tributária 2.3.2 - Base de Cálculo do ICMS da Substituição Tributária 2.3.2.1 - Benefícios Fiscais Utilizados para o Cálculo do ICMS Sobre o Serviço de Transporte 2.3.3 - Dispensa de Emissão do CTRC 2.3.4 - Recolhimento do ICMS Retido por Substituição Tributária 2.3.5 - Proibição do Aproveitamento do Crédito do ICMS Retido do Frete 2.3.6 - Recolhimento Antecipado do ICMS Pelo Próprio Transportador 2.3.6.1 - Códigos de Recolhimento do ICMS 2.3.6.2 - Informações Prestadas na Guia de Recolhimento do ICMS 3 - RECOLHIMENTO DO ICMS POR OCASIÃO DA ENTRADA DA MERCADORIA NO ESTADO 3.1 - Data da Entrada no Estado 3.2 - Carnes Bovina, Bufalina e suas Miudezas Comestíveis Adquiridas de Outro Estado 3.2.1 - Exemplo de cálculo do imposto 3.2.2 - Dispensa de Recolhimento do ICMS 3.2.3 - Encerramento de Tributação 3.2.4 - Recolhimento do ICMS 3.2.4.1 - Recolhimento Decendial 3.3 - Entrada de Feijão Oriundo do Estado do Paraná 3.3.1 - Exemplo do Cálculo ICMS Antecipado 3.3.2 - Encerramento de Tributação 3.3.3 - Recolhimento Decendial 4 - DESEMBARAÇO ADUANEIRO 5 - ESTIMATIVA FISCAL 6 - LICITAÇÃO PÚBLICA 7 - NOTIFICAÇÃO FISCAL 8 - ENERGIA ELÉTRICA E SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO 8.1 - Contagem do Prazo de Pagamento 8.2 - Não aplicabilidade do Pagamento do ICMS Parcelado 9 - REGIME DE TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADA - RTS 10 - VENDA FORA DO ESTABELECIMENTO 11 - DEMAIS CASOS 12 - RECOLHIMENTO DO ICMS COM REGULARIDADE 12.1 - Período Aquisitivo do Prazo Ampliado 12.2 - Descumprimento de Obrigação Principal e Acessória 12.3 - Não Aplicação do Prazo Ampliado 1 - INTRODUÇÃO Em regra geral, o ICMS será recolhido até o 10º (décimo) dia após o encerramento do período de apuração, conforme disciplina o "caput" do art. 60 do RICMS-SC/01, aprovado pelo Decreto nº 2870/2001. Porém, existem algumas operações em que o ICMS será recolhido pela entrada ou ainda por operação ou prestação de serviço, como veremos no decorrer deste trabalho.
Página 2 de 11 2 - RECOLHIMENTO POR OCASIÃO DO FATO GERADOR Nos seguintes casos, o ICMS será recolhido por ocasião do fato gerador (RICMS-SC/01, art. 60, 60, 1º, I): a) na saída de mercadoria para outros Estados ou para o Distrito federal, promovida por produtor rural; b) na saída de mercadoria promovida por contribuinte desobrigado de manter escrituração fiscal; c) na prestação, realizada por transportador não inscrito como contribuinte deste Estado, de serviço de transporte rodoviário de cargas (exceto quando sujeito à substituição tributária) e interestadual e intermunicipal de passageiros sob a modalidade de fretamento e viagens especiais; d) na hipótese de venda ambulante prevista no art. 53, 1º, III, "d" e "f"; contribuintes inscritos em dívida ativa ou que tiver praticado reiteradamente quaisquer das infrações descritas na Lei nº 10.297, de 26 de dezembro de 1996, arts. 51 a 58, 60 a 66, 69, 72, 73 e 81; e) nas saídas internas, promovidas por atacadistas ou beneficiadores de alho, arroz em casca ou beneficiado e feijão; f) nas saídas interestaduais de alho, arroz em casca ou beneficiado e feijão; g) quando for utilizada nota fiscal avulsa; h) nas saídas interestaduais de animais vivos, ressalvado o disposto no Anexo 6, Título II, Capítulo XXII (transportes de eqüino puro sangue); i) nas saídas interestaduais de madeira em tora; j) nas saídas interestaduais de fumo em folha; l) nas saídas interestaduais de peixe e camarão em estado natural ou resfriado. Cabe ressaltar que nas hipóteses de recolhimento do ICMS por ocasião do fato gerador, o documento fiscal, para fins de transporte e aproveitamento do crédito pelo destinatário, deve estar acompanhado por uma das vias do documento de arrecadação, conforme 3º, do art. 60, do RICMS-SC/01. 