Marcos Augusto Maliska Professor de Direito Constitucional da UniBrasil, em Curitiba

Documentos relacionados
Constituição Européia e Soberania Nacional

Sumário. Prefácio Nota à 3ª Edição Nota à 2ª Edição Agradecimentos. Lista de Abreviaturas Introdução

UNIVERSIDADE LUSÍADA DE LISBOA. Programa da Unidade Curricular ECONOMIA MUNDIAL E COMÉRCIO EXTERNO Ano Lectivo 2013/2014

Prof. Associado Wagner Menezes. Salas 21 a 24 DIP II

RICARDO RODRIGUES GAMA

Sumário DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO. Capítulo 1 Fundamentos do Direito Internacional Público... 15

Definição Compreende-se por o processo de integração e interdependência entre países em seus aspectos comerciais, financeiros, culturais e sociais. A

COLÉGIO XIX DE MARÇO excelência em educação

DIPLOMACIA DO BRASIL JOSÉ VIEGAS FILHO. Autor. Formato: 17,0x24,0 cm CÓDIGO: DE TIRDESILHAS AOS NOSSOS DIAS. Prefácio José Viegas Filho

DIREITO INTERNACIONAL

Na génese da unificação europeia do pós-guerra

PÓS-GRADUAÇÃO EM DIREITO ESTRUTURA CURRICULAR STRICTO SENSU (por área de concentração-baseada na Res. Vigente do CCEPE)

DIREITO CONSTITUCIONAL

OBSERVAÇÃO: os créditos em Estágio Docência serão computados de forma adicional ao número mínimo de créditos exigidos pelo Programa.

A NOVA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES DIANTE DO ESTADO SUPRANACIONAL

Provas escritas individuais ou provas escritas individuais e trabalho(s)

Módulo 6 Setor 171. Nova Ordem Mundial Prof. Lucas Guide 3º ano EM

O que é uma Ordem Geopolítica?

Sumário. Lista de Abreviaturas... XXXI. Introdução... XXXV. Capítulo 1 O Direito Econômico... 1

A Política Externa da Alemanha e Relações com o Brasil

Licenciatura

A ORDEM GEOPOLÍTICA BIPOLAR

5 2º RELAÇÕES INTERNACIONAIS E POLÍTICA INTERNACIONAL. 5 3º o DIÁLOGO INTERNACIONAL CAPÍTULO I. INTRODUÇÃO SIº A COMUNIDADE INTERNACIONAL

Direito Constitucional

índice CAPÍTULO I O PARADOXO DO CONSTITUCIONALISMO ESTADUAL NO INÍCIO DO SÉCULO XXI

STJ A NOVA INTERPRETAÇÃO CONSTITUCIONAL. Ponderação, direitos fundamentais e relações privadas

Sumário DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO. Capítulo 1 Fundamentos do Direito Internacional Público... 17

Política Externa do Brasil

PARTE I TEORIA GERAL DO ESTADO

Crise na Europa e Globalização

Uma análise crítica do acordo de associação estratégica entre a União Européia e a América Latina e o Caribe A Cúpula de Viena

Formação e contradições do Sistema Internacional

ESTUDO DIRIGIDO. Questão 2 Quais os agentes responsáveis pelo processo de globalização?

Direito Constitucional

DESENVOLVIMENTO DA ATIVIDADE DE APLICAÇÃO UNIDADES CONTEÚDOS OBJETIVOS Nº DE AULAS TÉCNICA DE ENSINO INDICAÇÃO BIBLIOGRÁFICA

A ORDEM GEOPOLÍTICA BIPOLAR E.U.A:

Direito Econômico. Rodrigo Cortes Rondon

Parte 1 TEORIA DO COMÉRCIO INTERNACIONAL

Princípio da Afetividade no Direito de Família

AVANÇOS E DESAFIOS DOS DIREITOS HUMANOS NA ATUALIDADE. Prof. Dra. DANIELA BUCCI

PRINCÍPIOS FUNDAMENTAIS DA REPÚBLICA FEDERATIVA DO BRASIL QUESTÕES COMENTADAS

ATIVIDADES ONLINE 9º ANO 3

MINISTÉRIO PÚBLICO E DIREITOS HUMANOS. Um estudo sobre o papel do Ministério Público na defesa e na promoção dos direitos humanos

A GLOBALIZAÇÃO. Esse processo se torna mais forte a partir de 1989 com o fim do socialismo na URSS.

