Exmo(a). Senhor(a) Doutor(a) Juiz de Direito da 1ª Secção de Comércio da Instância Central de Guimarães J3 Processo 1563/16.4T8GMR V/Referência: Data: Nuno Rodolfo da Nova Oliveira da Silva, Economista com escritório na Quinta do Agrelo, Rua do Agrelo, nº 236, Castelões, em Vila Nova de Famalicão, contribuinte nº 206 013 876, Administrador da Insolvência nomeado no processo à margem identificado, vem requerer a junção aos autos do relatório a que se refere o artigo 155º do C.I.R.E., bem como o respectivo anexo (inventário). Mais informo que não foi elaborada a lista provisória de créditos prevista no artigo 154º do CIRE, uma vez que vai ser junto aos autos a relação de credores a que alude o artigo 129º do CIRE. P.E.D. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 3 de agosto de 2016 Página 1 de 1
Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Processo nº 1563/16.4T8GMR da Instância Central de Guimarães 1ª Secção de Comércio J3 I Identificação do Devedor Manuel Luis Fernandez Gonzalez, N.I.F. 184 749 034, casado, residente em Calle Carlos Colmeiro Laforet, nº 10-5º A, 36203 Vigo, em Espanha. II Situação profissional e familiar do devedor O devedor é casado e reside em Espanha, onde tem centralizados os seus interesses profissionais. III Actividade do devedor nos últimos três anos e os seus estabelecimentos (alínea c) do nº 1 do artigo 24º do C.I.R.E.) O devedor desempenhou funções das sociedades infra identificadas, tendo prestado o seu aval em diversas operações bancárias realizadas pelas mesmas, constituindo-se assim como garante do pagamento das mesmas. O devedor é sócio e desempenhou a função de gerente 1 da sociedade Inoxtai Indústria de Cutelarias, Lda., com o N.I.P.C. 503 586 595, empresa que tem como objecto social o fabrico e comércio de artigos de cutelarias e similares, o que coincide com a maioria das sociedades onde desempenhou funções. Para além desta empresa, o devedor ocupou ainda a posição de presidente do conselho de administração da sociedade Dalper Cutelaria e Produtos de Mesa, S.A., sociedade anónima com o N.I.P.C. 500 577 498, perante o qual renunciou em 6 de Agosto de 2015, e da sociedade Reinales, SGPS, S.A. 2, sociedade anónima com o N.I.P.C. 507 993 845, tendo dado conhecimento á sociedade, da cessação de funções por renúncia nesta mesma data. Par além das funções desempenhadas nestas sociedades, o devedor foi ainda gerente da sociedade Ruzamica Cerâmica de Arte e Design, Lda., N.I.P.C. 502 349 824, declarada 1 Renunciou à gerência em 22 de Fevereiro de 2016. 2 Esta sociedade tem como objecto social o legalmente consentido às sociedades Gestoras de Participações Sociais nomeadamente a gestão de participações noutras sociedades como forma indirecta do exercício de actividades económicas e a prestação de serviços técnicos de administração e gestão Página 1 de 3
Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Processo nº 1563/16.4T8GMR da Instância Central de Guimarães 1ª Secção de Comércio J3 insolvente no âmbito do Processo nº 432/14.7T8VNF 3, por sentença de 2 de Outubro de 2014, bem como da sociedade António da Silva, Lda., N.I.C.P. 501 308 440, da qual foi também sócio, e perante a qual corre o processo de insolvência nº 1896/14.4TBGMR 4. Por todos os avais prestados em diversas operações bancárias realizadas pelas referidas sociedades e perante a posição ocupada, o devedor assume-se como subsidiaria e solidariamente responsável por um passivo que ascende a quase CINCO MILHÕES DE EUROS. Na qualidade de legal representante da sociedade António da Silva, Lda. viu ainda o devedor contra si revertida a dívida que esta sociedade foi acumulando junto da Segurança Social. Pelo facto de não lhe ser possível cumprir as obrigações assumidas, foi o insolvente demandado judicialmente perante diversas acções de