Eliane Maria Gaspar 1 ; Marcia Cristina Spadin Bizzo 1 ; Suélen Eugênia Teixeira 1 ; Basílio Gomes Ribeiro Filho 2



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Transcrição:

LEVANTAMENTO SOBRE A PREVENÇÃO E EXPOSIÇÃO QUANTO AOS RISCOS DE CONTRAIR HIV/AIDS, ENTRE OS ADOLESCENTES DE UMA ESCOLA PÚBLICA DA CIDADE DE AMPARO. "SURVEY ON THE PREVENTION AND EXHIBITION ABOUT THE RISK OF CONTRACTING HIV / AIDS AMONG ADOLESCENTS OF A PUBLIC SCHOOL OF AMPARO CITY." Eliane Maria Gaspar 1 ; Marcia Cristina Spadin Bizzo 1 ; Suélen Eugênia Teixeira 1 ; Basílio Gomes Ribeiro Filho 2 1- Discentes do 6 o semestre do Curso de Ciências Biológicas do Centro Universitário Amparense UNIFIA. 2- Biólogo, Mestre em Educação, Administração e Comunicação em Educação Ambiental, docente do Centro Universitário Amparense UNIFIA, Coordenador dos cursos de Tecnólogo em Gestão Ambiental e Ciências Biológicas. RESUMO O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento entre os estudantes do Ensino Médio, em uma escola do município de Amparo-SP, sobre as informações que eles têm sobre HIV/AIDS e verificar o conhecimento que possuem sobre a prevenção e vulnerabilidade ao HIV/AIDS. Foi aplicado aos alunos um questionário sobre o assunto, com questões de múltipla escolha. A participação dos alunos foi voluntária e anônima. Durante o trabalho pudemos concluir que o tema HIV/AIDS não é totalmente desconhecido pelos adolescentes, porém falta conscientizá-los sobre a prática do sexo seguro. Cabe aos pais, professores e profissionais de saúde passar as informações corretas, uma vez que esses adolescentes transmitem as informações a colegas que por ventura também não têm conhecimento suficiente para distinguir o que é certo em relação às DSTs/AIDS. PALAVRAS CHAVE: Adolescentes, Conhecimento, HIV/AIDS, Vulnerabilidade. ABSTRACT Sexuality, present throughout the life trajectory of the human being seeks his statement in adolescence, which makes this stage of life of extreme vulnerability to risks such as unwanted pregnancy and Sexually Transmitted Disease (STD). The information needed to prevent young people do not reach or come near, are not followed for several reasons. One is the lack of dialogue or the inability to transmit their parents and teachers, another important factor is the use of illicit drugs and alcohol that young people away from family and school. Many teens are not ready for sexual initiation and submit themselves to the risks and vulnerability to sexually transmitted diseases (STDs) and Human Immunodeficiency Virus (HIV). The male condom is the most known and used among adolescents, although within reach of virtually everyone, is not always used, the main reasons given for not using it is not like using them, trust the partner and the unpredictability of relationships sex. The aim of this study was to conduct a survey to measure knowledge about the prevention and vulnerability to HIV / AIDS among high school students in a school in the city of Amparo / SP. We administered a questionnaire to students and were addressed in this multiple-choice questions, students participated in the survey, which was voluntary and anonymous. During the work we concluded that the issue of HIV / AIDS, is not fully known by adolescents who participated in this study, but lack awareness among youth about safe sex and the parents, teachers and health

professionals to pass the correct information, a As these adolescents pass the information that perhaps some colleagues did not have enough knowledge to distinguish what is right with regard to STDs / AIDS. KEY - WORDS: Adolescents, Knowledge, HIV / AIDS Vulnerability. INTRODUÇÃO A sexualidade, presente em toda a trajetória de vida do ser humano, busca sua afirmação na adolescência. No entanto, o desenvolvimento da sexualidade nem sempre é acompanhado de um amadurecimento afetivo e cognitivo, o que torna a adolescência uma etapa de extrema vulnerabilidade a riscos como a gravidez indesejada e às doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). (BRIGGS apud ALVES & LOPES, 2.008) As informações necessárias à prevenção não chegam aos jovens, ou se chegam, não são seguidas por vários motivos. Um deles é a falta de diálogo ou a incapacidade de transmitir informações por parte dos pais e professores. Por outro lado, a personalidade desafiadora e inconsequente, comum entre jovens, impossibilita a prática do sexo seguro. Outro fator importante nesta cadeia de transmissão é o uso de drogas ilícitas e lícitas incluindo o uso de bebidas alcoólicas, que afastam os jovens da família e da escola, aproximando-os da pobreza e da violência. (HINRICHSEN, 2.005) A adolescência é um estágio da vida em que a pessoa passa por profundas transformações e vivências no que diz a respeito à sexualidade, porém, muitas pessoas não estão preparadas para a iniciação sexual e submetem-se aos riscos ou até mesmo as frustrações. (FONSECA et al, 2.000) Segundo dados da Organização Mundial da Saúde, a grande maioria dos adolescentes inicia sua vida sexual cada vez mais cedo, a maioria entre 12 e 17 anos, desacompanhada da responsabilidade social que tem seu início cada vez mais tardio. (CASTRO et al, 2.004) Os jovens que estão vivenciando esta fase, caracterizam-se também por sua vulnerabilidade às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e ao Vírus da Imunodeficiência Humana (HIV), e isso ocorre devido à liberação sexual, a facilidade dos contatos íntimos, aos estímulos vindos dos meios de comunicação, que estimulam os contatos sexuais precoces. (MARTINI & BANDEIRA, 2.003) São vário motivos que levam um adolescente a ter relações sexuais desprotegidas, e os números que vem à tona sobre a gravidez e DST, sem dúvida são menores do que os números reais. (TEIXEIRA et al, 2.006) A adolescência é a faixa de idade que apresenta a maior incidência de doenças sexualmente transmissíveis (DSTs). Aproximadamente, 25% de todas as DSTs são diagnosticadas em jovens com menos de 25 anos. (BRAVERMAN apud MARTINS et al, 2.006) Certas práticas sexuais provocam uma maior exposição do jovem às doenças e/ou a gravidez não planejada, deixando-o em risco quanto à sua saúde. O não-uso do preservativo e de métodos contraceptivos está incluído entre os fatores que são considerados ao analisarmos as práticas de risco. (MINISTÉRIO DA SAÚDE apud FALCÃO JÚNIOR, 2.007) A camisinha masculina é o método de prevenção de gravidez e DSTs mais conhecido e mais usado entre os adolescentes. (Sociedade Civil Bem-Familiar no Brasil; Fundo das Nações Unidas para a Infância apud Martins et al, 2.006) Segundo Almeida et al (2.003), os principais motivos alegados para a sua não utilização de modo consistente são: não gostar de usá-las, confiar no parceiro e a imprevisibilidade das relações sexuais.

