ISRAEL E SÍRIA: DO ATAQUE AÉREO DE 2007 A UM ACORDO DE PAZ EM 2008?



Documentos relacionados
EGIPTO. DA PRIMAVERA ÁRABE PARA A PRIMAVERA ISLÂMICA

IRAQUE: UM ATOLEIRO DE PROBLEMAS

A ESTRATÉGIA DO HEZBOLLAH NA GUERRA CONTRA ISRAEL

ORIENTE MÉDIO: A IMPOTÊNCIA DA ONU E A INDIFERENÇA NORTE-AMERICANA

LÍBANO. AS SAÍDAS DA CRISE

A INSENSATEZ DOS SEM-LIMITES (OU A AUSÊNCIA DELIMITES NA ACÇÃO DOS INSENSATOS)

A HEGEMONIA NORTE-AMERICANA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO

COREIA DO NORTE, DE NOVO NO NEGÓCIO DE OBTENÇÃO DE AJUDAS

A DEMOCRACIA E A GUERRA AO TERROR NO M ÉDIO ORIENTE[1]

O PAPEL DO DIREITO INTERNACIONAL NA GUERRA ENTRE ISRAEL E O HAMAS: INTER ARMAS SILENT

EGIPTO. O QUE ESTÁ À VISTA? MUDANÇA DE LIDERANÇA OU DE REGIME? (ACTUALIZAÇÃO 1)

AFRICOM, UM OLHAR MAIS ABRANGENTE SOBRE ÁFRICA

A CHINA E A GLOBALIZAÇÃO DO M UNDO

A POLÍTICA EXTERNA DE DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS

CONFLITO EM GAZA: ENTENDA A GUERRA ENTRE ISRAEL E OS PALESTINOS

PAQUISTÃO: NOVO MOTIVO DE INQUIETAÇÃO

O HAMAS NO PODER 2006/04/06. Alexandre Reis Rodrigues

A IMAGEM DUALISTA SOBRE OS ESTADOS UNIDOS

SEMINÁRIO 'AS NOVAS FRONTEIRAS E A EUROPA DO FUTURO' ( ) Braga

EGIPTO. O QUE ESTÁ À VISTA? MUDANÇA DE LIDERANÇA OU DE REGIME? (ACTUALIZAÇÃO 4)

Fórum Social Mundial Memória FSM memoriafsm.org

Conferência. Os Estados Unidos e a Ordem Internacional. 30 Setembro a 01 Outubro Auditório da FLAD, Lisboa

2- Está prevista formação para os avaliadores externos?

ESTADOS UNIDOS versus ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS: UMA RELAÇÃO DE FORÇA, PODER E INTERESSE

OBAMA E O TESTE DAS HONDURAS. 1. Em quatro escassos meses, Barack Obama tem estado a

Presidência da República Casa Civil Secretaria de Administração Diretoria de Gestão de Pessoas Coordenação Geral de Documentação e Informação

GRUPO IV 2 o BIMESTRE PROVA A

PALESTINA, O ESTADO 194º DAS NAÇÕES UNIDAS?

Pimenta no olho, e nada de reajuste salarial

Junto se enviam, à atenção das delegações, as conclusões adotadas pelo Conselho Europeu na reunião em epígrafe.

1896 Surgimento do movimento sionista Em 1896, o jornalista judeu Theodor Herzl, autor do livro "O Estado Judeu", criou o movimento sionista.

Frente contra as guerras e intervenções imperialistas

QUEM VAI SER O VENCEDOR DO CONFLITO DE GAZA

Professora Erlani. Capítulo 3 Apostila 4

INQ Já alguma vez se sentiu discriminado por ser filho de pais portugueses?

Para Refletir... De onde vem essa tal Educação Ambiental?

Kosovo declara independência da Sérvia

Elaboração e aplicação de questionários

Jefté era de Mizpá, em Gileade, terra de Jó e Elias. Seu nome (hebraico/aramaico - יפתח Yiftach / Yipthaχ). Foi um dos Juízes de

Recenseamento Geral da População e Habitação 2014

RELATÓRIO GLOBAL DE ESCOLA DO QUESTIONÁRIO ESTUDANTES À SAÍDA DO SECUNDÁRIO 2012/13 I - CARACTERIZAÇÃO DOS ESTUDANTES À SAÍDA DO SECUNDÁRIO

O BRASIL NO MUNDO PÓS-CRISE #

Imigração: problema ou solução?

