AGRAVAMENTO DE VELHAS QUESTÕES: pobreza, desigualdade e o papel dos Programas de Transferência de Renda no Brasil e no Maranhão

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A G O S T O D E

Transcrição:

AGRAVAMENTO DE VELHAS QUESTÕES: pobreza, desigualdade e o papel dos Programas de Transferência de Renda no Brasil e no Maranhão A presente edição do Boletim Periódico do Observatório Social e do Trabalho - Eixo Pobreza trata da relevância dos Programas de Transferência de Renda, tendo em vista o agravamento da pobreza e da desigualdade no Brasil e no Maranhão e os retrocessos do Sistema de Proteção Social Brasileiro, a partir de 2016. Pobreza e desigualdade no Brasil são velhas questões que se reatualizam e se agravam por um processo que, ao longo da formação social do país, expressa a prevalência de projetos societários que, geram riqueza para poucos e pobreza para muitos. E os impactos de medidas de contrarreformas que se vem implementando no contexto do golpe iniciado em 2016, tendem a incidir negativamente, deteriorando ainda s, as condições de vida dos trabalhadores e trabalhadoras pobres. No Maranhão, estado historicamente cado pela concentração de renda, poder e propriedade, dados apresentados pelo IBGE (SIS, 2017) informam que este foi o único estado brasileiro em que s da metade da população (52,4%), em 2016, encontrava-se em situação de extrema pobreza e apresentava percentual superior a 20% na proporção de pessoas residindo em domicílios precários, construídos com materiais não duráveis (palha, taipa dentre outros). Alinhando-se à situação do desemprego/subemprego crescente no Brasil, esse estado, no ano de 2012, apresentava taxa de 6 a 10% de desempregados, percentual que saltou para 10 a 14% em 2016 e expressivo contingente de trabalhadores encontravam-se na informalidade (60%) 1.Tal situação se agrava, sobretudo, entre os jovens, dentre os quais, somente 30,1% encontravam-se ocupados, nesse 1 Para o IBGE/SIS (2017) a referência para identificação da or informalidade é o tamanho do rendimento médio da atividade principal, abaixo da média nacional, pouco s de R$ 2.000,00. Em 2016 o estado do Maranhão apresentou um rendimento médio de R$ 1.123,00, registrado como o menor do país. 1

último ano, nos denominados trabalhos fors. No segmento dos jovens, de cada três, entre 16 e 29 anos, um não estudava e não trabalhava. Em razão da sua configuração histórica, o Maranhão acusa, fortemente, o impacto das contrarreformas em curso no país. Carece de ações governamentais de natureza estruturante, mas também daquelas capazes de minorar as urgências, particularmente, sobre as condições de vida dos trabalhadores e trabalhadoras pobres. É o caso dos Programas de Transferência de Renda (PTR), que vêm sendo debatidos desde a década de 1980, no bojo das transformações ocorridas, sob o capitalismo, na economia e no trabalho. Nesse texto, destacam-se dois desses programas em vigência no país: o Programa Bolsa Família (PBF) criado em 2003 e o Benefício de Prestação Continuada (BPC) criado em 1993. O PBF tem-se destacado pelo sucesso no atendimento a famílias em situação de pobreza, por prever condicionalidades sociais a serem cumpridas pelos participantes nas áreas de saúde, educação e assistência social e, ainda, por conter, em seu desenho, a articulação com Programas Complementares que, entre os seus objetivos, destaca-se o de contribuir com o processo de autonomização das famílias. No Brasil, conforme denota o Gráfico 1, o quantitativo de famílias beneficiárias do PBF passou por oscilações, apresentando ligeiras reduções, se consideradas as médias anuais: 13.864.485, em 2015, 13.832.720, em 2016, e 13.469.672, em 2017. No mês de abril de 2018, porém, houve um corte de benefícios que alcançou 392.134 famílias e R$ 60.532.892,00 do montante transferido. Observa-se, ainda, que a série histórica indica que o número de famílias atendidas pelo PBF foi superior ao número de famílias consideradas em situação de pobreza extrema, segundo dados do Censo de 2010, para os anos de 2015 e 2016. Já, no ano de 2017, com exceção do mês de dezembro, o número de famílias pobres superou o número de famílias cobertas pelo Programa. E, embora, no início do ano corrente, os dados oficiais indiquem ter havido aumento do quantitativo de beneficiários, é importante lembrar que há uma 2

operação em curso do Governo Federal denominada pente fino que, no mês de abril registrou o desligamento de 18.039 famílias beneficiárias. Realizou-se, assim, os dois ores cortes da história do Programa (em junho/ho de 2017 e em abril de 2018 um mês antes do reajuste de 5,67% anunciado publicamente). Assim, no mês em tela, registrou-se queda de R$ 3.752.490,00 no valor total repassado para as famílias, através do Programa. Gráfico 1- quantitativo de famílias beneficiárias do PBF no Brasil nos anos de 2015-2018 20.000.000 15.000.000 10.000.000 5.000.000 0 Soma de Famílias cadastradas no PBF (BR) Soma de Famílias atendidas no PBF (BR) Soma de Estimativa de famílias pobres - Perfil BF (CENSO 2010)2 No estado do Maranhão, segundo dados do SAGI/MDS (2018), o Programa Bolsa Família atendeu, no mês de junho, do ano em curso, 976.169 famílias, representando uma cobertura de 113,6% da estimativa de famílias pobres no estado 2. O valor médio dos benefícios recebidos pelas famílias foi de R$ 205,26 e o valor total repassado pelo governo federal às famílias atendidas alcançou R$ 200.368.766,00 no mês em referência. No Gráfico 2 apresentam-se dados relativos ao quantitativo de famílias beneficiárias do PBF no Maranhão. Observa-se 2 Há duas possíveis razões para a cobertura superar 100% de famílias: os dados do Censo da cobertura nos municípios s pessoas são alcançadas. 2010 podem estar subestimados; com a expansão 3