2.1 - Estabelecimentos Agroindustriais e Cooperativas de Produtores O Inciso II, do art. 61, do RICMS-SC/01, dispõe que poderá ser autorizado, mediante Regime Especial, que os estabelecimentos agroindustriais e de cooperativas de produtores assumam a responsabilidade pela apuração e recolhimento do imposto devido por seus integrados ou cooperados, na remessa de produtos agropecuários para estabelecimentos de sua propriedade, localizados em outros Estados. Neste caso, recolherão o imposto até o 10º dia do mês subseqüente em que ocorrerem as operações e prestações. Cabe ressaltar que o estabelecimento ao qual for concedido o regime especial, deverá manter contas gráficas individuais para cada um dos seus integrados. 2.2 - Regime Especial para Recolhimento do ICMS Mensalmente O inciso I, do art. 61, do RICMS-SC/01, determina que poderá ser autorizado, mediante Regime Especial, concedido pelo Gerente Regional da Fazenda Estadual a que jurisdicionado, o estabelecimento do requerente que o ICMS seja apurado mensalmente e recolhido até o 10º dia do período seguinte ao da apuração, nas seguintes saídas: a) saídas internas, promovidas por atacadistas ou beneficiador de alho, arroz em casca ou beneficiado e feijão;
Página 3 de 11 b) saídas interestaduais de alho, arroz em casca ou beneficiado e feijão; c) saídas interestaduais de animais vivos; d) saídas interestaduais de madeira em tora; e e) saídas interestaduais de peixe e camarão em estado natural ou resfriado; f) nas saídas interestaduais de fumo em folha. 2.2.1 - Saídas Interestaduais de Fumo em Folha Poderá ser autorizado mediante pedido de Regime Especial, concedido pelo Diretor de Administração Tributária, que nas saídas interestaduais de fumo em folha, o ICMS correspondente seja apurado mensalmente e recolhido até o 10º dia subseqüente ao período de apuração (RICMS-SC/01, art. 61, I, "f"). No caso de recolhimento pela cooperativa de produtores do ICMS devido pelos cooperados, conforme visto no subitem 2.1 somente poderá ser concedido ao fumo em folha no caso de apresentação da garantia. 2.2.1.1 - Condições para Fruição do Regime Especial O Regime Especial para pagamento do ICMS até o dia 10 do mês seguinte na saída interestadual de fumo em folha, somente poderá ser concedido ao contribuinte que (RICMS- SC/01, art. 61, 3º): a) apresentar garantia, por meio de caução em dinheiro ou hipoteca, no valor correspondente ao dobro da média do débito do imposto gerado nos últimos dois anos, ou R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais), o que for maior; e b) não possuir débito para com a Fazenda Estadual inscrito em dívida ativa, salvo se garantido na forma da lei ou parcelado e sem nenhuma parcela em atraso. Cabe ressaltar que somente será aceita hipoteca em primeiro grau e as despesas relativas à caução, ou ao registro da hipoteca no respectivo cartório de imóveis correm por conta do interessado. 2.2.1.2 - Dispensa da Garantia De acordo com o 5º, do art. 61, do RICMS-SC/01, a exigência da garantia é dispensada para os contribuintes que atendam cumulativamente, as seguintes condições: a) estar inscrito no CCICMS e em atividade neste Estado há mais de um ano; e b) possuir capital social integralizado no valor mínimo de R$ 10.000.000,00 (dez milhões de reais). 2.3 - Serviço de Transporte Executado por Transportador Autônomo ou Não-Inscrito em SC Segundo o disposto no artigo 124 do Anexo 6 do RICMS-SC/01, na prestação de serviço de transporte rodoviário intermunicipal ou interestadual de cargas, efetuada por transportador autônomo (pessoa física) ou por transportador não inscrito como contribuinte do ICMS no Estado de SC (pessoa jurídica), quem deve recolher o ICMS do frete, no lugar do transportador autônomo ou não-inscrito, como contribuinte substituto, é: a) o alienante ou remetente da mercadoria, desde que inscritos como contribuinte no Estado de Santa Catarina; b) o depositário, a qualquer título, estabelecido no Estado de Santa Catarina, na saída da mercadoria ou bem depositado; ou
