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Transcrição:

54 o CONSELHO DIRETOR 67 a SESSÃO DO COMITÊ REGIONAL DA OMS PARA AS AMÉRICAS Washington, D.C., EUA, 28 de setembro a 2 de outubro de 2015 Original: inglês DISCURSO DE BOAS-VINDAS DA DRA. CARISSA F. ETIENNE, DIRETORA DA REPARTIÇÃO SANITÁRIA PAN-AMERICANA E DIRETORA REGIONAL PARA AS AMÉRICAS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE

DISCURSO DE BOAS-VINDAS DA DRA. CARISSA F. ETIENNE, DIRETORA DA REPARTIÇÃO SANITÁRIA PAN-AMERICANA E DIRETORA REGIONAL PARA AS AMÉRICAS DA ORGANIZAÇÃO MUNDIAL DA SAÚDE 28 de setembro de 2015 Washington, D.C. 54 o Conselho Diretor da OPAS 67 a Sessão do Comitê Regional da OMS para as Américas Excelentíssimo Presidente do 54 o Conselho Diretor, Excelentíssimo Senhor Juan Orlando Hernández, Presidente da República de Honduras Excelentíssimos Senhores Ministros da Saúde, Excelentíssimo Senhor Subdiretor-Geral da Organização Mundial da Saúde, Ilustres delegados, Ilustres representantes do corpo diplomático, Estimados colegas e convidados, Um bom dia a todos. Hoje, é um prazer muito especial dar a todos as boas-vindas a esta 54ª reunião anual do Conselho Diretor da OPAS. Os senhores vieram de todas as partes de nossa região, e de mais longe, em alguns casos, para estar aqui, portanto agradeço-lhes sinceramente por disporem desse tempo em suas agendas lotadas para participarem do que sem dúvida será uma discussão rica e produtiva sobre a saúde de nossa Região. Esta manhã, estou especialmente contente em dar-lhes as boas-vindas a esta casa da OPAS. Ontem, comemoraram-se os cinquenta anos da inauguração deste edifício, em 1965, e a quinquagésima convocação consecutiva do Conselho Diretor da OPAS neste edifício especificamente, no número 525 da rua vinte e três, no Noroeste de Washington, D.C. É, portanto, um dia auspicioso em nossa história Feliz aniversário para todos nós! No entanto, é também um momento de temperança, pois gostaria que lembrássemos as muitas pessoas de nossos Estados Membros que perderam vidas, posses, rendas e saúde devido aos desastres e epidemias de doenças nos últimos doze meses. Recordamos especificamente os residentes do Chile e de minha terra natal, Dominica, que mais recentemente tiveram que resistir à agressão da natureza. Por vivermos em uma aldeia global, também lembramos aqueles de outras regiões da OMS que perderam suas vidas na extensiva epidemia do ebola, assim como no terremoto do Nepal.

A OPAS é o organismo internacional técnico de saúde pública mais antigo do mundo, tendo sido fundada em 1902, e nosso crescimento ininterrupto e funcionamento exitoso devem muito à valiosa e criteriosa orientação que a Secretaria vem recebendo dos Estados Membros há mais de um século. Porém, agora mais do que nunca, neste complexo cenário de saúde global em constante evolução, continuamos buscando sua contribuição, suas ideias atuais e sua sabedoria, ao navegarmos por novos mares para atingir os objetivos da agenda de desenvolvimento sustentável pós-2015, assim como os de nosso Plano Estratégico 2014-2019. Caminhando nessas muitas décadas sob sua atenta orientação, acredito que conquistamos conjuntamente bastante desde os primeiros anos de capacitação intensa dos recursos humanos nacionais em saúde à erradicação da varíola, eliminação da poliomielite e mais recentemente da rubéola e da síndrome da rubéola congênita, aplicação de tecnologias de baixo custo para a prevenção e o controle do câncer de colo de útero em populações subatendidas, até o compromisso, em 2014, com o acesso universal à saúde e a cobertura universal de saúde, ampliando e explicitando o objetivo de Alma-Atta de 1978 referente à Saúde para Todos. O acúmulo de realizações foi possível apesar dos numerosos desafios que encontramos ao longo do caminho, bem como dos desafios novos e emergentes que enfrentamos diariamente à medida que o mundo se transforma. Estou cada vez mais convicta e animada por estarmos criando juntos reformas políticas vivas, que se estendem dos corredores do governo às cidades, municípios e povoados e aos próprios lares das populações a que servimos. Essas reformas verdadeiramente transformam e melhoram a qualidade de vida da população. Quando visito os Estados Membros, além de promover a causa com os Presidentes, Primeiros-Ministros, Ministros da Saúde e das Relações Exteriores, entre outros, aproveito cada oportunidade para observar nossos programas em ação, e ouvir dos envolvidos o que funciona bem, o que ainda é preocupante e que lições foram aprendidas. Sou enormemente incentivada pela inovação e pelo progresso que observei nas minhas 17 visitas aos Estados Membros este ano. No Equador, por exemplo, observei com grande interesse que o governo, como parte de um processo contínuo, estava estabelecendo ativamente medidas para melhorar a qualidade de seu sistema de saúde e, neste sentido, havia criado a Agencia de Aseguramiento de la Calidad de los Servicios de Salud y Medicina [ACESS], que trabalhará para assegurar a qualidade da saúde pré-paga e dos serviços médicos naquele país. Desdobramentos como este levarão potencialmente à melhoria da qualidade dos serviços e sistemas de saúde do Equador. 2

