Caracterização e avaliação dos passivos ambientais e da eficiência e eficácia dos procedimentos de licenciamento ambiental dos postos revendedores de combustíveis de Palmas-TO Characterization and evaluation of the ambient liabilities and the efficiency and effectiveness of the procedures of ambient licensing of fuel the peddling ranks of Palm Marcos dias Paes Graduando em Tecnologia em Gestão Ambiental pela Faculdade Católica do Tocantins (FACTO) José Lopes Soares Neto Professor/orientador Graduado em Ciências Biológicas pela Universidade do Tocantins (Unitins), Mestre em Ciências do Ambiente pela Universidade Federal do Tocantins (UFT) e Professor Titular na Faculdade Católica do Tocantins (FACTO) Endereço: 106 Sul Alameda 24 Lote 21 Palmas - TO CEP: 77.020-088 Tel.: (63) 3215 2247. e-mail: dias.marcos@hotmail.com 1. Resumo No Brasil e em outros países desenvolvidos a preocupação com os danos e contaminações ambientais é grande, dentre os quais se podem destacar os causados por vazamentos em tanques subterrâneos de armazenamento dos postos revendedores de combustíveis automotores. A maior parte desses acidentes é provocada pela corrosão dos tanques, que representa um perigo tanto à saúde da população, quanto risco de explosão, e fundamentalmente a contaminação do lençol freático. O objetivo deste trabalho é o de refletir acerca de Passivos ambientais nos postos revendedores de combustíveis de palmas, tendo como viés os problemas de corrosão em tanques subterrâneos e contaminações ambientais, e como as leis tratam tais projetos de construção, modificação, e operação de Postos de gasolina e derivados, por tanto tema de extrema relevância na contemporaneidade. As pesquisas foram realizadas através de levantamento em fontes bibliográficas, banco de dados digitais, fontes disponíveis na Internet, legislações pertinentes, e através de contatos com entidades, órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais, Os postos revendedores de combustíveis de Palmas-TO, com toda a burocracia para se obter a licença de operação (L.O), apresentaram resultados satisfatórios, isto e, que todos os postos em funcionamento, ou seja, 90% estão com a L.O expedida e 10% estão com pedido de renovação da
2 mesma, e o que mostra a figura 12, Tendo em vista que o licenciamento ambiental é instrumento indispensável para o funcionamento dos postos revendedores de combustíveis, a figura 09 mostra que 62% dos postos visitados possuem poços de monitoramento, 35% ainda não contam com esse sistema de monitoramento e 4% não souberam informar se na área do posto havia esse sistema de monitoramento. Palavras-chave: Meio-Ambiente, Contaminação, Corrosão, Postos de Gasolina, Tanques. Subterrâneos. Abstract In Brazil and other developed countries the concern with the ambient damages and contaminations is great, amongst which if they can detach the caused ones for emptyings in underground automachine fuel tanks. Most of these accidents is provoked by the corrosion of the tanks, that in such a way represents a danger to the health of the population, how much explosion risk, and basically the contamination it freático sheet. In order to reflect concerning ambient Liabilities in the fuel ranks of Palm, having as bias the ambient problems of corrosion in underground tanks and contaminations, and as the laws deal with such projects construction, modification, and operation of Gas stations and derivatives, for as much subject of extreme relevance in the contemporaneidade. Word-key: Half-Environment, Contamination, Corrosion, Gas stations, Tanks. Underground.
