Escola Secundária de Paços de Ferreira. Curso Profissional Técnicas de Secretariado. Ano Lectivo: 2009/10. Disciplina: Técnicas de Secretariado



Documentos relacionados
Mercado de Câmbio. Mercado de câmbio é a denominação para o mercado de troca de moedas.

AULA 19. Mercado de Câmbio II

PROGRAMA DE FINANCIAMENTO ÀS EXPORTAÇÕES PROEX

CIRCULAR N Art. 6º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Daniel Luiz Gleizer Diretor

PROGRAMA BNDES-EXIM PÓS-EMBARQUE PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS

IV - 2. LISTA E ÂMBITO DAS CONTAS CLASSE 9 CONTAS EXTRAPATRIMONIAIS

II - operação de crédito com vínculo a exportação (securitização de exportações); e

9.4. Benefícios creditícios

CIRCULAR Nº Art. 2º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação. Este texto não substitui o publicado no DOU e no Sisbacen.

Conhecimentos bancários Profº Rodrigo Ocampo Barbati

A NOVA REGULAMENTAÇÃO DAS EXPORTAÇÕES BRASILEIRAS

Letra Financeira - LF

Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático

Unidade IV. Mercado Financeiro e de Capitais. Prof. Maurício Felippe Manzalli

REGULAMENTO DA CÂMARA DE REGISTRO, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CÂMBIO DA BM&FBOVESPA. Março Página 1

28. Câmbio. 1. Escrituração. 2. Disponibilidades em Moedas Estrangeiras

PROGRAMA DE FINANCIAMENTO ÀS EXPORTAÇÕES: PROEX

Financiamento e Garantia às Exportações Um guia rápido aos exportadores brasileiros

CIRCULAR Nº II - capítulo 16, seção 4, subseções 2 e 4; e. Art. 2 Esta circular entra em vigor na data de sua publicação.

IV - 2. LISTA E ÂMBITO DAS CONTAS CLASSE 7 CUSTOS POR NATUREZA. As contas desta classe registam os custos correntes do exercício.

Regimes Aduaneiros Especiais. Regimes Aduaneiros Especiais. Trânsito aduaneiro. Trânsito aduaneiro. Trânsito aduaneiro. Trânsito aduaneiro

REGULAMENTO DA CÂMARA DE REGISTRO, COMPENSAÇÃO E LIQUIDAÇÃO DE OPERAÇÕES DE CÂMBIO BM&FBOVESPA

MANUAL DE OPERAÇÕES DA RODA DE DÓLAR PRONTO

INSTRUTIVO Nº 05/91. No uso da faculdade que me é conferida pelo Artigo 60º da Lei Orgânica do Banco Nacional de Angola, determino: Artigo 1º

LEASING. Leasing operacional praticado pelo fabricante do bem, sendo realmente um aluguel. (Telefones, computadores, máquinas e copiadoras).

Cédula de Crédito Imobiliário - CCI

Instrução DGT nº.1/2013 EMISSÃO DE BILHETES DE TESOURO

INSTRUMENTO PARTICULAR DE CONTRATO DE EMISSÃO DE FIANÇA E OUTRAS AVENÇAS

RESOLUÇÃO Nº 193, DE 16 DE DEZEMBRO DE 2008 Altera os arts. 1º e 11 e o inciso I do art. 2º da Resolução CNSP No 118, de 22 de dezembro de 2004.

CIRCULAR Nº I - capítulo 8, seção 2, subseção 24. I - capítulo 2, seção 2, subseção 1.

Publicado no Diário da República, I série, nº 186, de 08 de Outubro AVISO N.º 07/2014

Os riscos do INVESTIMENTO ACTIVO MAIS, produto financeiro complexo, dependem dos riscos individuais associados a cada um dos produtos que o compõem.

REGULAMENTO DO MERCADO DE CÂMBIO E CAPITAIS INTERNACIONAIS TÍTULO : 1 - Mercado de Câmbio CAPÍTULO : 1 - Disposições Gerais

Legislação e regulamentação cambial (principais alterações)

Tipos de Mercados de taxas e câmbio Administrativas Flutuantes Bandas Cambiais Prazos de Liquidação das operações (à vista ou pronto, Futuro)

Comercio Exterior na CAIXA ENCOMEX. Maio/2014

Departamento de Operações de Comércio Exterior DECEX. Tratamento Administrativo na Importação e atuação do DECEX

Fecho de Projectos - Parte 2 P. Quais são os relatórios finais, acções necessárias e outras considerações principais associadas ao fecho do projecto?

