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Transcrição:

~ ~~ CANDIDO DE MELLO-LEITAO - - OITO NOVOS LANIA.TORES DO EQUADOR Anais da AeademSa Brasileira de Cimciac -Tonto XIV -N. 4-81 dc Dezcmb~o de 194%.

Oito NOVOS LANIATORES 60 EQUADOR Recebi, por nimia gentileza da distinta aracnóloga norte-americaiia Mrs. Harriet Erxline Frizzell Don mais uma pequena coleção de Escorpiócs e Opíliões, feita por essa minha distinta colega em algumas localidades do Perú e do Equador. Encontrei nesse material as seis interessantes especies novas que passo a descrever e As quais junto duas outras, coligidas pelo profesor Francisco Campos, de Guaiaquil. Fan~ilia PHALANGODIDAE Gênero ERXL~EIA G. N. í%mors ocular situado jnnto A borda anterior do cefalotorax, em forma de grande elevação quasi hemisf6rica e provida de um pequeno espinho mediano. Todas as áreas do escudo dorsal inteiras e inermes. Tergitos livres inermes. Opérculo anàl dorsal provido de um espinho robusto na f$mea e de um pequeno tubétculo cônico, pouco apreciavel, no macho. Femur dos palpos com dois robustos espinhos basilares ventrais e um espinho apical interno. Estigmas traqueais visíveis.. Tarsos I de quatro segmentos (a porção dista1 com dois segmentos) ; I1 de mais de seis ; I11 e IV de cinco. Este gênero é muito próximo de Blsllptocherses de que se distingue pela segmentação dos tarsos. Tipo : 3-3& mm. Fêniures: 1,i - 1,6-1.2 2 nim. Patas : 4,3-7- 4,6-7,6 mm. Q - 3 mm. Fêinures: 1-1.4-1-1,6 mm. Patas: 3,7-5,9-4 -5,4 mm. Colorido geral castanho queimado ; o cefalotorax com um marmorado mais claro. Cefalofarax liso. Côrnoro ocular junto B borda anterior, forniando uma grande bossa arredondada, finamente granuloso e armada de pe-

queno espinho mediano. Todas as áreas do escudo abdominal inteiras, densamente granulosas, inermes. Areas laterais, area V e tergitos livres com duas filas de granulações, inermes. Opérculo anal dorsal densamente granuloso, armado de um espinho mediano pontiagudo (na femea) ou de um pequeno tubérculo cônico, quasi obsoleto (no macho). Opérculo anal, ventral e esternitos livres com uma fila de granulações setíferas. Area estigniática e ancas densamente granulosas, com granulações setiferas. Palpos: trocanter com um espinho ventral e outro dorsal; femiir armado de dois robustos espinhos basilares ventrais e de um espinho apical interno, um pouco menor ; patela armada de pequeno espinho interno ; tibia armada de dois espinhos de, cada lado e o tarso de tres. Patas com os Fig. 1 - Erxlineia milagroi. fêmures I e I1 direitos; I11 e IV curvos. Tarsos I de quatro segmentos (a porção dista1 de dois segmentos) : I1 de 9 ; I11 e IV de cinco. No macho os fêmures posteriores são armados de dois espinhos apicais externos, sendo o proximal bein maior; tibia com um espinho apical externo. Localidade tipo : Milagro - Equador. I *i Col.: Mrs. Erxline Frizzell Don, a quem é dedicado o gênero. Familia COSMETIDAE Eucynortella cryptogramma sp. n. (Fig. 2) ' 6-5 mm. Fêmures: 2,4 --5-3,6-5 mm. Patas: 8,4-18 -1 1,6-1 6,4 mm. O 4,8 mm. Fêmures : 2-4-3-4,2 mm. Patas : 7,8-1 5,4-10,4-1 4 mm. Colorido geral castanho queimado, apresentando da area I do escudo abdominal uma figura branca, lembrando uma letra do alfabeto chinês. An. da Acad. Brasileiro de Cimciar.

