RELATÓRIO EXECUTIVO 01_rev00

Documentos relacionados
Relatório Executivo das amostragens de água superficial do Ribeirão Arrudas e do Córrego Ferrugem Belo Horizonte/MG

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

SISTEMAS DE INFORMAÇÃO EM QUALIDADE DA ÁGUA

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

Análise Ambiental de Dados Limnológicos Areeiro Rosa do Vale Relatório nº 001/2013

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

MONITORAMENTO EDÁFICO HÍDRICO

Documento Assinado Digitalmente

Documento Assinado Digitalmente

MONITORAMENTO EDÁFICO HÍDRICO

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RESERVATÓRIO DE PEDRA DO CAVALO BA.

A Qualidade da Água Superficial e Subterrânea

Qualidade da água nos pontos de captação da Represa Billings: em acordo com a Resolução CONAMA 357?

I Congresso Baiano de Engenharia Sanitária e Ambiental - COBESA

BOLETIM DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DA REGIÃO HIDROGRÁFICA IX - BAIXO PARAÍBA DO SUL E ITABAPOANA

Programa Analítico de Disciplina CIV442 Qualidade da Água

Documento Assinado Digitalmente

EFICIÊNCIA NA ADERÊNCIA DOS ORGANISMOS DECOMPOSITORES, EMPREGANDO-SE DIFERENTES MEIOS SUPORTES PLÁSTICOS PARA REMOÇÃO DOS POLUENTES

II DETERMINAÇÃO DAS CARGAS DE NUTRIENTES LANÇADAS NO RIO SALGADO, NA CIDADE DE JUAZEIRO DO NORTE, REGIÃO DO CARIRI-CEARÁ

MONITORAMENTO E CARACTERIZAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO RIO BENFICA COM VISTAS À SUA PRESERVAÇÃO

BOLETIM DE ANÁLISES LABORATORIAIS DADOS REFERENTES À AMOSTRA RESULTADOS ANALÍTICOS DA AMOSTRA

UNIVERSIDADE ESTADUAL PAULISTA CAMPUS DE ILHA SOLTEIRA FACULDADE DE ENGENHARIA DE ILHA SOLTEIRA

Documento Assinado Digitalmente

Diagnóstico da qualidade química das águas superficiais e subterrâneas do Campus Carreiros/FURG.

II-203 NITROGÊNIO, FÓSFORO E ENXOFRE EM FILTROS DE PÓS- TRATAMENTO DE EFLUENTES DE LAGOAS DE MATURAÇÃO

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação de Alumínio Total pelo método colorimétrico LQ: 0,008 mg/l

Determinação do índice de qualidade da água em trechos do Ribeirão São Bartolomeu, município de Viçosa - MG.

Projeto: Ordenamento da Atividade de Aquicultura no Reservatório de São Simão MG/GO. Processo CNPq (Edital /2010-6) Limnologia

Histórico da contaminação por nitrato na Lagoa da Pampulha MG: 19 anos de monitoramento. Eliane Corrêa Elias

Caracterização das Águas Residuárias das Principais ETAs do Estado da Paraíba

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO

Portaria IAP nº 259 DE 26/11/2014

MONITORAMENTO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE ALGUNS AFLUENTES DO RIO IGUAÇU NA REGIÃO METROPOLITANA DE CURITIBA - PARANÁ

Eixo Temático ET Recursos Hídricos

Remoção de fósforo de efluentes de estações de tratamento biológico de esgotos utilizando lodo de estação de tratamento de água

CARACTERIZAÇÃO DE CURSOS DE ÁGUA SITUADOS NA ÁREA INTERNA DE UMA INSTITUIÇÃO DE ENSINO SUPERIOR.

II-173 A FALTA DE SANEAMENTO BÁSICO COMO ORIGEM DA POLUIÇÃO DOS CORPOS RECEPTORES: UM ESTUDO DE CASO.

ESTUDO PRELIMINAR DE COLIFORMES TERMOTOLERANTES NA ÁGUA DOS ARROIOS PEREZ E BAGÉ. 1. INTRODUÇÃO

ALTERAÇÕES ESPACIAIS E TEMPORAIS DE VARIÁVEIS LIMNOLÓGICAS DO RESERVATÓRIO DO MONJOLINHO (S. CARLOS)

II EFICIÊNCIA NO TRATAMENTO DE EFLUENTE DE FÁBRICA DE PAPEL POR LAGOAS E RESERVATÓRIO DE ESTABILIZAÇÃO

ECAP 65 AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA SELEÇÃO VARIÁVEIS DA QUALIADE DA ÁGUA

ANÁLISE ESPAÇO-TEMPORAL DA QUALIDADE DAS ÁGUAS DO RIO POJUCA

Linha 45: Rabalais 2003 ou 2002?; Silva et al., 2009 ou 2010? Verificar as referencias bibliográficas. Como há erro em duas, verificar todas!.