RESOLUÇÃO N Art. 3º. Esta Resolução entra em vigor na data de sua publicação. Francisco Roberto André Gros Presidente

CONDIÇÕES GERAIS CONTRATO DE EMPRÉSTIMO PESSOAL

Fontesde Financiamentoe CustodaDívidano Brasil. Prof. Cláudio Bernardo

Publicado no Diário da República, I série, nº 221, de 17 de Dezembro AVISO N.º 11/2014 ASSUNTO: REQUISITOS ESPECÍFICOS PARA OPERAÇÕES DE CRÉDITO

Sumário Executivo de Medida Provisória

RESOLUÇÃO Nº Documento normativo revogado pela Resolução 3.568, de 29/05/2008, a partir de 01/07/2008.

O Processo de Exportação e Suas Etapas (até Contrato de Câmbio)

VALOR GARANTIDO VIVACAPIXXI

Seguro-Saúde. Guia para Consulta Rápida

Cédula de Produto Rural -

Produto BNDES Exim Pós-embarque Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático

Escola Secundária com 3º ciclo de Paços de Ferreira Pagamentos e Garantias Catarina Campos Nº7 12ºS

BANCO DO BRASIL S.A.

SUPER CURSO DE CONHECIMENTOS BANCÁRIOS E SISTEMA FINANCEIRO NACIONAL SIMULADO 01 - BACEN e CMN Professor: Tiago Zanolla

1 BNDES. 1. ENCAMINHAMENTO DA OPERAÇÃO AO BNDES. A operação poderá ser encaminhada ao BNDES por meio de FRO Consulta ou Consulta Prévia.

Renda Fixa Debêntures. Renda Fixa. Debênture

Contabilidade Geral. Gestão do Desporto 2011/2012

a) MORTE POR ACIDENTE Garante aos beneficiários do segurado o pagamento do valor do capital contratado;

DECRETO 55/00 de 10 de Novembro

Portaria SECEX Nº 47 DE 11/12/2014

Produto BNDES Exim Pós-embarque Normas Operacionais. Linha de Financiamento BNDES Exim Automático

Ficha de Informação Normalizada para Depósitos Depósitos à Ordem

NOVAS REGRAS DE OPERAÇÕES CAMBIAIS IMPORTAÇÃO, EXPORTAÇÃO E REEXPORTAÇÃO DE MERCADORIAS

CARTA-CIRCULAR Nº I - as corretoras autorizadas a operar em cambio possam intermediar contratos de cambio simplificado de exportação; e

Legislação MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

CIRCULAR N Art. 1º. Extinguir, a partir de , inclusive, o documento Carteira de Câmbio-Normas Contábeis - COCAM.

CONDIÇÕES GERAIS DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇOS PELAS EMPRESAS TRANSITÁRIAS. 1 TEU transitário. Artigo 1º Definições. Artigo 2º Âmbito

DOCUMENTAÇÃO PARA EXPORTAÇÃO COMERCIO EXTERIOR FATEC FRANCA PROF. DR. DALTRO OLIVEIRA DE CARVALHO

O CONGRESSO NACIONAL decreta:

Financiamentos à exportação de bens e serviços através de instituições financeiras credenciadas, nas modalidades:

Ficha de Informação Normalizada para Depósitos Depósitos simples, não à ordem

Deloitte Touche Tohmatsu Auditores Independentes

Lex Garcia Advogados Dr. Alex Garcia Silveira OABSP

LEI Nº 8.088, DE 31 DE OUTUBRO DE 1990

NORMA CONTABILISTICA E DE RELATO FINANCEIRO 1 ESTRUTURA E CONTEÚDO DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS

Prof. Cid Roberto. Concurso 2012

REGULAMENTO DO MERCADO DE CÂMBIO E CAPITAIS INTERNACIONAIS TÍTULO : 1 - Mercado de Câmbio CAPÍTULO : 11 - Exportação SEÇÃO : 1 - Disposições Gerais

Implicações da alteração da Taxa de Juro nas Provisões Matemáticas do Seguro de Vida

REGULAMENTO SOBRE INSCRIÇÕES, AVALIAÇÃO E PASSAGEM DE ANO (RIAPA)

ANEXO AO BALANÇO E À DEMONSTRAÇÃO DOS RESULTADOS DO EXERCÍCIO DE 2009

Depósito a Prazo com Garantia Especial do FGC (DPGE)

CIRCULAR Nº Art. 2º Divulgar as folhas necessárias à atualização do RMCCI. Art. 3º Esta Circular entra em vigor na data de sua publicação.

