EVENTOS NACIONAIS Ed. 03 JANEIRO 2019 03 EVENTOS INTERNACIONAIS Dengue ( Pág. 02 ) Malária (Pág. 05 ) Gripe (Pág. 03) Tuberculose (Pág. 06 ) Febre amarela (Pág. 04) Hantavírus (Pág. 07) Ebola (Pág. 08 ) Eventos em alerta Eventos em monitoramento Eventos em encerramento
EVENTOS NACIONAIS DENGUE A Dengue é transmitida pelo mosquito Aedes aegypti. O vírus da dengue causa doença febril aguda. Na maioria dos casos, os sintomas são leves e autolimitados. Contudo, uma pequena parcela dos infectados evolui para doença grave. Dengue é a doença viral que mais se espalha no mundo. Estima-se que 2,5 bilhões de pessoas no mundo vivam em área de risco de transmissão do vírus, o que causa entre 50 milhões e 100 milhões de infecções e 20 mil mortes anualmente. A dengue possui quatro sorotipos (DENV 1, 2, 3 e 4), todos com circulação no Brasil. A infecção por um sorotipo gera imunidade permanente para ele. No entanto, uma segunda infecção - por um outro sorotipo - é um fator de risco para o desenvolvimento da forma grave da doença. 1 O mosquito transmissor pode causar doenças como a dengue, zika e chikungunya e gerar outras enfermidades como a microcefalia e guillain-barré, segundo alerta o Ministério da Saúde. O período do verão é o mais propício à proliferação do mosquito Aedes aegypti, por causa das chuvas, e consequentemente é a época de maior risco de infecção por essas doenças. Por isso, a população deve ficar atenta e redobrar os cuidados para eliminar possíveis criadouros do mosquito. Na última semana foram registrados casos e alertas de dengue principalmente nos estados de Minas Gerais e Paraná. Na cidade de Pompéu em Minas, o índice de infestação atingiu 6,9%. 2 Já na região centro-oeste de Minas gerais, o número de casos suspeitos passam de 700 nas primeiras semanas de janeiro. 3 Fonte: Ministério da Saúde.
EVENTOS NACIONAIS GRIPE A influenza é uma infecção respiratória aguda, causada pelos vírus A e B. O vírus A está associado a epidemias e pandemias. É um vírus de comportamento sazonal e tem aumento no número de casos entre as estações climáticas mais frias, podendo haver anos com menor ou maior circulação do vírus. Habitualmente em cada ano circula mais de um tipo de influenza concomitantemente (exemplo: influenza A (H1N1)pdm09, influenza A (H3N2) e influenza B). 4 No Mato Grosso do Sul, o último boletim epidemiológico sobre influenza em 2018 e o primeiro boletim do ano de 2019, apontam que no ano passado, a doença viral matou 33 pessoas, representando 450% a mais que em 2017, quando seis perderam a vida. No ano de 2019 ainda não há confirmação de vítimas. 5 Fonte: SINAN.
EVENTOS NACIONAIS FEBRE AMARELA A febre amarela é doença infecciosa não-contagiosa causada por arbovírus mantido em ciclos silvestres em que macacos atuam como hospedeiros amplificadores e mosquitos dos gêneros Aedes na África, e Haemagogus e Sabethes na América, são os transmissores. Os sintomas clássicos são icterícia, albuminúria e hemorragias. Não há medicamentos específicos voltados para o tratamento da doença. A medicação é utilizada para combater os sintomas e sinais manifestos pela doença. 6 No Brasil foi registrado um óbito por febre amarela no município de Bertioga na cidade de São Paulo no dia 20 de janeiro. O caso serve de alerta para a importância da vacina, oferecida gratuitamente pelo SUS. 7 De julho a novembro de 2018 foram notificados 382 casos humanos suspeitos da doença, sendo 232 descartados, 149 permanecem em investigação e 1 foi confirmado. 8 Fonte: Ministério da Saúde.
