Oferta alimentar nas escolas

Documentos relacionados
Oferta alimentar em meio escolar.

1. Questões relacionadas com a Defesa do Consumidor Nomeadamente Publicidade/Rotulagem e Marketing (medidas 1, 2 e 3)

REGULAMENTO (versão provisória)

PORTARIA Nº 1.274, DE 7 DE JULHO DE 2016

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE GAVIÃO

LINHAS ORIENTADORAS DA AÇÃO SOCIAL ESCOLAR 2018/19

ETHANOL SUMMIT 2017 PAINEL. Açúcar: O Consumo Equilibrado Como Melhor Escolha. São Paulo junho/17

Alimentação Saudável: Desafios em meio escolar & familiar. Mariana Santos. 29 de Abril 2015

TABELAS NUTRICIONAIS E RÓTULOS DOS ALIMENTOS TABELA NUTRICIONAL

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS MONSENHOR ELÍSIO ARAÚJO

Escola: Nome: Turma: N.º: Data: / / FICHA DE TRABALHO

Alimentação* Nova Roda dos Alimentos. As recomendações para a população portuguesa, em termos nutricionais, são as seguintes:

A PREVENÇÃO faz a diferença

Alimentar-se bem, para um envelhecer mais saudável. Juliana Aquino

na escola Luciana Azevedo Maldonado Instituto de Nutrição Annes Dias

Regulamento dos. Refeitórios Escolares

A EVOLUÇÃO DO SISTEMA DE REFEIÇÕES ESCOLARES ( )

ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL. Dra. Helena Maia Nutricionista

Desafios Regulatórios frente as novas Tecnologias. São Paulo- SP 7 agosto 2014 Fátima D Elia

DISTRIBUIÇÃO E EMPRATAMENTO DE REFEIÇÕES

MANUAL: Refeitórios escolares de gestão municipal

Manual de Nutrição. construir

Serviço de Educação e Juventude. Projeto de Educação Alimentar. Alimentação Saudável

TABELAS NUTRICIONAIS E RÓTULOS DOS ALIMENTOS TABELA NUTRICIONAL

PROJETO DE LEI N.º 195/XII

Projecto de Lei n.º 678/XIII/3.ª. Exposição de motivos

ROTULAGEM NUTRICIONAL. Nutricionista Geisa L. A. de Siqueira

Atuar a três níveis: Escola. Alunos. Encarregados de Educação

PROGRAMA NACIONAL PARA A PROMOÇÃO DA ALIMENTAÇÃO SAUDÁVEL ALGARVE (PNPAS Algarve) PROPOSTA PARA O PLANO DE ATIVIDADES REGIONAL 2013/ 2016

Programa Nacional de Alimentação Escolar ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO

REGULAMENTO DO SERVIÇO DE CANTINA/REFEIÇÕES DAS ESCOLAS DO 1.º CICLO DO ENSINO BÁSICO/JARDINS DE INFÂNCIA NOTA JUSTIFICATIVA

Assunto: posicionamento da Coordenação Geral do Programa de Alimentação Escolar a respeito da aquisição de suco de laranja para a alimentação escolar.

COMISSÃO INTERSETORIAL DE ALIMENTAÇÃO E NUTRIÇÃO - CIAN

PROJECTO EDUCAR PARA A SAÚDE

Como fazer uma ementa equilibrada e económica

REFEITÓRIOS ADJUDICADOS

SEGUNDO RELATÓRIO 2007 AICR/WCRF

Resultados dos Questionários

Cardiovascular 29% Infectious & Parasitic 19% Other 3% Injury 9% Digestive 4% Respiratory. Respiratory Infections. 7% Neuropsychiatric

Agrupamento de Escolas de Matosinhos PROMOÇÃO E EDUCAÇÃO PARA A SAÚDE

DOCUMENTO 3 PONTOS PARA DISCUSSÃO EM AUDIÊNCIA PÚBLICA PROVENIENTES DA CONSULTA PÚBLICA Nº. 71/2006

Livro de receitas para os novos

ANEXO O adjudicatário obriga-se a fornecer, durante o período previsto e diariamente, 2 lanches

Regulamento (UE) nº 1169/2011, de 25 de outubro de 2011:

Da Caneta até ao Prato

Frutas, Legumes e Verduras

RECEITUÁRIO ED. AGO À OUT SOLUÇÕES INOVADORAS PARA O SEU NEGÓCIO

E.S.S.A ESCOLA SECUNDÁRIA DE SANTO ANDRÉ BARREIRO QUINTA DA LOMBA

A LEITURA DO RÓTULO. O que é obrigatório constar no rótulo?