Informações Fundamentais ao Investidor PRODUTO FINANCEIRO COMPLEXO

PARVEST China Subfundo da PARVEST, sociedade luxemburguesa de investimento de capital variável (a seguir, a SICAV ) Estabelecida a 27 de Março de 1990

Banco do Brasil. O Conselho Monetário Nacional (CMN) é a entidade máxima do sistema financeiro brasileiro, ao qual cabe

PROJECTO DE CARTA-CIRCULAR SOBRE POLÍTICA DE REMUNERAÇÃO DAS INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS

Proposta de Decreto-lei n.º /2014 Bilhetes do Tesouro

Governo do Estado do Rio de Janeiro Secretaria de Estado de Fazenda Departamento Geral de Administração e Finanças TERMO DE REFERÊNCIA

PROCEDIMENTOS OPERACIONAIS DA CÂMARA DE COMPENSAÇÃO, LIQUIDAÇÃO E GERENCIAMENTO DE RISCOS DE OPERAÇÕES NO SEGMENTO BOVESPA, E DA CENTRAL DEPOSITÁRIA

INSTRUÇÃO Nº 402, DE 27 DE JANEIRO DE 2004

Âmbito. 2 - Um «transportador» é qualquer pessoa física ou jurídica ou qualquer empresa autorizada, quer na República Portuguesa, quer na

BANRISUL AUTOMÁTICO FUNDO DE INVESTIMENTO CURTO PRAZO CNPJ/MF nº /

LÂMINA DE INFORMAÇÕES ESSENCIAIS SOBRE O SANTANDER ESTRUTURADO BOLSA EUROPEIA 3 MULTIMERCADO / Informações referentes a Maio de 2016

RESOLUÇÃO Nº I - constituir um ou mais representantes no País; II - preencher formulário, cujo modelo constitui o Anexo a esta Resolução;

Parecer Consultoria Tributária Segmentos Variação Monetária nas Demonstrações Contábeis

SEGURO MILLENNIUM TRIMESTRAL ANOS 2ª SÉRIE (NÃO NORMALIZADO)

ANO XXVI ª SEMANA DE NOVEMBRO DE 2015 BOLETIM INFORMARE Nº 46/2015

REGULAMENTO DE EMPRÉSTIMO PESSOAL

A CBLC atua como contraparte central nas Operações de Empréstimo de Ativos.

Simulação de Crédito Pessoal

Transcrição:

Ano Lectivo: 2009/10 Disciplina: Técnicas de Secretariado Professora: Adelina Silva Novembro de 2009 Trabalho realizado por: Sara Gonçalves n.º16 12ºS

Financiamento á Exportação O produto baseia-se na abertura de uma linha de crédito a favor do cliente, até um determinado limite, para financiar as exportações afectas à exploração do seu negócio, em forma de empréstimos, a um determinado prazo e com uma taxa de juro que é fixada no momento de efectuar cada utilização. Cada crédito é cancelado no seu vencimento ou no momento do reembolso da operação por parte do importador estrangeiro. Podem existir simultaneamente vários créditos, sempre que não se ultrapasse o limite acordado. Existem uma série de alternativas de financiamentos, que se diferenciam na forma e no prazo. Podemos agrupá-las em: Operações de adiantamento de recursos, antes ou pós o embarque das mercadorias. As de antes do embarque são: Adiantamento de Contratos de Câmbio ACC, Câmbio Travado, BNDES-Exim Pré-embarque, Prépagamento (pagamento antecipado). As de após o embarque são: Adiantamentos de Contratos de Exportação ACE, BNDES-Exim Pós- Embarque e Proex; Operações de Desconto de Cambiais já são aceitas pelo importador Supplier s Credit, Buyer s Credit, Forfaiting e Factoring; Operações de financiamento com títulos de emissão do exportador Export Notes, Debêntures Cambiais, Descontos de Warrants e Securitização de Exportações. A seguir os detalhes de uma operação de ACC/ACE ACC / ACE É a antecipação do preço da moeda estrangeira que o banco negociador das divisas concede ao exportador amparado por uma linha de crédito externa, intermediada pelo banco negociador, que é autorizado a operar com câmbio. Página 2

