MAIS VALE PREVENIR DO QUE REMEDIAR Definição: Adopção de programas de cumprimento voluntário do Direito; ou, numa acepção menos jurídica, adopção de programas de boas práticas internas. Objectivo: Prevenir e minorar os riscos, designadamente os riscos de responsabilização das sociedades comerciais e respectivos dirigentes, nos âmbitos civil, contra-ordenacional e criminal. 2
A finalidade dos programas decompliance é a de reduzir ao mínimo razoável o risco de lesão de bens jurídicos, e comportam as seguintes etapas ou elementos: Análise dos riscos de comissão de delitos, que são específicos da actividade da pessoa jurídica. Implementação de uma cultura empresarial especifica de cumprimento do Direito por via da emissão de regras de conduta, da definição de procedimentos de tomada de decisão, e da imposição de deveres de comunicação e de transparência, sob pena de responsabilidade disciplinar. 3
Áreas em que é especialmente importante: Defesa da concorrência, protecção de dados, prevenção do branqueamento de capitais, prevenção de assédio no trabalho, da prevenção de conflitos de interesses em instituições financeiras ou do tratamento e divulgação de informação privilegiada e prevenção de insider trading em sociedades emitentes de valores mobiliários admitidos à negociação em mercado regulamentado. 4
Criação de Compliance Officers, cuja função não é representar o interesse dos sócios, mas salvaguardar determinados interesses colectivos ou de classe (v.g. consumidores, trabalhadores, meio ambiente). Dispõem de poderes de auditora interna para vigiar, rever e actualizar a referida cultura empresarial. Cabe-lhes vigiar e supervisionar a própria direcção da actividade empresarial, os seus objectivos financeiros, a capacidade dos altos dirigentes e assessorar em assuntos de ética tanto dirigentes como empregados para que o seu comportamento se adeqúe ao Programa de Compliance da pessoa jurídica. Contratação de Gatekeepers que procedem à auditoria externa e certificam o programa de cumprimento. Estabelecimento de sistemas de protecção e recompensa dos denunciantes cívicos de condutas ilícitas e, ainda, de mecanismos de colaboração com as autoridades de supervisão. 5
COMPLIANCE CRIMINAL 1. Identificação dos riscos específicos da empresa; 2. Definição dos conceitos; 3. Indicação concreta das proibições; 4. Identificação da responsabilidade dos vários níveis hierárquicos pela promoção e pela violação das regras pelos seus inferiores hierárquicos; 5. Criação de sistemas de reporte de suspeitas de violações de regras de compliance; 6. Definição dos deveres de reporte interno e denúncia às entidades públicas competentes; 7. Definição de sanções para o incumprimento. 6
CÓDIGO PENAL ESPANHOL Ley Orgánica 10/1995, de 23 de noviembre, del Código Penal (com alterações: Ley Orgánica 5/2010, de 22 de junio e Ley Orgánica 1/2015, de 15 de marzo) Artículo 31 bis 1. En los supuestos previstos en este Código, las personas jurídicas serán penalmente responsables: a) De los delitos cometidos en nombre o por cuenta de las mismas, y en su beneficio directo o indirecto, por sus representantes legales o por aquellos que actuando individualmente o como integrantes de un órgano de la persona jurídica, están autorizados para tomar decisiones en nombre de la persona jurídica u ostentan facultades de organización y control dentro de la misma. b)delosdelitoscometidos,enelejerciciodeactividadessocialesyporcuentay en beneficio directo o indirecto de las mismas, por quienes, estando sometidos a la autoridad de las personas físicas mencionadas en el párrafo anterior, han podido realizar los hechos por haberse incumplido gravemente por aquéllos los deberes de supervisión, vigilancia y control de su actividad atendidas las concretas circunstancias del caso. 7