Página 4 de 11 c) no caso de subcontratação de serviço de transporte, previsto no artigo 68 do Anexo 5 do RICMS-SC/01. 2.3.1 - Não-Aplicabilidade da Substituição Tributária A substituição tributária do ICMS do frete não se aplica (RICMS-SC/01, Anexo 6, art. 124, parágrafo único): a) aos estabelecimentos de microempresas (ME) enquadrados no Simples Nacional; b) às pessoas não obrigadas à escrituração fiscal; c) aos estabelecimentos enquadrados no regime de estimativa fiscal; d) ao transporte intermodal. Nos casos acima mencionados, quem deve recolher o ICMS do frete para SC é o próprio transportador autônomo ou não-inscrito em SC. 2.3.2 - Base de Cálculo do ICMS da Substituição Tributária Conforme o art. 125 do Anexo 6 do RICMS-SC/01, a base de cálculo do ICMS devido por substituição tributária é o preço do serviço. O valor tributável, para o cálculo do ICMS retido, poderá ser fixado em pauta expedida pelo Secretário de Estado da Fazenda. 2.3.2.1 - Benefícios Fiscais Utilizados para o Cálculo do ICMS Sobre o Serviço de Transporte O substituto tributário, responsável por efetuar a retenção e o recolhimento do ICMS retido, poderá utilizar o crédito presumido do ICMS de 20% sobre o valor do débito, previsto no RICMS-SC/01, Anexo 2, art. 25, em relação à prestação de serviço realizada por transportador autônomo ou por transportador não inscrito como contribuinte no Estado de Santa Catarina. O valor deste crédito presumido que será utilizado pelo contribuinte substituto deverá ser mencionado no documento fiscal juntamente com a demonstração do valor do ICMS a ser retido. Vale ressaltar, que enquanto estiver vigente o Programa Pró-Cargas (o qual estará em vigor até 30.06.2011 - RICMS-SC/01, Anexo 6, art. 269-A), o contribuinte substituto poderá utilizar o crédito presumido do ICMS de 50% sobre o valor do débito, conforme o inciso III do parágrafo único do art. 266 do Anexo 6 do RICMS-SC/01, em relação à prestação de serviço realizada por transportador autônomo ou por transportador não inscrito como contribuinte no Estado de Santa Catarina. O valor do crédito presumido também deverá ser informado na guia de pagamento: Crédito presumido de 50% - Pró-cargas, Art. 266, do Anexo 6, do RICMS-SC/01. Caso o próprio transportador seja o responsável pelo recolhimento do ICMS, também poderá utilizar o crédito presumido, informado na guia a utilização do benefício. 2.3.3 - Dispensa de Emissão do CTRC De acordo com o art. 126 do Anexo 6 do RICMS-SC/01, o transportador autônomo ou o transportador não inscrito como contribuinte no Estado de Santa Catarina fica dispensado da emissão do Conhecimento de Transporte Rodoviário de Cargas - CTRC, desde que o alienante ou remetente da mercadoria, sejam inscritos como contribuinte em SC e o depositário seja estabelecido em SC. Na nota fiscal que acompanhar a mercadoria serão indicados no Campo de Informações Complementares os seguintes dados relativos à prestação do serviço:
Página 5 de 11 a) o preço do serviço; b) a base de cálculo do ICMS; c) a alíquota aplicável; d) o valor do ICMS retido; e) a identificação do responsável pela retenção e pelo pagamento do imposto; f) a declaração "O ICMS sobre a prestação do serviço de transporte de cargas foi retido e será recolhido por substituição tributária - RICMS-SC/01 - Anexo 6, art. 124". Se o contribuinte substituto utilizar o crédito presumido do ICMS, este também deverá estar discriminado na Nota Fiscal. 