A camisinha, embora praticamente ao alcance de todos, nem sempre é utilizada, mesmo levando-se em conta que ela é fundamental também na prevenção de muitas doenças sexualmente transmissíveis (DSTs), especialmente a AIDS. É inaceitável que jovens esclarecidos, inclusive conhecendo todos os riscos, insistam em manter relações sexuais sem os devidos cuidados. (CESAR & SEZAR, 2.005) Por isso, há consenso no campo científico de que o preservativo é um meio eficaz para a prevenção da AIDS, outras DSTs e da gravidez, permitindo práticas sexuais mais seguras. (MARINHO, 2.000) Assim sendo, a educação em saúde tem um papel importantíssimo, uma vez que se trata de instrumento básico para conscientizar e informar as pessoas. (GIR et al, 1.999) O professor tem a função de ser um esclarecedor de como se processam as doenças e sua prevenção, pois quando o assunto é abordado, ganha um valor indiscutível para os alunos. (FIGUEIREDO apud FARRÃO et al, 2.000) Mas na luta contra a disseminação das DSTs devem participar com empenho, pais, professores, assistentes sociais, médicos e instituições públicas e privadas realizando campanhas regulares de prevenção e orientação da população para uma prática sexual segura. (CESAR & SEZAR, 2.005) OBJETIVOS O objetivo deste estudo foi realizar um levantamento sobre as informações que os adolescentes têm sobre HIV/AIDS. Verificar o conhecimento, sobre a prevenção e vulnerabilidade ao HIV/AIDS, entre os estudantes do Ensino Médio da E.E. Dr. Coriolano Burgos no município de Amparo/SP. Colaborar com o Projeto SAÚDE e PREVENÇÃO NAS ESCOLAS, realizado pelos Ministérios da Saúde e Educação. MATERIAIS E MÉTODOS O trabalho de campo foi realizado na EE. Dr. Coriolano Burgos, localizada na Rua Riachuelo, nº 160, Ribeirão, no município de Amparo/São Paulo. A escola compreende o ensino Fundamental e Médio. Durante o mês de setembro de 2010 foi aplicado um questionário (Anexo I) aos alunos que cursam o Ensino Médio, e nele foram inseridas questões de múltipla escolha com o objetivo de colher informações a respeito do que eles conhecem sobre a prevenção e riscos de contrair o HIV/AIDS. Os alunos participaram da pesquisa voluntária e anonimamente. Os resultados obtidos foram analisados utilizando-se a Estatística Descritiva. Para cada item avaliado foram calculadas as frequências obtidas. RESULTADOS E DISCUSSÃO Dos 105 estudantes entrevistados, todos cursavam o ensino médio. Entre os adolescentes 31,4% pertenciam à faixa etária de 15 anos, 42,9% tinham 16 anos, 21,9% tinham 17 anos e 3,8% não informaram a idade. (Tabela 1).

