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Transcrição:

Capítulo 6 EXEMPLOS DE APLICAÇÃO 6.1 Decisão Sobre a Abertura de um Novo Curso Superior por uma Instituição de Ensino 26 Como primeiro exemplo, será estudada a aplicação do processo de auxílio às tomadas de decisão, Método de Análise pelo Baricentro (MAB), em um problema com o qual, constantemente, se deparam os administradores de universidades: estudar a viabilidade da abertura de um novo curso em uma dada região. Os fatores que influem nessa decisão são fatores de ordem legal, social, econômica e outros (BRASIL, 1996a) e (BRASIL, 1997). Serão escolhidos os fatores de maior influência nessas decisões. Como não há necessidade de muita precisão nos resultados, serão estabelecidas apenas três seções para cada um. Por outro lado, como as influências dos fatores escolhidos na viabilidade do curso são praticamente iguais, admitir-se-á que todos os fatores têm o mesmo peso. A seguir, por meio de aplicações das técnicas de maximização (OR) e de minimização (AND) da lógica E τ (ver 3.5.5, p.112), chega-se a um valor da evidência favorável (a i,r ) e a um valor da evidência contrária (b i,r ), resultantes, para cada fator, que, plotados no reticulado τ de decisão, permitem verificar como cada fator influi na decisão (ver 5.2.6, p.138). Para a tomada de decisão final do EC, não basta saber como cada fator influi no empreendimento, mas interessa a influência conjunta de todos os fatores analisados. 26 Trabalho apresentado na World Multiconference on Systemics, Cybernetics and Informatics (SCI 2003), 7th, realizada em Orlando, Florida, USA, de 27 a 30 de julho de 2003, com o título "An Application of Paraconsistent Annotated Logic in Decision Making: an Approach for University Management" e publicado nos Proceedings, Volume XII, Informations Systems, Technologies and Applications do referido Congresso, p. 214-219 (DE CARVALHO; ABE, 2003).

147 Isto pode ser determinado pelo baricentro (W) dos pontos que representam cada fator, separadamente, no reticulado τ. O grau de evidência favorável (a W ) de W é a média aritmética das evidências favoráveis resultantes de todos os fatores, e seu grau de evidência contrária (b W ), a média aritmética das evidências contrárias resultantes para os fatores. Com esses valores, pode-se verificar a que região do reticulado τ pertence o baricentro W ou calcular os graus de certeza de W e aplicar a regra de decisão (ver 5.2.7, p.143, e 5.2.8, p.144). 6.1.1 Fixação do nível de exigência Para este exemplo, o nível de exigência fixado é 0,60. Com isso, está estabelecido que a decisão somente será favorável se, ao final, o grau de evidência favorável superar o de evidência contrária de 0,60, pelo menos. Com esse nível de exigência, o algoritmo paraanalisador e a regra de decisão são os apresentados nas Figuras 6.1 a e b. Algoritmo para-analisador 1,20 1,00 Grau de evidência contrária 0,80 0,60 0,50 0,40 Fatores Baricentro Contorno Fronteiras Fronteiras 0,20 0,00 0,00 0,20 0,40 0,50 0,60 0,80 1,00 1,20 Grau de evidência favorável Figura 6.1a Algoritmo para-analisador para o nível de exigência igual a 0,60.

148 H cert 0,60 decisão favorável (a abertura do curso é viável); H cert - 0,60 decisão desfavorável (a abertura do curso é inviável); - 0,60 < H cert < 0,60 análise não conclusiva. Figura 6.1b Regra de decisão para o nível de exigência igual a 0,60. 6.1.2 Seleção dos fatores de influência e estabelecimento das seções Para facilitar a explanação, será considerado no decorrer do texto que se está estudando a viabilidade da abertura de um novo curso X (curso de comunicação social, por exemplo) numa região Y (região de Ribeirão Preto, por exemplo). Muitos fatores influem no sucesso (ou fracasso) de um novo curso. Foram escolhidos os doze fatores (de F 1 a F 12 ), julgados serem os de maior influência na viabilidade de abertura de um curso em uma dada região. Para cada um desses fatores foram estabelecidas três seções (S 1 a S 3 ), tais que: S 1 traduza condições em que o fator é favorável ao sucesso do curso; S 2 traduza condições em que o fator é indiferente ao sucesso do curso; e S 3 traduza condições em que o fator é desfavorável ao sucesso do curso. Os fatores escolhidos e as seções estabelecidas são os seguintes: F 01 : relação candidato/vaga (C/V) do curso X nos exames de seleção da região Y. S 1 : C/V > 4; S 2 : 2 C/V 4; S 3 : C/V < 2. F 02 : número de concluintes (N c ) do ensino médio na região Y. S 1 : N c > 2V; S 2 : V N c 2V; S 3 : N c < V, V = número de vagas oferecidas para o ensino superior na região Y. F 03 : número de empregos (N e ) oferecidos anualmente na região Y. S 1 : N e > 2F; S 2 : F N e 2F; S 3 : N e < F.

