CORPORATE COMPLIANCE

Documentos relacionados
NORTE TERRITÓRIO E DESENVOLVIMENTO REGIONAL

A INCLUSÃO DE IMPOSTOS, DIREITOS E TAXAS NO VALOR TRIBUTÁVEL DO IVA

POLÍTICA ANTI-FRAUDE

Novas Medidas da CMVM de Prevenção e Combate ao Abuso de Mercado. Carlos Tavares 21 de Fevereiro de 2008

POLÍTICA PARA A PREVENÇÃO DE DELITOS 19 de julho de 2018.

OPERAÇÕES INTRACOMUNITÁRIAS E TRANSMISSÕES EM CADEIA

20 de Março de ª versão

TRANSPARÊNCIA DO MERCADO DE VALORES MOBILIÁRIOS REFORMAS RECENTES E REFORMAS URGENTES

Regulamento Antissuborno Diretoria de Administração e Finanças

COMISSÃO DE AUDITORIA E CONTROLO INTERNO DO BANCO BPI, SA REGULAMENTO

POLÍTICA DE FORMAÇÃO BAI

VI - Política de Conflitos de Interesses

VICTORIA POLÍTICA ANTI-FRAUDE

Workshop Novo Mercado: Compliance e Controles Internos Claudia Pitta

Código de Boa Conduta para a Prevenção e Combate ao Assédio no Trabalho

POLÍTICA DE CONFLITOS DE INTERESSES

Política de Controles Interno

REDIRECIONAMENTO DA EXECUÇÃO FISCAL. por Leandro Paulsen

Código de Conduta para colaboradores

REGULAMENTO DA COMISSÃO AUDITORIA, CONTROLO E TRANSAÇÕES ENTRE ENTIDADES RELACIONADAS DA EDP RENOVÁVEIS, S.A.

DIVULGAÇÃO DE TRANSACÇÕES DE DIRIGENTES DE SOCIEDADES COTADAS E LISTAS DE PESSOAS COM ACESSO A INFORMAÇÃO PRIVILEGIADA

CENTRO HOSPITALAR E UNIVERSITÁRIO DE COIMBRA, E.P"+ Código de Ética./t'.l./j L~ Preâmbulo ~ t~ ; C>

POLÍTICA DE PREVENÇÃO E GESTÃO DE CONFLITO DE INTERESSES

XXVI REUNIÃO DO SUBGRUPO DE TRABALHO Nº 4 ASSUNTOS FINANCEIROS

SOLICITUD DE DEVOLUCIÓN REQUERIMENTO DO REGRESSO

GAI17021 RELATÓRIO ANUAL DO PLANO DE GESTÃO DE RISCOS 2017 GABINETE DE AUDITORIA INTERNA, QUALIDADE E AMBIENTE

PROCEDIMENTO DE COMUNICAÇÃO DE IRREGULARIDADES

GUIA RÁPIDO PARA COMUNICAÇÃO DE OPERAÇÕES SUSPEITAS

Política Antifraude POLÍTICA ANTIFRAUDE

PROJECTO LEI N.º 320/X. Combate à corrupção e defesa da verdade desportiva

Projecto de Lei n.º 113/XII

Código de Conduta dos Associados da APAF

O PRINCÍPIO DO NON-REFOULEMENT NA JURISPRUDÊNCIA DA CORTE INTERAMERICANA DE DIREITOS HUMANOS 1

CÓDIGO DE CONDUTA DO MUNICÍPIO DE BARCELOS

REGULAMENTO SOBRE RELATÓRIO ANUAL DE GOVERNO DOS EMITENTES DE VALORES MOBILIÁRIOS ADMITIDOS À NEGOCIAÇÃO EM MERCADO

REGULAMENTO DO CONSELHO DE AUDITORIA DO BANCO CENTRAL DE S. TOMÉ E PRÍNCIPE (BCSTP)

APRESENTAÇÃO PROJECTO DE NORMA REGULAMENTAR CONDUTA DE MERCADO. Instituto de Seguros de Portugal. 6 de Maio de 2009

PROPOSTA DE LEI N.º 191/X. Exposição de Motivos

Espanha-Barcelona: Serviços de reparação e manutenção de veículos e equipamento afim, e serviços conexos 2017/S Anúncio de concurso

Relatório do CT 5 à Comissão de Comércio do MERCOSUL (CCM)

RESPONSABILIDADE PENAL DAS SOCIEDADES

TEXTO. Post no Estratégia Tradução Livre 22/2016 Prof. Adinoél e Profa. Elenice. (Fonte:

Gabinete Jurídico UACS

POLÍTICA DE COMPLIANCE

Política de Prevenção e Gestão de Conflitos de Interesses do Haitong Bank, S.A.

