AEROPORTOS DE MOÇAMBIQUE, E.P.



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Transcrição:

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE MAPUTO MAPUTO 2013 AEROPORTOS DE MOÇAMBIQUE, E.P. CERRO DE DOCUMEIRAÇÃO E INFORMAÇÃO Entrada do Documento:PI'«oce,5a,w) *1.~, la Edição

PLANO DE GESTÃO AMBIENTAL DO AEROPORTO INTERNACIONAL DE MAPUTO MAPUTO 2013 AEROPORTOS DE MOÇAMBIQUE, E. ano DE DOOMEWAÇÃO E INFORMAÇÃO a la Edição -Pii-P, Entrada do Documento NAY.AW

O Manual foi aprovado na. W a Sessão ordinária do Conselho de Administração nos termos do Nr. 1 do artigo 8 dos estatutos da Empresa, presidida pelo Senhor Presidente do Conselho de Administração, Dr. Emanuel Chaves. Maputo,24./.. 2013 O Presidente do Conselho de Administração. Emanuel Chaves AEROPORTOS DE MOÇMBIQUE, E.P. amo DE DOCUMENTAÇÃO E imrt"ão Entrada do Documento:Mitme".w.(), Data.P....

MAPA DE REGISTO DE EMENDAS Emenda nr Data de publicação Data da entrada Elaborado por Área de aplicação da emenda em vigor ii

ÍNDICE INTRODUÇÃO 1 1.1. Objectivos da Gestão Ambiental no Aeroporto Internacional de Maputo 1 1.2. Metodologia 1 II. GESTÃO DE IMPACTOS RESULTANTES DA ACTIVIDADE AEROPORTUÁRIA 2 2.1. Gestão do Ruído 2 2.2. Gestão do Ar 2 2.3. Gestão de Infra-estrutura 3 III. PREVENÇÃO E GESTÃO DE RESÍDUOS 4 3.1. Gestão de Resíduos Sólidos 4 3.2. Gestão de Resíduos Líquidos 4 IV. GESTÃO DE RECURSO 6 4.1. Gestão da Água 6 4.2. Manutenção da Natureza (preservação do habitat dos animais e plantas) 6 4.3. Gestão do solo 6 4.4. Gestão da fauna 7 4.4.1. Métodos de Controlo da fauna 7 Eliminação de fontes de alimentação; e 8 Eliminação de abrigos. 8 V. GESTÃO AMBIENTAL NO LOCAL DE TRABALHO 10 VI. ESTRUTURA ORGÂNICA DA UNIDADE DE GESTÃO AMBIENTAL 11 6.1. Composição e Atribuições de Uma Unidade de Gestão Ambiental 11 6.1.1 Coordenador das Actividades de Gestão Ambiental do Aeroporto 11 6.1.2 Membros da Unidade de Gestão Ambiental Local (UGA Local): 11 6.1.3 Equipa de Controlo de Fauna (Oito Bombeiros) 12 6.1.4 Um colaborador dos Serviços Administrativos 13 6.2. Fluxograma do processo de gestão ambiental 14 VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 15 iii

ABREVIATURAS A/C's Aeronaves ARP/MA Aeroporto de Maputo ARP Aeroporto CTA Controlo de Trafego Aéreo EIA- Estudo de Impacto Ambiental R. S. Resíduos sólidos UGA- Unidade de Gestão Ambiental UP - Unidade de Produção ICAO Organização Internacional da Aviação Civil PBN/GNSS Performance Based Navigation/Global Navigation Satellite System iv

