Literatura: romance
Romance Chamamos de romance o gênero de texto narrativo que conta uma história mais longa e mais complexa. Nesse gênero, apesar de haver personagens principais, suas narrativas são geralmente contadas junto a outros personagens, em outros tempos e outros espaços. Romance: da palavra ROMANÇO/ROMÂNICO (obra em linguagem popular, com muita imaginação e aventura).
Como, quando e por quê? Epopeia narrativa escrita em versos; destinada a um público aristocrata vasta formação cultural; no século XVII, a epopeia começou a perder lugar; língua mais culta. Romance a princípio escrito em verso/transformado nas narrativas em prosa; surgiu devido à ascensão da burguesia; no século XVII - variante da epopeia; língua muito mais simples e coloquial; em Portugal : primeiro romance - século XIX (Camões, do escritor Almeida Garrett); no Brasil: primeiro romance (1843 ) - O filho do pescador, de Teixeira e Sousa.
Elementos da narrativa Enredo A ação de uma história é composta por uma sequência de fatos que as personagens vivenciam em um determinado tempo e espaço. Fazem parte do enredo: a situação inicial, conflito, clímax e desfecho. Foco narrativo A posição do narrador em relação à narrativa. Podem ser: narrador observador (verbos na 3ª pessoa) ou narrador personagem (verbos na 1ª pessoa). Personagens São os seres que se envolvem na história narrada. Podem ser: protagonistas, antagonistas e secundários. Espaço É o ambiente em que as personagens circulam e onde se desenvolve o enredo. Tempo Quando acontece a sequência narrativa. Pode ser classificado em: cronológico (marcas temporais no texto) ou psicológico (expresso pela ação).
A ação narrativa do enredo Situação inicial Composição do cenário da narrativa e da apresentação de seus personagens marcados pelo uso de texto descritivo e adjetivos. Complicação Focados na ação narrativa e marcados pelo pretérito perfeito do verbo. Clímax Ponto alto da história - uso de verbos de ação, discurso direto e indireto. Desfecho Resolução do conflito, final da narrativa.
O discurso nas narrativas Os rumos interpretativos de um texto, então, dependem da maneira como o narrador escolhe demonstrar as ideias das personagens: com maior proximidade por meio do discurso direto ou com mais afastamento por meio do discurso indireto.
1 Discurso direto O discurso direto caracteriza-se pela conversa direta entre as personagens. - Introduzidas pelo uso dos verbos dicendi. - Separadas pela pontuação. - Os pronomes, os tempos verbais e as palavras que indicam tempo e espaço são determinados tendo como referência o narrador e as personagens.
2 Discurso indireto Quando o narrador conta o que as personagens disseram, citando, portanto, a fala delas, o recurso é chamado de discurso indireto. - Introduzidas pelo uso dos verbos dicendi. - Normalmente, separada da fala do narrador pela conjunção que. - Os pronomes, os tempos verbais e as palavras que indicam tempo e espaço são determinados pelo viés do narrador.
Exemplos Direto Joana falou: Eu volto aqui amanhã. Elisário confessou: - Estou com sono. Indireto Joana falou que voltava lá no dia seguinte. Elisiário confessou que estava com sono.
Romances: nem sempre uma história de amor
Tipos Romance urbano: retrata e critica os costumes da sociedade. Exemplo: A Moreninha, de José de Alencar Romance regionalista: aborda questões sociais de determinadas regiões. Exemplo: Vidas Secas, de Graciliano Ramos. Romance indianista: retrata os costumes indígenas. Exemplo: O Guarani, de José de Alencar. Romance histórico: vida e costumes de certa época e lugar da história. * originou a narrativa policial, fatos políticos e abordagem histórica. Exemplos: As Minas de Prata, de José de Alencar. Agosto, de Rubem Fonseca (acontecimentos políticos que levaram Getúlio Vargas ao suicídio) Romance psicológico: análise dos motivos íntimos das decisões e indecisões humanas. Exemplo: Dom Casmurro, de Machado de Assis. Romance gótico: reação ao racionalismo iluminista e, ao mesmo tempo, ao aristocratismo. * originou toda série de horrores, mistérios terrificantes, torturas etc. Exemplo: Noite na Taverna, de Álvares de Azevedo.
Ernest Hemingway O Velho e o Mar é considerado o último grande livro de Hemingway. Além disso, é uma de suas obras mais populares e conhecidas. A história se passa em torno de um velho pescador, que é o protagonista. Em uma de suas pescarias em alto mar, próximo à região da Corrente do Golfo, ele luta para trazer um espadarte gigante ao barco. Na época do lançamento de O Velho e o Mar, o livro recebeu opiniões positivas e negativas dos críticos literários. Porém, até hoje perdura como uma obra de referência do escritor. A importância do romance ficou evidente quando foi ganhador do Prêmio Nobel de Literatura de 1954. Uma das características mais exaltadas do livro é sua simplicidade, precisão narrativa e descritiva, além da criação de dois personagens que parecem se completar. O velho, chamado Santiago, que se sente em uma maré de azar, e um jovem chamado Manolín, que o incentiva a continuar tentando. Após mais de 80 dias tentando pegar o espadarte gigante, o velho consegue fisgá-lo, mas o peixe oferece uma resistência brutal.
Moacyr Scliar O livro narra a vida do personagem Max Schimdt desde a sua infância. Nascido na Alemanha em 1912, ele presencia a ascensão do nazismo e, por conta de uma amizade e de um caso amoroso, ele passa a ser perseguido pelo regime de Adolf Hitler. Max decide fugir e embarca num navio com destino para o Brasil. Depois de sobreviver a um naufrágio criminoso, ele se estabelece no Rio Grande do Sul. Max é um personagem cheio de medos e traumas, e Moacyr Scliar faz com que as passagens mais difíceis da vida dele sejam marcadas pela presença de um felino. O livro é dividido em três partes: O tigre sobre o armário, O jaguar no escaler e A onça no morro.
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