COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG

Documentos relacionados
INFLUÊNCIA DA ÉPOCA DE PLANTIO NA PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO/MG

ANÁLISE DE PRODUTIVIDADE EM HÍBRIDOS COMERCIAIS E EXPERIMENTAIS DE MILHO NOS MUNICÍPIOS DE MUZAMBINHO/MG, NOVA PONTE/MG E RIO VERDE/GO

Influência do espaçamento entre linhas e da densidade populacional no desempenho do híbrido de milho 30F53 RESUMO

Leonardo Henrique Duarte de Paula 1 ; Rodrigo de Paula Crisóstomo 1 ; Fábio Pereira Dias 2

COMPARAÇÃO DAS CARACTERÍSTICAS AGRONÔMICAS DE PLANTAS DE MILHO COM DIFERENTES EVENTOS DE BIOTECNOLOGIA

CARACTERÍSTICAS BIOMÉTRICAS DE VARIEDADES DE MILHO PARA SILAGEM EM SISTEMA DE PRODUÇÃO ORGÂNICA NO SUL DE MG

AVALIAÇÃO DO DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO EM FUNÇÃO DA DENSIDADE DE SEMEADURA, NO MUNÍCIPIO DE SINOP-MT

l«x Seminário Nacional

BOLETIM TÉCNICO nº 19/2017

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

PRODUÇÃO DE MILHO VERDE NA SAFRA E NA SAFRINHA EM SETE LAGOAS MG

COMPETIÇÃO DE CULTIVARES TRANSGÊNICAS DE SOJA EM CULTIVO DE SAFRINHA PARA O SUL DE MINAS GERAIS

DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO APLICADAS EM COBERTURA E SEUS REFLEXOS NA PRODUTIVIDADE DO MILHO HÍBRIDO TRANSGÊNICO 2B587PW SEMEADO NA 2ª SAFRA

Produtividade de Genótipos de Feijão do Grupo Comercial Preto, Cultivados na Safra da Seca de 2015, no Norte de Minas Gerais.

EFEITOS DA FERTILIZAÇÃO COM NITROGÊNIO E POTÁSSIO FOLIAR NO DESENVOLVIMENTO DO FEIJOEIRO NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES- MG.

ADENSAMENTO DE SEMEADURA EM TRIGO NO SUL DO BRASIL

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE CAFEEIRO RESISTENTE A FERRUGEM SOB USO DE IRRIGAÇÃO EM MUZAMBINHO-MG

Arranjo espacial de plantas em diferentes cultivares de milho

08 POTENCIAL PRODUTIVO DE CULTIVARES DE SOJA

RESULTADOS DO ENSAIO NACIONAL DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA, EM MATO GROSSO DO SUL, 2008

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

CARACTERIZAÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA EM DIVERSAS DENSIDADES DE PLANTIO PARA O ESTADO DE MINAS GERAIS, SAFRA *

Avaliação da adaptabilidade e estabilidade de 20 híbridos de milho no município de Muzambinho/MG

VIABILIDADE DO TRIGO CULTIVADO NO VERÃO DO BRASIL CENTRAL

V Semana de Ciência e Tecnologia IFMG - campus

ADENSAMENTO DE MAMONEIRA EM CONDIÇÕES DE SEQUEIRO EM MISSÃO VELHA, CE

COMPETIÇÃO DE CULTIVARES DE SOJA PARA A REGIÃO SUL DE MG

DENSIDADE DE SEMEADURA E DOSES DE NITROGÊNIO EM COBERTURA NO TRIGO DE SEQUEIRO CULTIVADO EM PLANALTINA-DF

DESEMPENHO AGRONÔMICO DE GIRASSOL EM SAFRINHA DE 2005 NO CERRADO NO PLANALTO CENTRAL

DESEMPENHO DE NOVAS CULTIVARES DE CICLO PRECOCE DE MILHO EM SANTA MARIA 1

Avaliação de variedades sintéticas de milho em três ambientes do Rio Grande do Sul. Introdução

FENOLOGIA DAS CULTIVARES DE TRIGO DO RIO GRANDE DO SUL, ANO 2012

AVALIAÇÃO DE LINHAGENS DE PORTE BAIXO DE MAMONA (Ricinus communis L.) EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA EM TRÊS MUNICÍPIOS NO ESTADO DE SÃO PAULO

Avaliação da performance agronômica do híbrido de milho BRS 1001 no RS

EFEITO DA ADUBAÇÃO BORATADA NO DESEMPENHO PRODUTIVO DE GIRASSOL

FATORES BIOMÉTRICOS DO HÍBRIDO DE MILHO 2B587PW PARA GRÃO EM DIFERENTES DATAS DE SEMEADURA PARA MUZAMBINHO/MG

Caraterísticas agronômicas de híbridos experimentais e comerciais de milho em diferentes densidades populacionais.