INTRODUÇÃO O presente Plano foi elaborado com base no Manual de Gestão Ambiental. Este, identifica os principais impactos ambientais decorrentes da actividade aeroportuária e as respectivas medidas para sua prevenção ou mitigação. Igualmente aborda o risco que a fauna representa para a navegação aérea e as medidas para seu controlo. Faz menção ao uso eficiente dos recursos tendo em vista a redução de custos e a sustentabilidade dos mesmos. Aborda a pertinência de Identificação, sinalização e mitigação dos principais riscos ambientais que podem afectar os colaboradores. Finalmente apresenta a composição da Unidade de Gestão Ambiental do aeroporto e as atribuições de cada componente. Objectivos da Gestão Ambiental no Aeroporto Internacional de Maputo Garantir o uso sustentável dos recursos naturais; Promover a segurança à navegação aérea através da mitigação constante do perigo da fauna; e Proteger a saúde e o bem-estar dos colaboradores no local de trabalho. 1.2. Metodologia Para a elaboração do presente plano foram identificados os factores atractivos à fauna e medidas para seu controlo; os principais impactos ambientais provocados pela actividade aeroportuária e outras com ela relacionados e as medidas para sua mitigação e posteriormente selecção das medidas de mitigação adequadas à nossa realidade para sua implementação. 1 MAN.DOPS.021.01

II. GESTÃO DE IMPACTOS RESULTANTES DA ACTIVIDADE AEROPORTUÁRIA 1. Gestão do Ruído 2. Gestão do Ar 3. Infra-estruturas 2.1. Gestão do Ruído Para minimizar os efeitos do ruído de tráfego aéreo no ARP/MA e na sua vizinhança, far-se-á a sensibilização das companhias aéreas para uso de equipamentos com motores mais silenciosos e continuarão a se aplicar os procedimentos de controlo de tráfego aéreo que orientam as A/Cs de modo a evitarem sobrevoar zonas urbanas ou de grande densidade populacional. 2.2. Gestão do Ar As A/Cs durante o funcionamento, emitem gases que alteram as propriedades da atmosfera, afectando ou podendo afectar a saúde pública e as espécies animais e vegetais ou provocar modificações físicoquímicas nas espécies minerais próximas. Para além de afectar negativamente a saúde, em alguns casos pode diminuir a visibilidade, provocar queda de chuvas ácidas que perigam a vida de muitas espécies e contribuir para a destruição da camada de ozono. O objectivo da gestão do ar é garantir que os níveis de concentração de poluentes sejam aceitáveis pela comunidade e estejam dentro dos limites estabelecidos pela lei, regulamentos nacionais e padrões internacionais. Como forma de contribuir para a redução deste mal, no ARP/MA, são adoptadas as seguintes medidas: Sensibilização da população circunvizinha para evitar queimadas nas proximidades do ARP. Procedimentos operacionais que podem reduzir as emissões do CO2. 2 MAN.DOPS.02 1.01

2.3. Gestão de Infra-estrutura O objectivo da gestão de infra-estruturas é garantir que a concepção, implantação e manutenção de infraestruturas obedece todos requisitos estabelecidos por leis em vigor no país e/ou padrões internacionais. No cumprimento do acima exposto, o ARP/MA deverá manter ao longo de todo o seu perímetro uma vedação que pode ser metálica ou em alvenaria, cuja altura não deve ser inferior à 1.5 metros. ----'.-----'- / - 3 MAN.DOPS.021.01

PREVENÇÃO E GESTÃO DE RESÍDUOS 1. Gestão de Resíduos Sólidos 2. Gestão de Resíduos Líquidos 3.1. Gestão de Resíduos Sólidos Os R.S. quando mal geridos no recinto aeroportuário ou nas proximidades, atraem pássaros e outros animais. Os resíduos podem ser directa ou indirectamente prejudiciais à segurança aeroportuária e à saúde pública. A Unidade de Gestão Ambiental do ARP/MA irá garantir que os resíduos sólidos gerados são geridos de acordo com as o Manual de Gestão Ambiental, e as demais normas vigentes no país e/ou padrões internacionais. Actualmente os resíduos são recolhidos das aeronaves e terminais e depositados num compartimento no edifício onde se encontra instalada a incineradora e posteriormente recolhidos para a lixeira municipal por empresas de limpeza subcontratadas Adicionalmente serão promovidas palestras com a população circunvizinha e outras entidades de forma a educar para o tratamento correcto destes resíduos. O Aeroporto deve sensibilizar as autoridades municipais a alocarem contentores na sua vizinhança, para que a população deposite neles o lixo e que o mesmo seja recolhido regularmente. 3.2. Gestão de Resíduos Líquidos O objectivo da gestão dos resíduos líquidos é garantir que estes sejam tratados em conformidade com as leis e regulamentos ambientais e que nenhum poluente é despejado no meio ambiente. 4 MAN.DOPS.021.01