2.3.4 - Recolhimento do ICMS Retido por Substituição Tributária Segundo o art. 126, do Anexo 6, do RICMS-SC/01, o responsável pela retenção e recolhimento do ICMS devido na prestação de serviço de transporte de carga fará a apuração mensal das retenções efetuadas no mês, e procederá ao recolhimento do ICMS retido por substituição tributária até o 10º (décimo) dia do período seguinte ao da apuração. O recolhimento se dará por meio da guia DARE-SC, em nome do responsável, com: a) o Código de Receita: 1473 - ICMS Substituição Tributária por Apuração; e b) a Classe de Vencimento: 10049. Cabe ressaltar que o débito apurado no mês também deverá constar na DIME, nos Quadros 11 e 12 (Portaria SEF nº 256/04). 2.3.5 - Proibição do Aproveitamento do Crédito do ICMS Retido do Frete No caso de prestação de serviço sujeita ao regime da substituição tributária, a transportadora não inscrita como contribuinte ou o autônomo, não efetuam o recolhimento do ICMS devido pela sua prestação de serviço de transporte, em razão da transferência da responsabilidade para o remetente da mercadoria quando este efetua o pagamento do frete relativo ao transporte até o estabelecimento do adquirente, portanto frete CIF. Desta forma, nessa operação realizada pelo transportador não houve qualquer pagamento do ICMS. Esse é o efeito da substituição tributária. Esse pagamento deve ser feito pela própria empresa remetente (ou responsável pela retenção) e, portanto, a empresa remetente das mercadorias, como contribuinte substituto do ICMS do frete executado por transportador autônomo ou não-inscrito, não pode se creditar de um ICMS que ela mesma é obrigada a recolher (Resolução Normativa da COPAT nº 40/03). 2.3.6 - Recolhimento Antecipado do ICMS Pelo Próprio Transportador O art. 127 do Anexo 6 do RICMS-SC/01 dispõe que nos casos em que não houver a responsabilidade pela retenção do ICMS, o pagamento do ICMS deverá ser efetuado pelo contribuinte (autônomo ou não inscrito) antes do início da prestação de serviço, nos termos do art. 60, 1, inciso I, alínea "e" do RICMS-SC/01. 2.3.6.1 - Códigos de Recolhimento do ICMS O transporte estará acompanhado do documento de arrecadação DARE-SC, com os seguintes códigos de receita (Portaria SEF nº 219/2010): a) 1570 - ICMS Antecipado Intraestadual, caso o transporte inicie e termine em SC; ou
Página 6 de 11 b) 1589 - ICMS Antecipado Interestadual, caso o transporte inicie em SC e termine em outro Estado. 2.3.6.2 - Informações Prestadas na Guia de Recolhimento do ICMS Na guia de pagamento do ICMS emitida pelo transportador autônomo ou não inscrito em SC, será consignado, além dos demais requisitos exigidos, ainda que no verso, as seguintes indicações: a) o nome da empresa contratante do serviço; b) a placa do veículo e a unidade da Federação; c) o preço do serviço; d) a base de cálculo do imposto; e) a alíquota aplicável; f) o número e a série do documento fiscal que documentar a operação, ou a identificação do bem, quando for o caso; g) o local de início e fim da prestação do serviço, nos casos em que não seja exigido documento fiscal relativo à operação. 3 - RECOLHIMENTO DO ICMS POR OCASIÃO DA ENTRADA DA MERCADORIA NO ESTADO O ICMS deverá ser recolhido por ocasião da entrada da mercadoria no Estado (RICMS- SC/01, art. 60, 1º, II): a) na hipótese prevista no art. 53, 1º, III, "d" e "e", ou seja, venda ambulante de contribuinte não inscrito em SC; b) de carnes bovina, bufalina e suas miudezas comestíveis adquiridas diretamente de abatedor ou distribuidor estabelecido em outra Unidade da Federação; c) de feijão oriundo do Estado do Paraná. 3.1 - Data da Entrada no Estado Nas hipóteses das letras "b" e "c" do item 3, considera-se que o bem ou mercadoria tenha entrado no Estado: a) na data em que visado o documento fiscal no posto fiscal de fronteira situado neste Estado, ou, na falta deste, no último posto fiscal de outra Unidade da Federação por onde transitar o bem ou a mercadoria; ou b) na data de saída do estabelecimento remetente, quando não visado o documento em qualquer das repartições que se refere a letra "a". 