Aprovado por Deliberação n.º /2010 ANTEPROJECTO DE LEI SOBRE OS ACTOS PRÓPRIOS DOS ADVOGADOS E SOLICITADORES ASSEMBLEIA NACIONAL. Lei n.

CONSTITUIÇÃO DA REPÚBLICA PORTUGUESA 7.ª revisão 2005 (excertos) Princípios fundamentais. ARTIGO 10.º (Sufrágio universal e partidos políticos)

REGULAMENTO DA COMISSÃO AUDITORIA E CONTROLO DA EDP RENOVÁVEIS, S.A.

Capital Estatuário: ,00 Euros - NUIMPC CÓDIGO DE ÉTICA

POLÍTICA ANTICORRUPÇÃO

ORÇAMENTO DO ESTADO PARA 2019

PROPOSTAS DE ALTERAÇÃO AO CÓDIGO DAS SOCIEDADES COMERCIAIS

O NOVO REGULAMENTO EUROPEU SOBRE ABUSO DE MERCADO

REGULAMENTO DA CMC n.º /16 REGISTO DOS RESPONSÁVEIS COM FUNÇÃO DE GESTÃO RELEVANTE

Diploma. Capítulo I. Disposições gerais. Artigo 1.º. Objecto

CÓDIGO DE CONDUTA DA FUNDAÇÃO VISABEIRA INSTITUIÇÃO DE SOLIDARIEDADE SOCIAL CÓDIGO DE CONDUTA

(Certificado NP 4427 nº 2012/GRH.009, desde 19/01/2012) CÓDIGO DE ÉTICA

Política Anticorrupção e Suborno

Política de Prevenção a Fraudes

RESOLUÇÃO CA N o 369 DE 17 DE SETEMBRO DE 2012.

Regulamento da CMVM n.º 97/14 Operações de Reporte e de Empréstimo de Valores Efectuadas por Conta de Fundos de Investimento Mobiliário

Protocolo de Atuação no Relacionamento com funcionários públicos e autoridades públicas. Endesa Brasil

Política de Gestão do Risco de Compliance do Banco BIC Português, S.A.

1. A CMVM O QUE É A CMVM?

Política de Gestão do Risco de Compliance

TENDO EM VISTA: O Tratado de Assunção, o Protocolo de Ouro Preto, e as Decisões Nº 5/92 e 5/97 do Conselho do Mercado Comum.

República de Moçambique PRESIDÊNCIA DA REPÚBLICA. Decreto Presidencial nº4/2000 de 17 de Março

Relatório de Conformidade 2013

O IPEX fez negócios com privados, para a FACIM, sem concurso público e nem contrato formal

NORMAS DE CONDUTA PARA OS ANALISTAS DE INVESTIMENTOS DA SOLIDUS S.A. CCVM

Art. 3 o Esta Resolução entrará em vigor na data de sua publicação. Reitoria da Universidade Estadual de Ponta Grossa.

CÓDIGO DE CONDUTA DOS PROFISSIONAIS DE MARKETING

Código de Conduta do Analista Financeiro 2015

CONSELHO FISCAL DO BANCO POPULAR PORTUGAL, S.A. REGULAMENTO. (Aprovado na reunião do Conselho Fiscal de 17 de outubro de 2016)

Medidas de Reforma do Regime da Auditoria, do Governo das Sociedades e da Análise Financeira

Título: Regime penal de corrupção no comércio internacional e no sector privado

CÓDIGO DE CONDUTA E ÉTICA DOS TRABALHADORES DA CMVM. Capítulo I Disposições gerais

Lei Anticorrupção Lei /2013

ANEXO QUESTIONÁRIO ÍNDICE

1. Objectivo, âmbito e competência

Índice. Código de Conduta Banco Económico P á g. 1. Preâmbulo... 3

CÓDIGO DE BOAS PRÁTICAS ADMINISTRATIVAS

STANDARD CHARTERED BANK ANGOLA, S.A. (O SCBA ) REGULAMENTO DA COMISSÃO DE RISCO E DE CONTROLO INTERNO ( BRC )

Recursos Hídricos e Eco-turismo

HIGIENE E SEGURANÇA NO TRABALHO

Fiduciária Instrução CVM 558/15

O SÍTIO ONDE JOGA OU PRETENDE JOGAR COMBATE OS COMPORTAMENTOS FRAUDULENTOS E CRIMINOSOS?

