"Sou muito persistente, muito lutadora, e vou sempre atrás daquilo que quero, porque sei que conseguirei lá chegar devagarinho, com um passo de cada vez. E continuo a lutar pelos meus obietivos,, Para realizar este sonho, Carla Ascenção acabou o 12 ano com uma média de 19, entrou logo no curso da Escola Superior de Jornalismo do Porto e, a partir daí, fez um pouco de tudo para se aproximar da televisão Carla Ascenção é um exemplo de perseverança. Quando era miúda, já olhava para otelejomal, imaginando-se, no futuro, a apresentá-10. Esse momento chegou, e a jornalista, de 31 anos, é o rosto do "Jornal Diário" do Porto Canal, uma aposta de Júlio Magalhães e Domingos de Andrade, que vem premiar um percurso ascendente na estação da Senhora da Hora. Mas nada acontece por acaso. Para realizar este sonho, Carla acabou o 12 ano com média de 19, entrou logo no curso da Escola Superior de Jornalismo do Porto e, a partir daí, fez um pouco de tudo para se aproximar da televisão. Ainda no 2 ano, estagiou na Rádio Lidador, mas este meio não a seduziu. No 3 0, começou a colaborar no Diário de Noticias, e gostou da experiência. Entretanto, acabou o curso e, sendo um dos três finalistas com média mais alta, pôde escolher a empresa em que queria estagiar, e optou pela RTP. Na NTV, logo depois RTPN, onde esteve três anos, foi repórter da "Liga dos Últimos" e do "Glamour" e fez um programa sobre bandas de garagem. Depois abriu o Porto Canal, que a convidou para fazer o "Porto Fino", um programa sobre eventos sociais, e Carla aceitou o desafio. Aí foi evoluindo: começou por fazer o "Consultório", um programa diário sobre saúde, que ainda se mantém, e este ano foi coapresentadora da gala dos Dragões de Ouro. Até que atingiu finalmente o seu alvo: "fazer jornalismo e hard news". Entretanto, há três anos, em trabalho, conheceu Pedro Ribeiro, de 36 anos, que é diretor de centros comerciais. Apaixonaram-se, namoraram e casaram-se em agosto, nas Maldivas. Carla Ascenção partilhou um pouco da sua nova vida com a Lux, no hotel The Yeatman Porto. Lux - Ser pivot era um sonho antigo? Carla Ascenção - O jornalismo sempre foi a minha grande paixão. Lembro-me de ser muito miúda, de andar no ciclo preparatório, e de ver atentamente os telejornais, com os adultos
de casa. E eu não perdia um Via sempre com muita atenção, gostava muito de ver. lá telejornal. E já com essa idade, imaginava-me, a fazer aquilo: a dar as notícias, e a apresentar um telejornal. Desde essa altura, nunca tive dúvidas de que era a ser jornalista o que eu queria seguir. Lux trabalhar - Desejava jornalismo em e teve de se esforçar para atingir esse objetivo. É persistente? CA - Sou muito persistente, muito lutadora, e vou sempre atrás daquilo que quero, porque sei que conseguirei lá chegar devagarinho, com um passo de cada vez. Mas continuo, ainda hoje, a lutar pelos meus objetivos. Esta de eu ser um dos rostos do Porto Canal é muito importante, não só por ser reconhecida aposta mediaticamente, mas sim pelo exercício do meu trabalho. E do que hoje tantas difiatravessa. Porque é isso que me dá mais gosto, é o exercício do jornalismo e do meu trabalho. E o mercado é aberto. jornalismo, culdades Embora esteja muito feliz, neste momento, com este trabalho e esta aposta, nunca podemos dizer que ficaremos no mesmo sítio para sempre. Lux - Entretanto, conheceu aquele que é hoje seu marido,
precisamente numa situação de trabalho... CA. - Sim, fez agora três anos, na inauguração do Outlet de Tui. Na altura, ele era o diretor-geral do projeto, que foi o primeiro outletda Península Ibérica. Eu fui fazer a reportagem. Conhecemo- -nos e foi um contacto estritamente profissional. Nunca mais nos falámos. Ele estava em Espanha. Passado um ano, ele veio para Portugal, para outro projeto, e eu passei a receber ramos de flores no Porto Canal, com cartões assinados. Tinham uma assinatura, mas eu já não me lembrava de quem era o Pedro Ribeiro. Entretanto, decidi agradecer e convidei-o para ir conhecer a televisão. E ele foi, e foi então que eu descobri de onde é que ele me conhecia. Confessou-me que tinha ficado com vontade de me conhecer um bocadinho melhor. E, agora que tinha vindo para Portugal, tinha tido essa oportunidade e, por isso, resolveu dar esse passo. E eu, como sou muito romântica, achei o máximo e fiquei logo um bocadinho