.-, FATMA MUNICIPIO:

Monitoramento das margens da Laguna de Araruama

MONITORIZAÇÃO DE RECURSOS HÍDRICOS NOS AÇORES: RESULTADOS PRELIMINARES. Manuela Cabral, Marisa Domingos, Manuela Macedo, J.

Avaliação de Usos Preponderantes e Qualidade da Água como Subsídios para os Instrumentos de Gestão dos. Hidrográfica do Rio

DETERMINAÇÃO DO IQA DO ARROIO CLARIMUNDO NA CIDADE DE CERRO LARGO/RS 1 DETERMINATION OF THE IQA OF CLARIMUNDO RIVER IN THE CITY OF CERRO LARGO/RS

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO

Boletim de Serviço é uma publicação do Instituto Estadual do Ambiente,

11 a 14 de dezembro de 2012 Campus de Palmas

O rio São Francisco em Sergipe

Anexo VI.4 Águas Superficiais e Subterrâneas

PARECER ÚNICO: SUPRAM TM/AP PROTOCOLO Nº /2010 Indexado ao(s) Processo(s) Licenciamento Ambiental Nº 00283/1995/006/2006

ANEXO. Termo de Referência para Elaboração do Plano de Monitoramento da Qualidade da Águas Superficiais.

Decreto nº , de 26 de março de (Publicação Diário do Executivo Minas Gerais 27/03/2010)

AVALIAÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DO FUTURO PONTO DE CAPTAÇÃO NO RESERVATÓRIO PARA ABASTECIMENTO PÚBLICO RIBEIRÃO JOÃO LEITE

ACÚMULO E CARREAMENTO DE METAIS NAS ÁGUAS DE DRENAGEM URBANA DE GOIÂNIA

Tarefa 2 - Monitorização de nutrientes e atividade trófica na albufeira do Enxoé

DETERMINAÇÃO DO ESTADO DE EUTROFIZAÇÃO DE RESERVATÓRIOS:

CARACTERIZAÇÃO DO EFLUENTE RESULTANTE DO PROCESSO DE LAVAGEM DE PLÁSTICO FILME AVALIANDO APLICAÇÃO DE TRATAMENTO PELO PROCESSO ELETROLÍTICO.

ELABORAÇÃO DE UM ÍNDICE DE QUALIDADE DE ÁGUA (IQA) PARA UM PONTO AMOSTRAL DA BACIA HIDROGRÁFICA DO CÓRREGO DO GLÓRIA, UBERLÂNDIA MG

BOLETIM DE QUALIDADE DAS ÁGUAS DA REGIÃO HIDROGRÁFICA III - MÉDIO PARAIBA DO SUL

I APLICAÇÃO DE MICROORGANISMOS EM ESGOTOS SANITÁRIOS PARA AUXILIAR NA DEPURAÇÃO DE CURSOS D ÁGUA

RELATÓRIO DE ANÁLISE N / A Revisão 0

CARACTERIZAÇÃO QUALITATIVA DO ESGOTO

ANÁLISE QUANTITATIVA PRELIMINAR DE ESTUDOS DE MEDIÇÃO DE PARÂMETROS DE QUALIDADE DA ÁGUA NA BACIA DO RIO NEGRO-RS

Saneamento I. João Karlos Locastro contato:

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação da Cor pelo método espectrofotométrico - comprimento de onda único LQ: 10 CU

AVALIAÇÃO DOS IMPACTOS DA CODISPOSIÇÃO DE LODO SÉPTICO EM LAGOAS DE ESTABILIZAÇÃO NO TRATAMENTO DE LIXIVIADO DE ATERROS SANITÁRIOS

ESCOPO DA ACREDITAÇÃO ABNT NBR ISO/IEC ENSAIO. Determinação da alcalinidade pelo método titulométrico. SMWW, 22ª Edição, Método