que esse número apresentou variação ao longo da série. Contudo, tal como no Brasil, se consideradas as médias anuais, verifica-se redução no quantitativo: 967.309 em 2015, 964.011 em 2016 e 962.768 em 2017. Nota-se, ainda, no gráfico, que o número de famílias cadastradas no CADUnico com perfil para o PBF (renda per capita mensal entre R$ 85,01 e R$170,00) é superior ao quantitativo de beneficiários. Gráfico 2 - Quantitativo de famílias beneficiárias do PBF no Maranhão nos anos de 2015-2018 1.400.000 1.200.000 1.000.000 800.000 600.000 400.000 200.000 0 Soma de Famílias cadastradas no CAD Único com perfil para o PBF (MA) Soma de Famílias atendidas no PBF (MA) Soma de Estimativa de famílias pobres - Perfil BF (CENSO 2010) Para garantir a parcela de responsabilidade da proteção social que cabe à Política de Assistência Social, esta se materializa também mediante a implementação dos Benefícios Socioassistenciais, cujos objetivos precípuos são enfrentar expressões da questão social e garantir os direitos de cidadania regulamentados pela Lei Orgânica de Assistência Social Loas (Lei nº 8.742/1993) e pela Loas/Suas (Lei nº 12.435/2011). Dentre os benefícios socioassistenciais, destaca-se, no presente boletim, o BPC. Trata-se de transferência de renda direta a pessoas idosas e pessoas com 4

deficiência cuja renda per capita familiar é inferior a ¼ do salário mínimo. No Brasil, conforme Gráfico 3, tanto os beneficiários Idosos quanto as pessoas com deficiência (PCD) apresentaram elevações sucessivas no período analisado (2015-2018 3 ). Os beneficiários idosos passaram de 1.918.918 em 2015 para 2.027.569 em 2018. Já os beneficiários PCD eram 2.323.808 em 2015 e passaram a 2.541.699, conforme demonstrado no gráfico abaixo. Gráfico 3 - Beneficiários do BPC no Brasil, 2015/2018 Número de beneficiários do BPC no BR 2.436.608 2.527.257 2.541.699 2.323.808 1.918.918 1.974.942 2.022.221 2.027.569 BPC Pessoas com deficiência BPC Idosos Linear (BPC Pessoas com deficiência) Linear (BPC Idosos) No Maranhão, conforme demonstram, os dados expostos no Gráfico 4, ao longo da série histórica analisada, foram registradas sucessivas reduções no total de beneficiários idosos do BPC, passando de 89.118 em 2015 para 79.229 em 2018. Em relação aos beneficiários PCD, o quantitativo registrou contínuas elevações. Todavia, observa-se que o or crescimento se deu entre os anos de 2015 e 2016 (4,2%). Nos anos subsequentes o crescimento foi, respectivamente, de 2,7% e 0,17%. 3 Dados até ço de 2018. 5

Gráfico 4 Beneficiários do BPC no Maranhão: 2015/2018 Número de beneficiários do BPC no MA 107195 111717 114762 114.958 89.118 84077 80834 79229 BPC Pessoas com deficiência (MA) BPC Idosos (MA) Linear (BPC Pessoas com deficiência (MA)) Linear (BPC Idosos (MA)) Pode-se concluir, que, em razão da crise estrutural do capitalismo e da atual crise política no Brasil, quando se assiste à elevação da taxa de desocupação e o retorno do país ao Mapa da Fome no mundo, há um aumento da demanda potencial e real por PTR. Nesse sentido, medidas de redução de investimentos sociais e operações como a denominada pente fino, que estão em curso no país, podem ser consideradas retrocessos históricos que fragilizam ainda s as condições de vida das famílias pobres e extremante pobres. REFERÊNCIAS SAGI/MDS- Relatórios de BRASIL. Lei n. 8742, de 07 de Informações Sociais. Disponível em dezembro de 1993. Lei Orgânica da https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/r Assistência Social (LOAS). Dispõe Iv3/geral/index.php. Acesso em 10 sobre a organização da assistência de junho de 2018. social e dá outras providências. IBGE/SIS. Síntese de Diário Oficial da União, Brasília, DF, indicadores sociais : uma análise 8 dez. 1993. das condições de vida da população. Lei n. 12.435, de 06 de brasileira,(2017). Disponível em ho de 2011. Lei do SUAS. Dispõe https://aplicacoes.mds.gov.br/sagi/r sobre a organização da assistência Iv3/geral/index.php. Acesso em 10 social. Brasília, DF, 2011. de junho de 2018. 6

Equipe responsável pela elaboração Profa. Dra. Salviana, de Maria Pastor Santos Sousa (Pesquisadora do GAEPP) Profa. Dra. Maria Eunice Ferreira Damasceno Pereira (Pesquisadora do GAEPP) Profa. Dra. Maria, do Socorro Sousa de Araújo (Pesquisadora do GAEPP) Profa. Dra. Ana Miriam Ferreira Carneiro (Pesquisadora do GAEPP) Profa. Dra. Cleonice Correia Araújo (Pesquisadora do GAEPP) Doutoranda Talita de Sousa Nascimento (Pesquisadora do GAEPP) Profa. Dra. Ana Miriam Ferreira Carneiro (Pesquisadora do GAEPP) Assistente Social Karliane de Jesus Pereira Chaves (Pesquisadora do GAEPP) 7