3.2 - Carnes Bovina, Bufalina e suas Miudezas Comestíveis Adquiridas de Outro Estado Conforme o 13 do art. 60 do RICMS-SC/01, o valor do ICMS recolhido antecipadamente, será calculado mediante aplicação da alíquota interna do ICMS vigente em SC para o produto, sobre os valores de venda fixados em pauta expedida em ato do Diretor de Administração Tributária (Ato Diat nº 76/2009 - vigente), deduzindo-se do valor encontrado, o valor do ICMS destacado na Nota Fiscal correspondente, observando o disposto no arts. 35-A e 35-B do RICMS-SC/01, quanto ao valor limite a ser creditado (descontado). Vale ressaltar, que o parágrafo único do art. 1º do Ato Diat nº 76/09, dispõe que a base de cálculo para o recolhimento do ICMS antecipado, referida anteriormente (valor de venda
Página 7 de 11 fixado em pauta), não poderá ser inferior ao valor consignado na Nota Fiscal relativa à entrada da mercadoria, acrescida de 20% (vinte por cento), ou seja, entre o valor de venda fixado em pauta e o valor de aquisição acrescido de 20%, será utilizado como base de cálculo o maior valor. 3.2.1 - Exemplo de cálculo do imposto Considerando que o contribuinte catarinense é um estabelecimento varejista. Dados da Nota Fiscal de Aquisição: Produto...Alcatra Bovina Quantidade... 135 Kg Valor Unitário...R$ 7,40 Valor Total dos Produtos...R$ 999,00 Base de Cálculo do ICMS (benefício de redução 41,66%)...R$ 582,82 Alíquota de ICMS... 12% ICMS Destacado na NF...R$ 69,94 Valor Total da NF...R$ 999,00 Preço de Pauta p/ estabelecimento varejista (ATO DIAT Nº 76/09) = Alcatra R$ 7,58 / Kg Cálculo do Imposto: Considerando que a carne foi adquirida de Estado sem limitação do crédito: R$ 7,58 x 135 kg = R$ 1.023,30 R$ 999,00 x 1,20 = R$ 1.198,80 Como R$ 1.023,30 é menor que R$ 1.198,80, logo a base de cálculo para o recolhimento antecipado do ICMS será de R$ 1.198,80, sendo assim: R$ 1.198,80 x 12% (alíquota interna) = R$ 143,86 Valor de ICMS Antecipado a Recolher = R$ 143,86 - R$ 69,94 = R$ 73,92 3.2.2 - Dispensa de Recolhimento do ICMS Não se aplica o recolhimento do ICMS por ocasião da entrada, nos casos de carnes bovina, bufalina e suas miudezas comestíveis adquiridas diretamente de abatedor ou distribuidor estabelecido em outra Unidade da Federação, quando destinadas à industrialização (RICMS- SC/01, art. 60, 15). 3.2.3 - Encerramento de Tributação O recolhimento do ICMS na entrada, não elide a obrigação do contribuinte de apurar, na forma do art. 53, o imposto relativo às operações por ele realizadas com estas mercadorias, ou seja, a saída será tributada normalmente e o ICMS pago na entrada, poderá ser creditado, pois em SC não existe encerramento de tributação (RICMS-SC/01, art. 60, 18). 3.2.4 - Recolhimento do ICMS O recolhimento do ICMS será através do código 1724 - ICMS antecipado entrada de mercadorias ou bens de outro Estado - por operação, conforme Portaria SEF nº 164/2010. 3.2.4.1 - Recolhimento Decendial Segundo o 11, do art. 60, do RICMS-SC/01, a critério do Gerente Regional da Fazenda Estadual, o contribuinte que não estiver em débito com o Estado poderá ser autorizado a recolher o imposto devido até o 10º (décimo) dia subseqüente ao término do decêndio. Neste caso, o mês calendário será dividido em três decêndios, os dois primeiros com 10 (dez) dias e o último compreendendo os dias restantes. Desta forma, o recolhimento se dará através da guia DARE-SC, com os dados do contribuinte catarinense, utilizando o Código de Receita: 1643 - ICMS Antecipado Entrada de Mercadorias ou Bens de Outro Estado - por Apuração.