Tabela 1 relacionados à faixa etária dos entrevistados. Idade Freqüência Porcentagem 15 anos 16 anos 17 anos Não informado 33 45 23 4 31,4% 42,9% 21,9% 3,8% Quanto à questão sobre relacionamentos, 21% respondeu que já teve relação sexual e usou, ou o parceiro usou camisinha, todas as vezes que transaram 61,9% nunca tiveram relação sexual, 15,2% já teve pelo menos uma relação sexual sem usar camisinha e 1,9% disseram que transam quando têm alguém, mas nunca usam camisinha. (Tabela 2). Tabela 2 Percentual de entrevistados em relação a relacionamentos. Em meus relacionamentos... Frequência Porcentagem Já tive relação sexual e usei ou meu parceiro usou camisinha, todas as vezes que transei 22 21% Nunca tive relação sexual 65 61,9% Já tive pelo menos uma relação sexual sem usar camisinha Transo quando tenho alguém, mas nunca uso camisinha 16 15,2% 2 1,9% Através das informações obtidas percebemos que mais da metade dos adolescentes entrevistados ainda não tiveram relações sexuais, mas observamos também que a atividade sexual tem se iniciado cada vez mais precocemente e é mantida de forma frequente entre adolescentes. (AQUINO et al, 2.005) Assim a população jovem é considerada um grupo de relevância nas práticas de ações preventivas e em pesquisas acerca do tema DST/AIDS. (RIBEIRO et al, 2.004) O maior uso de preservativos entre os jovens e na primeira relação sexual deve-se por um lado, ao advento da AIDS e ao sucesso de suas campanhas de prevenção, uma vez que a geração mais nova já nasceu sob o impacto da epidemia, parecendo ser mais permeável a adoção do uso do preservativo que os mais velhos, que se iniciaram sexualmente sem essa ameaça. (CASTRO et al, 2004; ARREDONDO et al apud TEIXEIRA et al, 2.006) Quando questionados, sobre se conheceram alguém interessante recentemente, rolou um clima e deu uma enorme vontade de transar 10,5% disseram que transaram usando uma camisinha que tinham a mão, 14,3% quase transaram sem camisinha, mas desistiram, 6,7%

acabaram transando sem camisinha, 67,6% relataram não ter passado por essa situação e 0,9% não responderam (Tabela 3). Tabela 3 Percentual de adolescentes que conheceram alguém interessante recentemente, rolou um clima e deu uma enorme vontade de transar. Recentemente conheci alguém interessante, rolou um clima... E deu uma vontade enorme de transar. Aí... Frequência Porcentagem Transamos usando uma camisinha que a gente tinha à mão 11 10,5% Quase transamos sem camisinha, mas desistimos 15 14,3% Acabamos transando sem camisinha 7 6,7% Não passei por essa situação Não informado 71 1 67,6% 0,9% O adolescente consequentemente costuma se expor mais às situações vulneráveis principalmente a relacionamentos amorosos instáveis, cuja atividade sexual não contempla o uso de preservativos, aumentando significativamente as chances de exposição às Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) e a AIDS. (FONSECA, 2.004; TORRES et al, 2.007) Acrescentando ainda a dificuldade em relação ao hábito de usar o preservativo durante as relações sexuais, levantando também alguns questionamentos como: se os usuários estão acondicionando adequadamente o preservativo, se os preservativos estão dentro do prazo de validade, se as embalagens estão íntegras, entre outras. (SILVA & LOPES apud SILVA et al, 2.005) Entre as questões citadas em relação a já ter tido relações que poderiam aumentar a exposição ao HIV, 7,6% afirmaram que já tiveram relações sexuais com pessoas diferentes, com algumas usaram camisinha e com outras não, 2,9% só transaram com namorada (o) e não usaram camisinha porque fizeram um pacto de fidelidade, 88,6% dos adolescentes nunca vivenciaram essas situações e 0,9% não responderam. (Tabela 4). Tabela 4 relacionados a já ter tido relações que podem ter aumentado a exposição ao HIV. Já tive relações que podem ter aumentado minha exposição ao HIV? Frequência Porcentagem Tive relações sexuais com pessoas diferentes, com algumas usei camisinha e com outras não usei. 8 7,6% Só transei com namorada ou namorado e não usamos 3 2,9%

camisinha porque fizemos um pacto de fidelidade. Nunca vivi nenhuma dessas situações. 93 88,6% Não informado 1 0,9% Certas práticas sexuais provocam uma maior exposição do jovem às doenças e/ou à gravidez não planejada. O não-uso do preservativo e de métodos contraceptivos está incluído entre os fatores que são considerados ao analisarmos as práticas de risco. Ao negligenciarem a prática da contracepção e da prevenção, adolescentes e jovens podem se expor ao HIV/AIDS e as demais Doenças Sexualmente Transmissíveis. (MINISTÉRIO DA SAÚDE apud FALCÃO JÚNIOR, 2.007) Os jovens estão expostos ao risco de adquirir HIV, pois se envolvem com múltiplos parceiros e muitos não adotam o uso do preservativo em todas as relações sexuais. (PAIVA apud DESSUNTI & REIS, 2.007) Quando perguntado se a gravidez só acontece quando não se faz sexo seguro, 16,2% dos adolescentes responderam que nunca ficaram grávidas, ou nunca engravidaram ninguém porque usaram camisinha em todas as relações sexuais que já tiveram 8,5% disseram nunca fiquei grávida ou engravidei alguém, porque uso ou sua parceira usa pílula anticoncepcional, 1% já ficou grávida ou engravidou alguém, mas não fizeram o teste do HIV, 1% já ficou grávida ou engravidou alguém e fizeram o teste do HIV, 1,9% responderam que nunca ficaram grávidas ou nunca engravidaram alguém porque usaram camisinha em todas as relações sexuais que já tiveram e usam ou sua parceira usa pílula anticoncepcional e 71,4% nunca vivenciaram essas situações. (Tabela 5). Tabela 5 relacionados à gravidez só acontecer quando não se faz sexo seguro. A gravidez só acontece quando a gente não faz sexo seguro... Já passei por isso? Frequência Porcentagem Nunca fiquei grávida ou engravidei alguém porque usei camisinha em todas as relações sexuais que já tive. Nunca fiquei grávida ou engravidei alguém porque uso (ou minha parceira usa) pílula anticoncepcional. Já fiquei grávida ou engravidei alguém mas não fizemos o teste do HIV. Já fiquei grávida ou engravidei alguém e fizemos o teste do HIV. Nunca fiquei grávida- ou engravidei alguém porque usei camisinha em todas as relações sexuais que já tive. Nunca fiquei grávida ou engravidei alguém porque uso (ou minha parceira usa) pílula anticoncepcional. 17 16,2% 9 8,5% 1 1% 1 1% 2 1,9%