149 F = número anual de formandos no ensino superior na região Y. F 04 : renda familiar mensal média (R f ) da população da região Y. S 1 : R f > R$ 6.000,00; S 3 : R f < R$ 2.000,00. S 2 : R$ 2.000,00 R f R$ 6.000,00; F 05 : índice médio anual (I a ) de desistências do curso. S 1 : I a < 10%; S 2 : 10% I a 40%; S 3 : I a > 40%. F 06 : densidade demográfica (DD) da região. S 1 : alta: DD > 400 habitantes/km 2 ; S 2 : média: 100 habitantes/km 2 DD 400 habitantes/km 2 ; S 3 : baixa: DD < 100 habitantes/km 2. F 07 : custo dos investimentos em ativos fixos (C af ). S 1 : C af < 75%R a ; S 2 : 75%R a C af 125%R a ; S 3 : C af > 125%R a. R a = receita anual prevista para o curso X. F 08 : conceito da instituição junto à comunidade. S 1 : conceito A ou B; S 2 : conceito C; S 3 : conceito D ou E. F 09 : custo mensal com os professores (C mp ). S 1 : C mp < 40%R m ; S 2 : 40%R m C mp 70%R m ; S 3 : C mp > 70%R m. R m = receita mensal prevista com o curso X. F 10 : valor da mensalidade (M c ) do curso X. S 1 : M c < 80% M m ; S 2 : 80% M m M c 120% M m ; S 3 : M c > 120% M m. M m = mensalidade média do curso X (ou similares) nas outras escolas da região Y. F 11 : número médio de alunos por sala (N as ). S 1 : N as > 80; S 2 : 50 N as 80; S 3 : N as < 50. F 12 : número médio de funcionários por turma (N ft ). S 1 : N ft < 5; S 2 : 5 N ft 10; S 3 : N ft > 10.

150 6.1.3 Construção da base de dados Para construir a base de dados, o EC escolhe os especialistas e colhe suas opiniões através dos valores da evidência favorável (graus de crença) (a) e da evidência contrária (graus de descrença) (b) que cada um atribui ao sucesso do curso, quando satisfeita cada uma das condições traduzidas pelas seções estabelecidas, para cada um dos fatores escolhidos. Ou seja, para cada seção de cada fator, quais são os graus de evidência favorável e de evidência contrária que cada um dos especialistas atribui? Além disso, é solicitado aos especialistas que atribuam pesos aos fatores conforme a importância de cada um na decisão de abertura ou não do curso X na região Y. Neste caso, está sendo admitido que todos os fatores têm o mesmo peso, igual a 1 (um). Na escolha dos especialistas, se possível, deve-se procurar pessoas com formações ou experiências diferentes, para que a atribuição de valores não seja decorrente de uma única linha de pensamento. Por exemplo, um quadro de especialistas julgado adequado para este caso é um especialista com formação de sociólogo, outro economista, outro pedagogo e um último com formação em administração de empresas. Evidentemente, é possível aumentar a área de abrangência do processo com relação às áreas de formação dos especialistas. Para isso, basta utilizar mais de quatro especialistas ou profissionais de outras áreas de formação. Nada impede também que se utilize mais de um especialista da mesma área de formação. Cabe ao EC dizer sobre a necessidade ou não de mais especialistas. Note-se que o processo apresenta uma grande versatilidade, uma vez que permite a escolha de mais (ou menos) fatores de influência, o estabelecimento de três ou mais seções para cada fator, como também a utilização de um número maior (ou menor) de especialistas.

