AHU, Alagoas Avulsos, Documento 170(Versão Adaptada) 1 Documento 170 Consulta do Conselho Ultramarino ao rei [D. José] sobre o requerimento do vigário da igreja de Alagoas, Bispado de Pernambuco, padre Veríssimo Rodrigues Rangel em que pede se lhe dê pela Fazenda Real quantia anual para poder ter canoa com remadores e um cavalo para poder com prontidão administrar os sacramentos. Anexo: Consulta e Decreto. AHU, Alagoas Avulsos, Cx. 2, Documento 170 [11 de agosto de 1759] [fl. 1] [sinal público, 2] Senhor Por decreto do primeiro do corrente mês, e ano, é Vossa Majestade servido, que vendose neste Conselho a consulta, que baixava [sic] inclusa da mesa da consciência e ordens, se o requerimento, que faz o Padre, Veríssimo Rodrigues Rangel, Vigário da Igreja das Alagoas, do Bispado de Pernambuco, afim de se lhe dar pela Real fazenda a porção anual de quarenta mil réis, para ter canoa com remeiro e um cavalo, para com prontidão administrar os sacramentos, com efeito lhe consulte que parecer. Para se satisfazer a este Real decreto, se deu da referida consulta vista ao Procurador da Fazenda, que disse se conformava como parecer do Provedor da Fazenda, e do antecessor dele dito Procurador da Fazenda. Ao Conselho parece o mesmo que ao Procurador da Fazenda, porque a todo o tempo, que este paroco mostrar removida a dúvida, que põem o Provedor da Fazenda de Pernambuco, na sua informação poderá ter lugar o aumento da sua Côngrua naquela quantia... [fl. 1v]... que parecer justo se lhe acrescente. Aos conselheiros, Francisco Hernandes de Assis Pacheco e Sampaio, e Diego Rangel de Almeyda Castelo Branco, parece que suposta a contradição das duas informações do Bispo, e Provedor da Fazenda de Pernambuco, se devia novamente mandar, que o mesmo Provedor informasse sobre esta matéria, declarando com toda a individuação a diferença, que faz o rendimento desta freguesia ao da freguesia de Santa Luzia da Lagoa do Norte, para que lhe possa deferir com pleno conhecimento da razão, e justiça desta súplica. Lisboa, 11 de agosto de 1759. Alexandre [?] Metello de Souza Martins. Antonio Francisco de Andrada. Diogo Rangel de Almeyda Castelo Branco. Antonio Lopes da Costa. Francisco Hernandes de Assis Pacheco Sampaio. [fl. 2, em branco]
AHU, Alagoas Avulsos, Documento 170(Versão Adaptada) 2 [fl. 3] 11 de agosto de 1759. Do Conselho Ultramarino. Satisfaze ao que Sua Majestade ordena somente se lhe consultar pelo mesmo Conselho o que parecesse a respeito do requerimento, que faz o Padre, Veríssimo Rodrigues Rangel, Vigário da Igreja das Alagoas, do Bispado de Pernambuco, afim de se lhe der pela Real Fazenda a porção anual de 40 mil réis, para ter canoa com remeiros e um cavalo, para com prontidão administrar os sacramentos, e vai a consultar que se acusa. [sinal público] Registrada a folha 190. [fl. 4] [sinal público, 2] Senhor Fez petição à Vossa Majestade neste Tribunal ao Padre, Veríssimo Rodrigues Rangel, Vigário da Igreja das Alagoas, do Bispado de Pernambuco, com que refaz [sic] que a dita Igreja por sua situação, é custosa de paroquiar, porque tendo por terra caminhos mais distantes, escabrosos, necessita passar em embarcação a caudolosa alagoa, que como pela mesma freguesia, cujas perigosas distâncias carecendo de brevidade na administração dos sacramentos, a não adonatiam [sic] por ser aquela Igreja de rendimentos mui tênue, e não poder o suplicante com a sua côngrua, ter prontos causa com remeiros para vadiar a alagoa, e corrê-lo [sic] para ir aos sítios remotos, sem os quais meios se não podia completamente acudir ao bem das almas, e porque Vossa Majestade costumava mandar contribuir aos Parocos do Ultramar, com uma ajuda de custo... [fl. 4v]... da sua Real fazenda, para terem prontos Canoa, e Cavalo pretendia, que Vossa Majestade lhe concedesse a graça de mandar lhe contribuir com 40 mil réis, que era o de que necessitava para subsistência dos referidos ministérios. Ordene-se ao Reverendo Bispo Coadjutor, e ao Provedor da Fazenda Real de Pernambuco, informassem com seus pareceres. Ao que satisfez o reverendo Bispo dizendo, que suposto ainda não tinha ido a esta freguesia, que distava de Olinda 60 léguas pelas informações que lhe davam, achava ser verdadeira a narrativa do suplicante, e que tinha esta freguesia 12 léguas de comprido e largo, situada ao poente de uma grande lagoa, que terá 3 lagoas de comprido e meia de largo, e que pelas margens da lagoa tinha bastante fregueses, e pela terra muito mais, espalhados por seu grande distrito, e para acudir a estes era preciso ter cavalo cuja precisão transcendia a quase todos os parocos daquele bispado, pois ao mais deles tinham largos distâncias nas suas freguesias, para cujo serviço lhe era necessário ter cavalo, como tinham, e para acudir aos que habitam as praias da lagoa, lhe era preciso usar da canoa, como [corroído]bos que tinham as freguesias com semelhante situação, e que a sua côngrua não era grande, e isto era o que...