Nunca vivi nenhuma dessas situações 75 71,4% Segundo Villanueva et al (2.001), nos dias de hoje é raro o adolescente não saber da existência da AIDS, das DSTs, da camisinha, do contraceptivo oral ou de outros métodos. Apesar de o conhecimento ser um elemento necessário para o uso, a literatura mostra que existe associação entre os níveis de conhecimento e taxas de utilização. Uma das razões que poderia justificar esse comportamento seria a imaturidade psicoemocional, característica da adolescência. (CAVALCANTI, 2.000) O preservativo tem sido utilizado principalmente para evitar a gravidez, e seu uso como meio de prevenção às DSTs vem encontrando resistência por parte de muitas pessoas, que alegam não terem necessidade de usá-lo. (FERREIRA et al, 1.998) A camisinha foi utilizada não apenas como método único, mas também em combinação com outros, principalmente com a pílula. Este fato leva-nos a considerar que houve a preocupação tanto com a gravidez indesejada quanto com as DSTs. (PIROTTA & SCHOR, 2.004) Com relação ao uso de drogas como álcool, maconha, cocaína ou outras ter aumentado a exposição ao HIV, 2,9% assinalaram que costumam beber com amigos e uma vez estava meio alterado (a) e quase transou sem camisinha, 23,8% afirmaram nunca ter usado droga de nenhum tipo, 2,9% relataram que uma vez estava meio alterado (a) por causa do álcool ou outra droga e acabaram transando sem camisinha, 18,1% já usou alguma(s) dessas drogas, mas nunca chegaram a perder o controle por causa disso, 0% usou droga injetável, utilizando a mesma seringa ou com seringa e agulha descartáveis, 19% nunca usaram droga de nenhum tipo e nunca vivenciaram essas situações, 32,4% nunca vivenciaram nenhuma dessas situações e 0,9% não informaram. Tabela 6 quanto ao uso de drogas poderem aumentar a exposição ao HIV. As drogas, como álcool, maconha, cocaína ou outras podem ter aumentado minha exposição ao HIV? Costumo beber com meus amigos. Uma vez estava meio alterado/a e quase transei sem camisinha. Frequência Porcentagem 3 2,9% Nunca usei droga de nenhum tipo. 25 23,8% Uma vez estava meio alterado/ a por causa do álcool ou alguma outra droga e acabei transando sem camisinha. Já usei alguma(s) dessas drogas, mas nunca cheguei a perder o controle por causa disso. Já usei droga injetável, utilizando a mesma seringa que as outras pessoas. Já usei droga injetável, com seringa e agulha descartável e ninguém utilizou a mesma seringa. 3 2,9% 19 18,1% - - - -

Nunca vivi nenhuma dessas situações. 34 32,4% Nunca usei droga de nenhum tipo. Nunca vivi nenhuma dessas situações Não informaram. 20 1 19% 0,9% O aumento da incidência de Doenças Sexualmente Transmissíveis (DSTs) em adolescentes está ocorrendo no mesmo período em que se dá o crescimento da prevalência de consumo de drogas nesta faixa etária. Alguns estudos têm demonstrado relação entre o uso de álcool e outras drogas com comportamentos sexuais de risco na adolescência. (FULLILOVE et al; SHIRIER et al apud SCIVOLETTO et al, 1.999) O álcool também é relatado como droga consumida por esses adolescentes, sendo muitas vezes a primeira droga utilizada pelo jovem, ainda dentro da própria família, provavelmente por ter maior aceitabilidade e caráter lícito. (ALAVARSE & CARVALHO, 2.006) A alta prevalência de uso de drogas e a relação com comportamentos sexuais de risco indicam a necessidade de se intensificar as campanhas conjuntas voltadas à prevenção de DSTs e consumo de drogas entre os adolescentes. Muitas campanhas sugerem que apenas o uso de preservativos e seringas descartáveis é suficiente para se proteger das DSTs, porém esquecem-se de que, talvez, não seja fácil, sob a ação da droga, discernir a seringa nova da usada ou se lembrar da importância do uso de preservativos. É preciso mostrar aos adolescentes que esses dois problemas estão mais próximos do que se imagina. (SCIVOLETTO et al, 1.999) Quando perguntado se os adolescentes usam o serviço de saúde para prevenir (ou tratar) as doenças sexualmente transmissíveis, o HIV e a AIDS, 63,8% disseram não, nunca foram ao médico por causa de questões relacionadas à saúde sexual, 1,9% nunca foram, mas já tiveram doença com corrimento, ferida ou verrugas nos órgãos sexuais, mas não procuraram o médico e tratou na farmácia, 0% disse que já teve corrimento, verrugas ou ferida nos órgãos sexuais e trataram após consulta médica, 30,5% relataram que sim, que fazem acompanhamento em um serviço de saúde quando tem algum problema de saúde, 1,9% nunca foram ao médico por causa de questões relacionadas à saúde sexual e fazem acompanhamento em um serviço de saúde quando têm algum problema de saúde, 1% nunca foi ao médico por causa de questões relacionadas à saúde sexual, já tiveram doença com corrimento, ferida ou verrugas nos órgãos sexuais, mas não procuraram o médico e trataram na farmácia e já tentaram, mas não conseguiram atendimento quando precisaram. (Tabela 7). Tabela 7 Percentual de adolescentes que usam o serviço de saúde para prevenir ou tratar as doenças sexualmente transmissíveis como o HIV e a AIDS. Uso os serviços de saúde para prevenir (ou tratar) as doenças sexualmente transmissíveis, o HIV e a AIDS? Não. Nunca fui ao médico por causa de questões relacionadas à saúde sexual. Frequência Porcentagem 67 63,8%