151 Entretanto, embora o processo permita, não é aconselhável a utilização de menos de quatro especialistas, para que o resultado não fique dotado de muita subjetividade. Nesta aplicação, admitiu-se que foram colhidas as opiniões de quatro especialistas (E 1 : sociólogo; E 2 : economista; E 3 : pedagogo; E 4 : administrador de empresas) e que suas opiniões estão traduzidas pela Tabela 6.1. Observe-se que esta tabela constitui uma base de dados, que pode ser usada para a análise da viabilidade da abertura de diferentes cursos, em diferentes regiões. Neste exemplo, será usada para estudar a viabilidade do curso X na região Y. Tabela 6.1 Base de dados: valores das evidências favorável e contrária atribuídos pelos especialistas a cada um dos fatores, nas condições das seções estabelecidas (matriz das anotações). Fator Seção E 1 E 2 E 3 E 4 Fator Seção E 1 E 2 E 3 E 4 F i S j a i,j,1 b i,j,1 a i,j,2 b i,j,2 a i,j,3 b i,j,3 a i,j,4 b i,j,4 F i S j a i,j,1 b i,j,1 a i,j,2 b i,j,2 a i,j,3 b i,j,3 a i,j,4 b i,j,4 S 1 1,0 0,0 0,9 0,1 1,0 0,2 0,8 0,3 S 1 1,0 0,0 1,0 0,1 0,8 0,3 0,7 0,4 F 01 S 2 0,9 0,2 0,6 0,3 0,8 0,4 0,5 0,6 F 07 S 2 0,8 0,3 0,7 0,4 0,7 0,6 0,5 0,6 S 3 0,7 0,4 0,3 0,8 0,6 0,5 0,2 0,9 S 3 0,5 0,8 0,3 0,7 0,1 0,8 0,0 0,9 S 1 0,9 0,2 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 S 1 1,0 0,0 0,9 0,1 1,0 0,2 0,8 0,3 F 02 S 2 0,8 0,3 0,6 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 F 08 S 2 0,8 0,3 0,6 0,3 0,8 0,4 0,5 0,6 S 3 0,3 0,7 0,1 0,9 0,5 0,7 0,0 0,9 S 3 0,5 0,8 0,3 0,8 0,6 0,5 0,2 0,9 S 1 0,9 0,1 0,8 0,2 1,0 0,1 0,7 0,3 S 1 1,0 0,0 0,9 0,2 1,0 0,1 0,8 0,3 F 03 S 2 0,6 0,4 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 0,5 F 09 S 2 0,8 0,3 0,7 0,4 0,8 0,2 0,5 0,6 S 3 0,3 0,6 0,5 0,8 0,4 0,7 0,1 0,9 S 3 0,3 0,9 0,2 0,9 0,5 0,6 0,0 0,9 S 1 0,9 0,2 1,0 0,1 0,8 0,3 0,7 0,4 S 1 0,9 0,0 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 F 04 S 2 0,6 0,3 0,7 0,4 0,7 0,6 0,5 0,6 F 10 S 2 0,5 0,5 0,6 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 S 3 0,2 0,8 0,3 0,7 0,1 0,8 0,0 0,9 S 3 0,3 0,8 0,1 0,9 0,5 0,7 0,0 0,9 S 1 0,9 0,1 0,8 0,2 1,0 0,1 0,7 0,3 S 1 1,0 0,0 1,0 0,1 1,0 0,0 0,8 0,2 F 05 S 2 0,7 0,2 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 0,5 F 11 S 2 0,8 0,3 0,7 0,4 0,9 0,2 0,5 0,4 S 3 0,1 0,8 0,5 0,8 0,4 0,7 0,1 0,9 S 3 0,2 0,9 0,3 0,9 0,5 0,5 0,0 1,0 S 1 0,8 0,1 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 S 1 1,0 0,1 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 F 06 S 2 0,6 0,3 0,6 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 F 12 S 2 0,7 0,2 0,6 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 S 3 0,3 0,7 0,1 0,9 0,5 0,7 0,0 0,9 S 3 0,4 0,6 0,1 0,9 0,5 0,7 0,0 0,9 6.1.4 Pesquisa de campo O passo seguinte é fazer uma pesquisa na região Y em relação ao curso X, para verificar em que seção cada um dos fatores se encontra, ou seja, qual é a condição real de cada fator. O resultado dessa pesquisa pode ser resumido pela Tabela 6.2.

