3ª Questão No que tange à responsabilidade imbuída aos Notários e Registradores é incorreto afirmar: Alternativas:

Documentos relacionados
Pós Graduação Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula 27 de sucessão ministrada dia 30/05/2018. Inventário extrajudicial.

Escrito por Rosana Torrano Dom, 26 de Novembro de :52 - Última atualização Dom, 26 de Novembro de :54

DIREITO PROCESSUAL CIVIL

ATA NOTARIAL. Ata notarial. Fato = gerar fé-pública, com a ata notarial pode-se relatar os fatos.

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 29/10/2018. Divórcio e separação consensual.

PROVIMENTO 63/17 CNJ BREVES CONSIDERAÇÕES

ATA NOTARIAL e ESCRITURA DECLARATÓRIA DE USUCAPIÃO.

Inventário e Partilha Extrajudicial

A Usucapião Extrajudicial no CPC de 2015 Lei

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Marcus Kikunaga. Aula dia 17/06/2019.

ASSOCIAÇÃO DOS ADVOGADOS DE SÃO PAULO. SEPARAÇÃO E DIVÓRCIO DO NOVO CPC.

O PROVIMENTO 65 DO CNJ: O RECONHECIMENTO DE QUE A ATA NOTARIAL PARA FINS DE USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL SEMPRE TEVE CONTEÚDO FINANCEIRO

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Marcus Kikunaga. Aula dia 20/08/2018. Direito de família e sucessões sob a ótica extrajudicial.

A ATUAÇÃO DOS REGISTRADORES CIVIS NO ÂMBITO DE MEDIDAS DESBUROCRATIZANTES E DESJUDICIALIZANTES:

PROCEDIMENTOS ESPECIAIS

PÓS-GRADUAÇÃO MBA - DIREITO IMOBILIÁRIO Prof. Marcus Vinicius Kikunaga TURMAS 14 e 04 (on-line) 15/03/2018 TEORIA GERAL DO DIREITO NOTARIAL

RECONHECIMENTO EXTRAJUDICIAL DA FILIAÇÃO SOCIOAFETIVA. PROVIMENTO Nº 63 de 14/11/2017 CNJ SEÇÃO II - Arts. 10 a 15

IV Curso de Introdução à Atividade Notarial

Mediação Novo Conceito de Acesso a Justiça. Lei /2015 Dra. Carleane L. Souza

Parte I Regime jurídico da atividade notarial e registral

Parte Geral Comum (05 aulas) LEI DE ORGANIZAÇÃO JUDICIÁRIA E REGIMENTO INTERNO (02 aulas) 3 Tribunal de Justiça: composição, órgãos, competência.

PROVIMENTO Nº 041/2018-CGJ

Provimento nº 04/07-CGJ - Corregedoria Regulamenta Escrituras de Partilha, Separação e Divórcio Qui, 08 de Fevereiro de :51

CNJ - Prov. n. 72/18 - Dispõe sobre medidas de incentivo à quitação ou à renegociação de dívidas protestadas PROVIMENTO N. 72, DE 27 DE JUNHO DE 2018.

PROVIMENTO Nº 21/2018 CGJ

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCO CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA PROVIMENTO Nº 03/2009

Edição nº 174/2015 Brasília - DF, terça-feira, 29 de setembro de Corregedoria PORTARIA Nº 19, DE 28 DE SETEMBRO DE 2015.

INSTITUTO DOS ADVOGADOS BRASILEIROS

1 Considerações Iniciais:

O ISS NOS SERVIÇOS NOTARIAIS E DE REGISTROS PÚBLICOS

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Nelson Sussumu Shikicima. Aula dia 29/08/2018. Formatos Familiares Contemporâneos.

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões.

Tribunal de Justiça do Estado do Paraná. Corregedoria-Geral da Justiça

ATA NOTARIAL E ESCRITURA DECLARATÓRIA DE USUCAPIÃO. cartoriovolpi

SINAL PÚBLICO

DA ESTRUTURA CARTORÁRIA EXTRAJUDICIAL. Curso de Técnico em Transações Imobiliárias Curso Total

Usucapião Extrajudicial ÍNDICE

Inventário extrajudicial

OBS: Fé-Pública: é o poder da presunção de veracidade dos atos e declarações firmadas pelo seu titular.

USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL - CONCEITO E FUNDAMENTOS

MATERIAL DE LEITURA OBRIGATÓRIA AULA 01

REGISTRO DE IMÓVEIS.

PROJETO DE LEI N.º 4.725, DE 2004 (Do Poder Executivo)

SUMÁRIO* PARTE GERAL. Dispõe sobre a política nacional de arquivos públicos e privados e dá outras providências... 83

REGISTRO DE IMÓVEIS COMARCA DE XAXIM - SC

MEDIAÇÃO Simone Tassinari Cardoso

PROVA SIMULADA DE DIREITO NOTARIAL E DE REGISTRO

PROVIMENTO Nº 12/2015

Conciliação e mediação no novo CPC. De forma sintética enumeramos as novidades trazidas pelo novo CPC a respeito das regras de conciliação e mediação.

Ata Notarial. Tabeliã Marília Reato Silva de Sousa

Central Notarial de Serviços Eletrônicos Compartilhados CENSEC é um sistema administrado pelo Colégio Notarial do Brasil - Conselho Federal - CNB-CF

Divórcio e Separação Consensuais; Extinção Consensual de União Estável e Alteração do Regime de Bens do Matrimônio

I O PROCEDIMENTO. Art. 58.

COMISSÃO DE CONSTITUIÇÃO E JUSTIÇA E DE CIDADANIA

ALTERAÇÃO DO REGISTRO CIVIL DE PESSOAS TRANSEXUAIS E TRAVESTIS

Pós Graduação em Direito de Família e Sucessões. Prof. Marcus Kikunaga. Aula dia 22/08/2018.

INVENTÁRIO E PARTILHA

ACÓRDÃO. O julgamento teve a participação dos Desembargadores PAULO ALCIDES (Presidente) e PERCIVAL NOGUEIRA. São Paulo, 10 de julho de 2018.

Prezados Companheiros Trabalhadores em Cartórios, venho através deste informativo, apresentar os Cursos de aperfeiçoamento profissional.

Marcelo Rodrigues Desembargador TJMG facebook: escritormarcelorodrigues. Sistema de Publicidade Registral e Segurança Jurídica

CARTÓRIOS. Prep Conc Quest Disc Com -Cartorios-Soares-2ed.indb 3 22/02/ :50:52

ATO NORMATIVO Nº. 001/ FECOM

Maurício Pinto Coelho Filho Juiz Auxiliar da Corregedoria Superintendente dos Serviços Notariais e de Registro do Estado de Minas Geras

A USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL ATIVIDADE NOTARIAL E REGISTRAL CORREGEDORIA-GERAL DA JUSTIÇA DE SANTA CATARINA

Provimento nº 73 do CNJ regulamenta a alteração de nome e sexo no Registro Civil

INTRODUÇÃO DIREITO NOTARIAL.

I. Tabelião de Notas. 5. Conclusão Referências 74

I CONFERÊNCIA DAS ENTIDADES REPRESENTATIVAS DOS NOTÁRIOS E REGISTRADORES DE MINAS GERAIS Belo Horizonte/MG 17 de março de 2018

REFLEXOS DO NOVO CPC NO DIREITO DE FAMÍLIA

PROJETO DE LEI DO SENADO Nº 452, DE 2015

CARTAS PRECATÓRIAS (CNJud, 167, 4º a 10): O recolhimento de custas pela expedição e cumprimento de cartas precatórias deverá ser comprovado, em

Informações de Impressão

LEGALE Cursos Jurídicos

SUMÁRIO. Introdução CAPÍTULO 1 Conflitos civis e meios de composição... 3

Na forma plúrima é feita por instrumento particular e instrumento público.