3 2. INTRODUÇÃO Os elevados índices de contaminação do ar, da água e do solo, aliados a crescente escassez dos recursos naturais e o aumento da perda da biodiversidade, vêm ganhando cada vez mais destaque nos campos da política e da economia, demonstrando claramente a necessidade da sociedade buscar padrões ambientais adequados. Os produtos derivados do petróleo, como a gasolina e o óleo diesel, representam uma importante fonte de contaminação do meio ambiente nos centros urbanos (OLIVEIRA, 1992). De um modo geral, a falta de monitoramento dos postos revendedores de combustíveis no Brasil pode comprometer a qualidade das águas subterrâneas, principalmente pela falta de fiscalização e a certeza da impunidade. Para o Instituto Brasileiro de Contabilidade IBRACON, passivo ambiental é, toda agressão que se praticou ou pratica contra o Meio Ambiente e consiste no valor dos investimentos necessários para reabilitá-lo, bem como multas e indenizações em potencial. O Brasil, como todos os países em ritmo acelerado de industrialização, tem sérios problemas de contaminação das águas subterrâneas, que estão afetando ou ameaçando afetar os abastecimentos de água potável. A pesquisa realizada pretende avaliar as condições das estruturas físicas dos postos de combustíveis, e de seus equipamentos como: tanques de armazenamento, tubulações utilizadas no sistema de abastecimento, bombas de combustíveis, pisos, canaletas de escoamento, caixa separadora de água e óleo, com o objetivo de propor alternativas e correlacionar os postos de combustíveis e possíveis infrações com as leis vigentes. Este trabalho tem por objetivo a caracterização e avaliação dos passivos ambientais e da eficiência e eficácia dos procedimentos de licenciamento ambiental dos postos de combustíveis de PALMAS-TO, como instrumento para a proposição de alternativas mais simplificadas e eficazes no processo de licenciamento e adequação ambiental, de modo a garantir o atendimento das exigências ambientais necessárias para seu funcionamento. Pretende-se ainda como objetivos específicos, diagnosticar a causa dos fatores influentes na determinação dos baixos índices de regularização ambiental dos postos revendedores de combustíveis; proceder levantamento da situação quanto a regularização ambiental dos postos revendedores de combustíveis; diagnosticar mediante chek-list os passivos ambientais de cada posto revendedor de combustível do município de Palmas e por fim, caracterizar o potencial poluidor de cada posto revendedor de combustível do município de palmas.
4 3. REFERENCIAL TEÓRICO A literatura existente apesar de não ser específica sobre postos revendedores de combustíveis tem vasto material que aborda assuntos relacionados ao tema desenvolvido. Cita-se neste trabalho algumas pesquisas, não se esgotando pesquisas anteriores. Conforme a Resolução nº 273 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (CONAMA), posto revendedor de combustíveis é toda instalação, onde se exerce a atividade de revenda varejista de combustíveis líquidos derivados de petróleo, álcool combustível e outros combustíveis automotivos, dispondo de equipamentos e sistemas para armazenamento de combustíveis automotivos e equipamentos medidores. Grande parte dos tanques subterrâneos dos postos revendedores de combustíveis é construída em aço, sem revestimento, ou seja, sem proteção contra corrosão. Apenas recentemente esses tanques vêm sendo substituídos por outros mais seguros, decorrentes das novas exigências estabelecidas pela resolução 273/2000 do Conselho Nacional de Meio Ambiente (CONAMA, 2000). Porém, os tanques e instalações subterrâneas - SASC's (sistema de abastecimento subterrâneo de combustíveis) têm vida útil em média, de 25 anos, uma vez que de acordo com estatísticas internacionais, os tanques com mais de 20 anos de instalação estão mais suscetíveis a apresentar problemas de vazamentos devido à corrosão, e por se tratarem de instalações subterrâneas, onde a observação direta dos equipamentos é impossível, historicamente sempre