ANÁLISE DE OPERAÇÕES DE GESTÃO DE RESÍDUOS



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Transcrição:

DONO DE OBRA: CÂMARA MUNICIPAL DE ARCOS DE VALDEVEZ ANÁLISE DE OPERAÇÕES DE GESTÃO DE RESÍDUOS ARRANJO URBANÍSTICO DA ENVOLVENTE DA IN.CUBO ARCOS DE VALDEVEZ ÍNDICE - Termo de Responsabilidade do Autor do Projecto - Memória Descritiva e Justificativa 2009 Junho

DONO DA OBRA: CÂMARA MUNICIPAL DE ARCOS DE VALDEVEZ TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DE ANÁLISE DE OPERAÇÕES DE GESTÃO DE RESÍDUOS José Miguel Real Branco Gomes Ferraz, Engenheiro Civil, morador na Rua Tenente Valadim, nº 252 Hab 63 - Freguesia de Lordelo do Ouro Porto, contribuinte fiscal n.º 198446268, inscrito na Ordem dos Engenheiros na Região Norte com o n.º 9891, portador da Cédula Profissional n.º 38431, portador do B.I. n.º 10263876 de 03/10/2006 do arquivo de identificação de Viana do Castelo, declara, para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 60/07, de 4 de Setembro que a Análise de Operações de Gestão de Resíduos de que é autor referente ao Arranjo Urbanístico da Envolvente da IN.CUBO, sita em Arcos de Valdevez, cujo licenciamento foi requerido pela Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, observa as normas legais e regulamentares aplicáveis à operação urbanística em análise, nomeadamente o Decreto-Lei 46/2008, de 12 de Março e Portaria nº 335/97 de 16 de Maio. Ponte de Lima, Junho de 2009 TERMO DE RESPONSABILIDADE ANÁLISE DE OPERAÇÕES DE GESTÃO DE RESÍDUOS

ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO 2 2 CARACTERIZAÇÃO DA OBRA 2 2.1 2.2 FASEAMENTO DESCRIÇÃO DOS RESÍDUOS EXPECTÁVEIS 2 3 3 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL 3 3.1 LEGISLAÇÃO NACIONAL E COMUNITÁRIA APLICÁVEL 4 3.2 DECRETO-LEI Nº 46/2008 5 3.3 PORTARIA Nº 335/1997 5 4 ORIGEM E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS 6 5 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS 7 5.1 RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO 7 6 DESTINOS DE RESÍDUOS PRODUZIDOS 8 6.1 RESÍDUOS INERTES 8 6.2 RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS 8 6.3 RESÍDUOS PERIGOSOS 9 7 PLANOS DE GESTÃO DE RCD 9 PÁGINA 1/10

1 INTRODUÇÃO Refere-se o presente estudo à análise das operações de gestão de resíduos relativos Arranjo Urbanístico da Envolvente da IN.CUBO, cujo licenciamento foi requerido pela Câmara Municipal dos Arcos de Valdevez. A gestão dos resíduos provenientes das actividades inerentes à construção e demolição, designados de forma abreviada como RCD (Resíduo de Construção e Demolição), é uma actividade que suscita algumas preocupações, que passam pela valorização e/ou a eliminação dos resíduos produzidos. A composição dos RCD é maioritariamente de materiais inertes, onde não existem preocupações de contaminação por lixiviação, propagação de matérias tóxicas ou inconvenientes de putrefacção de matérias orgânicas, como acontece nos casos dos RSU (Resíduos Sólidos Urbanos). Tendo em conta a importância da adopção de uma abordagem que garanta a sustentabilidade ambiental da actividade da construção numa lógica de ciclo de vida, são definidas metodologias e práticas a adoptar nas fases de projecto e execução da obra que privilegiam a aplicação dos princípios da prevenção e da redução e da hierarquia das operações de gestão de resíduos 2 CARACTERIZAÇÃO DA OBRA Esta empreitada consiste na construção de uma rede viária incluindo a execução de passeios, pavimentos, infraestruturas várias, demolições. 2.1 FASEAMENTO Os trabalhos relativos à presente empreitada desenvolver-se-ão em quatro fases distintas. Numa primeira fase vai proceder-se à limpeza da área de intervenção. Ou seja, será removido o material existente na área de intervenção. Numa segunda fase, serão demolidos muros e construções existentes, resultando daqui a maioria dos resíduos inertes. Numa terceira fase, será feita a limpeza e modelação final da área de intervenção, com vista à limpeza de todos os resíduos de demolição e a modelação do terreno no interior da área de intervenção. Numa quarta fase, serão efectuados os arranjos urbanísticos. PÁGINA 2/10

