REPÚBLICA DE ANGOLA MINISTÉRIO DO COMERCIO DISCURSO DE S.E. SRA MARIA IDALINA DE OLIVEIRA VALENTE MINISTRA DO COMÉRCIO NA OITAVA CONFERÊNCIA MINISTERIAL DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DO COMÉRCIO 15 a 17 de Dezembro de 2011 Genebra - Suíça 1
Senhor Presidente, Distintos Ministros, Distintos Delegados É com muito prazer que estou aqui presente, para em nome da República de Angola, endereçar algumas palavras a esta ilustre Conferência Ministerial. Permitam-me que eu agradeça, em nome da minha Delegação e em meu Nome pessoal, ao governo e ao povo helvéticos por terem aceite, de albergar mais uma vez uma Conferência da OMC, e ao Director Geral da OMC e aos seus colaboradores pelas disposições organizacionais e logísticas na realização deste evento. De igual modo felicito-lhe, Senhor Presidente, pela sua eleição para dirigir os nossos trabalhos. 2
Senhor Presidente, Senhor Director Geral, Na nossa última conferência realizada nesta mesma sala, havíamos lançado uma mensagem de esperança e de fé na conclusão das negociações do Programa de Doha para o Desenvolvimento. Passados dois anos, esta mensagem de esperança e de fé foi dissolvida nas turbulências financeiras e económicas que vivem algumas regiões do mundo, a tal ponto que certos grandes atores comerciais tentam encontrar as soluções na mudança dos mandatos de Doha e do seu processo negocial. Senhor Presidente Nós reafirmamos vigorosamente o nosso empenho nas negociações multilaterais, inclusivas e consensuais para o alcance de um resultado equilibrado em todos os domínios do Programa de Doha para o 3
Desenvolvimento, evitando desta forma qualquer tentativa que possa desviar o Mandato actual. De igual forma, consideramos que a introdução de novas questões tais como as alterações climáticas e investimentos não sera salutar para o processo negocial da Agenda de Doha. A credibilidade da OMC como mecanismo institucional que rege o comércio mundial - depende do respeito das regras, do respeito do mandato das negociações, do respeito dos compromissos assumidos e do respeito do engajamento colectivo. Somos de opinião que o engajamento colectivo assumido em Doha, de colocar os interesses e as necessidades dos Países em Desenvolvimento, e particularmente dos Países Menos Avançados no Centro do Programa de Trabalho, deverá, não só ser reafirmado aqui em Genebra, como também ser 4
rapidamente concretizado através da realização de progressos construtivos e da sua materialização. Sr. Presidente, A República de Angola, que usufrui hoje os dividendos da Paz duramente alcançada, tem vindo a implementar políticas cada vez mais eficazes que permitem a efectivação da facilitação e expansão do comércio, reduzir a vulnerabilidade económica atravès da diversificação da base produtiva e consequentemente da base de exportação nacional. Este processo de redinamização e de diversificação da nossa economia depende também de factores exogéneos que permitirão o acesso aos mercados baseados em regras previsíveis e favoráveis de acordo com o nível de desenvolvimento dos nossos países e respectivos sectores. 5
Assim, gostaria de sublinhar mais uma vez que uma colheita precoce deve ser encontrada no que diz respeito ao acesso aos mercados com isenção de direitos e sem contigente (Duty free Quota free) em conformidade com a Declaração Ministerial de Hong Kong, bem como recordar a necessidade de uma conclusão ambiciosa, expedita e específica quanto aos aspectos relacionados com o algodão, em particular no que se refere à eliminação de todas as medidas distorcivas ao comércio. Não gostaria de terminar sem sublinhar que a República de Angola associa a sua voz às Declarações feitas pelos Coordenadores dos PMA, do grupo africano e do grupo ACP. Apesar das actuais dificuldades, não perdemos a fé de que as negociações serão intensificadas em 2012 na base dos progressos até agora alcançados e que a dimensão desenvolvimento continuará a ser a prioridade em todos os domínios das mesmas. 6
Concluir o Ciclo de Doha de maneira equilibrada é o desafio, do qual depende a nossa credibilidade. Muito obrigada 7