houve grande dificuldade na detecção de vazamentos em estágios iniciais (COLE, 1994). Observa - se que muitas cidades sofreram e sofrem por algum tipo de passivo ambiental proveniente de atividades de postos revendedores de combustíveis. Em um derramamento de combustível, uma das principais preocupações é a contaminação de aqüíferos (reservatórios de águas subterrâneas) que sejam usados como fonte de abastecimento de água para consumo humano. Por ser pouco solúvel em água, a gasolina derramada contendo mais de uma centena de componentes estará presente no subsolo como líquido de fase não aquosa (NAPL), inicialmente em contato com a água subterrânea a gasolina se dissolverá parcialmente. Os hidrocarbonetos monoaromáticos, benzeno, tolueno, etilbenzeno e os três xilenos orto, meta e para, chamados
5 compostos BTEX, são os constituintes da gasolina que têm maior solubilidade em água e, portanto, são os contaminantes que primeiro irão atingir o lençol freático (CORSEUIL, 1997). Uma exposição aguda (altas concentrações em curtos períodos) por inalação ou ingestão pode levar o indivíduo ao óbito (MARQUES, et al, 2003). Para (SOTO et al 1994), o tolueno e xileno têm efeitos anestésicos similares aos do benzeno, mas possuem efeitos tóxicos consideravelmente menores. A exposição a estes pode produzir uma ligeira hipertrofia do fígado e uma anemia discreta. Em decorrência do potencial poluidor dos combustíveis derivados de petróleo e álcool, promoveu-se a elaborações de leis, decretos, resoluções e normas para proteção e monitoramento da qualidade do solo e das águas subterrâneas nas áreas de influência dos postos revendedores de combustíveis, por conseqüência a contaminação do solo e das águas subterrâneas é considerada crime ambiental pela Lei Federal no. 9.605/98, regulamentada pelo Decreto 6.514/2008 substituindo e revogando o Decreto 3.179/99. A resolução CONAMA Nº 273 de 2000, COEMA 007/2005 e 008/2006 e a lei municipal nº 1011/2001. Dispõe que na ocorrência de passivos ambientais, os proprietários, arrendatários ou responsáveis pelo estabelecimento, equipamentos e sistemas além dos fornecedores de combustíveis, responderão solidariamente pela situação, contribuindo para o saneamento das áreas impactadas (BRASIL, 2000). 4. METODOLOGIA A fase inicial do presente estudo foi caracterizada pelo levantamento de informações e formação do banco de dados. As pesquisas foram realizadas através de levantamento em fontes bibliográficas, banco de dados digitais, fontes disponíveis na Internet, legislações pertinentes, e através de contatos com entidades, órgãos e instituições públicas federais, estaduais e municipais. Na segunda fase foi realizado levantamento de informações na agência municipal de meio ambiente - SEDUMAH e no sindicato dos postos revendedores de combustíveis de Palmas - SINDPOSTO. Nesta fase foram consultadas também autoridades e algumas empresas atuantes na área de consultoria ambiental. Foi aplicado um questionário nos postos revendedores de combustíveis existentes em Palmas, incluindo o existente em Taquaruçu, no intuito de verificar a real situação ambiental dos
6 postos revendedores de combustíveis, inerente ao atendimento da legislação ambiental em vigor e da caracterização e avaliação dos passivos ambientais. 5. RESULTADOS E DISCUSSÕES Com base no referencial teórico e na pesquisa realizada informalmente nos órgãos responsáveis e postos revendedores de combustíveis, foi possível realizar as seguintes considerações. O modelo de gestão aplicado aos postos de revendedores de combustíveis, desde o licenciamento de instalação até seu funcionamento e amparado pela resolução CONAMA273/2000, que é extremamente rigorosa, e essa gestão aplicada à problemática das contaminações fornece instrumentos qualitativos e quantitativos, para os órgãos ambientais exigirem procedimentos preventivos, atribuindo a responsabilidade de remediação e descontaminação do solo aos proprietários dos postos de combustíveis, bem como aqueles considerados co-responsáveis (fabricantes de tanques