INFORMATIVO CONTÁBIL/FISCAL OCB/ES Nº 11/2014 (15 de Julho de 2014) 01. MUDANÇAS NAS REGRAS DE INFORMAÇÃO DA CONTRATAÇÃO DE FUNCIONÁRIOS. Órgão: Ministério do Trabalho e Emprego (MTE). Ementa: Dispõe sobre a declaração via CAGED para contratação de novos funcionários. As empresas que admitirem funcionários a partir do próximo dia 2 de agosto terão que repassar imediatamente ao Ministério do Trabalho e Emprego (MTE), por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), informações do novo empregado. A portaria Nº 768, publicada no Diário Oficial da União no final do mês de maio deste ano, relata que após a contratação é necessário informar ao MTE a data da assinatura do contrato, a data de registro do empregado e quando o trabalhador estiver requerendo ou em percepção do benefício segurodesemprego. O empregador que não atender às exigências da portaria, omitir informações ou prestar declaração falsa ou inexata, fica sujeito às multas previstas nas leis nº 4.923/1965 e 7.998/1990. A portaria deverá ser cumprida pelos empregadores a partir do dia 12 agosto. Até lá as regras continuam as mesmas. As admissões realizadas de 1º a 12 de agosto deverão ser enviadas para o Caged no dia 12 de agosto. A partir do dia 13 de agosto, o envio da informação deverá ser no dia da admissão. Para declarar o novo funcionário, a empresa terá que utilizar a página cujo link está na página principal do Caged ou ainda pelos aplicativos ACI ou FEC. As demais orientações de preenchimento permanecem as mesmas. O Ministério do Trabalho e Emprego também vai disponibilizar, em endereço eletrônico na internet, a situação do trabalhador relativa ao seguro-desemprego para consulta pelo empregador e pelo responsável designado por este. Já os trabalhadores que estão requerendo ou em percepção do seguro-desemprego, devem acessar o site maisemprego.mte.gov.br, consulta menu trabalhador, na aba Seguro-Desemprego. Lá o trabalhador também terá informações sobre vagas de emprego, qualificação profissional onde estão sendo realizados cursos -, abono salarial e as ocupações instituídas pelo Ministério do Trabalho. (http://www.ocbgo.org.br/central-de-informacoes-artigos/mudancas-nas-regras-de-informacao-da-contratacao-de-funcionarios/) Fonte: MTE Página 1 de 5
02. REABERTURA DO REFIS DA CRISE. Órgão: Secretaria da Receita Federal do Brasil RFB. Ementa: Reaberto REFIS da CRISE para débitos vencidos até 31/12/2013. O prazo de opção pelo parcelamento conhecido como Refis da Crise foi novamente reaberto pela Lei nº 12.996, de 18 de junho de 2014. Nessa nova reabertura, poderão ser parcelados débitos vencidos até 31 de dezembro de 2013, com pagamento de antecipação equivalente à: I 5% se o valor total da dívida a ser parcelada for menor ou igual a R$ 1.000.000,00 (um milhão de reais); II 10% se o valor total da dívida a ser parcelada for maior que R$ 1.000.000,00 e menor ou igual a R$ 10.000.000,00; III 15% se o valor total da dívida a ser parcelada for maior que R$ 10.000.000,00 e menor ou igual a R$ 20.000.000,00; e V 20% se o valor total da dívida a ser parcelada for maior que R$ 20.000.000,00. O valor dessa antecipação poderá ser pago em até 5 prestações, sendo que a primeira deverá ser paga até 25 de agosto de 2014, que é o prazo final de opção. Para definição do percentual de antecipação a ser aplicado a cada um dos parcelamentos, deve ser considerada a dívida consolidada na data do pedido de parcelamento sem qualquer redução. Entretanto, definido o percentual, esse deverá ser aplicado sobre o montante consolidado com as reduções definidas pelo art. 1º da Lei 11.941, de 2009, que são: Forma de pagamento Reduções À vista 100% 40% 45% 100% Em até 30 prestações 90% 35% 40% 100% Em até 60 prestações 80% 30% 35% 100% Em até 120 prestações 70% 25% 30% 100% Em até 180 prestações 60% 20% 25% 100% Diferentemente do parcelamento concedido em 2009 e das reaberturas instituídas pelas Leis 12.865/2013 e 12.973/2014, dessa vez não haverá modalidades de parcelamento distintas em função de os débitos já terem ou não sido parcelados anteriormente. Por isso, serão aplicadas apenas as reduções estabelecidas no art. 1º da Lei 11.941/2009. Outra novidade é que quem já é ou foi optante pelos parcelamentos da Lei 11.941/2009 poderá optar por esse novo parcelamento e, se for o caso, manter o anterior ou dele desistir. Com isso, os Página 2 de 5