Os resíduos líquidos gerados no ARP/MA são tratados na ETAR instalada e a água tratada que sai, é lançada numa bacia hidrográfica por ser inviável o seu reaproveitamento em actividades que não necessitam imperiosamente da água potável como a rega dos jardins, limpezas diversas, actividades de construção e outras. 5 MAN.DOPS.021.01

IV. GESTÃO DE RECURSO 1. Gestão da Água; 2. Manutenção da Natureza (preservação do habitat dos animais e plantas); 3. Gestão do solo; 4. Gestão da Fauna. 4.1. Gestão da Água A gestão de água no ARP/MA tem como objectivo, por um lado, garantir que esta é fornecida em quantidade e qualidade requeridas para diversos fins e cumpre as leis e regulamentos em vigor no país e os padrões internacionalmente definidos e, por outro lado reduzir o seu desperdício. Para garantir que haja água em quantidade e qualidade requeridas existe no aeroporto um reservatório com a capacidade de 900 m 3. Deste reservatório a água é bombeada para um depósito de 100 m 3 que abastece o aeroporto. 4.2. Manutenção da Natureza (preservação do habitat dos animais e plantas) Apesar de a vegetação trazer desvantagens, em algumas circunstâncias é sempre recomendável a sua manutenção para manter o equilíbrio ecológico e prevenir a erosão. De modo a prevenir a erosão do solo, a vegetação deve ser mantida a uma altura mínima entre 15 a 20 centímetros. As queimadas devem ser evitadas. Para o efeito serão promovidas campanhas de sensibilização nas comunidades para evitar este mal. 4.3. Gestão do solo O objectivo da gestão do solo dentro e em volta do aeroporto é garantir operações seguras (safety), o movimento seguro de passageiros e aeronaves assim como providenciar espaços para os diversos serviços de apoio às operações aeroportuárias. 6 MAN.DOPS.021.01

Para o efeito, nas proximidades do ARP algumas actividades possíveis de criar conflito com a actividade aeroportuária, como o cultivo de cereais e outras que atraem a fauna, serão restringidas. O lixo produzido pela população circunvizinha deve ser depositado em contentores ou outros meios disponíveis e periodicamente recolhido pelas autoridades municipais para o destino previamente definido. Deve-se evitar a prática de queimadas nas proximidades do ARP porque para além do fumo que diminui a visibilidade, podem afectar negativamente as operações aeroportuárias, também podem acelerar a degradação do solo e tornar-se susceptível à erosão. 4.4. Gestão da fauna Pela recomendação da ICAO no anexo 14, cada Aeroporto deve ter um plano de gestão da fauna. Para o cumprimento do acima exposto, foi criada no ARP/MA uma equipa de controlo de fauna que é orientada por um Coordenador. Esta equipa faz o registo regular das aves e de outros animais de médio e grande portes visualizados no recinto aeroportuário duas (02) vezes por dia, no período das 05 às 10:00 horas e das 15 às 18:00 horas. Pode-se fazer o registo da fauna acima referida a qualquer altura, mesmo fora das horas supracitadas. Os dados obtidos a partir do registo das aves e de outros animais visualizados no recinto aeroportuário são encaminhados mensalmente à UGA. 4.4.1. Métodos de Controlo da fauna O ARP/MA implementa os seguintes métodos: 1. Modificação do habitat; 2. Exclusão; 3. Técnicas de afugentamento; e 4. Uso de Armadilhas. 7 MAN.DOPS.021.01