Página 8 de 11 A Classe de Vencimento dependerá de cada decêndio: a) 10340 - regime especial de pagamento até o 10º dia após o período de apuração do primeiro decêndio; b) 10359 - regime especial de pagamento até o 10º dia após o período de apuração do segundo decêndio; c) 10308 - regime especial de pagamento até o 10º dia após o período de apuração. 3.3 - Entrada de Feijão Oriundo do Estado do Paraná Conforme o 19 do art. 60 do RICMS-SC/01, o valor do ICMS recolhido por ocasião da entrada no Estado de Santa Catarina de feijão oriundo do Estado do Paraná, será calculado mediante aplicação da alíquota interna do ICMS vigente em SC para o produto (12% - RICMS-SC/01, art. 26, inciso III, alínea "e"), sobre o valor constante no documento fiscal (valor da entrada), deduzindo-se do resultado, o valor do ICMS destacado na Nota Fiscal correspondente, observado o disposto no arts. 35-A e 35-B do RICMS-SC/01 (limite de crédito de 1% do valor da entrada, logo a dedução é limitada a 1% do valor da entrada). O art. 35-A, do RICMS-SC/01, dispõe que fica vedado o aproveitamento de crédito, ainda que destacado em documento fiscal, de operações oriundas de unidades da Federação que tenham concedido isenção, incentivos ou benefícios fiscais à revelia da Lei Complementar Federal nº 24, de 07 de janeiro de 1975 (Lei nº 10.297/96, art. 29). Já o Inciso VII, do art. 35-B, do RICMS-SC/01, dispõe que o crédito do imposto fica limitado à 1% (um por cento) na entrada de feijão oriundo do Estado do Paraná, independentemente do valor destacado no documento fiscal: 3.3.1 - Exemplo do Cálculo ICMS Antecipado Considerando como exemplo, os seguintes dados relativos à Nota Fiscal de Entrada: Produto... Feijão Quantidade... 1.000 Kg Valor Unitário...R$ 1,20 Valor Total dos Produtos...R$ 1.200,00 Base de Cálculo do ICMS...R$ 1.200,00 Alíquota de ICMS... 12% ICMS Destacado na NF...R$ 144,00 Valor Total da NF...R$ 1.200,00 O cálculo do ICMS antecipado será da seguinte forma: Valor de Aquisição = R$ 1.200,00 Alíquota Interna do Feijão = 12% R$ 1.200,00 x 12% = R$ 144,00 Limitação ao Crédito de 1% = R$ 1.200,00 x 1% = R$ 12,00 Valor do ICMS Antecipado a Recolher = R$ 144,00 - R$ 12,00 = R$ 132,00 3.3.2 - Encerramento de Tributação O recolhimento do ICMS na entrada, não elide a obrigação do contribuinte de apurar, na forma do art. 53, o imposto relativo às operações por ele realizadas com estas mercadorias, ou seja, a saída será tributada normalmente e o ICMS pago na entrada, poderá ser creditado (RICMS-SC/01, art. 60, 18). O recolhimento do ICMS deverá ser através do código 1724 - ICMS antecipado entrada de mercadorias ou bens de outro Estado - por operação. 3.3.3 - Recolhimento Decendial
Página 9 de 11 Segundo o 11, do art. 60, do RICMS-SC/01, a critério do Gerente Regional da Fazenda Estadual, o contribuinte que não estiver em débito com o Estado poderá ser autorizado a recolher o imposto devido até o 10º (décimo) dia subseqüente ao término do decêndio. Neste caso, o mês calendário será dividido em três decêndios, os dois primeiros com 10 (dez) dias e o último compreendendo os dias restantes. Desta forma, o recolhimento se dará através da guia DARE-SC, com os dados do contribuinte catarinense, utilizando o Código de Receita: 1643 - ICMS Antecipado Entrada de Mercadorias ou Bens de Outro Estado - Por Apuração, e as seguintes classes de vencimento (Portaria SEF nº 164/2004 e 256/2004, com suas alterações): a) 10340 - regime especial de pagamento até o 10º dia após o período de apuração do primeiro decêndio; b) 10359 - regime especial de pagamento até o 10º dia após o período de apuração do segundo decêndio; c) 10308 - regime especial de pagamento até o 10º dia após o período de apuração. 