2.2 DESCRIÇÃO DOS RESÍDUOS EXPECTÁVEIS Os resíduos que se prevê virem a ser gerados nesta empreitada podem ser divididos em dois grandes grupos, os valorizáveis, e os que apenas poderão ser eliminados. No capitulo 4, eles serão classificados de acordo com a legislação, com o código LER 3 LEGISLAÇÃO APLICÁVEL Os RCD dispõem agora de um quadro legislativo específico, publicado no Decreto-Lei nº46/2008, a 12 de Março. As regras a que fica sujeito o transporte de resíduos dentro do território nacional estão especificadas nas Portaria nº 335/97 de 16 de Maio PÁGINA 3/10

3.1 LEGISLAÇÃO NACIONAL E COMUNITÁRIA APLICÁVEL D IPLO M A D ESCRIÇÃO Lei nº11 / 87, d e 7 de Abril Lei de bases do am b iente Por ta ria N.º 3 35 / 97, d e 1 6 de M aio Fi xa as regr as a que fi ca sujeito o tr ansp orte d e r esíduos den tro d o terr itório naci ona l. D espa cho nº8 9 43 / 97, do IN R, de 9 d e O utub ro (II Sér ie) D ecr eto- Lei nº 51 6/ 9 9, de 2 d e D ezem br o D ecr eto- Lei nº 89 / 20 02, d e 9 de Abri l D ecr eto- Lei N.º 15 2/ 2 00 2, de 23 de M a io Por ta ria N.º 2 09 / 20 04 d e 3 de M arço D ecr eto- Lei N.º 23 0/ 2 00 4, de 10 de D ezem br o D ecr eto- Lei nº1 78 / 20 06, d e 5 d e Setemb ro Por ta ria N.º 1 02 3/ 2 00 6, de 20 de Setemb ro Por ta ria n º 1 40 7/ 2 00 6 d e 1 8 de D ezem br o Por ta ria n º 1 40 8/ 2 00 6 d e 1 8 de D ezem br o D ecr eto- Lei nº4 6/ 2 00 8, de 12 d e M a rço Iden tifica as g uia s a utili zar p ara o tra nspor te de resíduo s d entr o do territór io na cion al Apro va o Plan o Estra tégic o de Gestão de Resíduo s Indu stria is (PESG RI 99 ). Proced e à revisão do Plano estratégico de G estão dos Resídu os Ind ustriais (PESG RI) passan do a no va versã o do r eferi do do cum ento a desig nar- se PESGRI 20 02. Reg ula a insta laçã o, a exp loraçã o, o encerramento e a ma nuten ção p ós-encerramento de ater ros desti nad os a resíduo s. Pu blica a Lista Europeia de Resídu os e d efine as operações d e valorização e de el im ina ção d e r esíduo s. Estab elece o reg ime jurídico a q ue fica sujeita a g estão d e resídu os de equ ipa men tos eléctricos e electrónicos (REEE), com o objectivo prioritário d e p revenir a sua p rod ução e, su bsequentemente, promover a reutilização, a reciclag em e outras formas de valo riza ção, d e m o do a reduzi r a qu antida de e o car ácter noci vo de resíd uos eléctrico s e el ectr ónicos a serem geri dos, visan do m elh ora r o co m po rta m en to a m bien tal de to dos os oper ado res envolvi dos no ciclo d e v ida d estes eq uipa m en tos. Apro va o reg im e g eral d a gestã o de resíduo s, tran sp ond o pa ra a or dem jurídica inter na a D irectiva nº 2 00 6/ 1 2/ C E, do Parl am ento Europ eu e d o Co ncelh o, d e 5 de Abri l, e a Di rectiva nº9 1/ 6 89 / C