4.4.1.1. Modificação do Habitat Modificar o habitat é tornar o ambiente menos atractivo ou inacessível à fauna. O conhecimento prévio dos hábitos e "habitats" naturais das espécies de fauna presentes no recinto aeroportuário é de suma importância, para a adopção de medidas de ordenação e/ou intervenção no meio ambiente tais como: Corte da vegetação; Reposição de solos; Drenagem ou aterro de pântanos; Eliminação de fontes de alimentação; e Eliminação de abrigos. 4.4.1.2. Exclusão O ARP/MA deve manter o seu recinto devidamente vedado. A vedação tanto pode ser de alvenaria ou metálica, contudo deve manter uma altura mínima de 1,5 metros para evitar a entrada de animais de médio ou grande portes. Igualmente poderá instalar arames ao longo da vedação para excluir o conforto de aves que possam nela pousar. 4.4.1.3. Técnicas de Afugentamento A modificação do "habitat," as medidas de exclusão, irá reduzir o número de espécie indivíduos que irão usar o recinto. Contudo, irão persistir algumas espécies cuja mitigação irá continuar através de vários métodos usados isoladamente ou de forma integrada tais como: Artifícios Sonoros de Dissuasão (Armas caçadeiras e Sirenes dos carros dos Bombeiros) Artifícios Visuais de Dissuasão (Lanternas para afugentamento) 8 MAN.DOPS.021.01

4.4.1.4. Uso de Armadilhas Para reduzir a população de um determinado tipo de fauna, quando assim se mostrar aconselhável, usarse-ão armadilhas para a captura dos animais, a fim de serem realocados em áreas previamente definidas. 9 MAN.DOPS.021.01

V. GESTÃO AMBIENTAL NO LOCAL DE TRABALHO A Gestão Ambiental no Local de Trabalho é basicamente para minimizar os efeitos dos riscos ambientais associados aos postos de trabalho porque estes podem causar danos à saúde e à integridade física das pessoas, em função da concentração, intensidade, susceptibilidade e tempo de exposição. Deve-se fazer a identificação dos riscos ambientais no local de trabalho, actividade melhor exercida pelas instituições especializada para o efeito. 10 MAN.DOPS.021.01

VI. ESTRUTURA ORGÂNICA DA UNIDADE DE GESTÃO AMBIENTAL 6.1. Composição e Atribuições de Uma Unidade de Gestão Ambiental 6.1.1 Coordenador das Actividades de Gestão Ambiental do Aeroporto Tem as seguintes atribuições: Garantir a implementação efectiva e eficiente dos procedimentos de gestão ambiental, interagindo com as diversas áreas do Aeroporto com actividades afins. Aconselhar a UGA na Sede e a Direcção da U.P. sobre o melhoramento dos procedimentos relativos aos diversos processos de gestão ambiental, como: a prevenção e mitigação do perigo da fauna; gestão de resíduos sólidos e líquidos; poluição atmosférica, riscos ambientais no local de trabalho e outros. Planear e monitorar todas as operações de gestão ambiental no Aeroporto; Supervisionar o registo dos formulários e reporte de acidente/incidentes causados pela fauna e remetê-los à Direcção da Unidade de Produção; Coordenar com as autoridades Alfandegárias, no controlo e encaminhamento das espécies proibidas, que estão identificadas no CITES Convenção Internacional de Comércio das Espécies Ameaçadas que às vezes aparecem com os passageiros. 6.1.2 Membros da Unidade de Gestão Ambiental Local (UGA Local): Um colaborador do Sector de Conservação e Obras Atribuições: Velar pelo corte regular do capim a volta da pista, para este estar permanentemente na altura estabelecida, de acordo com o Manual de Gestão Ambiental e a recomendação dada pelo Museu da História Natural da Universidade Eduardo Mondlane. Coordenar o corte de arbustos e árvores em locais sem erosão. 11 MAN.DOPS.02 1.0 1

