Estudo da difusão empregando parâmetros turbulentos que descrevem a capacidade de mistura da Camada Limite Planetária

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Transcrição:

Estudo da difusão empregando parâmetros turbulentos que descrevem a capacidade de mistura da Camada Limite Planetária Andréa U. Timm 1, Virnei S. Moreira 1, Débora R. Roberti 1, Gervásio A. Degrazia 1 1 Departamento de Física/UFSM, Santa Maria, RS, Brasil e-mail: andreatimm@mail.ufsm.br 1. Introdução Devido à estrutura complexa da Camada Limite Planetária (CLP), onde os campos de vento e a turbulência são não-homogêneos e não-estacionários, a aplicação de modelos para a dispersão de poluentes é uma tarefa que encontra inúmeras dificuldades. Em situações de ventos fracos e especialmente durante condições estáveis, a estrutura turbulenta da CLP é deficientemente conhecida. O objetivo deste estudo é utilizar um modelo de dispersão estocástico Lagrangeano para simular o experimento de INEL (Sagendorf e Dickson, 1974) realizado sob condições estáveis apresentando magnitudes baixas da velocidade do vento. A principal contribuição para este trabalho é testar uma nova parametrização dos parâmetros p e q, que representam as freqüências associadas ao fenômeno de meandro do vento e estão presentes nas equações de Langevin para as componentes do vento horizontal. Esta nova parametrização é descrita em termos de m e T, onde é uma quantidade adimensional que controla a freqüência de oscilação do meandro e é a escala de tempo associada aos turbilhões que compõem uma turbulência bem desenvolvida.. Parametrização Simular a dispersão de escalares passivos em condições de velocidade do vento fraco é um problema físico difícil porque quando a velocidade do vento decresce abaixo de um certo valor crítico ( u < 1.5ms ), não é 1 possível definir uma direção precisa do vento médio. Neste caso, oscilações de baixa freqüência do vento horizontal são observadas na baixa at- V Workshop Brasileiro de Micrometeorologia 349

mosfera. Na literatura, estas são chamadas de meandro e são responsáveis pelas funções de autocorrelação das componentes horizontais do vento exibir grandes lobes negativos. Assim, tornando-se crucial estimar corretamente a dispersão de poluentes na atmosfera. A seguinte relação, τ ( m + 1) T mτ R( τ ) = e cos ( m + 1) T (1a) pτ e R( τ ) = e cos( qτ ) (1b) 1 m onde: p = ( m e q = + 1) T ( m (1c) + 1) T foi proposta por Frenkiel (1953). As equações (1a) e (1b) contém dois parâmetros, um ( p ou T ) que pode ser associado à escala de tempo integral clássica e o segundo ( q ou m ) ao período de meandro. Este último controla o valor absoluto do lobe negativo na função de autocorrelação Euleriana, sendo encontrado que a relação (1a) ajusta-se corretamente a R (τ ) experimental em situações de velocidade do vento fraco, enquanto a forma exponencial clássica é completamente deficiente. Anfossi et al. (005) desenvolveram um sistema de duas equações de Langevin acopladas para as componentes horizontais do vento, as quais levam em conta os parâmetros p e q. Esse sistema de equações foi proposto para simular a dispersão em condições de vento fraco e terreno plano. Estas equações foram implementadas no modelo estocástico Lagrangeano LAMBDA. A componente vertical da velocidade w foi calculada como usual no LAMBDA. A Função Densidade de Probabilidade (FDP) Gram-Chalier truncada na terceira ordem foi utilizada para a direção vertical. Os principais parâmetros de entrada para descrever os efeitos de meandro do vento são os parâmetros p e q, os quais estão relacionados diretamente aos m e T. Os valores para os parâmetros m e T são calculados pela formulação empírica sugerida por Oettl e Anfossi (005): m = 8.5 (1 + U), T = mt* π (1 + U ) e T * = 00m + 500, onde U é a velocidade média do vento e é o período de meandro. 3. Resultados e conclusões No experimento de INEL (Idaho National Engineering 350 Ciência e Natura Especial, UFSM