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

CARACTERIZAÇÃO AGRONÔMICA DE CULTIVARES DE SOJA PARA O SUL DE MINAS GERAIS NO MUNICÍPIO DE INCONFIDENTES-MG 1

Avaliação de aspectos produtivos de diferentes cultivares de soja para região de Machado-MG RESUMO

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERABA, MG *

EFEITO DA POPULAÇÃO DE PLANTAS E DO ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS NOS FATORES BIOMÉTRICOS DE MILHO SILAGEM

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

Resposta de Cultivares de Milho a Variação de Espaçamento Entrelinhas.

PRODUTIVIDADE DE CULTIVARES DE FEIJÃO-CAUPI EM FUNÇÃO DE DIFERENTES ÉPOCAS DE PLANTIO

Avaliação de Doses e Fontes de Nitrogênio e Enxofre em Cobertura na Cultura do Milho em Plantio Direto

DESEMPENHO DE MILHO SAFRINHA EM DUAS ÉPOCAS DE SEMEADURA E POPULAÇÕES DE PLANTAS, EM DOURADOS, MS

CRESCIMENTO DE DIFERENTES CULTIVARES DE SOJA SUBMETIDAS A ÉPOCAS DE SEMEADURAS DISTINTAS NO SEMIÁRIDO PIAUIENSE

INFLUÊNCIA DE BORDADURA NAS LATERAIS E NAS EXTREMIDADES DE FILEIRAS DE MILHO NA PRECISÃO EXPERIMENTAL 1

APLICAÇÃO DE GLIFOSATO NO CONTROLE DA REBROTA DO SORGO EM DIFERENTES ÉPOCAS DE APLICAÇÃO E DOSE

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 893

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

11 EFEITO DA APLICAÇÃO DE FONTES DE POTÁSSIO NO

PRODUTIVIDADE DE MILHO SAFRINHA EM AMBIENTES E POPULAÇÕES DE BRAQUIÁRIAS

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

DENSIDADE DE SEMEADURA E POPULAÇÃO INICIAL DE PLANTAS PARA CULTIVARES DE TRIGO EM AMBIENTES DISTINTOS DO PARANÁ

EFEITO DE ADUBAÇÃO NITROGENADA EM MILHO SAFRINHA CULTIVADO EM ESPAÇAMENTO REDUZIDO, EM DOURADOS, MS

8º Congresso Brasileiro de Algodão & I Cotton Expo 2011, São Paulo, SP 2011 Página 965

Gessi Ceccon, Giovani Rossi, Marianne Sales Abrão, (3) (4) Rodrigo Neuhaus e Oscar Pereira Colman

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

BOLETIM TÉCNICO 2015/16

ÍNDICE DE CLOROFILA FALKER E TEOR DE NITROGÊNIO EM FOLHAS DE COBERTURAS DE INVERNO, FEIJÃO E MILHO EM SUCESSÃO NO SUL DE MINAS GERAIS

fontes e doses de nitrogênio em cobertura na qualidade fisiológica de sementes de trigo

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

Efeito da Densidade de Plantas nas Características Biométricas e na Produtividade de Grãos de Milho no Sul de Minas Gerais

ANÁLISE ECONÔMICA DA APLICAÇÃO DE DOSES CRESCENTES DE N EM COBERTURA EM DIFERENTES POPULAÇÕES NA CULTURA DO MILHO

ESTIMATIVAS DE ADAPATABILIDAE E ESTABILIDADE PARA PRODUÇÃO DE RAÍZES TUBEROSAS EM HÍBRIDOS DE MANDIOCA (Manihot esculenta Crantz) NO ESTADO DE SERGIPE

DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO DE BAIXO CUSTO DE SEMENTES NA SAFRINHA 2016

Uso de fertilizante na semente do trigo

ESTABILIDADE E ADAPTABILIDADE DE RENDIMENTO DE GRÃOS DE GENÓTIPOS DE TRIGO EM DIVERSAS REGIÕES TRITÍCOLAS DO BRASIL

CRESCIMENTO DA CULTURA DO PINHÃO MANSO EM DIFERENTES DENSIDADES DE PLANTAS.