2.Sieldelitofuerecometidoporlaspersonasindicadasenlaletraa)delapartado anterior, la persona jurídica quedará exenta de responsabilidad si se cumplen las siguientes condiciones: 1.ª el órgano de administración ha adoptado y ejecutado con eficacia, antes de la comisión del delito, modelos de organización y gestión que incluyen las medidas de vigilancia y control idóneas para prevenir delitos de la misma naturaleza o para reducir de forma significativa el riesgo de su comisión; 2.ª la supervisión del funcionamiento y del cumplimiento del modelo de prevención implantado ha sido confiada a un órgano de la persona jurídica con poderes autónomos de iniciativa y de control o que tenga encomendada legalmente la función de supervisar la eficacia de los controles internos de la persona jurídica; 3.ª los autores individuales han cometido el delito eludiendo fraudulentamente los modelos de organización y de prevención y 4.ªnosehaproducidounaomisiónounejercicioinsuficientedesusfuncionesde supervisión, vigilancia y control por parte del órgano al que se refiere la condición 2.ª ( ) 8
4.Sieldelitofueracometidoporlaspersonasindicadasenlaletrab)delapartado1, la persona jurídica quedará exenta de responsabilidad si, antes de la comisión del delito, ha adoptado y ejecutado eficazmente un modelo de organización y gestión que resulte adecuado para prevenir delitos de la naturaleza del que fue cometido o para reducir de forma significativa el riesgo de su comisión. 9
( ) 5. Los modelos de organización y gestión a que se refieren la condición 1.ª del apartado 2 y el apartado anterior deberán cumplir los siguientes requisitos: 1.º Identificarán las actividades en cuyo ámbito puedan ser cometidos los delitos que deben ser prevenidos. 2.º Establecerán los protocolos o procedimientos que concreten el proceso de formación de la voluntad de la persona jurídica, de adopción de decisiones y de ejecución de las mismas con relación a aquéllos. 3.º Dispondrán de modelos de gestión de los recursos financieros adecuados para impedir la comisión de los delitos que deben ser prevenidos. 4.º Impondrán la obligación de informar de posibles riesgos e incumplimientos al organismo encargado de vigilar el funcionamiento y observancia del modelo de prevención. 5.º Establecerán un sistema disciplinario que sancione adecuadamente el incumplimiento de las medidas que establezca el modelo. 6.º Realizarán una verificación periódica del modelo y de su eventual modificación cuando se pongan de manifiesto infracciones relevantes de sus disposiciones, o cuando se produzcan cambios en la organización. 10
A RESPONSABILIDADE PENAL DAS PESSOAS COLECTIVAS CP ARTIGO 11.º DO CP Responsabilidade das pessoas singulares e colectivas 2 As pessoas colectivas e entidades equiparadas (...) são responsáveis pelos crimes previstos nos artigos(...), quando cometidos: a) Em seu nomeeno interessecolectivo porpessoasque nelas ocupem uma posição de liderança; ou b) Porquemajasobaautoridadedaspessoasreferidasnaalíneaanteriorem virtude de uma violação dos deveres de vigilância ou controlo que lhes incumbem. 4 Entende-se que ocupam uma posição de liderança os órgãos e representantes da pessoa colectiva e quem nela tiver autoridade para exercer o controlo da sua atividade. 6 A responsabilidade das pessoas colectivas e entidades equiparadas é excluída quando o agente tiver actuado contra ordens ou instruções expressas de quem de direito.
Este documento es meramente expositivo y debe ser interpretado conjuntamente con las explicaciones y, en su caso, con el informe elaborado por Cuatrecasas, Gonçalves Pereira sobre esta cuestión This document is merely a presentation and must be interpreted together with any explanations and opinions drafted by Cuatrecasas, Gonçalves Pereira on this subject Este documento é uma mera exposição, devendo ser interpretado em conjunto com as explicações e quando seja o caso, com o relatório/parecer elaborada pela Cuatrecasas, Gonçalves Pereira sobre esta questão