Lista de Ensaios Acreditados

CENTRO UNIVERSITÁRIO - UNIVATES LABORATÓRIO UNIANÁLISES Sistema de Gestão da Qualidade INSTRUÇÕES PARA AMOSTRAGEM

PONTIFICIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE GOIÁS ESCOLA DE ENGENHARIA CURSOS DE ENGENHARIA CIVIL E AMBIENTAL HIDROLOGIA APLICADA

Análise da qualidade da água. Parâmetros inorgânicos e físico-químicos. Coleta 4 - dezembro Contrato n

Documento Assinado Digitalmente

RELATÓRIO DO PLANO DE MONITORIZAÇÃO DA QUALIDADE DE ÁGUAS SUPERFICIAIS DO ECO PARQUE DO RELVÃO

ID Nº 293 PREPARO DE AMOSTRAS DE REFERÊNCIA PARA LABORATÓRIOS DE ANÁLISES AMBIENTAIS

A CINÉTICA DO NITROGÊNIO NO RIO MEIA PONTE, ESTADO DE GOIÁS, BRASIL

PROGRAMA DE MONITORAMENTO DO CORPO RECEPTOR

Área de Atividade/Produto Classe de Ensaio/Descrição do Ensaio Norma e/ou Procedimento

Escola Politécnica da USP PHD Aula 2 Legislação sobre Reúso de Água

MACEIÓ PARAIBANO DO BESSA-AVALIAÇÃO PRELIMINAR DA QUALIDADE DA ÁGUA QUANTO AOS PARÂMETROS FÍSICO- QUÍMICOS

CARACTERIZAÇÃO FÍSICO-QUÍMICA DE ÁGUA DE CORPO HÍDRICO E DE EFLUENTE TRATADO DE ABATEDOURO DE BOVINOS

RESOLUÇÃO ARSAE MG 57, DE 9 DE OUTUBRO DE 2014

Lista de Ensaios Acreditados Sob Acreditação Flexível Referente ao Anexo Técnico Acreditação Nº L (Ed.20 Data: )

RESOLUÇÃO ARSAE-MG 81/2016, DE 1º DE ABRIL DE 2016.

INVESTIGAÇÃO DA EVOLUÇÃO DA QUALIDADE DA ÁGUA DE POÇOS NA ZONA URBANA NO MUNICÍPIO DE SOUSA-PB ATRAVÉS DE PARÂMETROS FÍSICO-QUÍMICOS E MICROBIOLÓGICOS

Qualidade das águas da Lagoa de Saquarema

Transcrição:

Análises dos parâmetros físico-químico-biológicos do Rio Muriaé para caracterização da qualidade da água antes do Barramento para Mitigação das cheias nas cidades de Laje do Muriaé e Itaperuna RJ RELATÓRIO EXECUTIVO 01_rev00 Belo Horizonte Outubro de 2014

RESPONSÁVEL LEGAL PELO EMPREENDIMENTO Razão Social: COBA Consultores para Obras, Barragens e Planejamento LTDA CNPJ: 01.329.144/0001-27 Endereço: Rua Bela, nº 1.128 São Cristóvão - RJ Telefone: (21) 3515-0101 / Fax. (21) 2580-1026 Gerente do Contrato: Danton Lemos Endereço eletrônico: dl@coba.com.br RESPONSÁVEL PELA ELABORAÇÃO DO RELATÓRIO Razão Social: Icatu Meio Ambiente Ltda. CNPJ: 10.562.059/0001-27 Endereço sede: Rua Flor da Paixão, 35 Jardim Alvorada, Belo Horizonte/MG, CEP: Telefone: (31) 3418-5790 Inscrição Estadual: Isento Site: www.icatuambiente.com.br Endereço eletrônico: projetos@icatuambiente.com.br Coordenadora Geral da Contratada: Eliane Corrêa Elias

EQUIPE TÉCNICA Integrante 1 Ricardo Motta Pinto Coelho Formação / Registro Profissional Biólogo, Doutor (CRBio: 03420/04-D) 2 Eliane Corrêa Elias Bióloga, mestre 2 Mariana Araújo Resende Bióloga ( CRBio: 93562/04-D) Função no projeto Coordenador Geral Coordenação e coleta de campo Apoio técnico 3 Tarcísio Brasil Caires Biólogo Apoio técnico 4 Tomaz Antônio Martins 5 Camila Silva Santos Aquacultura, estágio Técn. Química (CRQ: 02416966) Coleta de campo Análises laboratoriais 6 Mayra do Carmo Cerqueira Técn. Química, estágio Análises laboratoriais