4 - DESEMBARAÇO ADUANEIRO Para os bens ou mercadorias importados do exterior do país, o ICMS deverá ser recolhido no momento do desembaraço aduaneiro, conforme Inciso III, do 1º, do art. 60, do RICMS- SC/01. 5 - ESTIMATIVA FISCAL As empresas que apuram o ICMS por regime de estimativa fiscal, deverão recolher o ICMS devido, após o confronto dos débitos e créditos. Caso, após o confronto houver débito de ICMS, o imposto será recolhido até o 20º (vigésimo) dia seguinte ao término do semestre. Portanto, para o semestre encerrado em junho, o ICMS deverá ser recolhido até o dia 20 de julho e para o semestre encerrado em dezembro, o ICMS deverá ser recolhido até o dia 20 de janeiro (RICMS-SC/01, art. 60, 1º, IV). 6 - LICITAÇÃO PÚBLICA Segundo o inciso V, do 1º, do art. 60, do RICMS-SC/01, o ICMS deverá ser recolhido por ocasião da aquisição, em licitação promovida pelo Poder Público, de mercadorias ou bem importado e apreendido. 7 - NOTIFICAÇÃO FISCAL O ICMS deverá ser recolhido no prazo de 30 (trinta) dias, contados da data do ciente, no caso de imposto lançado de ofício (RICMS-SC/01, art. 60, 1º, VI). 8 - ENERGIA ELÉTRICA E SERVIÇO DE COMUNICAÇÃO Segundo o Inciso X, do 1º, do art. 60, do RICMS-SC/01, tratando-se de distribuição de energia elétrica ou prestação de serviço de telecomunicação, o recolhimento do ICMS será em 3 (três) parcelas, sendo: a) as duas primeiras, de mesmo valor, correspondentes a 75% do montante total do imposto devido no mês anterior, vencíveis nos dias 20 (vinte) e 25 (vinte e cinco) do mês da apuração, sendo que o imposto devido por empresa distribuidora de energia elétrica, vencível no dia 25 de cada mês, poderá ser compensado com eventuais créditos recebidos em transferência de terceiros até a mesma data;
Página 10 de 11 b) o valor remanescente do saldo devedor apurado, até o 10º (décimo) dia do mês subseqüente ao do encerramento do período de apuração. 8.1 - Contagem do Prazo de Pagamento O prazo de pagamento será contado considerando-se o mês (RICMS-SC/01, art. 60, 2º): a) de emissão das notas fiscais ou das contas aos usuários, no caso de serviço de comunicação; b) da leitura do consumo de energia elétrica; c) do faturamento, no fornecimento de energia elétrica ou prestação de serviço de comunicação prestado neste Estado por distribuidora de energia elétrica ou concessionária de serviço público de comunicação com sede no Estado do Paraná. 8.2 - Não aplicabilidade do Pagamento do ICMS Parcelado Segundo o 20, do art. 60, do RICMS-SC/01, o pagamento em três parcelas para os serviços de telecomunicação e energia elétrica não se aplica: a) às operações e às prestações cujo prazo para recolhimento do imposto reja-se por dispositivo próprio; b) às Cooperativas de Eletrificação Rural. Cabe ressaltar que o pagamento em três parcelas relativamente à prestação de serviços de telecomunicação, somente se aplica às empresas de que trata o Anexo 6, art. 83 (relação por nome da empresa). 9 - REGIME DE TRIBUTAÇÃO SIMPLIFICADA - RTS O ICMS deverá ser recolhido até o 30º (trigésimo) dia após o desembaraço aduaneiro ou no momento da efetiva entrega ao destinatário, o que ocorrer primeiro, de bens ou mercadorias, contidos em remessas postais do exterior, tributados pela Secretaria da Receita Federal, sob Regime de Tributação Simplificada - RTS, instituído pelo Decreto-lei nº 1.804/1980, mediante emissão de Nota de Tributação Simplificada (NTS). 