Laboratory) (Sagendorf e Dickson, 1974) o poluente SF 6 foi liberado 1,5m acima da superfície e coletado a 0,76m acima do nível do solo por sessenta amostradores (colocados em intervalos de 6 ) sobre três arcos concêntricos (360 ) com raios de 100, 00 e 400m em relação ao ponto de emissão (totalizando 180 amostradores). Medidas de velocidades do vento fornecidas por anemômetros nos níveis de, 4, 8, 16, 3 e 61m, localizados no arco de 00m, foram usadas para calcular o coeficiente para o perfil exponencial vertical do vento. A rugosidade da região do experimento era de 0.005m. Ocomprimento de Monin-Obukhov L e a velocidade de fricção u não * foram avaliados para o experimento de INEL, mas podem ser aproximadamente estimados (Zannetti, 1990). Para calcular h, altura da Camada Limite Planetária estável, foi utilizada a seguinte relação h = 0.4 u* L (Zilitinkevich, 197). Todos os dados avaliados foram usados para criar um arquivo de entrada para as simulações do modelo LAMBDA. Os valores de σ e foram calculados de acordo a parametrização derivada por Degrazia et al. (000). No LAMBDA, o domínio horizontal foi determinado de acordo com a distância dos amostradores e o domínio vertical foi considerado igual à altura h. A fonte foi localizada no centro do domínio. O passo no tempo foi mantido constante ( t = 0.5s). Cem partículas foram liberadas em cada passo no tempo, a partir da fonte, durante 1500 passos no tempo. O volume que representa a fonte pontual foi de 0.1m 0.1m 0.1m. As concentrações observadas normalizadas, χ m ( m ), foram calculadas de acordo com Sagendorf e Dickson (1974). Conseqüentemente, as concentrações simuladas para o experimento de INEL foram expressas em (m - ). No caso do experimento de INEL o volume para o cálculo da concentração foi de 10m 10m 3m. O desempenho do modelo é apresentado na Tabela 1. A Tabela 1 demonstra os resultados da análise estatística de desempenho do modelo feita com os picos de concentração ( n = 30), segundo os índices estatísticos de Hanna (1989), além de apresentar a comparação entre os índices estatísticos obtidos pelo modelo simulado e o modelo de Carvalho et al., (006). Os resultados da Tabela 1 mostram boa concordância entre os valores observados e simulados pelo modelo LAMBDA. De acordo com a Tabela 1, nota-se que os valores dos índices estatísticos NMSE, FB e FS estão próximos de zero e R e FA estão próximos de 1. Mais especifica- V Workshop Brasileiro de Micrometeorologia 351 i f c τ Li

mente, pode-se perceber que o modelo superestimou levemente os valores de concentração (FB = -0.04), apresenta uma alta correlação entre os dados observados e simulados (R=0.89) e mostra que a dispersão dos valores de concentração simulados é somente um pouco maior que a dispersão dos valores de concentração observados (FS = -0.053). Além disso, comparando os índices estatísticos obtidos pelo modelo LAMBDA com os obtidos pelo modelo de Carvalho et al., (006) percebe-se uma leve melhora em alguns casos. Sendo que, ambos, tanto o modelo apresentado neste trabalho quanto o modelo de Carvalho et al., (006), têm a vantagem de poder ser aplicados a todos os tipos de fontes e condições de campos de vento não-homogêneos. Tabela 1. Índices estatísticos de desempenho do modelo LAMBDA para o experimento de INEL obtidos a partir do modelo simulado e pelo modelo de Carvalho et al., (006). NMSE R FA FB FS LAMBDA Low Wind 0.17 0.89 0.77-0.04-0.053 Carvalho et al., (006) 0.14 0.94 0.77 0.08-0.6 Particularmente, os resultados obtidos com o novo sistema de equações concordam muito bem com os dados experimentais, indicando que o modelo representa o processo de dispersão corretamente em condições de velocidade do vento fraco. Assim, demonstrando que esse novo conjunto de equações, com valores de p e q constantes, para as componentes horizontais pode ser incorporado a um sistema de modelos para estimar a qualidade do ar. 35 Ciência e Natura Especial, UFSM

4. Referências Anfossi, D. et al. An analysis of sonic anemometer observations in low wind speed conditions. Boundary-Layer Meteorology, v.114, p.179-03, 005. Carvalho, J.C. et al. Parameterization of meandering phenomenon in a stable atmospheric boundary layer. Physica A, v.368, p.47-56, 006. Degrazia, G.A. et al. Turbulence parameterization for PBL dispersion models in all stability conditions. Atmospheric Environment, v. 34, p. 3575-3583, 000. Frenkiel, F.N. Turbulent diffusion: mean concentration distribution in a flow field of homogeneous turbulence. Advances in Applied Mechanics, v.3, p.61-107, 1953. Hanna, S.R. Confidence limits for air quality model evaluations, as estimed by Bootstrap and Jacknife Resampling Methods. Atmospheric Environment, v.3, p.1385 1398, 1989. Sagendorf, J.F.; Dickson, C.R. Diffusion under low wind speed, inversion conditions. NOAA Technical Memorandum ERL ARL-5, 89p., 1974. Zannetti, P. Air Pollution Modeling. Teories, Computational Methods and Available Software. Nova York: Kluwer Academic Publisher, 444p., 1990. Zilitinkevich, S.S. On the determination of the height of the Ekman boundary layer. Boundary-Layer Meteorology, v.3, p.141-145, 197. V Workshop Brasileiro de Micrometeorologia 353

354 Ciência e Natura Especial, UFSM