carácter executivo 5. Apesar do passivo acumulado, o devedor não se apresentou à insolvência, tendo esta sido requerida pelo Banco BPI, S.A., Sociedade Aberta, no seguimento do incumprimento de contracto de mútuo outorgado pela sociedade António da Silva, Lda., em que o devedor se constituiu avalista. IV Estado da contabilidade do devedor (alínea b) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) Não aplicável. V Perspectivas futuras (alínea c) do nº 1 do artigo 155º do C.I.R.E.) O devedor apresentou o pedido de exoneração do passivo restante, nos termos do artigo 235º e seguintes do Código da Insolvência e da Recuperação de Empresas. 3 Que corre termos na Instância Central de Vila Nova de Famalicão, 2ª Secção de Comércio, J1. 4 Que corre termos na Instância Central de Guimarães, Secção Cível - J3. Perante esta sociedade já se havia verificado, no âmbito do processo nº 1017/13.0TBGMR a homologação de um plano especial de revitalização. 5 Processo de execução judicial nº 3884/13.9TBGMR que correu termos na Comarca de Braga Instância Central de Guimarães 1ª Secção de Execução J2 e foi extinto em 14 de Abril de 2015 por inexistência de bens; Processo de execução fiscal nº 0301201500138681 que corre junto da Segurança Social. Página 2 de 3
Relatório (artigo 155º do C.I.R.E.) Processo nº 1563/16.4T8GMR da Instância Central de Guimarães 1ª Secção de Comércio J3 Estamos perante um processo particular de insolvência, que se encontra regulado no artigo 294º e seguintes dos CIRE, pelo facto do devedor não ter em Portugal o seu domicílio nem o centro dos principais interesses, estando também preenchido o pressuposto previsto no nº 2 do referido artigo 294º. A especificidade deste regime determina, na alínea c) do artigo 295º do CIRE, que não são aplicáveis as disposições sobre a exoneração do passivo restante. Assim sendo, o pedido formulado pelo devedor, quanto à exoneração do passivo restante, não pode ser aceite por manifesta impossibilidade legal. Os credores deverão, contudo, deliberar pela liquidação do activo do devedor constante do inventário elaborado nos termos do artigo 153º do CIRE, por se tratar de um bem situado em território português 6. Castelões, 3 de Agosto de 2016 O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) 6 Nos termos do nº 1 do artigo 294º do CIRE, o processo de insolvência abrange apenas os bens do devedor situados em território português. Página 3 de 3
Processo nº 1563/16.4T8GMR da 1ª Secção de Comércio (J3) da Instância Central de Guimarães (Artigo 153ºdo C.I.R.E.)
Processo nº 1563/16.4T8GMR da Comarca do Braga - Instância Central de Guimarães 1ª Secção de Comércio J3 Inventário (artigo 153º do Código da Insolvência e da Recuperação das Empresas) Relação dos bens e direitos passíveis de serem apreendidos a favor da massa insolvente: Verba Tipo Localização Descrição da Verba Valor 1 Bem móvel Rua Parque Industrial de Guimarães, freguesia de Ponte, concelho de Guimarães. Quota no valor nominal de Euros 76.017,04 na sociedade Inoxtai Indústria de Cutelarias, Lda., sociedade por quotas, com o NIPC 503 586 595, com um capital social de Euros 1.718.471,47 e sede social no Rua Parque Industrial de Guimarães, freguesia de Ponte, concelho de Guimarães. 2 Bem móvel Lugar da Nora, freguesia de Candoso São Tiago e Mascotelos, concelho de Guimarães. Quota no valor nominal de Euros 1.150.000,00 na sociedade António da Silva, Lda., sociedade por quotas identificada com o NIPC 501 308 440, com um capital social de Euros 2.300.000,00 e sede social no Lugar da Nora, freguesia de Candoso São Tiago e Mascotelos, concelho de Guimarães. a) a) Esta sociedade foi declarada insolvente no âmbito do Processo nº 1896/14.4TBGMR. O Administrador da Insolvência (Nuno Oliveira da Silva) Castelões, 3 de Agosto de 2016 Página 1 de 1 do Inventário