BANCO PATAGONIA S.A.

Código de Conduta Operador da Rede Nacional de Transporte de Gás Natural. Edição: 1 Data:

Código de Conduta. Prevenção e combate à prática de assédio no trabalho ENQUADRAMENTO

Código de Conduta. da Unicre. Enquadramento. Âmbito de aplicação

CÓDIGO de CONDUTA. Operador da Rede Nacional de Transporte de Energia Eléctrica. Edição: 1 Data:

Regulamento do Conselho Fiscal GALP ENERGIA, SGPS, S.A.

M3 CAPITAL PARTNERS GESTORA DE RECURSOS LTDA. CÓDIGO DE ÉTICA. São Paulo, Junho de 2016

La responsabilidad del empleador en los accidentes de trabajador y el deber de indemnizar en Brasil.

Regras de Procedimentos e Integridade do Comitê de Compliance da FSB. Dezembro/2016

Transcrição:

MAIS VALE PREVENIR DO QUE REMEDIAR Definição: Adopção de programas de cumprimento voluntário do Direito; ou, numa acepção menos jurídica, adopção de programas de boas práticas internas. Objectivo: Prevenir e minorar os riscos, designadamente os riscos de responsabilização das sociedades comerciais e respectivos dirigentes, nos âmbitos civil, contra-ordenacional e criminal. 2

A finalidade dos programas decompliance é a de reduzir ao mínimo razoável o risco de lesão de bens jurídicos, e comportam as seguintes etapas ou elementos: Análise dos riscos de comissão de delitos, que são específicos da actividade da pessoa jurídica. Implementação de uma cultura empresarial especifica de cumprimento do Direito por via da emissão de regras de conduta, da definição de procedimentos de tomada de decisão, e da imposição de deveres de comunicação e de transparência, sob pena de responsabilidade disciplinar. 3

Áreas em que é especialmente importante: Defesa da concorrência, protecção de dados, prevenção do branqueamento de capitais, prevenção de assédio no trabalho, da prevenção de conflitos de interesses em instituições financeiras ou do tratamento e divulgação de informação privilegiada e prevenção de insider trading em sociedades emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado. 4

Criação de Compliance Officers, cuja função não é representar o interesse dos sócios, mas salvaguardar determinados interesses colectivos ou de classe (v.g. consumidores, trabalhadores, meio ambiente). Dispõem de poderes de auditora interna para vigiar, rever e actualizar a referida cultura empresarial. Cabe-lhes vigiar e supervisionar a própria direcção da actividade empresarial, os seus objectivos financeiros, a capacidade dos altos dirigentes e assessorar em assuntos de ética tanto dirigentes como empregados para que o seu comportamento se adeqúe ao Programa de Compliance da pessoa jurídica. Contratação de Gatekeepers que procedem à auditoria externa e certificam o programa de cumprimento. Estabelecimento de sistemas de protecção e recompensa dos denunciantes cívicos de condutas ilícitas e, ainda, de mecanismos de colaboração com as autoridades de supervisão. 5

COMPLIANCE CRIMINAL 1. Identificação dos riscos específicos da empresa; 2. Definição dos conceitos; 3. Indicação concreta das proibições; 4. Identificação da responsabilidade dos vários níveis hierárquicos pela promoção e pela violação das regras pelos seus inferiores hierárquicos; 5. Criação de sistemas de reporte de suspeitas de violações de regras de compliance; 6. Definição dos deveres de reporte interno e denúncia às entidades públicas competentes; 7. Definição de sanções para o incumprimento. 6

CÓDIGO PENAL ESPANHOL Ley Orgánica 10/1995, de 23 de noviembre, del Código Penal (com alterações: Ley Orgánica 5/2010, de 22 de junio e Ley Orgánica 1/2015, de 15 de marzo) Artículo 31 bis 1. En los supuestos previstos en este Código, las personas jurídicas serán penalmente responsables: a) De los delitos cometidos en nombre o por cuenta de las mismas, y en su beneficio directo o indirecto, por sus representantes legales o por aquellos que actuando individualmente o como integrantes de un órgano de la persona jurídica, están autorizados para tomar decisiones en nombre de la persona jurídica u ostentan facultades de organización y control dentro de la misma. b)delosdelitoscometidos,enelejerciciodeactividadessocialesyporcuentay en beneficio directo o indirecto de las mismas, por quienes, estando sometidos a la autoridad de las personas físicas mencionadas en el párrafo anterior, han podido realizar los hechos por haberse incumplido gravemente por aquéllos los deberes de supervisión, vigilancia y control de su actividad atendidas las concretas circunstancias del caso. 7