10 - VENDA FORA DO ESTABELECIMENTO O inciso I, do art. 61, do RICMS-SC/01, determina que poderá ser autorizado, mediante Regime Especial, concedido pelo Gerente Regional da Fazenda Estadual a que jurisdicionado o estabelecimento do requerente, que os contribuintes estabelecidos em outras Unidades da Federação que realizem vendas fora do estabelecimento ou a elas equiparadas, em território catarinense, recolham o imposto devido no prazo na forma definida no respectivo despacho concessório. 11 - DEMAIS CASOS O ICMS deverá ser recolhido sempre na data em que o regulamento dispor, caso o pagamento seja em data diferente do prazo geral (10º dia do mês seguinte ao da apuração do imposto), conforme disciplinado pelo inciso VII, do 1º, do art. 60, do RICMS-SC/01. 12 - RECOLHIMENTO DO ICMS COM REGULARIDADE O prazo normal para pagamento do ICMS em regra geral é até o 10º dia após o encerramento do período de apuração, porém existe a possibilidade desta data ser prorrogada, por contribuintes que mantenham o pagamento do ICMS em dia, conforme 4º, do art. 60, do RICMS-SC/01.
:: ITC - Consultoria :: Então, o ICMS declarado na DIME, devido por contribuinte que mantenha a regularidade no pagamento do imposto, poderá ser pago até o: a) 16º (décimo sexto) dia após o encerramento do período de apuração, se tiver mantido a regularidade no pagamento do ICMS nos últimos 12 (doze) meses; b) 20º (vigésimo) dia após o encerramento do período de apuração, a partir do segundo período consecutivo de regularidade no pagamento do imposto. Página 11 de 11 12.1 - Período Aquisitivo do Prazo Ampliado O período aquisitivo do direito ao prazo adicional é de 12 meses consecutivos, observado o seguinte: a) inicia-se no mês de novembro de cada ano; b) somente se aplica aos contribuintes que estiverem em situação de "Ativo", no CCICMS durante todo o período de aquisição da regularidade. Cabe ressaltar que o contribuinte que mantiver a regularidade no pagamento do imposto, durante o período aquisitivo poderá utilizar o prazo adicional durante o ano civil imediatamente posterior (RICMS-SC/01, art. 60, 4º-B). 12.2 - Descumprimento de Obrigação Principal e Acessória O contribuinte que deixar de entregar a DIME, nos prazos previstos na legislação tributária, assim como, houver infringido norma da legislação relativa à obrigação tributária principal do ICMS, perde o direito ao prazo ampliado, observado o seguinte (RICMS-SC/01, art. 60, 5º): a) a perda do benefício ocorrerá no ano civil seguinte ao período de aquisição em que constatada a infração; b) o imposto recolhido no prazo especial será considerado como pagamento fora do prazo, sujeitando-se o contribuinte à penalidades e acréscimos previstos na legislação. Cabe ressaltar que o disposto no 5º, do art. 60, do RICMS-SC/01, não se aplica se o contribuinte entregar a DIME ou quitar integralmente o respectivo débito, no prazo de 30 (trinta) dias contados da constatação da infração. 12.3 - Não Aplicação do Prazo Ampliado Segundo o 6º, do art. 60, do RICMS-SC/01, o prazo ampliado para recolhimento do ICMS, não se aplica ao imposto devido: a) por contribuinte enquadrado no Simples Nacional; b) por substituição tributária; c) por responsabilidade tributária; d) nas operações com combustíveis e energia elétrica; e) nas prestações de serviços de telecomunicações. Fim do documento