EVENTOS INTERNACIONAIS MALÁRIA A malária é causada por protozoários, que se multiplicam nos glóbulos vermelhos do sangue. As espécies causadoras da malária humana são: Plasmodium vivax, P. falciparum, P. malarie e P.ovale. O falciparum é responsável pela versão mais grave da doença. A doença está presente em mais de 90 países com prevalências diferentes. Os mais comprometidos são Brasil e Índia, com cerca de 300 mil casos por ano. 9 Os sintomas da doença são: febre alta, calafrios, tremores, sudorese e dor de cabeça. O tratamento é feito por meio de comprimidos ofertados gratuitamente pelo SUS em regime ambulatorial. 10 Depois de grandes sucessos mundiais na batalha contra a malária, a tendência positiva parou por volta de 2015 - além de Zanzibar, na África Oriental, onde apenas uma fração da doença permanece. Em um novo estudo publicado no BMC Medicine, pesquisadores do Karolinska Institutet, na Suécia, explicam por que isso aconteceu e mostram que novas estratégias são necessárias para erradicar a doença. Um dos problemas é uma mudança no comportamento e seleção dos mosquitos nos parasitas. Os anos por volta de 2000, o professor Anders Björkman descreveu como catastrófico em relação à disseminação global da malária. Isso desencadeou uma iniciativa mundial que foi impulsionada por novos tipos de drogas e pela ampla distribuição de mosquiteiros impregnados e sprays domésticos anti-mosquito. O resultado foi uma redução pela metade da disseminação global da doença até 2015. "Mas depois disso, o declínio diminuiu", diz o professor Anders Björkman, do Departamento de Microbiologia, Tumores e Biologia Celular, do Karolinska Institutet, que administra o projeto da malária há 18 anos. "Exceto em Zanzibar, onde a ação dos 1,4 milhão de cidadãos levou a um declínio de aproximadamente 96% na incidência de malária. Otimizamos essas medidas com o Programa de Controle da Malária em Zanzibar e agora podemos explicar por que a malária não ainda foi totalmente eliminada ". 11 CASOS DE MALÁRIA NO MUNDO, BRASIL E ÍNDIA NO ANO DE 2012 250.000.000 200.000.000 150.000.000 216.000.000 122.159.270 100.000.000 50.000.000 0 445.000 2.349.341 64 519 MUNDO BRASIL ÍNDIA CASOS SUSPEITOS ÓBITOS Fonte: elaboração própria.
EVENTOS INTERNACIONAIS TUBERCULOSE A tuberculose é uma doença infecciosa e transmissível que afeta prioritariamente os pulmões, embora possa acometer outros órgãos e sistemas. A cada ano, são notificados aproximadamente 70 mil casos novos e ocorrem cerca de 4,5 mil mortes em decorrência da tuberculose. Globalmente, cerca de 10 milhões de pessoas adoecem por tuberculose, levando mais de um milhão de pessoas a óbito, anualmente. O surgimento da aids e o aparecimento de focos de tuberculose resistente aos medicamentos agravam ainda mais esse cenário. O principal reservatório da tuberculose é o ser humano. Outros possíveis reservatórios são gado bovino, primatas, aves e outros mamíferos. O principal sintoma da tuberculose é a tosse na forma seca ou produtiva. 12 Mais de 100.000 novos casos de tuberculose foram detectados em Tamil Nadu no ano de 2018, de acordo com o Ministério da Saúde da Índia. Em 2017 as cidades de Karnataka e Tamil Nadu registraram o maior número de casos de tuberculose com milhares de pessoas afetadas pela doença. Em Karnataka foram identificados 4.357 casos, e 3.953 casos em Tamil Nadu no ano. 13 140.000 TOTAL DE CASOS NOVOS DE TUBERCULOSE AO ANO 120.000 116.000 100.000 80.000 70.000 60.000 40.000 20.000 0 1.856 ÍNDIA BRASIL AFEGANISTÃO Fonte: elaboração própria.
EVENTOS INTERNACIONAIS HANTAVÍRUS Nas Américas, a hantavirose se manifesta sob diferentes formas, desde doença febril aguda inespecífica, até quadros pulmonares e cardiovasculares mais severos e característicos, podendo evoluir para a síndrome da angústia respiratória (SARA). Na América do Sul, foi observado importante comprometimento cardíaco, passando a ser denominada de síndrome cardiopulmonar por hantavírus (SCPH). Os hantavírus possuem como reservatórios naturais alguns roedores silvestres que podem eliminar o vírus pela urina, saliva e fezes. Os roedores podem carregar o vírus por toda a vida sem adoecer. Na fase inicial, a Hantavirose causa febre, dor nas articulações, dor de cabeça, dor lombar, dor abdominal e sintomas gastrointestinais. Na fase cardiopulmonar, causa febre, dificuldade de respirar, respiração acelerada, aceleração dos batimentos cardíacos, tosse seca, pressão baixa, edema pulmonar não cardiogênico, com o paciente evoluindo para insuficiência respiratória agudae choque circulatório. 14 Na Argentina, depois de casos relatados na província de Chubut, casos de infecções por hantavírus foram relatados recentemente em outras três províncias. Foram elas: Província de Jujuy, província de Salta e província de Entre Rios. 15 CASOS DE HANTAVIROSE NAS PROVÍNCIAS DA ARGENTINA PERÍODO: 2018-2019 25 20 21 15 10 5 0 4 11 7 1 0 JUJUY SALTA ENTRE RIOS CASOS CONFIRMADOS EM 2019 CASOS CONFIRMADOS EM 2018