ENTENDENDO O CARDÁPIO. Centro Colaborador de Alimentação e Nutrição do Escolar (CECANE)

Projecto-Lei n.º 118/XIII/ 1ª. Regulamentação da publicidade de produtos alimentares destinada a crianças e jovens. Exposição de motivos

Incentivo à Alimentação Saudável. Julho de 2016

O pão engorda. Mitos Alimentares

Jornal Oficial da União Europeia L 109/47

Eficácia do Tratamento da Obesidade Infantil. Maria Ana Carvalho

> as disponibilidades alimentares são agora. > os hábitos alimentares mudaram devido à. > os conhecimentos científicos evoluíram.

Conselho da União Europeia Bruxelas, 3 de maio de 2016 (OR. en)

ECO QUIZ Alimentação Saudável e Sustentável

FORNECIMENTO DE REFEIÇÕES


Jornal Oficial da União Europeia L 106/55

Alimentação Saudável e Segurança Alimentar

(Texto relevante para efeitos do EEE)

RECEITUÁRIO ED. FEV / MAI - 17 SOLUÇÕES INOVADORAS PARA O SEU NEGÓCIO

GOURMET DELICIAS 500G

EMENTA SEMANAL - N.º 7 09 a 13 de Julho de 2018

Nome do Estabelecimento:

Município de Valongo Semana de 1 a 1 de setembro de 2017 Almoço

* Exemplos de Cardápios. Equipe: Divair Doneda, Vanuska Lima, Clevi Rapkiewicz, Júlia Prates

DIA DO CORAÇÃO POR UM BATER SAUDÁVEL

, Considerando Considerando Considerando Considerando Considerando Considerando

Como Cuidar do Outro? - Cuidar da pessoa dependente: A Diabetes e Alimentação

O nhoque de assar, de receita milenar.

RESUMO LEGISLAÇÃO E RECOMENDAÇÕES DO MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO

FAÇA DO MEU LANCHE UM ARCO-ÍRIS COLORIDO DE SABORES E ALIMENTOS SAUDÁVEIS!

Regulamento de Funcionamento e Gestão dos Refeitórios Escolares

Projecto de Lei n.º 925/XIII/3.ª. Exposição de motivos

Conselho Geral. I--Enquadramento

SABES O QUE ESTÁS A COMER?

redução do consumo de sódio

Jornal Oficial da União Europeia L 230/7. da goma-arábica modificada por ácido octenilsuccínico

Projecto de Lei n.º 924/XIII/3.ª. Exposição de motivos

Câmara Municipal da Lourinhã

PORTUGAL MANUAL DAS DIETAS HOSPITALARES

MINISTÉRIO DA AGRICULTURA E DO ABASTECIMENTO SECRETARIA DE DEFESA AGROPECUÁRIA INSTRUÇÃO NORMATIVA Nº 30, DE 27 DE SETEMBRO DE 1999

AGRUPAMENTO DE ESCOLAS JOSÉ MARIA DOS SANTOS REGULAMENTO DE UTILIZAÇÃO DOS REFEITÓRIOS INTRODUÇÃO

Pirâmide alimentar: guia para alimentação saudável

AVALIAÇÃO DE RÓTULOS DE DIFERENTES MARCAS DE LEITE EM PÓ INTEGRAL COMERCIALIZADOS NA CIDADE DE GARANHUNS - PE. Apresentação: Pôster

A Seguros Unimed ainda mais próxima, quando você mais precisa. Alimentação Saudável

Lipids E N V I R O. Hypertension. Obesity. Diabetes. Diet. Vascular disease Age E T I C. Smoking E N. Gender Family history T A L. Sedentary lifestyle

