A seguir, são listados alguns problemas que não podem ocorrer, de forma alguma, na proposição ou na execução do convênio ou contrato de repasse:



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Transcrição:

CUIDADOS DURANTE A EXECUÇÃO DE UM CONVÊNIO 1 As transferências voluntárias formam um sistema de cooperação entre a União e os demais entes da Federação, além das chamadas organizações nãogovernamentais, para execução de ações de interesse recíproco, financiadas com recursos do orçamento federal. Convênio é o acordo, ajuste ou qualquer outro instrumento que discipline a transferência de recursos financeiros dos Orçamentos da União visando à execução de programa de governo, envolvendo a realização de projeto, atividade, serviço, aquisição de bens ou evento de interesse recíproco, em regime de mútua cooperação, e tenha como partícipes, de um lado, um órgão da administração pública federal direta, autarquias, fundações públicas, empresas públicas ou sociedades de economia mista, e, de outro, órgão ou entidade da administração pública estadual, distrital ou municipal, direta ou indireta, ou ainda, entidades privadas sem fins lucrativos (as chamadas organizações não-governamentais). Contrato de repasse assemelha-se ao convênio, e é o instrumento administrativo usado na transferência de recursos financeiros via instituição ou agente financeiro público federal que atua como mandatário da União. A instituição que geralmente opera essa modalidade de transferência é a Caixa Econômica Federal. Resumidamente, um convênio envolve quatro fases: Proposição Celebração/Formalização Execução Prestação de Contas Os convênios celebrados até 14 de abril de 2008 sujeitam-se às disposições da Instrução Normativa STN nº 1, de 15 de janeiro de 1997. Para os convênios firmados após essa data, as normas relativas às transferências voluntárias de recursos da União são as dispostas no Decreto n o 6.170, de 25 de julho de 2007. Em qualquer caso, aplicam-se, ainda, a Lei Complementar nº 101, de 2000 (Lei de Responsabilidade Fiscal), a Lei de Diretrizes Orçamentárias em vigor no exercício e, eventualmente, normas próprias do órgão ou entidade concedente. Para que o convênio tenha êxito, o gestor deve manter certo controle sobre sua gestão, seja no tocante à execução física e financeira do objeto, seja no que se refere ao cumprimento das obrigações assumidas com a assinatura do termo de convênio ou contrato de repasse. A seguir, são listados alguns problemas que não podem ocorrer, de forma alguma, na proposição ou na execução do convênio ou contrato de repasse: Plano de trabalho pouco detalhado. Metas insuficientemente descritas (quantidade/qualidade). 1 Este texto é uma seleção de partes da obra Convênios e outros repasses, 3 a edição, 2009, do Tribunal de Contas da União.

Caracterização insuficiente da situação de carência dos recursos. Projeto básico incompleto ou com informações insuficientes. Ausência de projeto básico. Falta de comprovação da existência de contrapartida (orçamentária e financeira). Orçamento subestimado ou superestimado. A fase de execução do convênio depende essencialmente do planejamento do convênio estabelecido no plano de trabalho aprovado, desde que esse plano de trabalho, de fato, seja adequado às necessidades temporais e dimensionais do objeto, inclusive em termos de custo. Falhas e irregularidades cometidas nessa fase podem comprometer, irremediavelmente, as contas que serão apresentadas ao órgão repassador dos recursos. Se o gestor cumpriu as fases de maneira criteriosa, adotando parâmetros corretos, muito provavelmente conseguirá executar a contento o objeto conveniado. No entanto, é importante atentar para algumas situações que, se não forem bem cuidadas, podem provocar problemas. Por exemplo, é muito freqüente o gestor perceber, ao receber os recursos, que o objeto previsto não poderá ser executado nos termos propostos no instrumento de convênio. Também, acontece de o objeto proposto não mais ser considerado prioritário para o município, tendo em vista o tempo decorrido entre a apresentação da proposta e a liberação dos recursos. Há casos de o gestor utilizar os recursos de maneira diferente daquela prevista no instrumento de convênio, sem fazer qualquer consulta ao órgão concedente. A providência que o gestor deve tomar nos casos apontados é entrar em contato com o órgão ou entidade concedente, para renegociar os termos do convênio naquilo que não seja exeqüível. Em hipótese alguma deve o gestor utilizar os recursos para outra finalidade. Eis as irregularidades e falhas mais freqüentes na execução financeira dos convênios: Saque total ou parcial dos recursos do convênio sem levar em conta o cronograma físico-financeiro de execução do objeto. Realização de despesas fora da vigência do convênio. Saque dos recursos para pagamento de despesas em espécie, sem que haja autorização para isso. Utilização de recursos para finalidade diferente daquela prevista no convênio. Utilização de recursos em pagamento de despesas outras do convenente. Pagamento antecipado a fornecedores de bens e serviços. Transferência de recursos da conta corrente específica para outras contas. Retirada de recursos para outras finalidades com posterior ressarcimento. Aceitação de documentação inidônea para comprovação de despesas. Falta de conciliação entre os débitos em conta e os pagamentos efetuados. Não-aplicação ou não-comprovação de contrapartida.