O objectivo desta modalidade de financiamento é proporcionar recursos antecipados ao exportador para que possa fazer face às diversas fases do processo de produção e comercialização da mercadoria a ser exportada, constituindo-se, assim, num incentivo à exportação. O ACC poderá ocorrer e desdobrar-se em duas fases. A primeira fase refere-se à concessão do adiantamento pelo banco, a partir de 25/8/99 o BC autorizou operações de ACC até 360 dias antes do embarque da mercadoria, caracterizando-se como um financiamento à produção, embora perdendo a desvalorização cambial posterior que possa ocorrer com os reais. A segunda fase ocorre quando a mercadoria já está pronta e embarcada. Nessa fase, passa a se chamar ACE Adiantamento sobre Cambiais Entregues), podendo seu prazo se estender em até 180 dias da data do embarque. Os tomadores de ACC que não tiverem lastro, ou seja, não apresentarem as mercadorias na data de embarque, ou seja, não perfumarem, pagam um IOF de 3% a.m. sobre os contratos de ACC que não forem cumpridos, além de uma multa que pode chegar a 25% do valor do ACC. Além disso, a Circular n.º 2452 do BC, de 17/3/94, estabelece aos que não perfumarem penalidade de suspensão para realizar novas operações por 90 dias e, na reincidência, de até 360 dias. FLUXOGRAMA OPERACIONAL O Exportador solicita a um Banco local uma linha de crédito especial de adiantamento para Exportação (financiamento). O Exportador, após obter confirmação de que a operação pode ser realizada, fecha com o Banco local um contrato de Câmbio na modalidade de Pagamento Antecipado. O Banco local credita o equivalente em Reais na conta do Exportador. Daí, então, tem o prazo de até um ano para embarque das mercadorias, no caso de ACC, e entrega dos documentos ao Banco local para que este comprove a efectivação da operação junto ao BACEN. Se o embarque já foi efectuado, pode optar pela modalidade ACE, com vencimento para data Página 3

acordada com o Importador. Nesse caso, os documentos de embarque são entregues no ato do fechamento do Câmbio. Após o embarque, o Importador, no Exterior, paga o valor da exportação na data combinada, liquidando, assim, a operação entre o Exportador e Importador. Localmente, o Exportador paga os juros devidos pelo financiamento, que pode ser antecipadamente ou na data da liquidação. A taxa de juros é identificada no início da operação entre o Banco local e o Exportador. Com pagamento do principal e juros, a operação fica liquidada. Adiantamento a Exportações (pré-pagamento) Na modalidade de adiantamento a exportações, também chamada de pré-pagamento, ou o importador, ou um banco comercial no exterior fornecem os recursos de que necessita o exportador para os ciclos de industrialização e comercialização, mediante a cobrança de taxa de juros. A operação é caracterizada pela aplicação de recursos em moeda estrangeira na liquidação de contrato de câmbio de exportação anterior. Export Notes Export notes são contratos de cessão de crédito de exportação pelos quais recursos obtidos no mercado doméstico junto a investidores locais, bancos e empresas são adiantados à vista ao exportador, em reais, no valor equivalente aos recebimentos em moeda estrangeira, mediante a transferência de direitos de venda ao investidor. Como na modalidade ACC, a operação permite a antecipação de recursos para financiamento do processo produtivo mas, diferentemente dos ACCs, requer contrato formal que especifica o bem ou serviço a ser exportado. O contrato conta com garantias externas e prazo de até 360 dias, que fixa a taxa de câmbio. Com base nesse contrato, o exportador emite notas para mercado secundário, cuja liquidez é hoje muito reduzida. As operações não são atraentes porque as taxas não são comparáveis com as internacionais, tais como as de ACCs. Apesar de poderem ser lastradas por vários bancos e de constituírem títulos de crédito, as export notes não oferecem a mesma segurança dos ACCs. Contudo, oferecem Página 4