EE, do conselh o, d e 1 2 d e D ezem bro. Defin e os elem entos q ue devem acom p anh ar o p ed ido de licenciam ento da s op erações de arma zenamento, triagem, tratamen to, valorizaçã o e eliminação de resíd uos. Estab el ec e a s r eg ras respeitan tes à l iqu ida ção d a taxa de gestão de resíduo s. Apro va o Regul am ento de Fun cio nam ento do Sistem a Integra do de Regi sto Electrón ico de Resíduos (SIRER) Apro va o reg im e d a gestã o de resídu os d e construçã o e d em o lição D ir ecti va 75 / 44 2/ C EE, do C onselh o, de 1 5 d e Julho Relativa ao s resíduos Resol ução 9 0/ C 1 22 / 02, d o Co nselho, d e 7 de M aio So br e a p olítica d os resídu os D ir ecti va 91 / 15 6/ C EE, do C onselh o, de 1 8 d e M ar ço Altera a Di rectiva 7 5/ 4 42 / CEE, relativa a os resídu os D ir ecti va 91 / 68 9/ C EE, do C onselh o, de 1 2 d e D ezem bro Rel ativa ao s r esíduos per igo so s D ir ecti va 94 / 31 / C EE, do C o nselho, de 2 7 d e Junh o Altera a Di rectiva 9 1/ 6 89 / CEE, relativa a os resídu os p erig osos D eci sã o 96 / 35 0/ C E, da C om issão, d e 2 4 d e M ai o Adap ta o s Anexo s IIA e IIB d a D irectiva 7 5/ 4 42 / C EE do Co nselho r el ati va ao s r esíduos. Resol ução 9 7/ C 7 6/ 0 1, do C on selh o, de Rel ativa à estr atég ia co mu nitári a de gestão de resíduo s 2 4 d e Fevereir o D ir ecti va 19 99 / 31 / C E, d o Co nselho, d e 2 6 d e Abr il Rel ativa à d ep osiçã o de resídu os em aterro s D eci sã o 20 00 / 53 2/ C E, da C om issão, d e 3 de Maio D eci sã o 20 01 / 11 8/ C E, da co m issão, de 1 6 d e Janei ro D eci sã o 20 01 / 11 9/ C E, da co m issão, de 2 2 d e Janei ro D eci sã o 20 01 / 57 3/ C E, do C on selh o, de 2 3 d e Julho GERAL - N AC IO N AL G ERAL - C O MU N ITÁRIA Su bsti tui a D eci sã o 94 / 3/ C E que esta belece um a li sta de resíd uos em confor m ida de com a a línea a) d o a rti go 1º da D irectiva 75 / 44 2/ C EE d o C on sel ho, r el ati va aos r esíduo s, e a D ecisã o 9 4/ 9 04 / C E do C onselh o, que estabel ece um a l ista de r esíduos perig osos em conformida de com o n º4 do artigo 1º da Directiva 9 1/ 689 / CEE do Conselho, relativa aos resíd uos perig osos. Altera a Deci são 2 00 0/ 5 32 / CE, no q ue r esp eita à l ista d e r esíduos. Altera a Decisão 20 00 / 532/ CE q ue su bstitui a Decisão 94 / 3/ CE, que estab elece uma lista de resíduo s em co nformidade com a alínea a) do artigo 1º da Directiva 75 / 44 2/ C EE d o C o nselho, relativa a os resíd uos, e a D eci sã o 94 / 90 4/ C E d o Co nselho, que esta belece uma lista de resíd uos perigo sos em aplicação d o nº4 do artig o 1º da Di rectiva 9 1/ 6 89 / CEE do Co nselho, rela tiva aoi s r esíduos per igo so s. Altera a Deci são 2 00 0/ 5 32 / Cem no q ue r esp eita à lista d e r esíduo s. PÁGINA 4/10