e tubulações, empresas instaladoras, fornecedores de combustíveis, responsáveis por instalações vizinhas que possam propiciar possíveis acidentes nos postos de combustíveis. A figura 01 mostra a real situação dos postos revendedores de combustíveis, quanto o tipo de tanque utilizado para o armazenamento de combustíveis, dos postos de Palmas-TO, 73% usam tanques ecológicos, 12% usam os de paredes duplas metálicas com revestimentos, 4% parede simples metálica com revestimento, 4% parede simples metálica e 8% não souberam informar, o que mostra que os administradores dessa atividade ou seus funcionários não tem total conhecimentodos equipamentos e materiais utilizados na construção dos mesmos. Mediante todos esses fatores acima mencionados, a resolução CONAMA nº 273/2000 rege que os postos revendedores de combustíveis utilizem tanques de armazenamento de combustíveis mais elaborados do que os que eram usados no passado. Esses tanques modernos são os de parede dupla jaquetados, também conhecidos como tanques ecológicos, e devem apresentar as seguintes características: um tanque primário fabricado em chapa de aço-carbono, produzido em conformidade com a norma NBR 13.312/2007 da ABNT (Associação Brasileira de Normas Técnicas); um tanque secundário revestido em sua totalidade com resina termofixa reforçada com fibra de vidro, produzido em conformidade com a norma NBR 13.785/1997 da ABNT;
7 Figura 01: Tipos de tanques utilizados pelos postos. A figura 02 revela que em 92% dos postos não houve substituições dos tanques, enquanto 8% houve substituição de tanques nos postos de Palmas-TO, e foi levantado na pesquisa que as substituições ocorreram não devido a corrosões, mas sim por estarem se adequando às normas ambientais. Figura 02: Substituição de tanque. Conforme demonstra o gráfico 03 os postos revendedores de combustíveis apresentam seu sistema de detecção de vazamento, no geral muito precário, pois 100% usam somente a medição manual diária, sendo que, não é a mais recomendada para detecção de vazamentos, no entanto há equipamentos de ultima geração que da resultados precisos de ate 0,05 MG/l, como o sensor intersticial.
8 Para empreendimentos com sistemas de armazenamento subterrâneo de combustíveis (SASC) com idade superior a 15 (quinze) anos, ou que não tiverem comprovação de sua idade, os testes de estanqueidade devem ser realizados de 02 em 02 anos. Quem ganha é o revendedor, ficar sabendo se há existência de perda de combustível, e se está acontecendo? O empresário saberá que há um passivo a ser tratado. E, certamente, o preço a ser pago por uma contaminação será alto, tanto em termos financeiros como de danos à imagem da empresa. Figura 3: Realização de detecção de vazamento nos tanques de combustíveis. Em relação aos postos que realizam ou não o teste de estanqueidade (figura 04), dos 26 postos, 77% realizam e 23% não realizam teste de estanqueidade, além disso, o procedimento para elaboração destes ensaios baseia-se na utilização de diferentes técnicas e metodologias para diagnosticar vazamentos no sistema de abastecimento e está dividido em testes da parte molhada (área com combustível), parte seca (sem combustível) e testes de linha (tubulações e conexões). O procedimento leva de duas a três horas por tanque instalado, e a periodicidade dos testes segue o que diz o parágrafo único do Art. 3º da Resolução CONAMA nº 319/2002.
9 Figura 4: teste de estanqueidade. No que tange a situação em que se encontram as pistas de abastecimento (figura 05), dos 26 postos revendedores de combustíveis em relação à existência de canaletas para conter eventuais derramamentos, todos se encontram de acordo com as legislações. Que têm a finalidade de conter eventuais derramamentos ocorridos durante as operações de abastecimentos ou de descarga dos combustíveis, bem como receber os eventuais efluentes da lavagem de veículos, e direcioná-los para um separador de água e óleo individual e segregado dos demais separadores existentes. Figura 5: canaletas para conter eventuais derramamentos.