CANDIDO DE MELLO-LEITAO 31 7 Borda anterior levemente concava dos lados, com uma saliência mediana, os ângulos laterais mais proeminentes. Côinoro ocular pouco granuloso. Cefalotorax e escudo dorsal ásperos e opacos, com pequeninas granulações esparsas areas; do escudo dorsal inermes. Area V e tergitos livres inermes, com uma fila de pequenas granulações pontiagudas. Opérculo anal granuloso. Esternitos livres com uma fila de pequenas granulações. Todos os trocânteres çom um pequeno espinho posterior subapical. Tarsos anteriores de seis segmentos, sendo os tres segmentos basilares muito dilatados no macho; tarsos I1 de 12 segmentos ; I11 e IV de sete. Patas IV: na fêmea a anca apresenta uma saliencia basilar e uma pequena apófise apical externas; femur inerme. No macho a saliencia basilar da anca se re- ~i~ - ~ ~ cryptoduz a um pequeno tubérculo pontudo; 0 gramma. ~ ~ femur apresenta, do lado interno, uma fila de tubérculos arredondados, dirigidos horizontalmente e, no terço distal da face externa. uma fila de dentes horizontais, curvos para trás, seriados, aumentando leve e gradualmente na direção distal. Loccalidade tipo: Milagro - Equador. Col.: Mrs. H. E. Frizzell Don. Eucynorta virescens sp. n. 6-1 1 mm. Fêmures -3,4-12,4-5,4-7,4 mm. Patas: 12,6-37,2-18,4-25 mm. Cefalotorax castanho queimado, com uma faixa mediana um pouco mais clara ; escudo abdominal e tergitos livres de colorido verde musgo escuro, os espinhos da área I11 castanho-queimados. Quelíceras, palpos, ancas das patas e segmento estigmático de colorido amarelooliva claro, reticulados de negro. Esternitos livres amarelo-queimados. Patas fulvo-denegridas. Granulações do escudo dorsal amarelo-claras, levemente esverdeadas.. Borda anterior do cefalotorax inerme e lisa. Cômoro ocular com duas filas de grosseiras granulações superciliares. Area I do escudo abdominal com duas granulações ; área I1 com uma fila transvert. XIV, n. 4, Si de Deeembro de ls4.2.

318 OITO NOVOS LANIATORES DO EQUADOR sal de seis granulações; área I11 com dois altos e robustos espinhos finamente granulosos e com uma granulação maior de cada lado ; área IV com duas granulacões. Areas laterais, área V e tergitos livres com uma fila de granulações pontiagudas. Opérculo anal dorsal com duas granulações maiores ; opérculo anal ventral com duas filas irregulares de granulações; esternitos livres com uma fila de granulações, maiores nos esternitos IV e V, muito pequenas nos esternitos I a 111. Area estigmática e ancas das patas I1 a IV lisas; ancas I com uma fila mediana de granula~ões. Patas delgadas; patas anteriores (I) com os tres segmentos basilares do tarso fortemente dilatados, o primeiro basilar maior que os dois outros reunidos. Tarsos de 6-7- 9-12 segmentos. Fémures, patelas e tibias 111 e IV com uma fila ventral de robustos dentes pontiagudos. Localidade tipo: Páramo, perto de Quito, a 3.400 metros de altitude - Equador. Col.: H. E. Frissell e Haught. Eucynortoides quinquedentatus sp. n. @ig. 3). d - 6 mm. Fémures: 2-4,h -- 3,2-4,4 lnm. Patas : 6,8-17.6-11 - 15 mm. O - 5.4 mm. pémures: 2-4 - 5-4 mm. Patas : 7,2-15,4-9,8-13,4 mm. Todo o animal de colorido castanho queimado, com um desenho branco no escudo dorsal, formado por estreitas faixas dos lados do sulco que separa o cefalotorax da área I, no limite externo da área I, tomando toda a separação entre as áreas I e 11, no meio da separação das áreas I1 e 111, tomando toda a extensão do sulco de separação das áreas I11 e IV, limite externo da área 1V e pontas externas da separação das áreas IV e V, sulco divisório da área I e mais duas alças medianas, uma circular, na área I1 e outra oval, na área 111. -- Quelíceras, palpos, patas e dorso Fig. 3 - Eucynortoides quinquemui densa e grosseiramente granulosos. An da Acad. Brasileira de Ciendar...