3.2 DECRETO-LEI Nº 46/2008 O Decreto-Lei estabelece o regime jurídico e as normas técnicas a que fica sujeita a gestão de RCD, nomeadamente a sua prevenção e reutilização e as suas operações de recolha, transporte, armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação, de forma a não constituir perigo ou causar prejuízo para a saúde humana ou para o ambiente. Todos os intervenientes do ciclo de vida dos RCD serão co-responsáveis pela sua gestão. Este Decreto-Lei estabelece uma cadeia de responsabilidades que vincula quer os donos de obra e os empreiteiros quer as câmaras municipais. O detentor e o produtor serão responsáveis pela triagem dos RCD no local de produção, pela sua reutilização (sempre que tecnicamente possível), e pela recolha selectiva e transporte para unidades licenciadas para valorização e ou eliminação dos RCD. Os materiais que não seja possível reutilizar, e que constituam RCD, são obrigatoriamente objecto de triagem em obra com vista ao seu encaminhamento, por fluxos e fileiras de materiais, para reciclagem ou outras formas de valorização. Nos casos em que não possa ser efectuada a triagem dos RCD na obra ou em local afecto à mesma, o respectivo produtor é responsável pelo seu encaminhamento para operador de gestão licenciado para o efeito. O operador de gestão de resíduos de RCD deve emitir um certificado de recepção de RCD, e enviar ao produtor, no prazo máximo de 30 dias, ficando com uma cópia do mesmo. O certificado de recepção deve conter a informação de acordo com o anexo III do Decreto-Lei nº 46/2008. Este decreto refere ainda que as operações de gestão de RCD, nomeadamente armazenagem, triagem, tratamento, valorização e eliminação de RCD, estão sujeitas a licenciamento nos termos do disposto no Decreto-Lei nº178/2006, de 5 de Setembro. A deposição de RCD em aterros está sujeita a licenciamento nos termos do Decreto-Lei nº 152/2002, de 23 de Maio. No anexo I, deste Decreto-Lei, são referidos os requisitos mínimos para instalações de triagem e de fragmentação de RCD. 3.3 PORTARIA Nº 335/1997 O produtor e o detentor dos resíduos devem garantir, sempre que pretendam proceder ao seu transporte, que os mesmos são transportados de acordo com as prescrições desta Portaria. O transporte dos resíduos apenas pode ser efectuado pelo produtor, pelo eliminador ou valorizador licenciados nos termos da legislação em vigor. O produtor, o detentor e o transportador de resíduos respondem solidariamente pelos danos causados durante o transporte. PÁGINA 5/10