Ausência de aplicação de recursos do convênio no mercado financeiro, quando o prazo previsto de utilização for superior a 30 dias. Uso dos rendimentos de aplicação financeira para finalidade diferente da prevista no convênio. Não devolução de saldo financeiro ao concedente. Aceitação e apresentação aos órgãos de controle de notas fiscais sem a identificação do número do convênio. Alteração do objeto do convênio sem autorização prévia do órgão repassador. Pagamento sem o atesto que comprove o recebimento do objeto. Ausência de medições de serviços e obras e outros elementos de acompanhamento capazes de evidenciar a execução do objeto com os recursos federais repassados. Note-se que os órgãos e entidades que receberem recursos da União por meio de convênios ou contratos de repasse são obrigados a observar as disposições da Lei de Licitações e Contratos e demais normas federais pertinentes. O Decreto n o 5.504, de 5 de agosto de 2005, estabelece a exigência de utilização do pregão, preferencialmente na forma eletrônica, para entes públicos ou privados, nas contratações de bens e serviços comuns, realizadas em decorrência de transferências voluntárias de recursos públicos da União, decorrentes de convênios. Conforme o valor e a natureza do objeto a ser adquirido ou produzido (obras e serviços de engenharia e compras e outros serviços), a licitação pode, ainda, ser realizada por convite, tomada de preços ou concorrência. Citam-se algumas irregularidades e falhas encontradas em processos de licitação: Falta de divulgação da licitação. Editais imprecisos, sem definição clara do objeto licitado e dos critérios de julgamento. Aquisição direta de bens e serviços sem licitação. Dispensa indevida de licitação sob alegação de emergência. Ausência de, no mínimo, três propostas válidas no convite. Fracionamento de despesas com fuga à modalidade de licitação (fracionamento de despesas em valores que permitam realizar a licitação sob modalidade inferior à exigida, substituindo, por exemplo, a tomada de preços devida por vários convites). Ausência de pesquisa de preços referenciais no mercado. Exigências exorbitantes no edital, restringindo o caráter de competição para beneficiar determinada empresa. Permissão de participação de empresas-fantasma. Inobservância dos prazos para interposição de recursos. Ausência de documentos de habilitação das empresas participantes (contrato social, certidões negativas de tributos estaduais e municipais). Direcionamento intencional da licitação para determinada empresa, com apresentação combinada de propostas acima de mercado pelas outras concorrentes ou, ainda, inclusão de propostas simuladas.

O mesmo cuidado deve-se ter na contratação, que se segue à licitação. As irregularidades e falhas mais freqüentes são: Prorrogação de contrato após ter expirado o prazo de vigência. Alteração contratual após o prazo de vigência. Prorrogação de contratos sem previsão legal. Realização de pagamentos sem cobertura contratual. Uso de contrato existente para execução de objeto diverso do pactuado no convênio. Realização de pagamentos antecipados. Contratação de empresas-fantasma. Aquisição de bens ou execução de obras com preços superiores aos praticados no mercado. Não-exigência de regularidade fiscal, quando da realização de cada pagamento à contratada. Acréscimos aos contratos de obras e/ou reformas acima dos percentuais permitidos na Lei de Licitações e Contratos. Grande parte dos convênios trata de obras civis. Construção de escolas, postos de saúde, hospitais, estradas, barragens, pontes, presídios e pavimentação asfáltica são alguns exemplos da variedade de obras presentes em convênios e contratos de repasse. Por ser um processo complexo e envolver muitas variáveis, uma obra deve merecer toda a atenção do gestor. Desde o projeto básico até o recebimento final da obra, todas as fases devem ser rigorosamente fiscalizadas. O gestor deve exigir o cumprimento integral de todas as cláusulas contratuais. Não pode tolerar atrasos, inexecução ou execução diferente do que foi contratado. Em caso de aquisição de produtos, é fundamental que, no momento da entrega, seja feita rigorosa conferência de suas características (peso, tamanho, qualidade, especificações técnicas etc.). O recebimento de produtos deve ser atestado por responsável designado pelo convenente. A entrada de produto no almoxarifado deverá ser registrada convenientemente. Assim como deve ser registrado o recebimento de produtos da empresa contratada, também sua utilização no objeto conveniado deverá ser comprovada. O bem adquirido deve ser empregado no objeto do convênio e em benefício da comunidade. Quando se tratar de produtos que devam ser distribuídos à população (remédios, alimentos, material escolar), a entrega deverá ser comprovada mediante documentos que indiquem o dia, a quantidade e a identificação dos beneficiários. Em caso de prestação de serviços, além da respectiva nota fiscal de serviços, é necessária a comprovação de sua efetiva realização, mediante documentos hábeis, como fichas de freqüência, relatórios de execução, boletins de medições e outros.