débitos que já foram parcelados no âmbito da Lei 11.941/2009 poderão ser incluídos nesse novo parcelamento. As opções pelos parcelamentos e pelo pagamento à vista com utilização de créditos de prejuízo fiscal e de base de cálculo negativa da CSLL deverão ser feitas exclusivamente por meio de aplicativo a ser incluído no e-cac nos sítios da RFB e da PGFN na Internet. O pagamento à vista sem utilização de prejuízo fiscal e de base negativa da CSLL já pode ser feito. Para isso, os contribuintes devem calcular o valor consolidado com os descontos concedidos e indicar no ato do pagamento o código do respectivo tributo. Em virtude de a Medida Provisória 651, publicada em 10/7/2014, ter introduzido alterações no texto original da Lei 12.996/2014, a regulamentação precisará ser adequada às regras atualmente vigentes e deverá ser publicada na próxima semana. A regulamentação trará informações detalhadas sobre todas as regras desse parcelamento, inclusive a data a partir da qual o aplicativo de opção estará disponível para registrar as adesões. (http://www.receita.fazenda.gov.br/automaticosrfsinot/2014/07/11/2014_07_11_16_23_59_940546110.html) Fonte: Receita Federal do Brasil-RFB 03. LEI 13.001/14 LIQUIDAÇÃO E RENEGOCIAÇÃO DE DÍVIDAS ORIGINÁRIAS DE OPERAÇÕES DE CRÉDITO RURAL. Órgão: Procuradoria Geral da União PGU. Ementa: Lei n 13.001, de 20 de junho de 2014 - Autoriza a adoção de medidas de estímulo à liquidação ou à renegociação de dívidas originárias de operações de crédito rural. 1. MP n 636/2013, convertida em Lei n 13.001, de 20 de junho de 2014. Autoriza a adoção de medidas de estímulo à liquidação ou à renegociação de dívidas originárias de operações de crédito rural e das dívidas contraídas no âmbito do Funda de Terras e da Reforma Agrária e do Acordo de Empréstimo 4.174-BR, inscritas na Dívida Ativa da União (DAU) até a data de publicação desta lei. Com isso, abre-se a possibilidade de: Concessão de descontos, conforme quadro constante do Anexo IX desta Lei, para a liquidação da dívida até 31 de dezembro de 2015, devendo incidir o desconto percentual sobre a soma dos saldos devedores por mutuário na data de renegociação, observado o disposto do 10 deste artigo, e, em seguida, ser aplicado o respectivo desconto de valor fixo por faixa de saldo devedor. Página 3 de 5
Anexo IX. Operações de Crédito Rural inscritas em Dívida Ativa da União: desconto para liquidação da operação até 31 de dezembro de 2015. Soma dos saldos devedores na data da renegociação (R$ mil) Desconto (em %) Desconto de valor fixo, após o desconto percentual (R$) Até 10 70 - Acima de 10 até 50 58 1.200,00 Acima de 50 até 100 48 6.200,00 Acima de 100 até 200 41 13.200,00 Acima de 200 38 19.200,00 Permissão de renegociação do total dos saldos devedores das operações até 31 de dezembro de 2015, mantendo-as na DAU, observadas as seguintes condições: a. prazo de reembolso: 10 (dez) anos, com amortizações em parcelas semestrais ou anuais, de acordo com o fluxo de receitas do mutuário; b. concessão de desconto percentual sobre as parcelas da dívida pagas até a data do vencimento renegociado, conforme quadro constante do Anexo X desta Lei, aplicando-se, em seguida, uma fração do respectivo desconto de valor fixo por faixa de saldo devedor; c. a fração do desconto de valor fixo a que se refere a alínea c deste inciso será aquela resultante da divisão do respectivo desconto de valor fixo previsto no quadro constante do Anexo X desta Lei pelo número de parcelas renegociadas conforme a alínea a deste inciso; d. o total dos saldos devedores será considerado na data da renegociação, para efeito de enquadramento nas faixas de desconto; e. pagamento da primeira parcela no ato da negociação. Anexo X. Operações de Crédito Rural inscritas em Dívida Ativa da União: descontos em caso de renegociação. Total dos saldos devedores na data da renegociação (R$ mil) Desconto (em %) Desconto fixo, após o desconto percentual (R$)* Até 10 65 - Acima de 10 até 50 53 1.200,00 Acima de 50 até 100 43 6.200,00 Acima de 100 até 200 36 13.200,00 Acima de 200 33 19.200,00 * A fração do desconto de valor fixo será obtida mediante a divisão do respectivo desconto fixo pelo número de parcelas resultante da renegociação. (http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2011-2014/2014/lei/l13001.htm) Fonte: Receita Federal do Brasil - RFB Página 4 de 5
Victor Lima Carlos Azevedo Gustavo Bernardes Analista Contábil Analista Contábil Analista Contábil CRC-ES 17.308/O CRC-ES 016.626/O-0 CRC-ES 18.280/O Página 5 de 5