CANDIDO DE MELLO-LELTÃO 319 Areas I e IV do escudo dorsal com dois tubérculos; área I11 com dois pequenos espinhos. Tergitos e esternitos livres com unia fila de granulações ; placa anal dorsal densamente granulosa. Area estigmática e a ncas mui densamente granulosas, com granulações menores que as dorsais. Patas fracas nos dois sexos; os tarsos anteriores não dilatados no macho. Tarsos de 6-1 1-7 - 8 segmentos. Fétnures posteriores do macho armados, na extremidade distal da face externa, de cinco robustos dentes pontiagudos, curvos para trás, aumentando regularmente do proximal para o distal, o quinto igual ao terceiro. Localidade tipo: Manta - Equador. Col. : Mrs. H. E. Frizzell Don. Familia GONYLEPTIDAE Subfamilia PACHYLINAE Gênero CEROPACHYLUS G. N. Cômoro ocular com dois espinhos. Areas I e IV bipartidas; áreas I1 e I11 trilobadas. Areas I, 11, I11 e V do escudo abdominal, tergitos livres I e I1 e opérculo anal inermes. Area IV do escudo dorsal com dois espinhos Tergito livre I11 com robusto espinho mediano. Fémur dos palpos inerme. Tarsos anteriores de seis segmentos, os outros de mais de seis. Pela curiosa armação do escudo dorsal e do tergito este gênero facilmente se distingue das outras Pachylinae, Tipo : Ceropachylus frizzellae sp. n. (Figs. 4 a 7) - 6 mm. Fémures : 2,2-3,6-5,2-4 mm. Patas : 8,8-13,2-1 t -1 5,4 mm. Q - 8 mm. Fémures 2-3,3-3-3,4 mm. Patas : 8-1 2,4-10 -1 2,4 mm. Todo o corpo cor de mogno avermelhado; as queliceras e palpos levemente lavados de denegrido. Patas I a I11 com a base dos fémures cor de mogno, o resto dos fémures, as patelas, tibias e protarsos negros, os tarsos pardo-oliva. Patas IV do mesmo colorido do corpo. t. BZV, n. 4, dl de Dwe~nWe de 1918.

320 OITO NOVOS LXNIATORES DO EQUADOR Borda anterior do cefalotorax com uma fila de pequenas granulações dorsais. Côtnoro ocular alto, com dois espinhos erectos e algumas pequenas granulações. Cefalotorax granuloso dos lados e atrás do cômoro ocular. Escudo dorsal granuloso, com granulações irregularmente esparsas; área I inerme, dividida por um sulco longitudinal; área I1 inerme, dividida em tres lobos, o mediano mais estreito e maior que os laterais; área 111 também inerme e dividida em tres lobos, mas o médio é bem menor que os laterais; área IV bipartida, armada de dois pequenos espinhos. Areas laterais, área V e tergitos livres com uma fila de granulações maiores, pontudas ; tergito livre 111 armado de robusto espinho mediano, dirigido para trás. Opérculo anal granuloso, inerme. Esternito livre com uma fila de pequenas granulações setíferas; o esternito basilar (I) mais quitinizado e com os ângulos laterais muito salientes. Estas saliencias da área estigmática faltam na fêmea. Area estigmática e ancasp rovidas de nume- Fig. - Ceropachylus frizze,lae. rosas granulações setíferas. Palpos : trocanter com duas granulações ventrais ; fémur com uma fila de quatro granulações setíferas ventrais, inerme; patela inerme; tibia com quatro espinhos de cada lado e tarso com tres. Fémures I, 111 e IV curvos, 11 direitos Tarsos de 6-10- 7-7 segmentos. Patas IV rio macho : Anca granrilosa, /I_- armada de robusta apófise apical espiniforme, um pouco parz dentro da borda externa, A" dirigida para trás, sôbre o trocanter : trocan- Fig- - Fémures de Ceropa- ter mais longo que largo, granuloso, com chylus frizzellae. duas apófises basilares internas, dormando uma forquilha que se articula com a saliencia do esternito I, e com um espinho apical ventral ; fémur com filas de pequenos tubérculos pontudos e com uma fila externa - r"- Fig. 7 - Protarso de de dentes pontiagudos, maiores Ceropachylus irizzel- Fig. - 6 Tibia de Ce- e menores, os dois Últimos lae.,-ropachylus frizzellae.