152 Tabela 6.2 Resultados da pesquisa para o curso X na região Y (matriz pesquisada). Fator F i F 01 F 02 F 03 F 04 F 05 F 06 F 07 F 08 F 09 F 10 F 11 F 12 Seção S pi S 1 S 1 S 3 S 3 S 2 S 1 S 3 S 1 S 2 S 1 S 3 S 2 Com os resultados obtidos na pesquisa (Tabela 6.2), pode-se extrair da base de dados (Tabela 6.1) as opiniões dos especialistas sobre o sucesso do curso X nas condições em que os fatores se encontram na região Y. Elas são resumidas pela Tabela 6.3. Tabela 6.3 Graus de evidência favorável e de evidência contrária ao sucesso do curso X atribuídos pelos especialistas, para as condições dos fatores de influência na região Y (matriz dos dados pesquisados, M Dpq ). Fator Seção E 1 E 2 E 3 E 4 F i S pi a i,1 b i,1 a i,2 b i,2 a i,3 b i,3 a i,4 b i,4 F 01 S 1 1,0 0,0 0,9 0,1 1,0 0,2 0,8 0,3 F 02 S 1 0,9 0,2 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 F 03 S 3 0,3 0,6 0,5 0,8 0,4 0,7 0,1 0,9 F 04 S 3 0,2 0,8 0,3 0,7 0,1 0,8 0,0 0,9 F 05 S 2 0,7 0,2 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 0,5 F 06 S 1 0,8 0,1 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 F 07 S 3 0,5 0,8 0,3 0,7 0,1 0,8 0,0 0,9 F 08 S 1 1,0 0,0 0,9 0,1 1,0 0,2 0,8 0,3 F 09 S 2 0,8 0,3 0,7 0,4 0,8 0,2 0,5 0,6 F 10 S 1 0,9 0,0 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 F 11 S 3 0,2 0,9 0,3 0,9 0,5 0,5 0,0 1,0 F 12 S 2 0,7 0,2 0,6 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 6.1.5 Obtenção dos graus de evidências favorável e contrária, resultantes para os fatores Feita a pesquisa, deve-se aplicar a regra de maximização (operador OR) e a de minimização (operador AND) da lógica paraconsistente anotada evidendial às opiniões dos especialistas, para cada um dos fatores escolhidos, nas seções obtidas na pesquisa. Na aplicação dessas regras é conveniente que os grupos sejam constituídos, observando-se a formação dos especialistas (ver 3.5.5.4, p.117). Serão utilizados o quadro de especialistas exemplificado anteriormente e a seguinte constituição dos grupos, julgada a mais adequada: Grupo A: sociólogo (E 1 ) e economista (E 2 ), e Grupo B: pedagogo (E 3 ) e administrador de empresas (E 4 ).