benefícios para o exportador, que não depende de linhas comerciais bancárias de curto prazo e obtém prazo maior do que o das operações de ACC, e para o investidor, que assegura hedge em moeda estrangeira. Securitização de Exportações Securitização de receptíveis de exportação são operações estruturadas que resultam na emissão título de crédito no mercado internacional lastrado em exportações futuras. Criado pela Circular n. 1.979 do Banco Central, de Junho de 1991, o mecanismo permite ao exportador obter financiamento a taxas internacionais inferiores às domésticas com prazos maiores, sendo exigido registo no DECEC. Os títulos emitidos pelo exportador e por banqueiro internacional (ou sindicato de bancos) são vinculados a collection account no exterior onde serão depositados pagamentos de exportações da empresa brasileira. Pela montagem complexa e demorada e por envolverem várias instituições, são operações caras que exigem que o exportador receba boa avaliação de crédito (rating) de empresas especializadas e que exporte grandes volumes, sem o que os títulos emitidos não terão liquidez. Pelo preço e por envolver rigorosa avaliação de crédito, os bancos são extremamente selectivos ao oferecer essa modalidade a exportadores brasileiros e o número de operações dessa natureza ainda é pequeno. Simplex O SIMPLEX é uma sistemática de câmbio simplificado que desburocratiza operações de exportação de pequenos valores (até US$ 10 mil ou o equivalente em outras moedas), criada pela Circular n. 2.836/98 do BACEN. Página 5

Seguro relativo á Exportação BNDES Exim Pós-embarque Apoio à comercialização, no exterior, de software e serviços de TI desenvolvidos no Brasil, na modalidade supplier's credit, mediante o desconto de títulos de crédito ou a cessão de direitos creditórios relativos à exportação. Clientes Empresas exportadoras de qualquer porte, desde que constituídas sob as leis brasileiras, tenham sede e administração no país e mantenham actividades de desenvolvimento de software e serviços de TI no Brasil. Forma de Apoio Directo e Indirecto. Participação do BNDES Até 100% do valor da exportação, excluída a comissão de agente comercial e eventuais adiantamentos de recursos de qualquer natureza. Taxa de Desconto Libor (correspondente ao prazo do financiamento) + Remuneração do BNDES (igual ou maior que 0,5% ao ano). Prazo do Refinanciamento Até 5 anos. Outros Encargos e Comissões Os mesmos em vigor para a Linha de Financiamento Pós-embarque. Garantias A operação deverá contar, alternativa ou cumulativamente, com as seguintes garantias: Títulos de crédito (notas promissórias ou letras de câmbio) endossados por instituição financeira credenciada e com limite de crédito junto ao BNDES, com direito de regresso, ou avalizados por instituição financeira sediada no Página 6

exterior (com limite no BNDES) e endossados pela beneficiária, em favor do BNDES; Carta de crédito (Stand-by Letter of Credit) aberta por instituição financeira sediada no exterior, com limite de crédito no BNDES, ou confirmada por instituição financeira credenciada e com limite de crédito junto ao BNDES, cujos direitos creditórios serão cedidos (sem direito de regresso) pela beneficiária ao BNDES; Seguro de crédito à exportação, cujos direitos à indemnização serão cedidos pela beneficiária ao BNDES, complementado por instrumento de assunção e confissão de dívida da beneficiária, quanto à parcela não coberta pelo seguro de crédito, acompanhado de fiança bancária emitida por instituição financeira credenciada e com limite de crédito junto ao BNDES, em favor do BNDES; Outras garantias ou garantidores, a critério do BNDES, tais como: aval ou endosso (com regresso) da beneficiária, nos títulos de crédito, em favor do BNDES, ou instrumento de assunção e confissão de dívida (relativo à parcela não coberta pelo seguro de crédito), acompanhado de fiança dos sócios controladores da beneficiária, observados ainda os seguintes critérios: A beneficiária deverá ser empresa constituída e em operação há mais de 5 anos, no momento do encaminhamento da Consulta Prévia ao BNDES, e comprovadamente ter realizado mais de US$ 200 mil em exportações de software e serviços de TI, nos 24 meses anteriores à data do envio da Consulta Prévia ao BNDES; A operação deverá ser, no mínimo, de US$ 200 mil e, no máximo, de US$ 2 milhões, sendo este o valor máximo de exposição por beneficiária; As exportações da beneficiária, vinculadas ao valor refinanciado, deverão ser direccionadas para países cujo risco político seja melhor ou igual ao nível 5, em escala de 7 pontos, de acordo com a classificação da OCDE; Previamente à liberação dos recursos pelo BNDES e durante o período de vigência da operação, a beneficiária deverá apresentar demonstrativos financeiros auditados por auditor externo independente, devidamente registado na CVM - Comissão de Valores Mobiliários; Página 7

Outros critérios específicos a serem adoptados pelo BNDES. Encaminhamento As solicitações são encaminhadas ao BNDES mediante Consulta Prévia enviada directamente pela empresa interessada ou por intermédio da Sociedade SOFTEX ou da instituição financeira credenciada de sua preferência. Página 8