Não. Já tive doença com corrimento, ferida ou verrugas nos órgãos sexuais, mas não procurei o médico e tratei na farmácia. Sim. Já tive corrimento, verrugas ou ferida nos órgãos sexuais e tratei depois de fazer consulta médica. 2-1,9% - Sim. Faço acompanhamento em um serviço de saúde de tempos em tempos ou quando tenho algum problema de saúde. 32 30,5% Já tentei, mas não consegui atendimento quando precisei. 1 1% Não. Nunca fui ao médico por causa de questões relacionadas a saúde sexual. Sim. Faço acompanhamento em um serviço de saúde de tempos em tempos ou quando tenho algum problema de saúde. Não. Nunca fui ao médico por causa de questões relacionadas a saúde sexual. Não. Já tive doença com corrimento, ferida ou verrugas nos órgãos sexuais, mas não procurei o médico e tratei na farmácia 2 1,9% 1 1% Como se pode verificar há uma lacuna entre esses jovens e os serviços de profissionais de saúde. A dificuldade de acesso aos serviços de saúde, aliada a pobreza, a violência e a exploração sexual, potencializa a vulnerabilidade dos adolescentes ao HIV. (CAMARGO & BOTELHO, 2.007) Os próprios adolescentes não sabem que podem procurar serviço médico para tirar suas dúvidas com relação à sexualidade. Além disso, muitas vezes o profissional sente dificuldades ao abordar questões pertinentes à sexualidade na adolescência ou não acredita que isso faça parte de seu trabalho. (VITALLE, 2.003) Por medo, desinformação ou mesmo vergonha, esses jovens quando contaminados pelas DSTs, muitas vezes não buscam tratamento adequado. Na prática, o que se observa é que quando adoece vão atrás de conselhos de amigos, geralmente desinformados e/ou adotam a automedicação ou procuram tratamento em farmácias. (MELLO apud LESCURA & MAMEDE, 1.997) Em relação à pergunta se durante uma relação sexual, a camisinha romper-se o que os estudantes fariam 0% não assinalaram a questão de que não deu para parar e continuaram a transa mesmo assim, 2,8% substituíram a camisinha rompida por uma nova e continuaram, 3,8% lavaram os órgãos genitais, pegaram uma camisinha nova e continuaram, 2,9% disseram que estragou tudo e foram embora sem lavar, nem fazer nada, 89,5% respondeu que essa situação não aconteceu com eles e 1% não informou. (Tabela 8). Tabela 8 Percentual de entrevistados que relataram durante uma relação sexual, que a camisinha rompeu-se. Durante uma relação sexual, a camisinha rompeu-se e... Frequência Porcentagem

Não deu pra parar e continuamos a transa mesmo assim. - - Substituímos a camisinha rompida por uma nova e continuamos. 3 2,8% Nós lavamos os órgãos genitais, pegamos uma camisinha nova e continuamos. 4 3,8% Estragou tudo e a gente foi embora sem se lavar nem fazer mais nada. 3 2,9% Essa situação nunca aconteceu comigo. Não informado 94 1 89,5% 1% Mais de 89% dos jovens entrevistados referiram-se não ter vivenciado tais situações, porém, chamou-nos a atenção o fato de que quase 4% dos adolescentes referiram-se lavar os genitais após o ato sexual enquanto forma de prevenção. Entretanto, tal prática é perigosa e totalmente equivocada. É preciso abordar o assunto junto aos adolescentes como forma de orientação. O uso do preservativo foi indicado por uma grande porcentagem dos adolescentes, o que aparentemente demonstra conhecimento desta forma de prevenção. (KAPLAN et al apud BRÊTAS et al, 2.009) Quando perguntado o que acham da camisinha, 3,8% responderam que é fácil de colocar, 5,7% disseram que pode ser usada com prazer, 3,8% assinalaram que não precisa ser usada com a pessoa que ama e em quem confia, 1,9% acham que não dá pra usar, pois diminui o prazer, 52,4% disseram que é boa para evitar filhos, HIV e Doenças Sexualmente Transmissíveis, 16,2% disseram que é fácil de colocar, pode ser usada com prazer e é boa para evitar filhos, HIV e DSTs, 8,6% responderam que é fácil de colocar e é boa para evitar filhos, HIV e DSTs, 4,8% acham que pode ser usada com prazer e é boa para evitar filhos, HIV e DSTs, 0,9% acham que é fácil de colocar, não precisa ser usada com a pessoa que ama e confia e é boa para evitar filhos, HIV e DSTs, 1,9% disseram que é fácil de se colocar, pode ser usada com prazer, não precisa ser usada com a pessoa que a gente ama e em quem a gente confia e é boa para evitar filhos, HIV e DSTs. (Tabela 9). Tabela 9 relacionados ao que os adolescentes acham da camisinha. Acho que a camisinha... Frequência Porcentagem É fácil de colocar. 4 3,8% Pode ser usada com prazer. 6 5,7% Não precisa ser usada com a pessoa que a gente ama e em quem a gente confia. 4 3,8% Não da pra usar, pois diminui o prazer. 2 1,9%