conquistada pelos atos de cavalheirismo, que hoje em dia não se praticam. Lux- O cavalheirismo está em desuso? CA- Sim, hoje em dia é raríssimo um homem enviar flores a uma mulher. E ele, depois deste primeiro contacto, continuou a enviar-me flores para o meu local de trabalho, e chocolates... Sempre foi muito cavalheiro. Entretanto, passado um tempo, eu fui a Milão fazer uma reportagem. Foi durante a semana, vinha-me embora na sexta-feira. E, nesse dia, eu estava no Duomo a tomar um capuccino e o Pedro, ao telefone, perguntou-me: "Onde é que estás?"e eu disse: "Aqui na catedral, a tomar um capuccino." E, passado um bocado, ele apareceu à minha frente. Em Milão! E foi aí que começámos a namorar. Eu vinha-me embora e já não vim, ficámos em Milão mais uns dias. É quase uma história de filme! E casámo- -nos este verão, no dia 15 de agosto, nas Maldivas. Lux - Porquê a opção de se casarem nas Maldivas? CA.- Porque nós íamos fazer uma cerimónia tradicional, com os amigos e familiares. Já estava programada, já estávamos a trabalhar nisso há bastante tempo, tínhamos já tudo pensado, mas entretanto eu perdi a minha madrinha de casamento, que era a minha melhor amiga, que faleceu num acidente de viação, com 20 anos. Foi um choque enorme, uma tragédia. A seguir, morreu a avó do Pedro. E muitas das coisas que tínhamos preparado, e pensado, deixaram de fazer sentido. Então, decidimos alterar os nossos planos. Não dissemos nada a ninguém, apenas comunicámos à família que já não íamos fazer a cerimónia como tínhamos pensado.
"Foi aí que começámos a namorar. Eu vinha-me embora e já não vim, ficámos em Milão por mais uns dias. É quase uma história de filme!,, "Foi muito giro. Casámo-nos na praia, de pé descalço, num sítio idílico. Foi um sonho. Foi uma opção que nos fez muito felizes,, E que iríamos casar-nos, mas provavelmente só os dois, num destino paradisíaco: praia, sem pensar em mais nada, e sem ter nenhuma preocupação. E também para fazermos o nosso luto, e deixarmos os familiares fazerem o luto deles. O Pedro fez-me a surpresa, e casámo-nos nas Maldivas. Lux - Só os dois? CA. - Sim. A família apoiou-nos desde que dissemos que estávamos a pensar mudar os nossos planos. Muitos amigos e pessoas conhecidas ficaram surpreendidos porque não sabiam desta nossa mudança e não sabiam, também, o que é que tinha acontecido com a minha amiga. E ficaram a saber, só quando nós voltámos, que nos tínhamos casado nas Maldivas. Foi muito giro. Casámo-nos na praia, de pé descalço, num sítio idílico. Foi um sonho. Foi uma opção que nos fez muito felizes. Lux- Casaram-se já em lua-de- -mel... CA- É verdade. E depois, no regresso, ficámos mais uma semana no Dubai. Foi um verão fantástico! Lux- E agora? Gostaria de ser mãe? CA. -Gostaria, mas não é uma prioridade para mim. Não é, de todo, uma prioridade. Neste momento, nós estamos muito focados no nosso trabalho. Eu, pela grande oportunidade que estou a ter; quero mesmo agarrar esta oportunidade que me deram. E o Pedro também, porque é uma pessoa muito focada no trabalho. Portanto, neste momento, queremos centrar-nos na nossa vida profissional, crescer profissionalmente e aproveitar bem o casamento. Aproveitar os nossos momentos a dois, porque se viesse um filho já, seria um bocadinho diferente... Temos poucos momentos a dois. Por isso, a maternidade vai ser adiada. Nós também não temos esse desejo, para já. Faz parte dos nossos planos, mas só daqui a uns anos. texto Rodrigo Ferreira totó; Cristina Pinto e Pinto produção Teresa Abrunhosa agradecimentos The Yeatman Porto Cecilia Prado/ Isabel Rubim Showroom, Bus Jeans (roupa). Morena Brasil Ijoias], Ltd. Edrtion/Cátia Doutel (saoatos;.. Sandra Sousa (cabelo a rneqij"agerl