IV Congresso Brasileiro de Mamona e I Simpósio Internacional de Oleaginosas Energéticas, João Pessoa, PB 2010 Página 1573

17 EFEITO DA APLICAÇÃO DE MICRONUTRIENTES NA

14 AVALIAÇÃO DE HERBICIDAS PRÉ-EMERGENTES NA

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

BOLETIM TÉCNICO SAFRA 2014/15

CORRELAÇÕES LINEARES ENTRE CARACTERES E DIFERENCIAÇÃO DE HÍBRIDOS SIMPLES, TRIPLO E DUPLO DE MILHO 1

DESEMPENHO NA PRODUÇÃO DE FORRAGEM DO HÍBRIDO DE MILHO 2B587 SUBMETIDO A DIFERENTES DOSES DE SULFATO DE AMÔNIO EM COBERTURA

CULTIVARES DE TRIGO SUBMETIDAS À INTERAÇÃO ENTRE ADUBAÇÃO NITROGENADA E DENSIDADE DE SEMEADURA EM AMBIENTES DISTINTOS DO PARANÁ

ÍNDICE DE ESPIGAS DE DOIS HÍBRIDOS DE MILHO EM QUATRO POPULAÇÕES DE PLANTAS E TRÊS ÉPOCAS DE SEMEADURA NA SAFRINHA

ÉPOCAS DE SEMEADURA DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE NO MUNICÍPIO DE UBERLÂNDIA *

CULTIVARES DE FEIJÃO E ÉPOCAS DE SEMEADURA PARA SAFRA DA SECA EM MUZAMBINHO-MG*

Dano de geada nos estádios vegetativos do trigo em Guarapuava, invernos 2010 e 2011

AVALIAÇÃO DE DESEMPENHO DE CULTIVARES DE MILHO SAFRINHA NO MUNICÍPIO DE SINOP-MT

ESPAÇAMENTO ENTRE LINHAS E DENSIDADES DE SEMEADURA DE MILHO EM CONDIÇÕES DE SAFRINHA

INTERFERÊNCIA DA POPULAÇÃO DE PLANTAS NA FITOMETRIA DE PLANTAS DE SORGO DE 2ª SAFRA

AVALIACAO DE GENÓTIPOS DE ALGODOEIRO PARA O CERRADO DE RONDÔNIA

BOLETIM TÉCNICO nº 16/2017

FONTES DE ADUBOS FOSFATADOS EM ARROZ DE TERRAS ALTAS.

AVALIAÇÃO DE CULTIVARES DE LARANJA SANGUÍNEA

ANÁLISE ECONÔMICA DE SISTEMAS DE MANEJO DE SOLO E DE ROTA CÃO COM CULTURAS ,(, PRODUTORAS DE GRAOS NO INVERNO E NO VERÃO

Rendimento e caraterísticas agronômicas de soja em sistemas de produção com integração lavoura-pecuária e diferentes manejos de solo

li!x Seminário Nacional

EVOLUÇÃO DO CONSÓRCIO MILHO-BRAQUIÁRIA, EM DOURADOS, MATO GROSSO DO SUL

MILHO SAFRINHA CONSORCIADO COM BRAQUIÁRIAS EM ESPAÇAMENTO NORMAL E REDUZIDO

Instituto de Ensino Tecnológico, Centec.

XXIX CONGRESSO NACIONAL DE MILHO E SORGO - Águas de Lindóia - 26 a 30 de Agosto de 2012

ÉPOCAS DE PLANTIO DO ALGODOEIRO HERBÁCEO DE CICLO PRECOCE PARA A REGIÃO DO PONTAL DO TRIÂNGULO MINEIRO

FENOLOGIA DE CULTIVARES DE TRIGO PARA FINS DE REFINAMENTO DO ZONEAMENTO AGRÍCOLA DA CULTURA NA REGIÃO HOMOGÊNEA DE ADAPTAÇÃO DE CULTIVARES 4

Resposta de Cultivares de Milho à Adubação Nitrogenada em Cobertura

Transcrição:

COMPORTAMENTO AGRONÔMICO DE CULTIVARES DE TRIGO NO MUNICÍPIO DE MUZAMBINHO MG Gabriela M. TERRA 1 ; José S. de ARAÚJO 2 ; Otávio M. ARAÚJO 3 ; Leonardo R. F. da SILVA 4 RESUMO Objetivou-se avaliar 5 genótipos de trigo em 3 épocas de plantio. O experimento foi instalado no IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho, no ano de 2014. Em DBC, em esquema fatorial 5 x 3, com 3 repetições. Avaliou-se: altura da planta, a altura de inserção da espiga e massa de 100 sementes. Os dados foram submetidos a ANOVA e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott a 5%. A semeadura em 21/05, proporcionou plantas com alturas elevadas e sementes com maior densidade. A cultivar IPR85 apresentou sementes com maior densidade em todas as épocas de semeaduras realizadas. INTRODUÇÃO A região do Sul de Minas tem grande potencial para a expansão da cultura de trigo, uma vez que oferece condições ótimas de clima e solo, além de apresentar uma posição estratégica de mercado e capacidade de industrialização, (ALBRECHT et al., 2006). Com a necessidade de viabilizar cada vez mais a produção desse cereal de grande importância nas diversas regiões do Sudeste, nota-se que existe uma elevada necessidade de mais programas de melhoramento para estudar novos genótipos e posteriormente testá-los nas diversas regiões (CARGNIN et al., 2006). 1 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzambinho. Muzambinho/MG - E-mail: gabisiterra@hotmail.com 2 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzambinho. Muzambinho /MG. E-mail: jose.araujo@muz.ifsuldeminas.edu.br 3 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzambinho. Muzambinho/MG - E-mail: otaviomesquitaaraujo@gmail.com 4 Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia do Sul de Minas Gerais Câmpus Muzambinho. Muzambinho /MG. E-mail: leonardo.kcond@hotmail.com

Para Carvalho et al., (2002) a seleção de novas cultivares, que apresentem um alto potencial produtivo, uma elevada estabilidade de produção e alta capacidade de adaptação às condições para as quais será indicada, aliada às qualidades agronômicas superiores, é um dos principais objetivos da maioria dos experimentos de cultivares, que geralmente são trabalhados nos programas de melhoramento genético vegetal (ALLARD, 1999). Segundo Cargnin et al., (2006) para identificar o genótipo ideal da região é necessário e pertinente a realização de experimentos em diferentes locais contrastantes, em que vários genótipos são avaliados. Entretanto, para determinados caracteres de interesse, principalmente rendimento de grãos, ocorre a interação dos genótipos com os ambientes (GxE), que é uma resposta diferencial dos genótipos frente à modificação do ambiente (ALLARD, 1999). Essa resposta diferencial dificulta a identificação dos genótipos superiores, quando ocorre inconstância no desempenho destes nos diferentes ambientes (CARVALHO et al., 2002). Felício et al. (1993) avaliaram o comportamento agronômico de diferentes cultivares de trigo, no Estado de São Paulo, em condições de sequeiro, ao final do estudo, demonstraram a adaptação que as cultivares apresentaram em escala regional, além do que todo potencial que o trigo pode demostrar quando utilizado pelos produtores (Silva, et al., 2011). Com a necessidade de mais estudos sobre a adaptabilidade e estabilidade de cultivares de Trigo na região do Sul de Minas Gerais, objetivou-se por meio deste trabalho avaliar os diferentes genótipos de trigo em condições de sequeiro semeados em três épocas deiferentes para o município de Muzambinho/MG. MATERIAL E MÉTODOS O experimento foi conduzido no IFSULDEMINAS - Campus Muzambinho, no ano agrícola de 2014. A área experimental apresentava um solo tipo latossolo vermelho distrófico típico. A altitude média do local foi de 1080 m, sendo que as temperaturas médias anuais variam em torno de 18ºC e precipitação média anual de 1605 milímetros. A classificação climática do local segundo Thornthwaite (1948) é B4rB 2a, considerado clima úmido com pequena deficiência hídrica. O delineamento experimental utilizado foi em DBC em esquema fatorial 5 x 3, sendo 5 cultivares e 3 datas de plantio (21/05/2014, 10/06/2014 e 30/06/2014) implantados com 3