2.Sieldelitofuerecometidoporlaspersonasindicadasenlaletraa)delapartado anterior, la persona jurídica quedará exenta de responsabilidad si se cumplen las siguientes condiciones: 1.ª el órgano de administración ha adoptado y ejecutado con eficacia, antes de la comisión del delito, modelos de organización y gestión que incluyen las medidas de vigilancia y control idóneas para prevenir delitos de la misma naturaleza o para reducir de forma significativa el riesgo de su comisión; 2.ª la supervisión del funcionamiento y del cumplimiento del modelo de prevención implantado ha sido confiada a un órgano de la persona jurídica con poderes autónomos de iniciativa y de control o que tenga encomendada legalmente la función de supervisar la eficacia de los controles internos de la persona jurídica; 3.ª los autores individuales han cometido el delito eludiendo fraudulentamente los modelos de organización y de prevención y 4.ªnosehaproducidounaomisiónounejercicioinsuficientedesusfuncionesde supervisión, vigilancia y control por parte del órgano al que se refiere la condición 2.ª ( ) 8

4.Sieldelitofueracometidoporlaspersonasindicadasenlaletrab)delapartado1, la persona jurídica quedará exenta de responsabilidad si, antes de la comisión del delito, ha adoptado y ejecutado eficazmente un modelo de organización y gestión que resulte adecuado para prevenir delitos de la naturaleza del que fue cometido o para reducir de forma significativa el riesgo de su comisión. 9

( ) 5. Los modelos de organización y gestión a que se refieren la condición 1.ª del apartado 2 y el apartado anterior deberán cumplir los siguientes requisitos: 1.º Identificarán las actividades en cuyo ámbito puedan ser cometidos los delitos que deben ser prevenidos. 2.º Establecerán los protocolos o procedimientos que concreten el proceso de formación de la voluntad de la persona jurídica, de adopción de decisiones y de ejecución de las mismas con relación a aquéllos. 3.º Dispondrán de modelos de gestión de los recursos financieros adecuados para impedir la comisión de los delitos que deben ser prevenidos. 4.º Impondrán la obligación de informar de posibles riesgos e incumplimientos al organismo encargado de vigilar el funcionamiento y observancia del modelo de prevención. 5.º Establecerán un sistema disciplinario que sancione adecuadamente el incumplimiento de las medidas que establezca el modelo. 6.º Realizarán una verificación periódica del modelo y de su eventual modificación cuando se pongan de manifiesto infracciones relevantes de sus disposiciones, o cuando se produzcan cambios en la organización. 10

A RESPONSABILIDADE PENAL DAS PESSOAS COLECTIVAS CP ARTIGO 11.º DO CP Responsabilidade das pessoas singulares e colectivas 2 As pessoas colectivas e entidades equiparadas (...) são responsáveis pelos crimes previstos nos artigos(...), quando cometidos: a) Em seu nomeeno interessecolectivo porpessoasque nelas ocupem uma posição de liderança; ou b) Porquemajasobaautoridadedaspessoasreferidasnaalíneaanteriorem virtude de uma violação dos deveres de vigilância ou controlo que lhes incumbem. 4 Entende-se que ocupam uma posição de liderança os órgãos e representantes da pessoa colectiva e quem nela tiver autoridade para exercer o controlo da sua atividade. 6 A responsabilidade das pessoas colectivas e entidades equiparadas é excluída quando o agente tiver actuado contra ordens ou instruções expressas de quem de direito.

Este documento es meramente expositivo y debe ser interpretado conjuntamente con las explicaciones y, en su caso, con el informe elaborado por Cuatrecasas, Gonçalves Pereira sobre esta cuestión This document is merely a presentation and must be interpreted together with any explanations and opinions drafted by Cuatrecasas, Gonçalves Pereira on this subject Este documento é uma mera exposição, devendo ser interpretado em conjunto com as explicações e quando seja o caso, com o relatório/parecer elaborada pela Cuatrecasas, Gonçalves Pereira sobre esta questão