Brasil planeja envio de soldados para Força da ONU no Líbano

ATUALIDADES. Top Atualidades Semanal DESTAQUE PROFESSOR MARCOS JOSÉ. EUA acusam Rússia de escalar crise na Síria SEMANA 29 SETEMBRO A 05 DE OUTUBRO

Em resumo: Geopolítica é o estudo das relações entre os Estados na disputa pelo controle do poder e a capacidade de exercê-lo sobre os demais países.

1) a) Caracterize a Nova Ordem Econômica Mundial;

Educação Patrimonial Centro de Memória

Terra de Gigantes 1 APRESENTAÇÃO

30/04/2009. Entrevista do Presidente da República

O caso da Lisnave 08-Mai-2010

5 Dicas Testadas para Você Produzir Mais na Era da Internet

Região de conflitos 1) Irã x Iraque: 2) Guerra do Golfo ou Iraque x Kuwait 3) Guerra no Afeganistão: 4) Guerra no Iraque ou Iraque x EUA:

O MISTERIOSO RAID ISRAELITA

PROVA MENSAL 2 BIMESTRE

5 DICAS DE GESTÃO EM TEMPOS DE CRISE. Um guia prático com 5 dicas primordiais de como ser um bom gestor durante um período de crise.

Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas 10 de Junho de 2010

"Brasil é um tipo de país menos centrado nos EUA"

AS CONTRIBUIÇÕES DAS VÍDEO AULAS NA FORMAÇÃO DO EDUCANDO.

Processo n.º 365/2015 Data do acórdão:

Análise: Desemprego Jovem e medidas de apoio IEFP. Análise: Desemprego Jovem e Medidas de Apoio IEFP

Geografia. Questão 1. Questão 2. Avaliação: Aluno: Data: Ano: Turma: Professor:

Violência aumenta no Afeganistão. Resenha Segurança / Desenvolvimento

Há cabo-verdianos a participar na vida política portuguesa - Nuno Sarmento Morais, ex-ministro da Presidência de Portugal

O tempo da guerra fria

Senhor Presidente da Assembleia Senhoras e senhores Deputados Senhoras e senhores membros do Governo

Tema: Salvaguardas ao Irã

Entrevista coletiva concedida pelo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, por ocasião da visita à Comunidade Linha Caravaggio

PASSADO, PRESENTE E FUTURO DAS DIVISÕES DE BASE NO FUTEBOL DO BRASIL JANEIRO DE

As crianças adotadas e os atos anti-sociais: uma possibilidade de voltar a confiar na vida em família 1

UNASUL convida Guiana para integrar-se ao Conselho de Defesa*

LIBERDADE DE EXPRESSÃO

A última relação sexual

'yaabaaronaldo Tedesco'; 'Paulo Brandão'; ''Silvio Sinedino' Assunto:

Uma Primavera dos Povos Árabes?

CENTRO HISTÓRICO EMBRAER. Entrevista: Eustáquio Pereira de Oliveira. São José dos Campos SP. Abril de 2011

UMA NOVA GUERRA FRIA?

Lógicas de Supervisão Pedagógica em Contexto de Avaliação de Desempenho Docente. ENTREVISTA - Professor Avaliado - E 5

O JOGO COMO INSTRUMENTO FACILITADOR NO ENSINO DA MATEMÁTICA

Cuba rejeita categoricamente qualquer tentativa de explorar a situação dramática criada para ocupar o país e controlar o petróleo.

Discurso do Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante cerimônia de assinatura de atos e declaração à imprensa

NERSANT Torres Novas. Apresentação e assinatura do contrato e-pme. Tópicos de intervenção

1.000 Receitas e Dicas Para Facilitar a Sua Vida

O mundo árabe-muçulmano após a Primavera. Prof. Alan Carlos Ghedini

Diversidade nas ondas: um estudo de caso sobre a rádio comunitária Diversidade 1

CURSO História. Só abra este caderno quando o fiscal autorizar. Leia atentamente as instruções abaixo.