Assim, para a aplicação das regras de maximização (OR) e de minimização (AND) às opiniões desses especialistas deve-se fazer: [(E 1 ) OR (E 2 )] AND [(E 3 ) OR (E 4 )] ou [G A ] AND [G B ] Dessa forma, obtém-se, para cada fator, na seção pesquisada, a conclusão combinada das opiniões dos especialistas. São os graus de evidência favorável (a i,r ) e de evidência contrária (b i,r ) resultantes. Como já se disse, com o auxílio da planilha eletrônica do Excel, foi desenvolvido um programa de cálculos para o MAB, que faz todas as operações: busca dos valores das evidências favorável e contrária na base de dados, uma vez conhecido o resultado da pesquisa de campo (foi o que resultou na Tabela 6.3 ou nas colunas de 3 a 10 da Tabela 6.4); aplicação das regras de maximização (operador OR) (colunas 11 a 14 da Tabela 6.4) e de minimização (operador AND) (colunas 15 e 16 da Tabela 6.4) aos dados pesquisados na região Y em relação ao curso X (Tabela 6.3), obtendo os valores das evidências favorável e contrária resultantes para os fatores (colunas 15 e 16 da Tabela 6.4). Portanto, os graus de evidências favorável (a i,r ) e contrária (b i,r ), resultantes para todos os fatores nas condições traduzidas pelas seções pesquisadas, foram obtidos pelo programa e estão apresentados nas colunas 15 e 16 da Tabela 6.4. Tabela 6.4a Tabela de cálculos do MAB na análise de viabilidade do curso X na região Y, nas condições das seções S pi obtidas na pesquisa. 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 19 Grupo A Grupo B A B Nível de Exigência 0,60 A AND B E 1 E 2 E 3 E 4 E 1 OR E 2 E 3 OR E 4 Conclusões F i S pi a i,1 b i,1 a i,2 b i,2 a i,3 b i,3 a i,4 b i,4 a i,ga b i,ga a i,gb b i,gb a ir b ir H cert G contr Decisão F 01 S 1 1,0 0,0 0,9 0,1 1,0 0,2 0,8 0,3 1,0 0,1 1,0 0,3 1,0 0,1 0,90 0,10 F 02 S 1 0,9 0,2 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 0,9 0,2 1,0 0,3 0,9 0,2 0,70 0,10 F 03 S 3 0,3 0,6 0,5 0,8 0,4 0,7 0,1 0,9 0,5 0,8 0,4 0,9 0,4 0,8-0,40 0,20 NÃO CONCLUSIVO F 04 S 3 0,2 0,8 0,3 0,7 0,1 0,8 0,0 0,9 0,3 0,8 0,1 0,9 0,1 0,8-0,70-0,10 IN F 05 S 2 0,7 0,2 0,6 0,5 0,7 0,3 0,5 0,5 0,7 0,5 0,7 0,5 0,7 0,5 0,20 0,20 NÃO CONCLUSIVO F 06 S 1 0,8 0,1 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,2 0,60 0,00 F 07 S 3 0,5 0,8 0,3 0,7 0,1 0,8 0,0 0,9 0,5 0,8 0,1 0,9 0,1 0,8-0,70-0,10 IN F 08 S 1 1,0 0,0 0,9 0,1 1,0 0,2 0,8 0,3 1,0 0,1 1,0 0,3 1,0 0,1 0,90 0,10 F 09 S 2 0,8 0,3 0,7 0,4 0,8 0,2 0,5 0,6 0,8 0,4 0,8 0,6 0,8 0,4 0,40 0,20 NÃO CONCLUSIVO F 10 S 1 0,9 0,0 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 0,9 0,2 1,0 0,3 0,9 0,2 0,70 0,10 F 11 S 3 0,2 0,9 0,3 0,9 0,5 0,5 0,0 1,0 0,3 0,9 0,5 1,0 0,3 0,9-0,60 0,20 IN F 12 S 2 0,7 0,2 0,6 0,4 0,8 0,4 0,6 0,4 0,7 0,4 0,8 0,4 0,7 0,4 0,30 0,10 NÃO CONCLUSIVO Baricentro W: médias dos graus resultantes 0,64 0,45 0,19 0,09 NÃO CONCLUSIVO Fator Seção 153

A partir desses valores, o MAB calcula, para cada fator F i, o grau de certeza e o grau de contradição (H cert,i = a i,r b i,r e G contr,i = a i,r + b i,r 1) (colunas 17 e 18 da Tabela 6.4). 154 6.1.6 Obtenção dos graus de evidências favorável e contrária do baricentro Os graus de evidência favorável (a W ) e de evidência contrária (b W ) do baricentro são calculados pelas médias ponderadas dos graus de evidência favorável (a i,r ) e de evidência contrária (b i,r ) resultantes para os fatores, adotando-se os pesos que os especialistas atribuíram aos fatores (ver equações 5.3, p.144). Nesse caso, como foi admitido que todos os fatores têm o mesmo peso, igual a 1 (um), a referida média ponderada se reduz a uma simples média aritmética (ver equações 5.4, p.144) e o baricentro coincide com o centro geométrico dos pontos que representam os fatores no plano cartesiano. Esses valores (a W e b W ) são calculados também pelo MAB e aparecem na última linha das colunas 15 e 16 da Tabela 6.4. A partir desses valores, o MAB calcula o grau de certeza do baricentro (H cert,w = a W b W ), que aparece na última linha da coluna 17 da Tabela 6.4. Os valores dos graus de certeza, que aparecem na coluna 17 de Tabela 6.4, permitem verificar como cada fator influi na viabilidade do curso e o último, o do baricentro, traduz a influência conjunta dos fatores e permite a tomada de decisão final sobre a abertura do curso X na região Y.