É boa para evitar filhos, HIV e Doenças Sexualmente Transmissíveis. É fácil de colocar. Pode ser usada com prazer. É boa para evitar filhos, HIV e Doenças Sexualmente Transmissíveis. É fácil de colocar. É boa para evitar filhos, HIV e Doenças Sexualmente Transmissíveis. Pode ser usada com prazer. É boa para evitar filhos, HIV e Doenças Sexualmente Transmissíveis. 55 52,4% 17 16,2% 9 8,6% 5 4,8% É fácil de colocar. Não precisa ser se usada com quem a gente ama e em quem a gente confia. É boa para evitar filhos, HIV e Doenças Sexualmente Transmissíveis. É fácil de colocar. Pode ser usada com prazer. Não precisa ser usada com a pessoa que a gente ama e em quem a gente confia. É boa para evitar filhos, HIV e Doenças Sexualmente Transmissíveis. 1 2 0,9% 1,9% De acordo com a tabela, pode-se demonstrar um significativo aumento do conhecimento sobre o uso da camisinha, o que poderia ser em parte justificado pelas campanhas de combate e prevenção às DST/ AIDS, muito veiculadas nos últimos anos, em todos os meios de comunicação. (PINTO & SILVA apud BELO, 2.004) Outro meio de prevenção apontado mereceu atenção: a ideia de que o fato de passar a conhecer o parceiro elimina, em nível do imaginário, todos os riscos de se adquirir uma DST/AID. Desta forma, o adolescente não faz a identificação de que se trata de doenças que têm um período de latência para o aparecimento de sintomas. (BRÊTAS & PEREIRA, 2.007) O assunto é de extensa divulgação nos meios midiáticos, destacando a eficiência do método na tentativa de convencer a população a incorporá-la em suas atividades sexuais, visando atingir cada vez mais a população jovem, uma vez que ela é disseminadora de hábitos e de informações para as gerações futuras. (MARINHO, 2.000) Em relação à questão, se os alunos fariam o teste do HIV, 29,5% disseram que fariam só pra saber, por curiosidade, 3,8% por preocupação com uma situação vivida, 1% não faria o teste porque não quer saber o resultado, 47,6% fariam para descobrir, prevenir e tratar logo, 14,3% fariam só pra saber, por curiosidade e para descobrir, prevenir e tratar logo, já 2,8% por preocupação com uma situação vivida e para descobrir, prevenir e tratar logo e 1% não informaram. (Tabela 10). Tabela 10 Percentual de entrevistados que fariam o teste do HIV.

Eu faria o teste do HIV... Frequência Porcentagem Só para saber, por curiosidade. 31 29,5% Por preocupação com uma situação vivida. 4 3,8% Não faria o teste porque não quero saber o resultado. 1 1% Eu faria para descobrir, prevenir e tratar logo. 50 47,6% Só para saber, por curiosidade. Eu faria para descobrir, prevenir e tratar logo. 15 14,3% Por preocupação com uma situação vivida. Eu faria para descobrir, prevenir e tratar logo. Não informado 3 1 2,8% 1% Diante dos dados observados verificou-se que a maioria dos adolescentes respondeu que fariam o teste para detectar o HIV, mas na prática o resultado pode ser diferente. A Organização Mundial de Saúde estimou que 40 milhões de adultos e crianças estivessem vivendo com HIV em todo o mundo até o final de 2001, um terço dos quais são pessoas jovens, entre 15 e 24 anos de idade. (WORLD HEALTH ORGANIZATION apud DESSUNTI & REIS, 2.007) Quando perguntado se poderiam contar com outras pessoas para conversar sobre sexualidade e prevenção, 15,2% dos estudantes disseram que podiam conversar sobre sexualidade e prevenção com pessoas da mesma idade, 17,1% falaram que podem contar com um professor, médico ou outro profissional de saúde para conversar abertamente sobre assuntos relacionados à sexualidade e à prevenção, 10,5% não têm nenhum adulto com quem se sinta à vontade para conversar sobre esse tema, 25,7% podem contar com algum adulto com quem convive porque sabe que ele/ela dá apoio, mesmo quando tem ideias diferentes, 12,4%conversa sobre sexualidade e prevenção com pessoas da mesma idade e com algum adulto com quem convive, 3,8% conversam com pessoas da mesma idade e podem contar com um professor, médico ou outro profissional da área da saúde, 11,4% conversam com pessoas da mesma idade, com professor, médico ou outro profissional da área da saúde e com