repetições, totalizando 45 parcelas. Cada parcela com 5 linhas de 5 m de comprimento, espaçamento de 0,2 m entre linhas e 400 sementes viáveis por m 2. Os tratamentos consistiram de 5 cultivares Tangará, IPR85, Quartzo, Sinuelo e Catuará. O preparo do solo adotado foi o convencional. As adubações na semeadura e em cobertura foram determinadas através da análise do solo. Na semeadura foram aplicados 215 kg ha -1 de 8-28-16 e em cobertura (15 dias após a emergência) 65 kg ha -1 de ureia. Realizou as seguintes avaliações: altura das plantas (cm), a altura de inserção da espiga (cm), e a massa de 100 sementes (g). A colheita foi realizada manualmente, quando os grãos atingiram a umidade média em torno de 13%. Os dados foram submetidos à análise de variância, e as médias comparadas pelo teste de Scott-Knott, ao nível de 5% de probabilidade. RESULTADOS E DISCUSSÃO A tabela 1 apresenta o teste de comparação de médias para os parâmetros avaliados, altura de planta, altura da inserção da espiga, massa de 100 grãos para as cinco cultivares testadas, na primeira época de semeadura. Observa-se ainda, os valores dos coeficientes de variação para as características avaliadas. Na avaliação das plantas de trigo semeadas em 21/05/2014 observa-se que as cultivares Quartzo e Tangará apresentaram as maiores alturas de plantas, sendo os valores de 55,76 e 56,83 cm respectivamente, sendo estatisticamente diferentes em relação às cultivares Catuara, IPR85 e Sinuelo. Por sua vez, as maiores alturas de espigas foram 68,36 e 74,78 cm, nas cultivares IPR85 e Tangará, respectivamente. Era de se esperar que à medida que ocorre uma elevação no porte da planta, acarreta uma elevação no ponto de inserção da espiga, por haver uma correlação positiva entre essas duas características. Fazendo-se uma análise nas demais cultivares, observase que não houve diferença estatística entre elas, mas cabe ressaltar que a cultivar Catuara, foi a que menor porte apresentou, tanto na altura de planta quanto na inserção da espiga. Averiguando o comportamento da cultivar IPR 85, observa-se que com relação à altura de planta, a altura foi maior que a Catuara, entretanto inferior à Sinuelo, todavia, este comportamento não foi verificado para o parâmetro inserção da espiga, apresentando altura superior a estas duas cultivares seguida pela cultivar Tangará, a qual apresentou maior ponto de inserção da espiga. Na avaliação da massa de 100 sementes, verificou-se que a cultivar IPR85 apresentou diferenças significativas em relação as demais cultivares. O IPR85

demostrou uma massa de 4,06 g, sendo um valor de 25,6% maior em relação às cultivares Catuara, Quartzo, Sinuelo e Tangará, as quais não diferiram entre si estatisticamente. Tabela 1. Altura de plantas (cm), altura da inserção da espiga (cm) e massa de 100 sementes (g) das cultivares de trigo semeadas em 21/05/2014, em condições de sequeiro. Muzambinho/MG, 2014. Cultivares Altura Planta Altura Espiga Massa 100 (cm) (cm) Sementes (g) Catuará 49,13 B 63,33 B 3,30 B IPR85 52,13 B 68,36 A 4,06 A Quartzo 55,76 A 66,83 B 2,86 B Sinuelo 53,53 B 63,91 B 2,56 B Tangará 56,83 A 74,78 A 3,40 B CV (%) 12,89 14,39 16,58 *Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade. Nas plantas semeadas em 10/06/2014 nota-se que as maiores alturas de plantas foram 54,61; 54,61 e 53,42 cm, obtidos pelas cultivares Catuará, Quartzo e Sinuelo, respectivamente. Na avaliação da altura da espiga a cultivar IPR85 demostrou um baixo valor, sendo 59,26 cm, diferenciando das demais cultivares (Tabela 2). Na avaliação da massa de 100 sementes, constatou-se que a cultivar IPR85 também apresentou a maior valor na semeadura de 10/06/2014, diferenciando das demais. Em média as cultivares Catuará, Quartzo, Sinuelo e Tanguará demostrou uma massa de 100 sementes de 2,37 g, sendo um valor relativamente 35% menor do que o encontrado na cultivar IPR85 (Tabela 2). Tabela 2. Altura de plantas (cm), altura da inserção da espiga (cm) e massa fresca de 100 sementes (g) das cultivares de trigo semeadas em 10/06/2014, em condições de sequeiro. Muzambinho/MG, 2014. Cultivares Altura Planta Altura Espiga Massa 100 (cm) (cm) Sementes (g) Catuará 54,61 A 66,06 A 2,56 B IPR85 50,03 B 59,26 B 3,63 A Quartzo 54,61 A 65,16 A 2,31 B Sinuelo 53,42 A 62,53 A 1,96 B Tangará 51,36 B 64,36 A 2,66 B CV (%) 12,35 21,31 26,18 *Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade Analisando última semeadura, realizada em 30/06/2014, observa-se que a maior altura de plantas foi encontrada na cultivar Tangará (51,26 cm), sendo um