As decisões intermédias na jurisprudência constitucional portuguesa

MESOPOTÂMIA ORIENTE MÉDIO FENÍCIA ISRAEL EGITO PÉRSIA. ORIENTE MÉDIO origem das primeiras civilizações

GRUPO PARLAMENTAR ASSEMBLEIA LEGISLATIVA REGIONAL DOS AÇORES VII Legislatura

A unificação monetária européia

REPÚBLICA DE ANGOLA ASSEMBLEIA NACIONAL

ipea políticas sociais acompanhamento e análise 7 ago GASTOS SOCIAIS: FOCALIZAR VERSUS UNIVERSALIZAR José Márcio Camargo*

FILOSOFIA SEM FILÓSOFOS: ANÁLISE DE CONCEITOS COMO MÉTODO E CONTEÚDO PARA O ENSINO MÉDIO 1. Introdução. Daniel+Durante+Pereira+Alves+

Jornalista: O senhor se arrepende de ter dito que crise chegaria ao Brasil como uma marolinha?

Para se tornar um FRANQUEADO.

Recursos para Estudo / Atividades

DINÂMICA LOCAL INTERATIVA INTERATIVIDADE FINAL CONTEÚDO E HABILIDADES GEOGRAFIA AULA. Conteúdo: Áreas de Tensão no Mundo

Transcrição:

2008/05/04 ISRAEL E SÍRIA: DO ATAQUE AÉREO DE 2007 A UM ACORDO DE PAZ EM 2008? Quando a 6 de Setembro de 2007, os israelitas bombardearam uma infraestrutura no norte da Síria, perto da fronteira com a Turquia, não foi dada qualquer informação sobre o tipo de alvo que tinha sido atingido; a hipótese de que se trataria de uma instalação nuclear era apenas uma entre várias e nem sequer a mais plausível. Era considerado improvável que a Coreia do Norte estivesse a dar ajuda nuclear à Síria, o que comprometeria o Acordo alcançado no âmbito do Grupo dos Seis, através do qual já tinha começado a receber ajuda; também não era de esperar que a Síria fosse construir uma instalação nuclear tão próximo da fronteira turca, obviamente sem o seu conhecimento e muito menos assentimento. Aliás, a Síria nunca fora referida como podendo estar a enveredar por uma aposta no nuclear, sabendo-se de antemão que isso dificilmente escaparia a Israel e que o mais provável destino das instalações construídas não iria ser diferente daquele que teve o reactor nuclear de Saddam em Osirak, bombardeado pelos israelitas em 1981. Embora a Síria o negue, sabemos hoje que afinal era mesmo um reactor nuclear que estava em construção; o curioso é que a revelação não veio dos autores do ataque, os israelitas; veio dos EUA que resolveram tornar públicas as evidências que tinham na sua posse, não só em imagens que os seus satélites recolheram como em fotografias e vídeos do interior das instalações que Israel tinha na sua posse desde 2002! Porquê os EUA e não os israelitas, tendo estes últimos mostrado algum desconforto com a revelação? Quais os intuitos dos EUA e as razões de reserva de Israel? Resolveu-se o mistério do tipo de instalações que tinham sido atacadas mas abriu-se outro, talvez mais interessante: o dos sinais de uma possível divergência estratégica entre os EUA e Israel sobre o relacionamento com a Síria, cujos exactos contornos não é ainda possível conhecer. O assunto está ligado, muito provavelmente, com a recente iniciativa de Israel e a Síria retomarem conversações tendo em vista a possível assinatura de um acordo de paz; o processo está em curso, é público (reconhecido pelas duas partes ao mais alto nível), e poderá estar mesmo a entrar na fase crítica. Para os EUA, que têm uma visão muito crítica da postura da Síria e receiam impactos negativos desta situação nas conversações em curso com o Irão sobre o futuro do Iraque, este desenvolvimento não veio em boa altura; talvez tenham, por isso, pensado que a revelação do sucedido em Setembro de 2007, poderia travar o processo ou pelo menos dar-lhes a possibilidade de o controlar. Anteriores tentativas de conversações, no tempo de Ariel Sharon como primeiroministro de Israel, tinham também sido desencorajadas pela administração Bush. As últimas notícias vindas a público davam os EUA a examinarem os termos do acordo em preparação! Compreende-se que tenham um interesse directo e imediato. Se o acordo for para a frente, então aos EUA põe-se o problema de rever, pelo menos parcialmente, a sua política de distanciamento da Síria, até agora muito assente na sua caracterização como um país que apoia organizações terroristas (apoia o Hezbollah e o Hamas, acolhe dirigentes palestinianos e tem um relacionamento estreito com Muqtada al Sadr), que é aliado do Irão, que tem desestabilizado o Líbano e que é em grande parte responsável pela insurreição no Iraque, permitindo a entrada de militantes radicais islâmicos através da sua fronteira. Para Israel, porém, a Síria não constitui em si própria uma ameaça séria; poderia constituir em conjugação com o Egipto, mas essa possibilidade deixou de se pôr depois de este ter assinado um acordo de paz com Israel. Os Montes Golã já não têm a importância militar que tinham em 1967, na altura em que foram anexados por Israel; a continuação da ocupação pode ser negociada porque as capacidades do armamento na posse de Israel tiraram a essa posição o valor estratégico que tinham anteriormente; o problema remanescente nessa área é outro - o do acesso ao mar da Galileia, uma fonte importante de abastecimento de água. Finalmente, Israel está satisfeito com a manutenção do poder na Síria nas mãos dos Assads; a alternativa provável seria uma liderança de radicais sunitas, previsivelmente muito mais complicada.