Sumário 1. Introdução... 5 2. Objetivos... 6 3. Metodologia... 7 4. Resultados... 12 5. Anexo... 12

1. Introdução A construção de barragens, promovendo o represamento da água, altera de maneira profunda e definitiva a hidrodinâmica e promove modificações nas comunidades bióticas nas suas áreas de influência (AGOSTINHO et al., 1992). Dentre os impactos negativos previstos na construção de barramentos, estão incluídas as alterações na qualidade da água, como a ocorrência de eutrofização artificial devido ao aumento de matéria orgânica, e alterações no regime hidrológico. Segundo o Ministério da Integração Nacional e Secretaria de Infraestrutura Hídrica (2005), a identificação desses impactos é importante para que se possa avaliar os danos e adotar medidas mitigadoras visando minimizá-los ou evitá-los. A avaliação ambiental deve ser realizada em todas as fases do projeto, o que inclui um programa de monitoramento da qualidade da água represada, incluindo a água afluente e a liberada para jusante do barramento. Esta avaliação é importante para o enquadramento do corpo d água que, segundo a Agência Nacional das Águas (ANA), é um instrumento de planejamento que estabelece o nível de qualidade da água a ser alcançado ou mantido ao longo do tempo. A dinâmica da população e a distribuição dos organismos planctônicos são consequências das interações complexas entre os fatores ambientais, as necessidades e tolerâncias de cada espécie e a competição interespecífica (BATISTA, 2007). Sendo assim, alterações na hidrodinâmica e na qualidade da água promovidas pelo barramento de rios, modificam as interações entre os processos físicos e biológicos que é refletida na estrutura e distribuição das comunidades planctônicas. A análise dos parâmetros físicos, químicos e biológicos devem ser realizadas para o enquadramento e planejamento das futuras ações, visando a manutenção da qualidade do curso d água.

2. Objetivos Objetivo geral O presente relatório objetiva apresentar os laudos técnicos das análises laboratoriais para caracterização da qualidade da água em diferentes trechos do rio (ver figura 1), que será utilizada na elaboração do EIA-RIMA que antecede a construção de barragens para mitigação das cheias nos municípios de Laje de Muriaé e Itaperuna - RJ. Objetivos específicos Os parâmetros básicos incluídos no enquadramento e monitoramento de corpos d água são apresentados a seguir: Parâmetros físicos: cor, turbidez, temperatura, condutividade e sólidos suspensos totais. Parâmetros químicos: ph, demanda bioquímica de oxigênio (DBO), oxigênio dissolvido (OD), fósforo total, nitrogênio total, série nitrogenada (nitrito, nitrato e nitrogênio amoniacal) e componentes inorgânicos (cádmio total, chumbo total, cobre dissolvido, cobre total, cromo hexa, cromo total, ferro dissolvido, ferro total, manganês total, mercúrio total, níquel total, zinco total).

3. Metodologia 3.1 Área de estudo O estudo foi realizado em diferentes trechos do rio Muriaé, atendendo às solicitações do contratante (Figura 1), sendo 4 (quatro) pontos localizados no município de Laje de Muriaé (RJ) e 4 (quatro) pontos localizados no município de Itaperuna (RJ). 3.1.1 Descrição dos pontos amostrais Ponto LM_01 Ponto de difícil acesso, sendo necessário entrar em propriedade particular e passar por cerca de arame. Uma das margens sem cobertura vegetal, presença de casas ao redor e cultivo de pesca esportiva em fazenda ao lado. LM_02 Ponto de difícil acesso, com presença de barco de pequeno porte na margem, provavelmente utilizado para pesca. Margens bem conservadas e sem sinal de despejo de esgoto. Água aparentemente em bom estado. LM_03 Ponto de acesso em propriedade particular, com despejo de esgoto próximo ao local de amostragem; presença de lixo nas margens; utilização para recreação pelos moradores e fins diversos da água. Água turva e com odor.

LM_04 ITA_01 Ponto localizado no centro da cidade de Laje de Muriaé. O acesso ao ponto foi realizado dentro de propriedade particular; não foi notado despejo de esgoto, porém, a água apresentava coloração turva e odor característico de água contaminada por esgoto. Ponto acessado dentro de propriedade particular, de grande beleza cênica. Água apresentando transparência total e sem odor. Margens bem preservadas e não foi notada presença de animais. ITA_02 Ponto em propriedade particular. Margens parcialmente preservadas, com presença de gado e estrume. Água turva e com odor. ITA_03 Ponto de acesso em propriedade particular, com grande número de casas ao redor e despejo de esgoto, tendo a água odor característico e apresentando-se turva.

