TIPO TEXTUAL: NARRATIVO GÊNERO: CONTO E MICROCONTO DESCRITORES: D12 Identificar a finalidade de textos de diferentes gêneros. D3 Localizar informações explícitas em um texto. 2
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Texto 1: Em um dia ensolarado várias pessoas estavam se divertindo e socializando na praia Três Palmares, uma cena chamou a atenção, mesmo nos dias de hoje conseguimos observar intolerância e desrespeito ao próximo, especialmente com pessoas acima do peso. Muitos acham que pessoas discriminadas são inferiores e não estavam no mesmo patamar. Uma pessoa disse com arrogância: Sua gorda! Vá emagrecer, sua baleia encalhada! Beatriz, com osolhos de desânimo, sai triste e cabisbaixa da água e diz: _ Sou gorda, mas isso não quer dizer que vocês são melhores que eu. Com o fato ocorrido, a mulher ofendida deu a volta por cima e criou uma associação para combater a discriminação contra pessoas acima do peso. E foi um sucesso. 5
Texto 2: Era um menino tímido, tinha acabado de chegar à cidade grande. Acostumado à vida simples do campo, sempre morou cidade pequena de Flores, onde todos se conheciam e se respeitavam, estranhou logo de cara a vida acelerada, muitos carros, pessoas estranham que mal se cumprimentavam, a escola e os colegas. João, recémmatriculado na escola Paulo Freire, era um bom aluno, procurava participar das aulas e, não demorou muito, já ouvia piadinhas do tipo: Lá vai o caipira CDF, babão de professor, o quatro farol... e outras coisas ofensivas do tipo. Tímido, João procurava não ligar para os colegas maldosos. Talvez aquela fosse uma prática comum na grande estranha cidade. Um dia, na hora do intervalo, percebeu que o lanche, que sua mãe havia preparado com tanto carinho, tinha sumido! Como assim?! Eu sei que ele estava aqui! De repente, três meninos da sala dele se aproximam e, para a surpresa de João, carregavam consigo o lanche dele. Um deles, mais alto e mais forte, olha de modo ameaçador e diz: Quer o lanchinho?!vem pegar...bebezão...os outros colegas, enquanto isso, começam a rir da situação. 6
João, acostumado a dividir o pouco quetinha, não pensou duas vezes: Posso dividir com vocês, não tem problema! O menino, com raiva, joga o saco na cara de João, que não entende a agressividade, e depois pisa no lanche, dizendo: Não como lavagem, isso é para porcos como você! Agora, você vai comer o lanche em que eu pisei, e não vai dizer nada, senão nós vamos te encher de porrada! Os outros, não menos ameaçadores, começam a fazer o gesto de socar uma mão na outra... 7
O menino, esforçando-se para conter as lágrimas, obedece à ordem sem titubear! Até que Ufa! soa o sinal do fim do intervalo! Aquele pesadelo parecia não ter fim. Mais tarde, ao chegar em casa, a mãe nota João muito triste e cabisbaixo. Filho, quer me dizer alguma coisa? O menino somente abraça a mãe bem forte e chora bastante. Ao se acalmar, ele revela tudo a ela, que, indignada, vai à escola falar com a Direção para exigir providências. 8
Ao saber do ocorrido, o diretor, não menos indignado, resolve punir os alunos indisciplinados! Além de pedirem desculpas pessoalmente a João, diante de toda a turma e da mãe do menino, foram obrigados a levar lanches para ele durante uma semana! João, sempre resiliente e gentil, convidou os colegas agressores para almoçar uma deliciosa galinha caipira que a mãe dele sabia preparar como ninguém. Essa atitude belíssima do menino fez com que não só os colegas se envergonhassem do que haviam feito, como também com que mudassem de atitude. Mais tarde, os exvalentões e João criaram um projeto artístico na escola visando a ações de combate ao Bullying e, além disso, criaram uma companha de conscientização de outros jovens que, por acaso, pensassem em agir daquela forma terrível. Quem diria que um garoto caipira ensinaria os jovens da cidade a enxergar a felicidade na simplicidade. 9
Concisão Precisão Brevidade Densidade Poucas personagens Um só espaço 10