Pelas razões apontadas, hoje, o problema que a Síria representa para Israel tem essencialmente a ver com a influência que esta tem no Líbano, como base do Hezbollah. Israel não tem uma boa memória da guerra penosa que travou no sul do Líbano no Verão de 2006. dessa intervenção; nem sequer da ocupação anterior que manteve na área entre 1982 e 2002, que considera não ter tido uma relação custo/eficácia minimamente razoável. Olmert olha para a Síria como a possibilidade de resolver esse problema de segurança mas para isso tem que arranjar forma de conciliar os interesses israelitas com os da Síria no Líbano, que são fundamentalmente económicos. Israel avalia a retirada da Síria no Líbano, imposta pelos EUA, como a origem da acentuação da instabilidade em que o Líbano passou desde aí a viver. Os EUA quiseram castigar a Síria pelo apoio à insurreição no Iraque mas terão esquecido que isso iria pôr em causa omodus vivendi entretanto estabelecido entre a Síria e Israel, em que este deixou à Síria um campo económico livre com a contrapartida de esta assegurar o controlo do Hezbollah. A estabilidade que, nesse contexto, a Síria impôs no Líbano acabou por ser benéfica para os negócios e até ao assassinato do antigo primeiro-ministro libanês Rafik Hariri, que levou à imposição da saída das tropas sírias, houve um período de prosperidade; por algum tempo Israel também não teve problemas com o Hezbollah. É a essa situação que os dois países, cada qual com a sua motivação, querem regressar, muito encorajados por Ankara e com o apoio da França e da Arábia Saudita, ambos com interesses económicos grandes no Líbano. Não obstante esta convergência de interesses, vai ser extremamente difícil implementar o acordo; tão difícil que muitos nem acreditam que seja possível. As dúvidas começam logo a levantar-se do lado de Israel, na avaliação de que Olmert não tem uma base política suficientemente forte para impor a aceitação do Acordo à oposição. A posição que os EUA vierem a assumir será também decisiva. No outro lado, a tarefa da Síria é quase impossível; vai ter que conciliar o reassumir do controlo do Hezbollah, o que pode implicar o fazer rolar de algumas cabeças importantes do movimento, com a manutenção de um relacionamento que tenha em conta as afinidades religiosas existentes e sobretudo os interesses económicos comuns, dada a interligação estreita da organização com a vida económica no Líbano. A Síria quer voltar ao Líbano porque é aí que joga um dos seus interesses geopolíticos mais vitais: o do acesso ao Mediterrâneo. Israel parece disposto a apoiar esse movimento sob a contrapartida de um controlo estreito sobre o Hezbollah, um desfecho que para o movimento será muito difícil aceitar e que contraria os interesses do Irão. Resta também saber se os EUA alterarão a sua postura em relação à Síria, reconhecendo-a como uma das chaves imprescindíveis do processo de paz no Médio Oriente e do problema no Iraque. 115 TEXTOS RELACIONADOS: 2012/08/26 EGIPTO. DA PRIMAVERA ÁRABE PARA A PRIMAVERA ISLÂMICA 2012/07/02 UM GOVERNO DE TRANSIÇÃO PARA A SÍRIA? 2012/06/12 INTERVIR MILITARMENTE NA SÍRIA? 2012/05/31 A ENCRUZILHADA EGÍPCIA 2012/02/20 O QUE PODE SALVAR ASSAD NO CURTO PRAZO 2011/12/21 A TURQUIA E A ARÁBIA SAUDITA PERANTE A CRISE SÍRIA 2011/12/07