ITA_04 Ponto de fácil acesso, com casas nas proximidades. Apesar de não terem sido avistados animais na margem, verificou-se vestígios da presença constante de gado no ponto de amostragem. 3.2 Amostragem As coletas foram realizadas entre os dias 24 e 25 de setembro de 2014. Os pontos de coleta, assim como os trajetos de acesso, foram marcados em GPS para facilitar a identificação das áreas de amostragem. Os pontos de coleta pré-estipulados que não possuíam acesso foram realocados para o ponto mais próximo com acesso da equipe. As amostras foram coletadas seguindo as normas do Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater (ver 3.3 Registro Fotográfico). A inviabilidade de coleta utilizando barco, tanto pelas condições de correnteza, quanto pela pouca profundidade em vários pontos, determinou a opção pela coleta das amostras próximo às margens. Consequentemente, a análise de transparência utilizando o disco de secchi resultou em visibilidade do mesmo em 100% dos pontos amostrais. Informações complementares sobre a transparência podem ser obtidos a partir das análises de turbidez, cor e pela quantidade de sólidos suspensos totais.

3.3 Registro fotográfico da coleta A B C D E F Figura 1: Coleta de amostras para análise laboratorial da qualidade da água no rio Muriaé: (A) medição da temperatura da água; (B) análise do ph da água; (C) coleta de amostra para análise de coliformes totais e termotolerantes; (D) amostra de água para análise de oxigênio dissolvido; (E) coleta de amostras superficiais da água; (F) frasco para análise de nitrogênio total, condutividade e turbidez.

3.4 Análise dos parâmetros A metodologia de análise de cada parâmetro está descrita na tabela 1. Tabela 1. Metodologia de análises dos parâmetros físico-químico-biológicos das amostras de água do rio. Ensaios Metodologia Cádmio total SM¹-3030B,D,F/3 120 Chumbo total SM-3030B,D,F/3 113 Cobre dissolvido SM-3030B,D,F/3 120 Cobre total SM-3030B,D,F/3 120 Cromo Hexa SM-3030B,D,F/3 120 Cromo Total SM-3030B,D,F/3 120 Ferro dissolvido SM-3030 B/3 120 Ferro Total SM-3030B,D,F/3 120 Manganês total Mercúrio Total SM-3030 B,D,F/3 111 B SM-3112 B Níquel Total SM-3030 B B, D, F/3120 Zinco Total SM-3030 B B, D, F/3120 Clorofila a Lorenzen (1967)² Coliformes totais e termotolerantes DBO Fósforo Total SMEWW 9223 B SMEWW 5210 B SMEWW 4500-P- E Nitrato Mackereth et al. (1978)³ Nitrito Barnes & Rolkard (1951) 4 Nitrogênio amoniacal Koroleff (1976) 5 Nitrogênio total Kjeldahl adaptado Sólidos em suspensão totais (SST) SMEWW 2540 D 6 Temperatura, O.D., ph, condutividade Transparência Cor Sonda YSI Modelo 55/50 FT Disco de Secchi SMEWW¹ Turbidez SMEWW 2130 B 6 1 Standard Methods for the Examination of Water and Wastewater, 21th. Edition, 2005. 2 Lorenzen, C.J. 1967. Determination of chlorophyll and pheo-pigments: espectrophotometric equations. Limnol. Oceanogr., 12:343-346. ³ Mackereth, F. J. H., Heron, J. & Talling, J. F., 1978: Water Analyses. Some methods for limnologists. Freshwater Biol.Assoc. Sci. Publ., no. 36. Cumbria. 4 Barnes, H.; Rolkard, A. R. 1951. Analyst (76):599 5 Koroleff, F. Determination of Nutrients. pg 117-181. In: Grasshoff, K. (ed) Methods of seawater analysis. Verlag Chemie Weinhein, 1976. 6 APHA (1998). Standard Methods for the examination of water and wastewater. American Public Health Association, American Water Works Association, Water Environment Federation, 20th ed. Washington.

4. Resultados Os resultados estão disponíveis no laudo técnico enviado ao e-mail do contato responsável indicado pelo contratante. 5. Anexo Este documento não apresenta anexos.