ALIMENTAÇÃO E SAÚDE 1 - A RELAÇÃO ENTRE A ALIMENTAÇÃO E SAÚDE

Colégio Nossa Senhora de Lourdes Pré-escolar Semana de 2 a 6 de maio de 2016 Almoço

Erly Catarina de Moura NUPENS - USP

EMENTA SEMANAL - N.º 1 28 de Maio a 1 de Junho de Bebés. Agrião Frango com Arroz Maçã Cozida Batido (banana, maçã, iogurte natural)

Ficha técnica de produtos Holy nuts produtos de castanhas Catálogo 2016/2

Estratégias para Redução do Sódio em Alimentos

Transcrição:

Oferta alimentar nas escolas 1º FÓRUM DO OBSERVATÓRIO NACIONAL DA OBESIDADE E DO CONTROLO DO PESO Obesidade infantil em Portugal: que prioridades de intervenção? Vilamoura, 19 de Novembro de 2009 Currículo Oferta Alimentar 1

Regulamentação da Oferta Alimentar em meio escolar Autarquias Escolas do 1º Ciclo e J.I. Decreto-Lei 399-A/84 Despacho 22 251/2005 de 21 de Out. Alimentação Decreto-Lei n.º 55/2009, de 2 de Março Escolas do 2º e 3º C + Sec. DGIDC Gestão Directa Refeitórios Escola DRE Bufetes Gestão Concessionada 2

Circular nº 11/DGIDC/2007 Bufetes escolares http://sitio.dgidc.min-edu.pt/recursos/lists/repositrio%20recursos2/attachments/684/circular_11_dgidc_2007.pdf Circular nº 14/DGIDC/2007 Refeitórios escolares http://sitio.dgidc.min-edu.pt/recursos/lists/repositrio%20recursos2/attachments/683/circular_14_dgidc_2007.pdf Educação alimentar em meio escolar Referencial para uma oferta alimentar saudável; http://sitio.dgidc.min-edu.pt/recursos/lists/repositrio%20recursos2/attachments/683/circular_14_dgidc_2007.pdf Decreto-Lei nº 55/2009 de 2 de Março http://sitio.dgidc.min-edu.pt/saude/documents/decretolein55_2009.pdf Despachos anuais sobre Acção Social Escolar (Despacho n.º 18987/2009) http://dre.pt/pdf2sdip/2009/08/158000000/3342433429.pdf Circular nº 11/DGIDC/2007 Bufetes escolares; Principais pontos a ter em consideração: Remete para o doc. Oferta alimentar em meio escolar Referencial para uma oferta alimentar saudável Géneros alimentícios a promover Géneros alimentícios a limitar Géneros alimentícios a não disponibilizar 3

Géneros alimentícios a promover Critérios de selecção dos géneros alimentícios a promover Baixo teor de açúcares, sobretudo adicionados e de absorção rápida; Reduzido teor de gorduras (lípidos), sobretudo saturadas; Elevado teor de fibras e de antioxidantes; Reduzido teor de sódio. Géneros alimentícios a limitar Critérios de selecção dos géneros alimentícios a limitar Teor de gorduras (lípidos), sobretudo saturadas; Os hábitos de consumo e popularidade de alguns desses géneros alimentícios; Valor energético inferior ou igual a 250Kcal; Máximo 35% do peso proveniente de açúcares ou 15g de açúcares (com exclusão dos açúcares contidos naturalmente nos alimentos como fruta, vegetais, produtos lácteos ); Máximo 30-35% do valor energético proveniente dos lípidos ou o máximo de 7g de lípidos; Máximo 10% do valor energético proveniente de ácidos gordos saturados e trans ou o máximo de 2g de ácidos gordos e trans; Máximo 360 mg de sódio. 4

Géneros alimentícios a não disponibilizar Critérios de selecção dos géneros alimentícios a não disponibilizar Elevado teor de açúcares, sobretudo adicionados e de absorção rápida; Elevado teor de gorduras (lípidos), sobretudo saturadas e/ou de adição; Reduzido ou mesmo nulo teor de fibras; Excessivo teor de sódio; Existência em doses elevadas de corantes e conservantes; Presença de edulcorantes em doses significativas. Circular nº 11/DGIDC/2007 Bufetes escolares; Nas máquinas de venda automática só deverá ser permitida a venda de géneros alimentícios que constam da relação de alimentos a promover em meio escolar Os géneros alimentícios a promover, não podem ultrapassar os 5% de margem de lucro. Os géneros alimentícios a limitar, devem ter uma margem de lucro situado até aos 15%. Os lucros do bufete escolar devem reverter em favor da melhoria das práticas alimentares dos alunos, designadamente na aquisição de equipamentos e utensílios que visem a oferta de géneros alimentícios a promover e na atribuição de subsídios aos pequenos-almoços ou refeições intercalares aos alunos mais carenciados 5