155 6.1.7 Análise dos resultados Os resultados finais, após a aplicação das regras de maximização e de minimização, serão analisados, primeiramente, pela aplicação da regra de decisão e, depois, pelo algoritmo para-analisador (ver 6.1.1, p.147). Para aplicar a regra de decisão, basta ter o valor do grau de certeza e compará-lo com o nível de exigência. Isto é feito pelo MAB na coluna 19 da Tabela 6.4. Portanto, observando os resultados desta coluna, verifica-se que cinco fatores, F 01, F 02, F 06, F 08 e F 10, indicam que o empreendimento é viável, isto é, recomendam a abertura do curso X na região Y, pois seus graus de certeza resultaram maiores ou iguais a 0,60, que foi o nível de exigência estabelecido; três fatores, F 04, F 07 e F 11, indicam que o empreendimento é inviável, isto é, recomendam a não abertura do curso X na região Y, pois seus graus de certeza resultaram menores ou iguais a 0,60; e, finalmente, quatro fatores, F 03, F 05, F 09 e F 12, se mostraram não conclusivos, pois seus graus de certeza resultaram entre 0,60 e 0,60. Estes últimos não recomendam e nem deixam de recomendar a abertura do curso X na região Y. A influência dos os doze fatores juntos é traduzida pelo baricentro. Como seu grau de certeza resultou igual a 0,19 (última linha da coluna 17 da tabela 6.4), infere-se que a análise realizada apresentou resultado não conclusivo, pois 0,60 < 0,19 < 0,60. Portanto, a análise, tendo sido não conclusiva, apenas sugere que, se houver interesse e alguma dúvida, novos estudos sejam feitos para que a dúvida seja dirimida. A decisão pelo algoritmo para-analisador é feita, plotando-se os graus de evidência favorável e de evidência contrária resultantes no reticulado τ de decisão, e verificando a que regiões pertencem os pontos representativos dos fatores e o baricentro. Isto, também, é feito pelo MAB e é mostrado na Figura 6.2.

156 Algoritmo para-analisador 1,2 1,0 Grau de evidência contrária 0,8 0,6 0,50 0,4 0,45 Fatores Baricentro Contorno Fronteiras Fronteiras 0,2 0,0 0,0 0,2 0,4 0,50 0,6 0,8 1,0 1,2 Grau de evidência favorável Figura 6.2a Aplicação do algoritmo para-analisador para análise de viabilidade do curso X na região Y. Na Figura 6.2a, cinco fatores, F 01, F 02, F 06, F 08 e F 10, estão na região de verdade, sugerindo decisão favorável, isto é, viabilidade da abertura do curso (na Figura 6.2a, só aparecem três pontos porque F 01 F 08 e F 02 F 10, uma vez que suas coordenadas (graus de evidência favorável e contrária, resultantes) são iguais) ; três fatores, F 04, F 07 e F 11, estão na região de falsidade, sugerindo decisão desfavorável, isto é, inviabilidade da abertura do curso (na figura só aparecem dois pontos, porque F 04 F 07 ); e quatro fatores, F 03, F 05, F 09 e F 12, em região distinta das anteriores, mostrando-se não conclusivos. Observe-se que o fator F 06 pertence à linha limite de verdade (que, por convenção pertence à região de verdade), pois seu grau de certeza (0,60) é igual ao nível de exigência adotado. Já o fator F 11 pertence à linha limite de falsidade (que, por convenção pertence à região de falsidade), pois seu grau de certeza (-0,60) é oposto (igual em módulo e com sinal contrário) ao nível de exigência adotado.