algum adulto com quem convive, 2,9% contam com um professor, médico ou outro profissional da área da saúde para conversar, 1% conta com amigos, pois não tem nenhum adulto para conversar sobre o assunto. (Tabela 11). Tabela 11 relacionados ao adolescente contar com outras pessoas pra conversar sobre sexualidade e prevenção. Posso contar com outras pessoas pra conversar sobre sexualidade e prevenção? Posso. Converso sobre sexualidade e prevenção com pessoas da minha idade. Posso contar com um professor, médico ou outro profissional de saúde para conversar abertamente sobre assuntos relacionados à sexualidade e à prevenção. Não tenho nenhum adulto com quem eu me sinta à vontade para conversar sobre este tema. Posso contar com algum adulto com quem eu convivo porque sei que ele/ela me dá apoio, mesmo quando a gente tem idéias diferentes. Posso. Converso sobre sexualidade e prevenção com pessoas da minha idade. Posso contar com algum adulto com quem eu convivo porque sei que ele/ela me dá apoio, mesmo quando a gente tem ideias diferentes. Frequência Porcentagem 16 15,2% 18 17,1% 11 10,5% 27 25,7% 13 12,4% Posso. Converso sobre sexualidade e prevenção com pessoas da minha idade. Posso contar com um professor, médico ou outro profissional de saúde para conversar abertamente sobre assuntos relacionados à sexualidade e à prevenção. Posso. Converso sobre sexualidade e prevenção com pessoas da minha idade. Posso contar com um professor, médico ou outro profissional de saúde para conversar abertamente sobre assuntos relacionados à sexualidade e à prevenção. Posso contar com algum adulto com quem eu convivo porque sei que ele/ela me dá apoio, mesmo quando a gente tem ideias diferentes. Posso contar com um professor, médico ou outro profissional de saúde para conversar abertamente sobre assuntos relacionados à sexualidade e à prevenção. Posso contar com algum adulto com quem eu convivo porque 4 12 3 3,8% 11,4% 2,9%

sei que ele/ela me dá apoio, mesmo quando a gente tem ideias diferentes. Posso. Converso sobre sexualidade e prevenção com pessoas da 1 1% minha idade. Não tenho nenhum adulto com quem eu me sinta à vontade para conversar sobre este tema. Diante dos dados obtidos, percebe-se que a maioria dos adolescentes tem como principais fontes de informação sobre sexualidade e DST/AIDS a televisão, os professores, os veículos da mídia e os amigos. Vale ressaltar a baixa referência dos pais como fonte de informação sobre as DSTs e que esses adolescentes estão tendo acesso a outras fontes como revistas, jornais e livros. É importante ressaltar ainda que a família não sendo citada,é muito preocupante, pois a família não deveria estar tão fora do contexto educativo do adolescente, mas muitas vezes os pais têm dificuldade em abordar questões de sexualidade com seus filhos e atribuem a tarefa de orientação sexual como sendo da escola e, esta por sua vez, apresenta dificuldades em cumprir tal tarefa, afinal o professor pode sentir-se despreparado para lidar com aspectos relacionados a sexualidade junto a seus alunos. (BRÊTAS & PEREIRA, 2.007) Em relação às questões citadas sobre ter facilidade ou dificuldade para conseguir camisinhas, 1% relatou que nunca tem onde conseguir, na hora que precisa, mas não perde a transa por isso, 2,8% não têm onde conseguir, 23,8% disseram que sempre têm porque compram na farmácia ou no supermercado, 10,5% às vezes têm, às vezes não, 26,7% conseguem no serviço de saúde, na escola ou em casa, 5,7% disseram que só o parceiro ou parceira que cuida disso, 9,5% não procuram porque têm vergonha ou acham que as outras pessoas vão pensar mal deles, 1% diz que sempre tem porque compram na farmácia ou no supermercado, mas as vezes tem e às vezes não, 1% não tem onde conseguir, só o parceiro (a) que cuida disso, não procura por vergonha e acha que os outros vão pensar mal, 9,5% sempre têm porque compram na farmácia ou no supermercado e também conseguem no serviço de saúde, na escola ou em casa, 1% não tem onde conseguir, mas não perde a transa por isso e não procura por vergonha ou acha que os outros vão pensar mal. (Tabela 12). Tabela 12 Relação quanto à facilidade ou dificuldade para conseguir camisinhas. Tenho facilidade ou dificuldades para conseguir camisinhas? Frequência Porcentagem Nunca tenho onde conseguir na hora que preciso, mas não perco a transa por isso. 1 1% Não tenho onde conseguir 3 2,8% Sempre tenho porque compro na farmácia ou no supermercado. 25 23,8% Às vezes tenho, às vezes não 11 10,5% Consigo no serviço de saúde, na escola ou em casa 28 26,7% Só meu parceiro ou parceira cuida disso 6 5,7%