AFRICOM, UM OLHAR MAIS ABRANGENTE SOBRE ÁFRICA Pedro Barge Cunha[1] 2011/11/16 QUE DEVE SER FEITO EM RELAÇÃO AO IRÃO? 2011/09/23 PALESTINA, O ESTADO 194º DAS NAÇÕES UNIDAS? 2011/09/10 O 11 DE SETEMBRO DEZ ANOS DEPOIS. UM BALANÇO 2011/08/22 A LÍBIA PÓS KADHAFI 2011/08/15 A QUESTÃO SÍRIA 2011/07/07 A RETIRADA AMERICANA DO AFEGANISTÃO 2011/05/29 O DISCURSO DE OBAMA E O M ÉDIO ORIENTE 2011/04/16 A INTERVENÇÃO DA NATO NA LÍBIA. FICÇÃO? 2011/04/11 A CRISE LÍBIA. ONDE ESTÁ A UE? 2011/03/18 «TODAS AS MEDIDAS NECESSÁRIAS» 2011/03/17 A DEMOCRACIA E A GUERRA AO TERROR NO M ÉDIO ORIENTE[1] 2011/03/10 QUE DEVE SER DECIDIDO HOJE EM BRUXELAS SOBRE O LÍBIA? UMA ZONA DE EXCLUSÃO DE VOO? 2011/02/15 EGIPTO. O QUE ESTÁ À VISTA? MUDANÇA DE LIDERANÇA OU DE REGIME? (ACTUALIZAÇÃO 4) 2011/02/10 EGIPTO. O QUE ESTÁ À VISTA? MUDANÇA DE LIDERANÇA OU DE REGIME? (ACTUALIZAÇÃO 3) 2011/02/07 O QUE É E O QUE VAI FAZER A IRMANDADE M UÇULMANA NO EGIPTO? 2011/02/04 EGIPTO. O QUE ESTÁ À VISTA? MUDANÇA DE LIDERANÇA OU DE REGIME? (ACTUALIZAÇÃO 2) 2011/02/01

EGIPTO. O QUE ESTÁ À VISTA? MUDANÇA DE LIDERANÇA OU DE REGIME? (ACTUALIZAÇÃO 1) 2011/01/31 EGIPTO. O QUE ESTÁ À VISTA? M UDANÇA DE LIDERANÇA OU DE REGIME? 2011/01/20 QUE FAZER COM O IRÃO? 2010/07/09 A INTERVENÇÃO MILITAR DA OTAN NA JUGOSLÁVIA[1] Carlos Ruiz Ferreira[2] (Brasil) 2010/06/09 A INSENSATEZ DOS SEM-LIMITES (OU A AUSÊNCIA DELIMITES NA ACÇÃO DOS INSENSATOS) Vânia L. Cintra (Brasil) 2010/06/03 ISRAEL E A FROTA DA LIBERDADE 2010/01/17 IÉMEN, A MARGEM DE MANOBRA PARA INTERVENÇÃO EXTERNA 2010/01/08 IÉMEN, NOVA FRENTE CONTRA O TERRORISMO? 2009/08/16 OS EUA E AS RELAÇÕES RUSSO-IRANIANAS 2009/08/01 IRÃO, UMA CRISE NÃO RESOLVIDA 2009/07/15 A CIMEIRA EUA/RÚSSIA 2009/06/09 AS HIPÓTESES DE NEGOCIAR COM A COREIA DO NORTE 2009/03/08 O QUE PODE MUDAR NA POLÍTICA DE DEFESA AMERICANA 2009/02/17 GAZA E AS ELEIÇÕES EM ISRAEL 2009/02/01 QUO VADIS NATO? OS GRANDES REPTOS PARA A ALIANÇA Luís Falcão [1] 2009/01/22 A POLÍTICA EXTERNA DE DOIS PESOS E DUAS MEDIDAS Marcelo Rech[1] (Brasil) 2009/01/17 O PAPEL DO DIREITO INTERNACIONAL NA GUERRA ENTRE ISRAEL E O HAMAS: INTER ARMAS SILENT LEGES? Tatiana Waisberg[1] (Brasil)