valor 5% maior em relação às demais cultivares. Por sua vez, na altura de espiga a cultivar IPR85 também demostrou a maior altura da espiga, 61,31 cm diferenciando das demais cultivares (Tabela 3). As cultivares Catuará e IPR85 apresentaram os maiores valores de massa de 100 sementes, sendo os valores de 3,86 e 3,93 g, respectivamente. As demais cultivares, Quartzo, Sinuelo e Tangará demostraram os menores valores, sendo eles 1,76; 1,21 e 2,43 g, respectivamente. Tabela 3. Altura de plantas (cm), altura da inserção da espiga (cm) e massa de 100 sementes (g) das cultivares de trigo semeadas em 30/06/2014, em condições de sequeiro. Muzambinho/MG, 2014. Cultivares Altura Planta Altura Massa 100 (cm) Espiga (cm) Sementes (g) Catuará 48,66 B 57,22 B 3,86 A IPR85 49,06 B 58,71 B 3,93 A Quartzo 49,73 B 56,43 B 1,76 B Sinuelo 49,13 B 55,76 B 1,21 B Tangará 51,26 A 61,31 A 2,43 B CV (%) 16,91 24,12 19,85 *Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade Na avaliação das datas de semeaduras observou-se que, cultivares semeadas em 21/05/2014 apresentam diferença em relação as demais nas demais datas semeadas (Tabela 4). Verificou-se que as plantas semeadas na data de 21/05/2014 apresentam alturas de plantas e altura de espigas elevadas, além do mais, possuem as sementes com maior valor de massa (Tabela 4). Tabela 4. Altura de plantas (cm), altura da inserção da espiga (cm) e massa fresca de 100 sementes (g) das cultivares de trigo em função das datas de semeadura. Muzambinho/MG, 2014. Datas de Semeadura Altura Planta (cm) Altura Espiga (cm) Massa 100 Sementes (g) 21/05/2014 53,48 A 67,44 A 3,25 A 10/06/2014 52,80 B 63,48 B 2,62 B 30/06/2014 49,57 B 57,88 B 2,64 B CV (%) 21,30 16,30 17,10 *Médias seguidas de mesma letra não diferem entre si pelo teste de Scott-Knott ao nível de 5% de probabilidade CONCLUSÕES A semeadura do Trigo antecipada (21/05) proporciona plantas com alturas elevadas e sementes com maior densidade. A cultivar IPR85 apresenta as sementes com maior densidade em todas as épocas de semeaduras realizadas.

REFERÊNCIAS ALBRECHT, J. C. et al. Adaptabilidade e estabilidade de genótipos de trigo irrigado no Cerrado do Brasil central. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 42, n. 12, p. 1727-1734, 2007. ALLARD, R.W. Principles of plant breeding. 2nd ed. New York: John Wiley & Sons, 1999. 254p. CARGNIN, A. et al. Interação entre genótipos e ambientes e implicações em ganhos com seleção em trigo. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 41, n. 6, p. 987-993, 2006. CARVALHO, C. G. P. et al. Interação genótipo x ambiente no desempenho produtivo da soja no Paraná. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 37, n. 7, p. 989-1000, 2002. FELÍCIO, J. C. et al. Comportamento agronômico e avaliação tecnológica de genótipos de triticale no Estado de São Paulo em 1988 e 1989. Pesquisa Agropecuária Brasileira, Brasília, DF, v. 28, n. 3, p. 281-294, 1993. SILVA, R. R.; BENIN, G.; SILVA, G. O.; MARCHIORO,V. S.; ALMEIDA J. L.; MATEI G. Adaptabilidade e estabilidade de cultivares de trigo em diferentes épocas de semeadura, no Paraná. Pesquisa Agropecuária Brasileira. Brasília, v.46, n.11, p.1439-1447, nov. 2011.