ESTRUTURA CURRICULAR

Organização Politica e Econômica Global

Acesso à carreira diplomática

CURSO DE PREPARAÇÃO PARA O CONCURSO DE INGRESSO NA CARREIRA DIPLOMÁTICA. Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Individualismo, Federalismo, Globalização e Estado-nação

Declaração de Princípios - Declaração de Princípios - Partido Socialista

DIREITO CONSTITUCIONAL

Evolução da Disciplina. Direito Constitucional CONTEXTUALIZAÇÃO INSTRUMENTALIZAÇÃO

Capítulo 1 Conceitos. Capítulo 2 Abordagens Analíticas do Comércio Internacional

II CAMINHOS DA UNIDADE

STJ JOÃO ALBERTO ALVES AMORIM. , Direito das. uas. o Regime Jurídico da Água Doce no Direito Internacional e no Direito Brasileiro

CONTATO DO DE LUCA Facebook: profguilhermedeluca Whatsapp: (18)

DIREITO DE INTEGRAÇÃO ECONÔMICA. s s.

DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO

PROGRAMA DE DISCIPLINA. DISCIPLINA CÓDIGO NOME PROFESSOR(A) CIJ061 Direito Internacional Público

A S S E M B L E I A D A R E P Ú B L I C A. O Presidente INTERVENÇÃO DE EDUARDO FERRO RODRIGUES, PRESIDENTE DA ASSEMBLEIA DA REPÚBLICA

Prefácio... Prefácio da 1 a edição... Introdução...

TEORIA GERAL DO ESTADO ELEMENTOS DO ESTADO. Prof. Thiago Gomes. Teoria Geral do Estado 1. CONTEXTUALIZAÇÃO. O que é necessário para formar um Estado?

A natureza contraditória do Estado capitalista na era na financeirização

Módulo 11 Setor 171. Blocos econômicos I Prof. Lucas Guide 3º ano EM

O DIREITO CONSTITUCIONAL NO BRASIL E NA CHINA: ANÁLISE COMPARATIVA

PLANO DE ENSINO. Promover o desenvolvimento das competências e habilidades definidas no perfil do egresso, quais sejam:

CONFIGURAÇÕES JURÍDICO-POLÍTICAS DO ESTADO - FORMAS DE ESTADO

Conceito de Soberania

DIREITO INTERNACIONAL

IBES. Disciplina: Geopolítica Professora: Fernanda Tapioca Ministrada dia INTEGRAÇÃO ECONOMICA

Organização Mundial do Comércio

OS DESAFIOS DA DESCENTRALIZAÇÃO NA EXPERIÊNCIA INTERNACIONAL FERNANDO ABRUCIO PROFESSOR DA FUNDAÇÃO GETULIO VARGAS (BRASIL)

Ministério da Educação Universidade Federal da Integração Latino-Americana Pró-Reitoria de Graduação

CAPÍTULO 3 BRASIL E MERCOSUL PROFESSOR LEONAM JUNIOR COLÉGIO ARI DE SÁ CAVALCANTE

Introdução às Relações Internacionais. D. Freire e Almeida

Monster. Direito Constitucional 1º ENCONTRO. Concursos. Olá queridos amigos,

A Globalização e a Nova Ordem Mundial. A Geografia Levada a Sério

Sumário. Parte 1. Capítulo 1 Abordagens Analíticas do Comércio Internacional. Capítulo 2 Políticas Comerciais

Técnico Judiciário Área Administrativa

EXAME NACIONAL DO ENSINO SECUNDÁRIO

O Presidente. Senhora Secretária-Geral Adjunta do Conselho da. República à Assembleia Parlamentar do Conselho da

nota prévia 21 nota à 2ª edição 23 abreviaturas utilizadas 25 bibliografia geral 31

Guerra Fria ( )

Direito Constitucional PROFESSORA: ADENEELE GARCIA

Constitucional. Aspectos Gerais do Direito. Direito. Constitucional

DIREITO PENAL Fins da Pena, Concurso de Pessoas, Antijuridicidade e Outros Aspectos. Sergio Antonio Fabris Editor. Porto Alegre, 2006

CURSO DE PREPARAÇÃO PARA O CONCURSO DE INGRESSO NA CARREIRA DIPLOMÁTICA. Faculdade de Direito da Universidade de Lisboa

Sumário. Capítulo I INTRODUÇÃO AO DIREITO INTERNACIONAL PÚBLICO... 17

SUMÁRIO. 3. TRIBUNAL PENAL INTERNACIONAL 3.1 Introdução 3.2 Competência 3.3 Composição do tribunal 3.4 Órgãos do tribunal

PERCURSO 1 Do mundo multipolar para o bipolar da Guerra Fria. Prof. Gabriel Rocha 9º ano - EBS

Teoria Realista das Relações Internacionais (I)

Sistema estatal - sistema de relações sociais, relacionamento entre grupos de seres humanos. Segurança(Teorias realistas):

Teoria do Estado e da Constituição

DIREITO DA UNIÃO EUROPEIA 2015/2016 TURMA: PROFESSOR DOUTOR EDUARDO PAZ FERREIRA PROGRAMA. I. Introdução

HISTÓRIA - 2 o ANO MÓDULO 61 A COMUNIDADE DOS ESTADOS INDEPENDENTES

Discurso de S. EXA a PAR no VIII Fórum Parlamentar Ibero-americano Cádis, Espanha, 25 de outubro de 2012

Geopolítica e Organizações internacionais mundiais

Políticas Sociais para Gestão Social IGPP Professora: Maria Paula Gomes dos Santos

1.(Unicamp 2014) O cartaz abaixo foi usado pela propaganda soviética contra o capitalismo ocidental, durante o período da Guerra Fria.