AHU, Alagoas Avulsos, Documento 170(Versão Adaptada) 3 [fl. 5]... podia informar à Vossa Majestade, que definiria ao suplicante como a sua Real Grandeza, costumava quanto ao Provedor da Fazenda Real disse que Vossa Majestade no ano passado tinha feito mercê ao Vigário da Igreja de Santa Luzia do Lado do Norte, daquele Bispado de 40 mil réis anualmente para a despesa de um cavalo, e canoa com remeiros com que por mar, e terra pudesse assistir com a paz [?] espiritual a seus fregueses. Que a este exemplo pretendia o suplicante que Vossa Majestade lhe concedesse a mesma graça mandando-lhe contribuir com os mesmos 40 mil réis para a referida despesa, por informando-se, ele provedor, achará ser esta freguesia de menor extensão que aquela, e de maior rendimento por cuja causa lhe parecia não estar em necessidade tão urgente para que se por metesse a mesma graça. Dando-se vista ao Procurador da Fazenda da Repartição do Ultramar, respondeu que esta graça se tinha concedido a quase todos os parocos que a tinham pretendido, e que tinham fregueses tão contumes [corroído] este, o Procurador [corroído]va este requerimento, por não ser paróquia tão dilatada com [corroído] [corroído] por ser o maior rendimento do que se supunha e como o Bispo não tinha conhecimento próprio de sua freguesia, não havia [corroído] servia de... [sinal público, à margem esquerda] [fl. 5v]... do que o Provedor dizia, a nestes termos se não devia diferir principalmente atendendo-se aos povos rendimentos da Provedoria de Pernambuco, ao menos enquanto senão faz certo o rendimento e a extensão desta Igreja, sobre o que não havia inteira certeza. E dando-se vista ao Procurador Geral das Ordens, respondeu que não tão bem por hora lhe parecia mesmo, que ao Procurador da Fazenda, o que visto, parece a mesa, que visto a extensão desta freguesia, e lagoa, que a atravessa, que consta da informação do Bispo, e perigo dos paroquianos na falta dos sacramentos, se sirva Vossa Majestade mandar dar a este pároco, os 40 mil réis que requer, constando ter efetivamente a canoa, e cavalo na forma que se tem praticado com outros muitos Vigários do Ultramar. Lisboa, 26 de novembro de 1757 anos. Pedro [?] Marques Valença. José Ferreira de Mota. Joseph Simões Barbosa de Araújo. Manoel da Costa Matoso. Antonio [?] [corroído]. Manoel Ferreira Lima. [corroído] de [corroído] Pedro de Mendonça.
AHU, Alagoas Avulsos, Documento 170(Versão Adaptada) 4 Corte Real. [fls. 6 6v, em branco] [fl. 7] 26 de novembro de 1737. Da mesa da consciência e ordens. Sobre o requerimento que fez o Padre, Veríssimo Rodrigues Rangel, Vigário da Igreja das Alagoas, Bispado de Pernambuco, para efeito de se lhe ter pela Real Fazenda a porção anual de 40 mil Reis para ter canoa com remeiros, e um cavalo, para com prontidão administrar os sacramentos. [sinal público] [fl. 8] Vendo-se no Conselho Ultramarino a consulta inclusa da mesa da consciência e ordens, sobre o requerimento, que faz o Padre, Veríssimo Rodrigues Rangel, Vigário da Igreja das Alagoas, Bispado de Pernambuco, afim de se lhe dar pela Real Fazenda, a porção anual de 40 mil réis, para ter canoa com remeiros, e um cavalo, para com prontidão administrar os Sacramentos, com efeito se consulte o que parecer Belém ao primeiro de agosto de 1759. Rei. Registrada a folha 119. Despacho abaixo: Haja vista o Procurador da Fazenda. Lisboa e agosto, 6 de 1759. [rubricas, 5] [rubrica] E informe me com o parecer do Provedor da Fazenda e do meu antecessor. [fl. 8v] Ao Conselho parece o mesmo que ao Procurador da Fazenda porque a todo o tempo que este paroco mostrar removida a dúvida que põem o Provedor da Fazenda de Pernambuco na sua informação, poderá ter lugar o aumento da sua côngrua naquela quantia que parecer justo se lhe acrescente.
AHU, Alagoas Avulsos, Documento 170(Versão Adaptada) 5 Aos Conselheiros: Rangel, o paroco parece que suposta a contradição das duas informações do Bispo e Provedor da Fazenda de Pernambuco de ora [?] novamente mandar ao mesmo provedor informasse, [corroído] esta matéria declaravam com toda a duvidação [sic] a diferença que faz o rendimento desta freguesia ao da freguesia de Santa Luzia da Lagoa do Norte, porque se lhe possa deferir com pleno conhecimento da razão e justifica desta suplica. Lisboa, 11 de 1759. [rubricas, 7] [fls. 9 9v, em branco] [fl. 10] 1759. Satisfaça ao que Sua Majestade ordena somente se lhe consultar pelo mesmo conselho o que parecesse a respeito do requerimento que faz o Padre, Veríssimo Rodrigues Rangel, Vigário da Igreja das Alagoas do Bispado de Pernambuco, afim de se lhe dar pela Real Fazenda a porção anual de 40 mil réis para poder ter canoa com remeiros e um cavalo para com prontidão administrar os Sacramentos. A consultada da mesa da consciência. Consultada sobre [?]. Remetida. Transcrição: Jacqueline dos Santos Castro Adaptação: Alex Rolim Machado Data: 06/02/2010