CANDIO DE MELLO-LEITAO 32 1 mais robustos, geminados (Fig. 5) ; patela com tubérculos semelhantes aos do fémur e com um espinho apical; tibia dilatando-se para a extremidade distal, armada de quatro espinhos apicais, sendo dois ventrais e um de cada lado e de uma fila de dentes setíferos na borda externa @ig. 6); protarsos direitos, com uma fila dorsal de robustos dentes pontiagudos, iguais, inclinados para trás (Fig. 7). Na fêmea faltam os espinhos dos fémures e das tibias e os dentes dos protarsos são bem menores. Localidade tipo: Estrada de S. Domingos - Quito (2.000 m.) Col.: Mrs. H. E. Frizzell Don, a quem dedico a espécie. Gênero ALLELOCHIRUS G. N. Cômoro ocular inerme. Areas I a V do escudo abdominal e. tergito livre I inermes. Tergitos I1 e 111 e opérculo anal dorsal armados de um espinho mediano, mais robusto no macho. Fémur dos palpos sem espinho apical interno. Tarsos anteriores de 5 segmentos, tarsos I1 de mais de seis e I11 e IV de seis. Este gênero é próximo de Mesopachylus Chamb., do qual se distingue por ter o cômoro ocular inerme e pela armadura do opérculo anal dorsal. Tipo: Allelochirus singularis sp. n. (Fig. 8) 3-5,8 mm. Fêmures : 1,4-2,5-2,2-2,8 min. Patas : 6-1 0,2-7,6-10,6 mm. Q - 5,6 mm Fémures: 1,4-2,4-2-2,6 mm. Patas: 5,6-9,6-7,2-10 mm. Dorso denegrido, com as granulações em manchas circulares côr de ferrugem, muito abundantes; patas com os trocânteres côr de ferrugem, os outros segmentos negros, exceto os tarsos, que são pardos. Quelíceras e palpos de colorido pardo-oliváceo. Area estigmática e ancas denegridas, densamente manchadas de pequenas manchas circulares castanhas. Borda anterior do cefalotorax lisa, com tres granulações de cada lado, junto aos ângulos. Cômoro ocular inerme, com dois pequenos grânulos. Cefalotorax com algumas granulações irregularmente esparsas. Escudo dorsal inerme, as áreas I e IV divididas por um sulco t. XIV, n. 4, 91 de Dszembro de 1942.

322 OITO NOVOS LANIATORES DO EQUADOR mediano, as granuíações dispostas em duas filas tnais ou menos regulares em cada área, as da fila posterior em manchas maiores e mais claras. Areas laterais com tres filas de pequenas granulações, sem manchas claras. Area V e tergitos livres com uma fila de granulações setíferas, os tergitos livres I1 e I11 com um espinho mediano dirigido para trás. Opérculo anal dorsal granuloso, com um espinho mediano. Opérculo anal ventral granuloso. Esternitos livres com uma fila de granulações setíferas. Area estigmática com unia fila de quatro espinhos de cada lado, junto à borda das ancas IV, e com granulações setíferas mais ou menos abundantes. Ancas muito granulosas, com granula- - ções setíferas. Palpos: trocanter com dois Fig. 8 espinhos; fêmur com uma fila de - Allclochirns singularis. quatro espinhos ventrais, sem espinho apical interno; patela inerme; tibia armada de quatro espinhos de cada lado e tarso de tres. Tarsos anteriores de cinco segmentos ; I1 de sete; I11 e IV de seis. Todos os fêmures curvos. Patas posteriores do macho : anca granulosa, com uma apófise apical externa ; trocanter de comprimento igual à largura, com robusto espinho apical ventral, curvo para dentro; fêmur, patela e tibia providos de numerosas filas de tubérculos pontudos, setiformes; protarso muito curvo na base e armado de uma fila dorsal de dentes pontiagudos. Anca das patas I1 com um espinho apical posterior. Na fêmea os espinhos da anca I1 e do opérculo anal são ohsoletos ; falta o espinho do trocanter IV e o protarso IV é direito e sem dentes pontiagudos. Localidade tipo : Milagro - Equsdor. Col.: Mrs. H. E. Frizzell Don. Subfamilia CRANAINAE Nieblia camposi sp. n. (Fig. 9) Q -12mm. Fémures : 7-1 5,6-11,8-16,2 mrn, dn. da Acad. Brasfleira de Olenciae.