Transcrição:

Marcos Augusto Maliska Professor de Direito Constitucional da UniBrasil, em Curitiba ESTADO E SÉCULO XXI A integração supranacional sob a ótica do Direito Constitucional Editora RENOVAR Rio de Janeiro São Paulo Recife, 2006

CATALOGAÇÃO NA FONTE M216e Maliska, Marcos Augusto Estado e século XXI: a integração supranacional sob a ótica do direito constitucional / Marcos Augusto Maliska. Rio de Janeiro: Renovar, 2006. 240p. ; 21 cm Inclui bibliografia ISBN 85-7147-565-2 1. Direito constitucional Brasil. I. Título. CDD 346.81015

SUMÁRIO INTRODUÇÃO 1 CAPÍTULO I - OS ESTADOS E A ORDEM INTERNACIONAL: CONSIDERAÇÕES PRELIMINARES 7 1. Os Estados e o Direito Internacional 8 1.1. Os Elementos Tradicionais do Estado 8 1.2. O Princípio da Igualdade dos Estados 10 1.3. Dependência e Interdependência Econômica 11 1.4. Dependência Econômica, Soberania Política e Integração Regional Supranacional 14 2. O Centro e a Periferia: A dependência econômica como elemento da formação dos Estados periféricos 15 2.1. A América Latina na periferia do Capitalismo 15 2.2. Soberania e Constituição no Brasil 19 2.3. Soberania formal e real 21 2.4. Globalização, estado de bem-estar e desenvolvimento 22 CAPÍTULO II - ABERTURA, COOPERAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS ESTADOS NO PLANO GLOBAL 27 1. A experiência da Liga das Nações 29 1.1. O fim da Primeira Guerra e o início de uma nova ordem mundial 29 1.2. Os quatorze pontos do Presidente norte-americano Wilson 31 1.3. Os objetivos e a estrutura da Liga 32 1.4. As críticas à Liga 33 2. A Organização das Nações Unidas - ONU 35 2.1. O surgimento da ONU: Da Carta do Atlântico à Conferência de São Francisco 35 2.2. As fases da ONU desde 1945 37 2.3. A ONU depois da Guerra Fria 42 2.4. Os objetivos e a estrutura da ONU 42 2.5. O Banco Mundial e o Fundo Monetário Internacional 44 2.6. O GATT e a Organização Mundial do Comércio - OMC 48 2.6.1. A estrutura da OMC 51 2.6.2. As críticas à OMC 53

2.7. A institucionalização dos direitos humanos pela ONU 55 3. A globalização econômica 59 3.1. Globalização, desenvolvimento tecnológico e capitalismo 61 3.2. A grande transformação da década de 1970 66 3.3. A crise do fundamentalismo neoliberal 69 3.4. Novas perspectivas 71 CAPÍTULO III - ABERTURA, COOPERAÇÃO E INTEGRAÇÃO DOS ESTADOS NO PLANO REGIONAL 75 1. A União Européia 76 1.1. A Europa até a Segunda Guerra Mundial 76 1.2. Desenvolvimento histórico da União Européia 77 1.3. Os objetivos da União Européia 79 1.3.1. A União Européia e a proteção dos Direitos Fundamentais 80 1.4. As instituições da União Européia 81 1.5. Desafios da União Européia: Ampliação e aprofundamento da Integração 85 2. O Mercosul 87 2.1. Breve referência aos processos de integração latino-americanos 87 2.2. Mercosul: Um entendimento entre Brasil e Argentina 90 2.3. Perspectivas para o Mercosul. 92 CAPÍTULO IV - FEDERALISMO E INTEGRAÇÃO SUPRANACIONAL REGIONAL. ANÁLISE DO CASO EUROPEU 95 1. O processo de integração europeu sob diversas perspectivas 95 1.1. Os céticos 96 1.2. Os defensores do mercado Interno 96 1.3. Os Federalistas 97 1.4. Os Cosmopolitas 97 1.5. Outras classificações 98 2. Razões para o fortalecimento do projeto Europa 99 2.1. A Paz como um objetivo do passado e do presente 99 2.2. A reunificação alemã 100 2.3. A Europa como uma potência econômica 100 2.4. A União Européia como uma nova instância reguladora 101