No Chile, observei um progresso significativo com respeito ao rótulo dos alimentos de elevado valor calórico, além de muito açúcar, sal e gordura, com as novas regulamentações aprovadas pelo governo. Esta iniciativa inovadora contribuirá para que os chilenos tomem melhores decisões e façam escolhas alimentares nutritivas, e no longo prazo reduzirá a possível ocorrência de fatores de risco associados às doenças crônicas não transmissíveis. Iniciativas progressivas e semelhantes, relacionadas à rotulação dos alimentos também foram observadas no Equador, no México e nos EUA. Na Commonwealth das Bahamas, um arquipélago de 700 ilhas e recifes espalhadas por mais de 100.000 milhas quadradas de oceano, o Governo se comprometeu com a iniciativa de um seguro de saúde nacional [NHI] com vistas a ampliar a cobertura universal de saúde e o acesso à saúde para todos seus habitantes. Tem-se trabalhado assiduamente com diferentes setores e interessados diretos para determinar os conjuntos de benefícios ideais e a estruturação do NHI, enfrentando aqueles cujo principal objetivo é a proteção de seus interesses financeiros. Em outra frente, a Nicarágua e o Uruguai se tornaram os dois primeiros países no mundo a ratificar o novo Protocolo da Organização Mundial da Saúde para Eliminar o Comércio Ilícito dos Produtos de Tabaco. Aplaudo esses Estados Membros por darem esse passo destemido para reduzir o tabagismo e por serem um nobre exemplo que outros podem seguir. Todos os dias, vejo a engenhosidade, a coragem e a fortaleza dos Estados Membros, que buscam bravamente melhorar a saúde de seus povos, mesmo quando precisam lutar contra os obstáculos erigidos por aqueles cujos interesses fundamentais divergem da proteção da saúde da população. Em alguns casos, os Ministérios da Saúde se viram obrigados a lutar até mesmo contra suas associações e conselhos de saúde nacionais. A região das Américas é claramente uma pioneira, em grande parte graças a sua liderança coletiva e seu trabalho incansável ao melhorar as condições sociais e os sistemas de saúde em seus países. Porém, reconheço que em algumas áreas, sentimos alguma frustração, pois as transformações e os impactos positivos de longo prazo não estão ocorrendo tão rapidamente quanto desejaríamos. A redução da mortalidade materna na Região [ODM 5] é um exemplo de um objetivo que sofre de um ritmo lento e de um progresso insuficiente. Ainda que a mortalidade materna tenha diminuído cerca de 40 % na América Latina e no Caribe de 1990 a 2013, esse número está muito abaixo da meta de 75 % constante dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio. De acordo com os dados mais recentes, em 2013, mais de 9 mil mulheres em nossa região morreram de causas maternas como a hemorragia obstétrica. De fato, essa ocorrência é inadmissível. Continua sendo uma reprovação no acesso à saúde e a qualidade do atendimento em nossa Região. 3

Outra área que ainda exige diálogo e conclusão por parte dos Estados Membros é o envolvimento com os atores não estatais. A comunicação com este setor é essencial para fomentar uma melhor compreensão das questões críticas de saúde, e para garantir o acesso à melhor qualidade e a intervenções em saúde pública financeiramente mais acessíveis para a Região. Lamentavelmente, nesta última semana a imprensa dos Estados Unidos noticiou que o preço de um medicamento antigo [Daraprim] usado no tratamento da malária, assim como da toxoplasmose, saltou de cerca de US$ 13,50 a $750,00 por comprimido, da noite para o dia! Olhando adiante, portanto, devemos simultaneamente proteger os ganhos já conquistados, abordar os temas inconclusos da agenda e construir uma ponte para abordar os ainda mais amplos e ambiciosos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. O financiamento adequado é, evidentemente, essencial para nosso sucesso, assim como a coordenação eficaz entre os diversos setores e interessados diretos para fazer o uso melhor possível de todos os nossos recursos humano, financeiro, tecnológico e intelectual. Na última sexta-feira, nas Nações Unidas, 193 países adotaram a Agenda 2030 para o Desenvolvimento Sustentável, a qual se destina a erradicar a pobreza, combater a desigualdade e enfrentar a mudança climática nos próximos 15 anos. Essa agenda, a qual consiste de 17 objetivos e 169 metas, busca abordar corajosamente a indignidade da pobreza e a falta de equidade que assolam o desenvolvimento humano, propondo um desenvolvimento centrado nas pessoas, holístico, amplo e integral. Tenho a satisfação de informar que o Plano Estratégico da OPAS 2014-2019 está plenamente alinhado com esses objetivos e abordagens dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável. Na semana passada, o Pontífice, Papa Francisco, originário de nossa Região, lembrou-nos repetidas vezes da necessidade primordial de garantir que os pobres, os destituídos e os vulneráveis tenham oportunidades para se desenvolverem e viverem com a mais alta dignidade e de trabalhar para preservar a natureza e a vida. Segundo ele, é nossa obrigação moral. Tenho a esperança, e faço um apelo, de que esses sentimentos e compromissos mundiais proporcionarão o contexto adequado para nossas deliberações nesta semana. Essas deliberações contribuirão para definir nossa agenda, aguçar nosso foco e fixar o tom pelos próximos meses. Aguardo essas discussões com grande entusiasmo. Temos uma agenda repleta e interessante diante de nós. Abordaremos uma ampla variedade de temas, a saúde pública, assim como os aspectos críticos programáticos e de políticas, e nos atualizaremos a respeito dos assuntos técnicos, administrativos e financeiros. 4

Por fim, do ponto de vista pessoal, é extremamente gratificante ser parte desta ilustre assembleia, definida e unificada mediante nossa dedicação sincera à saúde e ao bem-estar dos que vivem nas Américas. Inspirada por sua dedicação e liderança, tenho a certeza de que nossa jornada juntos será muito exitosa. Muito obrigada. - - - 5