Coordenar a retirada de frutos, sementes e a destruição de ninhos em árvores e arbustos que não podem ser cortados por estarem a proteger o solo contra a erosão. Coordenar a destruição de ninhos em sucatas e/ou casas abandonadas que se localizem no recinto aeroportuário. Controlar a recolha dos objectos estranhos (FOD's) na pista, caminhos de circulação e placa. Garantir que a pista, caminhos de circulação e placa estejam constantemente limpos. Velar pelo depósito correcto dos resíduos sólidos gerados no Aeroporto, sua recolha, transporte até a sua incineração ou saída do recinto aeroportuário. Velar pelo correcto manuseamento do lixo produzido pela população circunvizinha, de modo a que este seja depositado em contentores e que as autoridades municipais procedam a sua recolha periodicamente. 6.1.3 Equipa de Controlo de Fauna (Oito Bombeiros) Assegurar que os animais visitantes não habituem o recinto aeroportuário e os residentes abandonem, através da implementação efectiva das medidas de controlo da fauna; Fiscalizar as áreas de movimento para que nenhuma espécie de fauna interfira nas operações aeroportuárias, caso esteja presente algum animal, usar todos os meios disponíveis para afastá-lo. Efectuar o registo dos animais visualizados dentro do recinto aeroportuário, no formulário constante neste documento, a ser entregue ao Coordenador, assim como tirar fotografias dos mesmos animais para posterior análise e classificação. Fazer o registo de aves visualizadas no recinto aeroportuário e sua vizinhança, no formulário constante no Manual de Gestão Ambiental; Fazer o reporte de acidentes/incidentes de A/Cs com a fauna ocorridos no ARP, fornecendo todos os dados que constam no formulário de Bird Strike Reporting Form, do doc. 9137, da ICAO. Aconselhar o Coordenador das Actividades de Gestão Ambiental em melhoramentos de tarefas com vista a reduzir cada vez mais o perigo de animais nas operações aeroportuárias. Garantir uma coordenação eficaz com as autoridades policiais ou outros elementos de segurança para que pessoas não autorizadas não circulem no recinto aeroportuário. 12 MAN.DOPS.021.01

Fazer o registo de aves visualizadas no recinto aeroportuário e sua vizinhança, no formulário constante no Manual de Gestão Ambiental; Fazer o reporte de acidentes/incidentes de A/Cs com a fauna ocorridos no ARP, fornecendo todos os dados que constam no formulário de Bird Strike Reporting Form, do doc. 9137, da ICAO. Aconselhar o Coordenador das Actividades de Gestão Ambiental em melhoramentos de tarefas com vista a reduzir cada vez mais o perigo de animais nas operações aeroportuárias. Garantir uma coordenação eficaz com as autoridades policiais ou outros elementos de segurança para que pessoas não autorizadas não circulem no recinto aeroportuário. 6.1.4 Colaborador dos Serviços Administrativos As atribuições deste colaborador são: Controlar a limpeza feita em todo edifício do ARP, de modo a que esta esteja sempre em níveis aceitáveis; Controlar as condições ambientais nos locais de trabalho, para que a iluminação, (calor ou frio), ruído e humidade estejam em níveis aceitáveis e haja condições ergonomicamente apropriadas para o desempenho de funções de cada colaborador. 13 MAN.DOPS.021.01

6. Fluxograma do processo de gestão ambiental Direcção da U.P. Coordenador das Actividades de Gestão Ambiental na U.P. Membros da UGA da U.P. 14 MAN.DOPS.021.01

VII. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1 - Manual de Gestão Ambiental da ADM, EP 2011 15 MAN.DOPS.021.01

REGISTO DE CÓPIAS CONTROLADAS Data de distribuição Nome do Documento Código Recebido por 16 MAN.DOPS.021.01