3. Pressupostos empíricos à União Européia 103 3.1. Povo, Nação, Democracia e Europa Povo, Nação, Democracia e Europa 104 3.1.1. A distinção entre Povo e Nação 105 3.1.2. Há um povo europeu? 107 3.2. Da Integração Econômica e Política à Integração Cultural 113 3.2.1. Uma Sociedade Civil européia 113 3.2.2. Um Espaço Público europeu 114 3.2.3. Uma Cultura Política européia participativa 116 4. Constituição e União Européia 117 4.1. Os significados de Constituição 117 4.2. Constituição, Estado e União Européia 118 4.3. Constituição, Povo, Democracia e Parlamento 121 5. Uma democrática União Européia de Estados Soberanos Abertos 125 5.1. Uma nova Teoria do Estado 125 5.2. A União Européia como um Estado Federal com novas características 127 5.3. Democracia e União Européia 129 6. Um Estado Federal Europeu 132 6.1.1. Da União de Estados à Federação: Uma proposta 132 6. l.1. Estrutura da Federação 136 6.1.2. O caminho para a Federação 137 6.2 O conceito de Federalismo 138 6.3 Federalismo Nacional e Supranacional. Perigos e Chances 141 6.4 O Princípio da Subsidiariedade 141 6.5. A Europa de regiões 143 CAPÍTULO V - DESAFIOS DO ESTADO MODERNO: ABERTURA, COOPERAÇÃO E INTEGRAÇÃO SUPRANACIONAL REGIONAL 147 1.O Direito Público diante de uma nova realidade 147 1.1. O Direito Constitucional 149 1.2. A Teoria do Estado 151 1.3. O Direito Internacional 151 2. Abertura e cooperação como elementos de uma nova estatalidade 153 2.1. O conceito de cooperação 153 2.2. O Estado como regulador social 156

2.2.1. O direito estatal sob três perspectivas 157 2.2.2. Regulação Social e Racionalidade Jurídica Moderna 159 2.3. Abertura e cooperação para os níveis global e regional 162 2.4. Uma Teoria do Estado Aberto 163 2.4.1. O Sistema Internacional de Planos de cumprimento de tarefas 165 3. A Integração Supranacional Regional como um novo fenômeno jurídico-político 166 3.1. O tema da integração na Europa e na América Latina 166 3.2. A integração Supranacional Regional entre a Teoria do Estado e o Direito Constitucional 168 3.3. O Direito Constitucional Nacional e Supranacional 170 4. A integração supranacional segundo a Lei Fundamental Alemã 174 4.1 Contexto histórico 174 4.2. A integração supranacional na Lei Fundamental 175 4.3. O conceito "Direitos de Soberania" 178 4.4. A decisão do Tribunal Constitucional Federal 179 5. Abertura, cooperação e integração segundo a Constituição Federal Brasileira 182 5.1. Contexto histórico 182 5.2. O Princípio do Compromisso com a Solução Pacífica das Controvérsias 184 5.3. O Princípio da Prevalência dos Direitos Humanos 185 5.3.1. O Tribunal Penal Internacional 186 5.3.2. O 2º do art. 5º da CF 190 5.4. O Princípio da Cooperação entre os Povos 192 5.5. O Princípio da Integração Latino-americana 193 5.5.1. A autorização constitucional para a integração supranacional 194 5.5.2. O Mercosul 202 5.6. O Princípio da Soberania Nacional 206 CONSIDERAÇÕES FINAIS 209 BIBLIOGRAFIA.. 215

A presente obra resulta de sua tese de doutorado, redigida em parte na Alemanha, entre os meses de março de 2002 e maio de 2003, quando residiu em Munique. Da experiência em terras alemãs resultou o gosto pela cultura germânica. Não por outro motivo, dirige, atualmente, na UniBrasil, um grupo de estudos de direito constitucional alemão cujas discussões se operam com o manejo da língua de Goethe. O presente livro é em boa hora publicado. Trata-se, com efeito, de importante contribuição à literatura jurídica nacional, especialmente porque Maliska vai além das fronteiras em geral exploradas pela doutrina. Com efeito, a originalidade da leitura proposta passa pelas idéias de abertura, cooperação e integração. Não é o caso de explorálas, ainda que sinteticamente, nesta singela apresentação. Cumpre, apenas, realçar as qualidades de Maliska, enquanto pesquisador e docente, e do texto, considerada sua singularidade, convidando o leitor, advogado, professor ou aluno, para, este sim, providenciar a viagem de exploração. Cumprimento a Editora Renovar pela publicação da obra. Curitiba, 09 de agosto de 2005. Clèmerson Merlin Clève Professor Titular das Faculdades de Direito da UniBrasil e da UFPr