EVENTOS INTERNACIONAIS EBOLA A doença do vírus Ebola, conhecida anteriormente como Febre Hemorrágica Ebola, é uma doença grave, muitas vezes fatal e com taxa de letalidade que pode chegar até os 90%. A doença afeta os seres humanos e os primatas não-humanos, como macacos, gorilas e chimpanzés. O Ebola foi identificado pela primeira vez em 1976, em dois surtos simultâneos: um em uma aldeia perto do rio Ebola, na República Democrática do Congo, e outro em uma área remota do Sudão. Não há registro de casos de ebola no Brasil. O Ebola é introduzido na população humana por meio de contato direto com o sangue, secreções, órgãos ou outros fluidos corporais de animais ou pessoas infectados. Pacientes gravemente doentes requerem tratamento de suporte intensivo e imediato. 16 Os principais sintomas dessa grave doença são: início súbito de febre, fraqueza intensa, dores musculares, dor de cabeça, dor de garganta, vômitos, diarreia, disfunção hepática, erupção cutânea, insuficiência renal, hemorragia interna e externa nos casos mais graves. Não há tratamento específico que cure o Ebola. Alguns tratamentos experimentais têm sido testados, mas ainda não estão disponíveis para uso geral. Enquanto o segundo surto de Ebola mais mortal do mundo se estende no Congo, a gigante de vacinas Merck está se preparando para enviar mais 120 mil doses para ajudar as autoridades a combater o vírus, disse um representante da empresa no Fórum Econômico Mundial em Davos, na Suíça. 16 CASOS DE EBOLA NA REPÚBLICA DEMOCRÁTICA DO CONGO PERÍODO: JANEIRO DE 2019 ÓBITOS 422 CASOS PROVÁVEIS 49 CASOS CONFIRMADOS 640 N TOTAL DE CASOS 689 0 100 200 300 400 500 600 700
REFERÊNCIAS 1. BRASIL. Ministério da Saúde. Dengue. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saudede-a-z/dengue 2. G1. Disponível em: https://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2019/01/18/liraaaponta-alto-indice-de-infestacao-da-dengue-em-pompeu.ghtml. 3. G1. Disponível em: https://g1.globo.com/mg/centro-oeste/noticia/2019/01/21/casossuspeitos-de-dengue-passam-de-700-nas-primeiras-tres-semanas-de-janeiro-no-centrooeste-de-minas.ghtml. 4. BRASIL. Ministério da Saúde. Gripe. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/oministro/918-saude-de-a-a-z/influenza/22873-informacoes-sobre-gripe. 5. CAMPO GRANDE NEWS. Disponível em: https://www.campograndenews.com.br/brasil/em-2018-282-tiveram-gripe-e-33-morrerampor-causa-dos-virus-da-doenca-em-ms. 6. SCIELO. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsbmt/v36n2/a12v36n2 7. COSTA NORTE COMUNICAÇÃO. Disponível em: http://d.costanorte.com.br/geral/26373/morador-de-bertioga-morre-por-febre-amarela. 8. BRASIL. Ministério da Saúde. Febre Amarela. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/noticias/agencia-saude/44959-vai-viajar-nas-ferias-lembre-sede-manter-a-vacinacao-em-dia. 9. SCIELO. Disponível em: http://cienciaecultura.bvs.br/scielo.php?pid=s0009-67252003000100021&script=sci_arttext&tlng=en 10. BRASIL. Ministério da Saúde. Malária. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saudede-a-z/malaria 11. EUREKALERT. Disponível em: https://www.eurekalert.org/pub_releases/2019-01/kinsr011819.php. 12. BRASIL. Ministério da Saúde. Tuberculose. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/tuberculose. 13. TAMILGUARDIAN. Disponível em: https://www.tamilguardian.com/content/thousandsstill-affected-tuberculosis-tamil-nadu. 14. BRASIL. Ministério da Saúde. Hantavirose. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saude-de-a-z/hantavirose. 15. MESVACCINS. Disponível em: https://www.mesvaccins.net/web/news/13362-denouveaux-cas-d-infections-a-hantavirus-sont-signales-dans-plusieurs-regions-d-argentine. 16. BRASIL. Ministério da Saúde. Ebola. Disponível em: http://portalms.saude.gov.br/saudede-a-z/ebola.
Elaboração Ana Caroline da Costa Silva Lima Tamara Silva da Costa Edição Patrícia Paiva Pereira Diagramação Joaquim Bastos Revisão Patrícia Paiva Pereira Coordenação Janaína Sallas e Jonas Brant