O produtor e o detentor devem assegurar que cada transporte é acompanhado de guias de acompanhamento de resíduos, cujo modelo constam no anexo desta portaria 4 ORIGEM E CLASSIFICAÇÃO DOS RESÍDUOS A nível europeu, a classificação dos resíduos está definida na Lista Europeia de Resíduos (LER). Esta divide os resíduos em 20 classes, estando os resíduos de construção e demolição representados na classe 17 Resíduos de Construção e Demolição Códigos LER Designação 17 01 00 Betão, tijolos, ladrilhos e materiais cerâmicos. 17 02 00 Madeira, vidro e plástico. 17 03 00 Misturas betuminosas, alcatrão e produtos de alcatrão. 17 04 00 Metais (incluindo ligas). Solos (incluindo solos escavados de locais contaminados), rochas e 17 05 00 lamas de dragagem. Materiais de isolamento e materiais de construção contendo 17 06 00 amianto. 17 07 00 Mistura de resíduos de construção e demolição. 17 08 00 Materiais de construção à base de gesso. 17 09 00 Outros resíduos de construção e demolição. Os RCD perigosos são identificados no LER com um asterisco (*). Em geral podemos afirmar que os RCD são classificados como não perigosos, mas devemos sempre confirmar junto dos intervenientes, pois mesmo quantidades pequenas de resíduos perigosos (amianto, metais pesados, solventes, adesivos.) misturados nos RCD podem levar à caracterização do resíduo como perigosos no seu todo. Apesar de haver uma classe específica para os RCD, existem outros resíduos característicos que neles se podem englobar e que estão enquadrados noutras categorias da LER, nomeadamente: - Classe 08: resíduos de fabrico, formulação, distribuição e utilização (FFDU) de revestimentos (tintas, vernizes e esmaltes vítreos), colas, vedantes e tintas de impressão; - Classe 13: Óleos usados e resíduos de combustíveis líquidos (excepto óleos alimentares e classes 05, 12 e 19); - Classe 14: resíduos de solventes, fluidos de refrigeração e gases propulsores orgânicos (excepto 07 e 08); PÁGINA 6/10

- Classe 15: resíduos de embalagens; absorventes, panos de limpeza, materiais filtrantes e vestuário de protecção não anteriormente especificados; - Classe 16: resíduos não especificados noutras classes desta lista (pilhas, equipamento eléctrico e electrónico). 5 CARACTERIZAÇÃO DOS RESÍDUOS Qualitativamente, os RCD são compostos por uma grande variedade de materiais, que variam em função do tipo de projecto, técnicas e materiais utilizados nas obras. Os principais materiais encontrados nos RCD são: - Materiais orgânicos (papel, cartão, madeira, plásticos.); - Materiais compósitos (tapetes, revestimentos de paredes de gesso, material eléctrico, madeira prensada, madeira envernizada); - Inertes (betão, betão armado, tijolos, telhas, azulejos, porcelanas, vidro, metais ferrosos, metais não ferrosos, pedra, asfalto, terra) 5.1 RESÍDUOS DE CONSTRUÇÃO Os resíduos de demolição apresentam, na maior parte dos casos, grande quantidade de material inerte e solos. A sua composição é função do tipo de obra a ser demolida e do grau de selectividade da demolição. Os resíduos de demolição são caracterizados por uma grande heterogeneidade, com possíveis contaminações de resíduos perigosos, que não devem passar mais de 1% em massa. Uma estimativa da composição dos resíduos de obra é a apresentada na tabela seguinte Betão Betuminoso 10% Diversos 90% PÁGINA 7/10

6 DESTINOS DE RESÍDUOS PRODUZIDOS O transporte dos resíduos produzidos do local de armazenamento até ao local de deposição final (aterro ou valorização) deverá respeitar a legislação em vigor, assim como o acondicionamento no estaleiro. O Instituto de Resíduos (INR) publica uma lista de empresas licenciadas para a gestão de resíduos (Listagem de Operadores de Gestão de Resíduos não Urbanos) devendo esta entidade ser contactada pelo empreiteiro, aquando da escolha e definição dos operadores de resíduos. A referida lista, no entanto, não oferece garantias relativamente à autorização de operações destes operadores pelas entidades oficiais devendo, antes do inicio da empreitada, ser iniciados os contactos comas empresas responsáveis pela gestão dos resíduos, bem como solicitadas as cópias dos seus processos de autorização/licenciamento. 6.1 RESÍDUOS INERTES Os resíduos inertes, são valorizáveis, e podem ser aplicados na: - Recuperação paisagística; - Incorporação como matéria-prima para a construção de infra-estruturas viárias, como base, sub-base ou revestimento primário; - Agregado para a produção de betão não estrutural, em substituição dos agregados convencionais; - Preenchimento de vazios das construções; - Modelação de terrenos 6.2 RESÍDUOS NÃO PERIGOSOS Este tipo de resíduos tem origem nas operações de limpeza e desmantelamento da empreitada, e não podem conter resíduos considerados perigosos. Materiais como metais, plásticos, madeira, desde que não contaminados, nem contendo substâncias perigosas, são considerados valorizáveis. Esta valorização pode ser conseguida dom a incorporação destes materiais em fileiras de reciclagem, ou outro tipo de valorização. Após a sua remoção, a parte valorizável deve ser armazenada, num local dentro do perímetro do estaleiro e apenas acessível por pessoal autorizado, sendo posteriormente enviados para operadores licenciados para o efeito. PÁGINA 8/10