2009/01/16 QUEM VAI SER O VENCEDOR DO CONFLITO DE GAZA 2009/01/03 OS CONFLITOS DE GAZA E DA ÍNDIA/PAQUISTÃO. UMA MÁ MANEIRA DE COMEÇAR 2009. 2008/12/19 A HEGEMONIA NORTE-AMERICANA NO MUNDO CONTEMPORÂNEO Marcelo Rech[1] (Brasil) 2008/12/03 A EUFORIA NA ANGÚSTIA DO IMPÉRIO EM TRANSIÇÃO Tiago Fernandes Maurício 2008/12/01 O PRESIDENTE OBAMA 2008/11/25 IRAQUE, DEPOIS DAS ELEIÇÕES AMERICANAS 2008/11/14 EUA. O QUE SE PODE ESPERAR DE OBAMA 2008/10/24 RÚSSIA - A DOUTRINA MEDVEDEV 2008/07/20 O IMPASSE IRANIANO 2008/07/16 SEGURANÇA E DEFESA NA ÁREA MEDITERRÂNEA[1](I PARTE) Victor Mota[2] 2008/07/08 A COREIA DO NORTE UMA BAIXA NO EIXO DO M AL? 2008/06/16 A CHINA E A GLOBALIZAÇÃO DO M UNDO 2008/05/19 OS VIZINHOS DO IRAQUE E A RETIRADA AMERICANA 2008/05/14 A NOVA RÚSSIA 2008/04/15 O IRAQUE UM BECO SEM SAÍDA? 2008/04/14 A IMAGEM DUALISTA SOBRE OS ESTADOS UNIDOS Gilberto Barros Lima[1] (Brasil) 2008/03/25 O QUE SERÁ A RÚSSIA DE M EDVEDEV?

2008/03/21 O DISCURSO DE ANGELA MERKEL: A VERGONHA INESQUECÍVEL Gilberto Barros Lima[1] (Brasil) 2008/02/26 PAQUISTÃO: NOVO MOTIVO DE INQUIETAÇÃO 2008/02/23 A IMPORTÂNCIA GEOESTRATÉGICA DO AFRICOM PARA OS EUA EM ÁFRICA Luís Brás Bernardino[1] 2008/02/07 IRAQUE: UM ATOLEIRO DE PROBLEMAS Marcelo Rech[1] 2008/01/14 OS INTERESSES DOS ESTADOS UNIDOS NA ÁSIA CENTRAL Daniela Siqueira Gomes [1] 2008/01/11 A BOMBA PAQUISTANESA 2007/12/06 UMA NOVA OPORTUNIDADE PARA O IRAQUE E PARA O IRÃO 2007/11/27 A CONFERÊNCIA DE ANNAPOLIS 2007/11/05 AS AMBIÇÕES ESTRATÉGICAS DA TURQUIA E O PKK 2007/10/04 A RÚSSIA PÓS PUTIN 2007/10/02 OS PORTUGUESES NOS ESTADOS UNIDOS DA AMÉRICA O DIAMANTE ESQUECIDO DA POLÍTICA EXTERNA PORTUGUESA[1] Nuno Manalvo[2] 2007/09/27 O MISTERIOSO RAID ISRAELITA (II) 2007/09/22 O MISTERIOSO RAID ISRAELITA 2007/09/17 AFEGANISTÃO FORA DE CONTROLE Marcelo Rech[1] 2007/09/07 A «RETIRADA» AMERICANA DO IRAQUE 2007/08/29 O VAZIO DE PODER NO IRAQUE 2007/08/14 PODERÁ O IRÃO SER UMA POTÊNCIA REGIONAL?