10 De acordo com os dados levantados em pesquisa realizada nos postos revendedores de combustíveis, constatou-se que 100% dos postos revendedores de combustíveis da cidade de Palmas-TO têm caixa separadora de água e óleo, e que tem a finalidade de separar o óleo acumulado sobre as ilhas de abastecimento, setor de troca de óleo e lavagem..a caixa separadora deve ser construída com revestimento de concreto ou em fibra de vidro (caixas pré-moldadas); e a operação de limpeza da caixa separadora de água/óleo que serve o setor de lavagem, a pista de abastecimento e a troca de óleo deverão ser executadas no mínimo quinzenalmente. Figura 6: Caixa separadora de água e óleo. Nos postos de Palmas-TO apesar de se esperar que todos os postos estivessem com seus sistemas de abastecimentos em perfeitas condições, ou seja, que todos os postos revendedores de combustíveis estivessem de acordo com as normas ambientais, no entanto 4% dos postos apresentaram vazamentos nas tubulações que interligam os tanques as unidades de abastecimento (bombas), e 96% estão sem vazamentos, o que pode configurar contaminação do solo e do lençol freático, e risco de explosão e prejuízos aos proprietários dos postos revendedores de combustíveis.
11 Figura 7: Vazamento de combustível nas unidades que integram o sistema de bombeamento ao abastecimento. Em relação às tubulações que interligam os tanques de armazenamento aos bicos de abastecimento (bombas), a pesquisa realizada constatou que 92% dos postos estão de acordo com as normas e 08% não estão cumprindo o que a ABNT NBR 13783:2004 preconiza (figura 08). Nas conexões metálicas roscadas, deve ser aplicado material vedante compatível com os combustíveis automotivos, de forma que garanta a estanqueidade do sistema. Para as conexões de descarga selada e válvula de retenção da sucção, não é permitido usar qualquer produto que cause o travamento das roscas, como material vedante. Para tubulação subterrânea, os tubos devem ser contínuos e sem emendas. Caso necessário, a operação de emenda deve ser por meio de conexão eletrossoldável, podendo assim o tubo poderá ficar enterrado diretamente no solo. Figura 08: As tubulações estão de acordo com as recomendações técnicas.
12 Tendo em vista que o licenciamento ambiental é instrumento indispensável para o funcionamento dos postos revendedores de combustíveis, a figura 09 mostra que 62% dos postos visitados possuem poços de monitoramento, 35% ainda não contam com esse sistema de monitoramento e 4% não souberam informar se na área do posto havia esse sistema de monitoramento. Os poços de monitoramento são métodos eficientes para a detecção e aferição de contaminações, em fase livre do produto no lençol freático ou em fase dissolvida no solo, e são normatizados pela ABNT NBR 14623/2000. Figura 9: Há poços de monitoramento na área o posto. A pesar da cidade de Palmas-TO ser uma cidade planejada, não é atendida ao todo por rede coletora de esgoto, com isso a figura 10 mostra que 77% dos postos revendedores de combustíveis são atendidos com rede coletora de esgoto enquanto 23% ainda não contam com esse beneficio. A norma ABNT NBR 9800/1987, a qual estabelece limites para lançamento de óleos e graxas no valor de 150 mg/l e sólidos sedimentáveis de 20 ml/l, valores idênticos aos limites estabelecidos pelo artigo 19A do Decreto 15.425/80.
13 Figura 10: Existência de rede coletora de esgoto na área do posto. Uma das áreas de maior relevância nos postos de combustíveis é o piso da pista de abastecimento, local onde ocorrem eventuais derramamentos provenientes de abastecimento, descarga, lavagem de veículos, e nos postos revendedores de combustíveis Palmas-TO 81% estão com o piso em ótima situação, 19% estão com o piso regular e nenhum posto apresentou pista em estado ruim (figura 11). Os pisos das áreas de abastecimento, de descarga e de lavagem e troca de óleo deverão ter revestimento executado em material que não permita infiltração e ter sistema de drenagem independente da drenagem pluvial, ou de águas servidas para escoamento das águas, através de caixa separadora de água e óleo de acordo com a ABNT NBR 13.786/97. Figura 11: Situação do piso na pista de abastecimento.