Mas, as influências díspares de todos estes fatores na decisão da viabilidade do curso X na região Y podem ser resumidas pelo baricentro W dos pontos que os representam. Como W está na região de quase verdade tendendo à inconsistência, infere-se que o resultado final da análise é não conclusivo. Ou seja, a análise não recomenda a abertura do curso X na região Y, mas também não exclui esta possibilidade. Apenas sugere que, se for de interesse, novas pesquisas sejam feitas, numa tentativa de se aumentarem as evidências. Para se fazer um teste da fidedignidade do MAB e um exercício de sua aplicação, fezse a análise da viabilidade de um curso X numa região Y, admitindo-se que na pesquisa de campo todos os fatores estavam nas condições da seção S 1, ou seja, todos os fatores se mostraram favoráveis ao curso X na região Y. Neste caso, evidentemente, era de se esperar que a análise levasse a concluir pela viabilidade do curso X na região Y. De fato, aplicando-se o MAB a este caso, isto é, colocando-se S 1 em todas as linhas da coluna 2 da Tabela 6.4 do MAB, obtém-se a W = 0,92 e b W = 0,17 (Tabela 6.4b). Isto permite calcular H cert,w = a W b W = 0,92 0,17 = 0,75. Tabela 6.4b Tabela de cálculos do MAB na análise de viabilidade do curso X' na região Y', quando todos os fatores se mostraram favoráveis (seção S 1 ). 1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15 16 17 18 Grupo A Grupo B A B Nível de Exigência A AND B E 1 E 2 E 3 E 4 E 1 OR E 2 E 3 OR E 4 Conclusões F i S pi a i,1 b i,1 a i,2 b i,2 a i,3 b i,3 a i,4 b i,4 a i,ga b i,ga a i,gb b i,gb a ir b ir H cert G contr Fator Seção F 01 S 1 1,0 0,0 0,9 0,1 1,0 0,2 0,8 0,3 1,0 0,1 1,0 0,3 1,0 0,1 0,90 0,10 F 02 S 1 0,9 0,2 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 0,9 0,2 1,0 0,3 0,9 0,2 0,70 0,10 F 03 S 1 0,9 0,1 0,8 0,2 1,0 0,1 0,7 0,3 0,9 0,2 1,0 0,3 0,9 0,2 0,70 0,10 F 04 S 1 0,9 0,2 1,0 0,1 0,8 0,3 0,7 0,4 1,0 0,2 0,8 0,4 0,8 0,2 0,60 0,00 F 05 S 1 0,9 0,1 0,8 0,2 1,0 0,1 0,7 0,3 0,9 0,2 1,0 0,3 0,9 0,2 0,70 0,10 F 06 S 1 0,8 0,1 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,2 0,60 0,00 F 07 S 1 1,0 0,0 1,0 0,1 0,8 0,3 0,7 0,4 1,0 0,1 0,8 0,4 0,8 0,1 0,70-0,10 F 08 S 1 1,0 0,0 0,9 0,1 1,0 0,2 0,8 0,3 1,0 0,1 1,0 0,3 1,0 0,1 0,90 0,10 F 09 S 1 1,0 0,0 0,9 0,2 1,0 0,1 0,8 0,3 1,0 0,2 1,0 0,3 1,0 0,2 0,80 0,20 F 10 S 1 0,9 0,0 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 0,9 0,2 1,0 0,3 0,9 0,2 0,70 0,10 F 11 S 1 1,0 0,0 1,0 0,1 1,0 0,0 0,8 0,2 1,0 0,1 1,0 0,2 1,0 0,1 0,90 0,10 F 12 S 1 1,0 0,1 0,8 0,2 1,0 0,3 0,8 0,1 1,0 0,2 1,0 0,3 1,0 0,2 0,80 0,20 Baricentro W: médias dos graus resultantes 0,92 0,17 0,75 0,08 Decisão Como 0,75 0,60, a regra de decisão permite inferir pela viabilidade do curso X na região Y, ao nível de exigência 0,60. 19 157 0,60

158 O algoritmo para-analisador passa a ter o aspecto representado na Figura 6.2b. Algoritmo para-analisador 1,2 1,0 Grau de evidência contrária 0,8 0,6 0,50 0,4 Fatores Baricentro Contorno Fronteiras Fronteiras 0,2 0,17 0,0 0,0 0,2 0,4 0,50 0,6 0,8 1,0 1,2 Grau de evidência favorável Figura 6.2b Aplicação do algoritmo para-analisador para análise de viabilidade do curso X' na região Y', quando todos os fatores são favoráveis (seção S 1 ), ao nível de exigência 0,60. Observando os resultados das colunas 15 e 16 da Tabela 6.4b, nota-se que na Figura 6.2b ocorrem coincidências de pontos representativos de fatores. São elas: F 10 F 08 F 11 = (1,0; 0,1); F 02 F 03 F 05 F 10 = (0,9; 0,2); F 04 F 06 = (0,8; 0,2) e F 09 F 12 = (1,0; 0,2).