Circular nº 14/DGIDC/2007 Refeitórios escolares; Anexo A Listagem de alimentos autorizados Anexo B Ementas Constituição da ementas 1 prato de sopa de vegetais frescos; 1 prato de carne ou pescado (em dias alternados), com os acompanhamentos básicos, mas tendo de incluir, obrigatoriamente, legumes crus ou cozidos (3 variedades) 1 pão de mistura Fruta (da época) Água Limitação de certos modos de culinária Obrigatoriedade semanal/mensal de certos géneros Decreto-Lei nº 55/2009 de 2 de Março; Os princípios dietéticos de qualidade e variedade a que devem obedecer as refeições servidas nos refeitórios escolares são definidos por orientações emanadas da Direcção-Geral de Inovação e Desenvolvimento Curricular e com observância das normas gerais de higiene e segurança alimentar a que estão sujeitos os géneros alimentícios, de acordo com o disposto nos Regulamentos (CE) n.º 178/2002, de 28 de Janeiro, e 852/2004, de 29 de Abril, do Parlamento Europeu e do Conselho. 6

Decreto-Lei nº 55/2009 de 2 de Março; Promove-se ainda o consumo de leite e seus derivados junto dos alunos dos 2.º e 3.º ciclos do ensino básico e do ensino secundário, mediante a sua venda sem fins lucrativos nos respectivos estabelecimentos de ensino. Programa Leite Escolar Regime da Fruta Escolar 7

Imagens de escolas da DREC Despº15 987/2006, de S. Exa., o Secretário de Estado da Educação: a) Alimentação e actividade física b) Consumo de substâncias psico activas c) Sexualidade d) Infecções sexualmente transmissíveis, designadamente VIH-Sida e) Violência em meio escolar. 8

A Educação Alimentar começa em casa 9

CAFÉ CAFÉ Vend Amb CAFÉ CAFÉ ESCOLA SALÃO JOGOS Gd SUPERF CAFÉ Sp MERC BAR Necessidade de as Autarquias ajudarem a evitar situações como estas: Trespasse-se café com urgência Bombarral Situado junto à escola secundária de Bombarral, boa clientela. Trespasse-se café centro de Olhão café equipado no centro de Olhão frente à escola secundária boa facturação. http://www.olx.pt/q/secund%c3%81ria/c-415 10

Necessidade de as Autarquias ajudarem a evitar situações como estas: Decreto-Lei nº 9/2002 de 24 de Janeiro - artigo 10ª Alteração ao Decreto-Lei n. º 252/86, de 25 de Agosto O artigo 3.o do Decreto-Lei n.º 252/86, de 25 de Agosto, alterado pelos Decretos-Lei n.º 251/93, de 14 de Julho, e 259/95, de 30 de Setembro, passa a ter a seguinte redacção: «Artigo 3.º [...] 1 (Anterior corpo do artigo.) 2 É proibida a actividade de comércio de retalho a que se refere o artigo 1.º, sempre que esteja em causa a venda de bebidas alcoólicas junto de estabelecimentos escolares do ensino básico e secundário. 3 As áreas relativas à proibição referida no número anterior são delimitadas, caso a caso, pelos municípios, em colaboração com a direcção regional de educação.» Juntos pela saúde dos nossos jovens 11

Núcleo de Educação para a Saúde e Acção Social Escolar Direcção-Geral de Inovação e de Desenvolvimento Curricular Ministério da Educação Av. 24 de Julho, nº 140, 5º Andar Tel. 21 393 45 00 21 393 46 48 21 393 68 36 Fax 21 393 46 82 nesase@dgidc.min-edu.pt rui.lima@dgidc.min-edu.pt 12