2007/08/09 IRAQUE. O MAL MENOR 2007/07/26 DE UMA FORMA OU DE OUTRA 2007/07/11 A CIMEIRA DA LAGOSTA E O ESCUDO DE PROTECÇÃO ANTIMÍSSIL 2007/06/13 HÁ SOLUÇÃO PARA O IRAQUE? 2007/05/01 AS RELAÇÕES RUSSO-AMERICANAS 2007/03/21 SOPRAM MAUS VENTOS NO IRÃO 2007/03/07 O LÍBANO ENTIDADE SINGULAR Manuel Martins Guerreiro 2007/02/20 UMA PARCERIA COM A RÚSSIA. É POSSÍVEL PARA O CURTO PRAZO? 2007/02/14 A VELHA NOVA ESTRATÉGIA DOS ESTADOS UNIDOS NO IRAQUE Marcelo Rech[1] 2007/02/08 O GIGANTE INDIANO 2007/01/22 A ÚLTIMA CARTADA 2006/12/18 BUSH E O RELATÓRIO BAKER 2006/11/13 O DESASTRE IRAQUIANO 2006/10/19 O 2º TESTE NUCLEAR DA COREIA DO NORTE 2006/09/27 UM ENSAIO DE FUTURISMO GEOPOLÍTICO[1] Eduardo Silvestre dos Santos 2006/09/27 O MANDATO DA UNIFIL (2) João Ferreira Barbosa 2006/09/14 O MANDATO DA UNIFIL

João Ferreira Barbosa 2006/08/28 O QUE FAZER COM O IRÃO? 2006/08/22 A GUERRA CIVIL NO IRAQUE 2006/08/13 UM ACORDO DE CESSAR-FOGO SEM DATA MARCADA? 2006/08/07 LÍBANO. AS SAÍDAS DA CRISE 2006/08/02 A ESTRATÉGIA DO HEZBOLLAH NA GUERRA CONTRA ISRAEL 2006/08/01 A ESTRATÉGIA ISRAELITA NO LÍBANO. ACABARAM AS VITÓRIAS RÁPIDAS? 2006/08/01 ALGUMAS VERDADES[1] António Borges de Carvalho 2006/07/29 ORIENTE MÉDIO: A IMPOTÊNCIA DA ONU E A INDIFERENÇA NORTE-AMERICANA Marcelo Rech (Editor do site brasileiro InfoRel) 2006/07/08 HÁ SOLUÇÃO PARA O IRAQUE? 2006/06/12 UM PONTO DE VIRAGEM NO IRAQUE? 2006/05/04 OS VOOS SECRETOS E A TORTURA NAS PRISÕES DA CIA Marcelo Rech[1] 2006/04/06 O HAMAS NO PODER 2006/04/01 GUERRAS JUSTAS OU GUERRAS DE NECESSIDADE. O CASO DO IRAQUE 2006/03/28 EUA VERSUS IRÃO: TECNOLOGIA NUCLEAR OU PETRODÓLARES? Eduardo Silvestre dos Santos 2006/03/19 A GUERRA DOS CARTOONS 2006/03/11 ÍNDIA. OS CUSTOS E VANTAGENS DA PARCERIA COM OS EUA 2006/02/19 AFINAL, HUNTINGTON TINHA RAZÃO? SE NÃO FOR O PARADIGMA DAS CIVILIZAÇÕES, ENTÃO QUAL É?

Eduardo Silvestre dos Santos 2006/02/09 OS DILEMAS DA VITÓRIA ELEITORAL DO HAMAS 2005/11/25 ALIANZAS Y COALICIONES Miguel Fernández y Fernández 2005/03/10 A SEGUNDA QUEDA DO M URO DE BERLIM 2005/02/04 O EIXO DA TIRANIA [1] 2004/03/16 A NOVA ORDEM INTERNACIONAL DE NOVA IORQUE João Vieira Borges 2004/02/18 A POLÍTICA EXTERNA DE BUSH (II) 2004/02/15 A POLÍTICA EXTERNA DE BUSH