Seguro de Crédito O Seguro de Crédito à Exportação - SCE tem a finalidade de garantir as operações de crédito à exportação contra os riscos comerciais, políticos e extraordinários que possam afectar: I - a produção de bens e a prestação de serviços destinados à exportação; II - as exportações brasileiras de bens e serviços. O SCE poderá ser utilizado por exportadores e instituições financeiras que financiarem ou refinanciarem a produção de bens e a prestação de serviços destinados à exportação brasileira, bem como as exportações brasileiras de bens e serviços. Fundo de Garantia à Exportação FGE - O FGE, criado pela Lei 9.818, de 23.08.1999, é um fundo de natureza contábil, vinculado ao Ministério da Fazenda, que tem como finalidade dar cobertura às garantias prestadas pela União nas operações de Seguro de Crédito à Exportação. Seguro de Crédito à Exportação, com Garantia da União SCE - Conforme disposto na Lei nº 11.281, de 20.02.2006, a União poderá, por intermédio do Ministério da Fazenda, conceder garantia da cobertura dos riscos comerciais e dos riscos políticos e extraordinários assumidos em virtude do Seguro de Crédito à Exportação SCE, e contratar instituição habilitada a operar o SCE para a execução de todos os serviços a ele relacionados, inclusive análise, acompanhamento, gestão das operações de prestação de garantia e de recuperação de créditos sinistrados. De acordo com a Portaria MF nº 416, de 16.12.2005, compete à Secretaria de Assuntos Internacionais SAIN, autorizar a garantia de cobertura do Seguro de Crédito à Exportação, ao amparo do FGE. Seguradora Crédito à Exportação SCE - Companhia privada constituída sob a forma de Sociedade anónima, com finalidade de actuar na área de Seguro de Crédito à Exportação, contratada pela União através de licitação, presta serviço de análise de risco das operações de médio e longo prazo, Página 9

caracterizadas por exportações financiadas com prazos de pagamentos superiores há 2 anos e, em geral, relacionadas a projectos envolvendo bens de capital, estudos e serviços ou contratos com características especiais. Legislação Básica Lei nº 11.281, de 20.02.2006 - Altera a Lei nº 6.704, de 26.10.79, e regula outras questões acerca do Seguro de Crédito à Exportação; Portaria MF nº 416, de 16.12.2005 - Delega competência ao Secretario de Assuntos Internacionais para autorizar a garantia de cobertura dos ricos comerciais e dos riscos políticos e extraordinários assumidos pela União; Decreto nº 4.993, de 18.02.2004 - Cria o Comité de Financiamento e Garantia das Exportações COFIG; Decreto nº 3.937, de 25.09.2001 - Regulamenta a Lei 6.704, de 26.10.1979, que dispõe sobre o Seguro de Crédito à Exportação; FGE; Lei nº 9.818, de 23.08.1999 - Cria o Fundo de Garantia à Exportação Resolução CMN nº 2.532, de 14.08.1998 - Dispõe sobre o Seguro de Crédito à Exportação contratado no país e permite a abertura e a movimentação de conta em moeda estrangeira para empresas autorizadas a operar no referido ramo de seguro; Lei nº 6.704, de 26.10.1979 - Dispõe sobre o Seguro de Crédito à Exportação. Página 10

Seguro de Caução O que é o Seguro de Caução? O Seguro de Caução incide na prestação de uma garantia por parte de um Tomador (entidade que contrata o seguro) a favor de um segurado (beneficiário do seguro) que poderá ser uma entidade pública ou privada. A caução a prestar poderá ser de adiantamento, reembolso do IVA, deferimento do IVA, aduaneira, empreitada, boa execução dos trabalhos na Construção Civil, entre outras. Página 11

Bibliografia Internet: http://www.coladaweb.com/admmaterial/bancario2.htm; http://www.cajaduero.pt/empresas/internacional/financiamentoexportacao.asp?co=1; http://www.fazenda.gov.br/sain/temas/exportacoes.asp; http://www.bndes.gov.br/sitebndes/bndes/bndes_pt/institucional/apoio _Financeiro/Linhas_Programas_e_Fundos/Prosoft/prosoft_exportacao_p os.html; http://www.jcseguros.pt/mostra_produto.php?pro_codigo=28&fam_codig o=3. Página 12