6.3 RESÍDUOS PERIGOSOS Após a sua remoção, os resíduos perigosos serão armazenados temporariamente no interior do perímetro do estaleiro, devidamente segregados, em contentores para esse fim. O armazenamento destes resíduos deve ser feito num armazém coberto, cujo acesso deverá ser restrito a pessoal autorizado. A superfície deste local deverá ser impermeável e dispor de bacia de retenção, de modo a evitar contaminação do local em caso de acidente 7 PLANOS DE GESTÃO DE RCD O controlo consiste na verificação da boa implementação dos procedimentos estabelecidos para a gestão de resíduos e na elaboração dos registos ou documentos de controlo correspondentes a esta componente da obra. Estes registos e documentos incluem entre outros, Fichas de Controlo a elaborar internamente, Livro de Ambiente da Obra e preenchimento de documentos oficiais como, por exemplo, Guias de Transporte. O controlo operacional é da responsabilidade do Director Técnico do Empreiteiro ou do seu Responsável Ambiental. Registo das inspecções periódicas ao(s) parque(s) de armazenamento temporário de resíduos, efectuadas pelo Responsável Ambiental. O resultado destas inspecções deverá constar da ficha de verificação das condições de armazenamento de resíduos. Estas fichas deverão ser enviadas à Fiscalização para aprovação antes do início das actividades de desmantelamento e demolição. Os registos ambientais são da responsabilidade do Empreiteiro, que os deverá arquivar e apresentar sempre que sejam solicitados pela Fiscalização, pelo Dono da Obra ou por qualquer outra entidade oficial com responsabilidades no processo. Deverá, igualmente, existir um Livro de Ambiente da Obra, o qual é um documento idêntico ao Livro de Registo da Obra, no qual devem ser registadas eventuais alterações aos procedimentos ambientais predefinidos, por proposta do Dono da Obra, das entidades oficiais com responsabilidades no processo ou do próprio Empreiteiro, depois de devidamente validadas, deficiências na execução dos procedimentos e respectivas causas, ou ainda quaisquer outros acontecimentos que forem considerados relevantes do ponto de vista da gestão dos resíduos da empreitada. Sempre que ocorram operações de transporte de resíduos pelo operador contratado, ou pelo Adjudicatário, o Adjudicatário deverá, de acordo com o disposto na Portaria n.º 335/97, como produtor do resíduo, preencher, em triplicado, uma Guia de Acompanhamento de Resíduos (Modelo 1428 da INCM). Um dos exemplares ficará arquivado na obra, sendo os restantes dois PÁGINA 9/10

entregues ao operador, que deverá preencher a sua parte, e remeter ao produtor a parte que lhe é destinada. A responsabilidade de preenchimento destas guias é do Director Técnico do Empreiteiro ou do seu Responsável Ambiental. O Adjudicatário deverá guardar os referidos documentos durante os cinco anos e disponibilizá-los quando solicitados pelas entidades competentes, conforme disposto no art. 16º do Decreto-Lei n.º 239/97 Ponte de Lima, Junho de 2009 O Técnico Responsável PÁGINA 10/10