14 Os postos revendedores de combustíveis de Palmas-TO, com toda a burocracia para se obter a licença de operação (L.O), apresentaram resultados satisfatórios, isto é, todos os postos em funcionamento, ou seja, 90% estão com a L.O expedida e 10% estão com pedido de renovação da mesma, é o que mostra a figura 12. Figura 12: situação quanto ao licenciamento ambiental. Os instrumentos de proteção ambiental aplicável às atividades de distribuição e revenda de combustíveis só terão plena eficácia nas empresas que se esforçarem pela mudança de mentalidade, afastando a concepção equivocada de que o desenvolvimento está no lado oposto ao da preservação dos recursos naturais. Sendo esta atividade potencialmente poluidora e contaminadora, requer cuidados ambientais antes de sua instalação e no decorrer de seu respectivo funcionamento. Portanto ações mitigadoras devem ser adotadas para permitir que tal empreendimento não cause nenhum prejuízo ao meio ambiente. Os órgãos ambientais devem exigir que o laudo das analises sejam entregues junto à documentação no momento da renovação da L.O com o objetivo de evitar adulteração de resultados. Os postos revendedores devem dar treinamento de qualidade aos funcionários, de modo que os mesmos se conscientizem de que a atividade de revenda de combustível requer uma atenção especial. O órgão ambiental competente deve criar um selo de qualidade aos postos que estiverem em conformidade com as normas ambientais.
15 A relevância deste trabalho foi constatar se todas as normas estejam sendo cumpridas quanto a eficácia e eficiência do licenciamento ambiental estão dentro do rigor exigido, para que disso resulte na preservação dos lençóis freáticos, qualidade das águas subterrâneas e não contaminação do solo, assegurando o futuro de nossas gerações. 6. CONCLUSÃO Foi constatado através de pesquisa realizada nos postos que os estabelecimentos não estão atendendo a resolução CONAMA 273/2000 em sua totalidade de exigências, e por se tratarem de atividade potencialmente poluidora o órgão licenciador não tem condição de ser flexível nas exigências para o licenciamento, como todos os postos estão com as L.O passam a estar menos suscetíveis de cometerem passivos ambientais, a pesar de estarem todos licenciados a maioria dos estabelecimentos apresentaram alguma inconformidade de acordo com chek list aplicado e o que estabelece a resolução CONAMA Nº 273/2000, COEMA 007/2005 e 008/2006 e a lei municipal nº 1011/2001. Pois os proprietários visam mais o lucro do que a problemática ambiental.
16 7. REFERÊNCIAS BIBLIOGRAFICAS ANTONIUS, (1999), apud Tinoco e Kraemer, (2004). ABNT NBR 13.786/97 Associação brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 14623/2000 Associação brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 13783/2004 Associação brasileira de Normas Técnicas. ABNT NBR 13.312 e NBR 13.785 da (Associação Brasileira de Normas Técnicas); Art. 3º e Art. 14 da Resolução CONAMA nº 319 de 04/12/2002 BRASIL. Ministério do Meio Ambiente. (Resolução CONAMA nº 273, 29 de novembro de 2000 COLE, G.M., 1994, A avaliação e remediação da contaminação por petróleo. CORSEUIL, H. X. Contaminação de águas subterrâneas por derramamento de gasolina: O problema é grave? Revista da Associação Brasileira de Engenharia Sanitária e Ambiental - ABES. 1997. http://pt.wikipedia.org/wiki/eficacia 07/09/2009 http://pt.wikipedia.org/wiki/eficiencia 07/09/2009 http://www.andreamenezes.eng.br (11/11/09) IBRACON - Instituto Brasileiro de Contabilidade. Lei Municipal nº 1011/2001. MARQUES, C.E.B, A. O licenciamento ambiental dos postos de revenda varejista de combustíveis de Goiânia. Universidade Católica de, 2003. OLIVEIRA, E. 1992, Contaminação de Aqüíferos por Hidrocarbonetos Provenientes de Vazamentos de Tanques de Armazenamento Subterrâneo. Resolução COEMA 007/2005 e 008/2006 SANDRES, Gisele Carvalho. Contaminação dos solos e águas subterrâneas provocadas por vazamento de Gasolina nos Postos de combustíveis, devido à corrosão em tanques enterrados. Dissertação de Mestrado Universidade Federal Fluminense 2004.