Não procuro porque tenho vergonha ou acho que vão pensar mal de mim. 10 9,5% Sempre tenho porque compro na farmácia ou no supermercado. Consigo no serviço de saúde, na escola ou em casa. Sempre tenho porque compro na farmácia ou no supermercado. Às vezes tenho, às vezes não. Não tenho onde conseguir. Só meu parceiro ou parceira cuida disso. Não procuro porque tenho vergonha ou acho que vão pensar mal de mim. Nunca tenho onde conseguir na hora que preciso, mas não perco a transa por isso. Não procuro porque tenho vergonha ou acho que vão pensar mal de mim Não informado 10 1 1 1 8 9,5% 1% 1% 1% 7,6% Embora o uso de preservativos tenha aumentado entre os jovens, ele ainda não é usado por todos e nem em todas as relações sexuais, pois o seu uso depende, entre outros fatores, do envolvimento afetivo do momento, de questões financeiras e de acesso aos métodos, bem como o grau de liberdade e autonomia alcançadas nesta faixa etária. (MARTINS et al, 2.006) Chama a atenção a atitude manifestada por alguns adolescentes de atribuir a responsabilidade do uso dos métodos anticoncepcionais e contraceptivos ao parceiro, quando para maior segurança sexual e reprodutiva, ambos deveriam utilizá-los. Seu uso é ainda hoje permeado por alguns tabus e preconceitos, como o embaraço relacionado à compra do preservativo e não tê-lo disponível no momento. (GIR et al, 1.997) CONCLUSÃO Em relação ao estudo realizado sobre HIV/AIDS, concluímos que a maioria dos adolescentes que participou da pesquisa ainda não teve relação sexual, e dentre os que já vivenciaram essa prática, a maioria respondeu que faz uso de camisinha, que sabe se prevenir, que tem acesso ou consegue os métodos contraceptivos, o que nos sugere afirmar que esses adolescentes têm ou já tiveram algum tipo de informação quanto ao assunto abordado, embora haja a possibilidade de que os adolescentes tenham respondido o que considerava mais adequado devido ao fato de estarem dentro de um ambiente escolar e estarem sendo questionados. Observamos que os adolescentes têm mais facilidade de conversar sobre o assunto com os amigos, algumas vezes com os professores e raramente com os pais e que obtêm informações através de outras fontes como: a mídia, revistas, jornais, livros entre outros. Apesar de terem o conhecimento, nem sempre o tem de forma correta.

Portanto, durante o trabalho pudemos concluir que o tema HIV/AIDS, não é totalmente desconhecido pelos adolescentes que participaram deste estudo, porém falta conscientizá-los sobre a prática do sexo seguro e cabe aos pais, professores e profissionais de saúde passar as informações corretas, uma vez que esses adolescentes transmitem as informações a colegas que por ventura também não têm conhecimento suficiente para distinguir o que é certo em relação às DSTs/AIDS. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 1- ALAVARSE, G. M. A.; CARVALHO, M. D. B. Álcool e adolescência: o perfil de consumidores do norte do Paraná. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. v. 10, n. 3, p. 408-416, 2006. 2- ALMEIDA, M. C. C.; AQUINO, E. M.I.; GAFFIKIN, L.; MAGNANI. R. J. Uso de contracepção por adolescentes de escolas públicas na Bahia. Revista Saúde Pública. v. 37, p. 566-575. 3- ALVES, A. S.; LOPES, M. H. M. Conhecimento, atitude e prática do uso da pílula e preservativo entre adolescentes universitários. Revista Brasileira de Enfermagem. Brasília, v. 61, n. 1, p. 11-17, 2008. 4- AQUINO, O. S.; EDUARDO, K. G. T.; BARBOSA, R. C. M.; PINHEIRO, A, K, B. Reações das adolescentes frente à gravidez. Escola Anna Nery Revista de Enfermagem. v. 9, n. 2, p. 214-220, ago. 2005. 5- BELO, M. A. V.; SILVA, J. L. P. Conhecimento, atitude e prática sobre métodos anticoncepcionais entre adolescentes gestantes. Revista Saúde Publica. São Paulo, v. 38, n. 4, p. 479-487, 2004. 6- BRÊTAS, J. R. S.; OHARA, C. V. S.; JARDIM, D. P.; MUROYA, R. L. Conhecimento sobre DST/AIDS por estudantes adolescentes. Revista Escola da Enfermagem USP. v. 43, n. 3, p. 551-557, 2009. 7- BRÊTAS, J. R. S.; PEREIRA, S. R. Projeto de Extensão Universitária: um espaço para a formação profissional e promoção da saúde. Trabalho Educ Saúde. v. 5, n. 2, p. 317-327, 2007. 8- CAMARGO, B. V.; BOTELHO, L.J. AIDS, sexualidade e atitudes de adolescentes sobre proteção contra o HIV. Revista de Saúde Pública. v. 4, n. 1, p. 100-108, 2007. 9- CASTRO, M. G.; ABRAMOVAY, M.;SILVA, L.B. Juventude e Sexualidade. Brasília: UNESCO Brasil. p. 426, 2004. 10- CAVALCANTI, S. M. O. C. Fatores associados ao uso de anticoncepcionais na adolescência. Tese de Mestrado Instituto Materno-Infantil de Pernambuco, Recife, p. 91, 2000 11- CÉSAR, S. J. & SEZAR, S. Biologia. V. 2, 8. ed. São Paulo: Saraiva, 2005. 12 - DESSUNTI, E. M.; REIS, A. O. A. Fatores psicossociais e comportamentais associados ao risco de DST/AIDS entre estudantes da área de saúde. Revista Latino-Americana de Enfermagem, Ribeirão Preto, v.15, n.2, p. 267-274, mar./abr.2007.

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ANEXO I

ANEXO I - VERSO