e.s.*. CANDIDO DEFMELLO-I~EITAO 323 Corpo castanho-queimado, com o cefalotorax cor de Ferrugem ; as áreas do escudo dorsal levemente sombreadas de negro, em uni niarmorado pouco preciso. Espinhos da área I e granulações dessa área e do cefalotorax amarelo-sulfúreas. l3spinhos da área I11 castanho-queimados ; os dos tergitos livres oliváceos. Borda anterior com uma fila de pequenas granulações pontudas. Cômoro ocular com dois altos espinhos erectos e algumas granulações junto aos espinhos. Cefalotorax com uma área densamente granulosa atrás do cômoro ocular. Area I do escudo dorsal com dois pequenos espinhos e uma pequena área granulosa em torno dos espinhos. Area I1 inerme, com uma fila de granulações, ocupando os dois terços médios. Area I11 com dois altos espinhos, com algumas granulações junto h borda posterior dos mesmos e Fíg. 9 - Nieblia camposi. uma fila de 8 a 10 granulações no terço mhdio, junto ao sulco posterior. Area IV com uma fila de poucas granulações. Areas laterais lisas, levemente rugosas. Tergitos livres com uma fila de poucas granulações; tergito I inerme ; tergitos I e 111 com dois robustos espinhos medianos. Opérculo anal liso. Esternitos livres coni uma fila de granulações salientes. Area estigmática pouco granulosa. Ancas densamente granulosas. Palpos: - trocanter com dois espinhos dorsais e dois ventrais; fémur com uma fila de sete espinhos ventrais, uma fila de tubérculos externos, um espinho apical interno, uma fila dc tubérculos dorsais e robusto espinho mediano apical dorsal ; patela com alguns tubérculos ; tibia com quatro espinhos ventrais internos (o 1" e o 3O muito maiores) e quatro externos; e um pequeno mediano basilar ; tarso com tres espinhos internos (os dois distais maiores) e quatro externos (O 1 e o 3 O maiores). Fkmures 111 e IV com pequeno espinho apical posterior. Tarsos de 7-1-9-1 0 segmentos. Localidade tipo : Zamora - Ecuador. Col, : Prof. Francisco Campos. Cômoro ocular com dois robustos espinhos. Areas I, I1 e IV do escudo dorsal e tergitos livres I e I1 inermes. Area I11 do escudo dort. XZV, n. 4, H1 de Dezembro de 1942.

324 OITO NOVOS LANIATORES DO EQUADOR sal e tergito livre 111 com dois espinhos medianos, Opérculo anal inerme. Fémur dos palpos sem espinlio apical interno e com espinho apical dorsal. Todos os tarsos de mais de seis segmentos. Tipo; Bucayana bucayana sp. n. (Fig. I O) $ -9 mm. Fémures : 5,4-12,8-9,6-13 mm. Colorido geral castanhoqueimado, com um desenho amarelo nos ângulos internos das!metades da área I do escudo dorsal ;junto aos sulcos transversais I1 e 111 no terço médio da árèa I1 e formando estreita faixa mediana entre os espinhos da área 111. Granulações da área 111 amareias. Junto ao desenho amarelo há um sombreado negro. Espinhos da área I11 com as pontas negras. Palpos e quelíceras oliváceos, marmorados de ne- Fig. 10 - Bucayana bucayana. gro. Borda anterior com duas granulações dorsais medianas e tres espinhos de cada lado, junto aos ângulos. Cômoro ocular com dois robustos espinhos pontiagudos. levemente divergentes. Cefalotorax pouco granuloso, com granulações esparsas atrás do cômoro ocular e mais 3 de cada lado. Area I do escudo dorsal inerme, com algumas granulações perto do sulco mediano. Area I1 inerme, com algumas granulações esparsas, ficando o terço médio liso. Area 111 com dois robustos espinhos erectos, com granulos na base. Area IV inerme, com duas filas de granulações. Areas laterais e tergitos livres com uma fila de granulações. Tergitos I e I1 inermes ; tergito I11 com dois espinhos medianos, erectos. Opérculo anal dorsal liso. Opérculo anal ventral e esternitos livres com uma fila de granulações. Area estigmática e ancas IV com granulações esparsas; ancas I11 com duas filas de granulações; ancas I1 e I com uma fila mediana de granulações setíferas. Palpos :- trocanter com dois espinhos dorsais e dois ventrais; fémur com dois espinhos ventrais internos, uma fila mediana ventral An. da Acad. Brarrfleira de Oimcias.

de pequenos espinhos, urna fila de tubérculos externos e um robusto espinho mediano dorçal; patela com dois tubérculos dorsais externos e um pequeno espinho apical interno ; tibia com 5 espinhos internos (30 e 5 O maiores) e quatro externos (20 e 30 maiores) ; tarsos com 4 espinho externos e 2 internos. Fémures direitos. Tarsos de 9-? - 9-9 segmentos. Patas IV do macho de ancas granulosas, com um espinho apical dorsal mediano; trocanter de comprimento e largura iguais; fémur com uma fila de sete espinhos internos equidistantes. Localidade tipo : Bucay - Ecuador, Col. : Prof. Francisco Campos.