ASPECTOS LEGAIS DA MEDIAÇÃO FAMILIAR

PODER JUDICIÁRIO DO ESTADO DE PERNAMBUCO CORREGEDORIA GERAL DA JUSTIÇA PROVIMENTO Nº 22/2008

2

PAINEL 5. Nome de Domínio Solução de Conflitos pelo Sistema Administrativo de Conflitos de Internet (SACI), Mediação ou Arbitragem

Procedimento A partir do artigo 693, NCPC Petição inicial Audiência de Conciliação e Mediação Contestação Réplica

20/11/2014. Direito Constitucional Professor Rodrigo Menezes AULÃO DA PREMONIÇÃO TJ-RJ

Des. Sebastião Ribeiro Martins Tribunal de Justiça do Piauí

1º Fórum de Assuntos Extrajudiciais USUCAPIÃO EXTRAJUDICIAL

CNJ Alteração da Resolução 35. Adequação a Emenda 66. Deferimento.

MEDIAÇÃO - LEGISLAÇÃO (TABELA ELABORADA POR CARLA SABOIA)

PROVIMENTO Nº 05/2016. A Corregedora-Geral da Justiça, Desembargadora Regina Ferrari, no uso de suas atribuições legais e regimentais,

Pós Graduação Direito de Família e Sucessões.

O CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO, no uso de

D E C I S Ã O M O N O C R Á T I C A

O CORREGEDOR-GERAL DE JUSTIÇA DO ESTADO DO MARANHÃO, no uso de

PROF. JOSEVAL MARTINS VIANA. Aula 06 Competência - Condições da Ação - Elementos da Ação

ESNOR Aula:08/04/2018

Transcrição:

EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 1ª Questão Sobre o histórico das atividades de notas e registros públicos no Brasil, é correto afirmar: a) a atividade notarial e registral passou a existir no Brasil com o advento da Constituição Federal de 1988; b) a atividade de notas e de registros públicos foi criada no Brasil e disseminada em outros países do mundo; c) Historicamente a igreja evangélica exerceu grande influência na cultura brasileira, sendo também responsável pela realização de registros públicos de imóveis e de pessoas. d) No Brasil, de acordo com a legislação portuguesa aplicável no período colonial, para o cargo de tabelião era necessário: ter ao menos 25 anos, cidadania do Reino de Portugal, estar casado, ser idôneo moralmente, ter capacidade física-mental, do sexo masculino, devendo prestar bons serviços e ser dotado de boa instrução e formação. Resposta: Letra D. Há relatos da atividade de notas e de registros públicos desde antes mesmo do Código de Hamurabi, em várias regiões do mundo e em diferentes épocas da história, como, por exemplo, na Mesopotâmia, na Grécia antiga, no Egito e no Império Romano. Assim, a atividade em comento é muito mais antiga do que o próprio Brasil. Inicialmente, o Brasil adotava legislação portuguesa, aplicável no período colonial, para estipular as exigências necessárias para ser tabelião. Devido à colonização portuguesa, a igreja católica, e não, a evangélica, sempre teve muita influência na sociedade brasileira. A cargo de exemplo, o ordenamento jurídico brasileiro (CF/1824) somente aceitava como legítimo, o casamento realizado perante a igreja católica. Apenas quando da promulgação da República, é que o casamento civil foi regulamentado (Decreto nº 181/1890), situação ratificada pela posterior Constituição de 1981. 2ª Questão São princípios deontológicos do Direito Notarial e Registral brasileiro: a) publicidade, autenticidade, segurança e eficácia; b) publicidade, autenticidade, segurança jurídica e eficiência; c) justiça preventiva, autenticidade, segurança e eficácia; d) legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência. Resposta: Letra C. Legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência são princípios norteadores da atividade de notas e de registros públicos, o que não devem ser confundidos com os princípios deontológicos do Direito Notarial e Registral, que são: fé pública, autenticidade, segurança, eficácia e justiça preventiva. Os princípios deontológicos são os princípios relacionados especificamente ao Direito Notarial e Registral. 3ª Questão No que tange à responsabilidade imbuída aos Notários e Registradores é incorreto afirmar:

a) A serventia extrajudicial não possui direitos e obrigações dentro da ordem jurídica. b) A responsabilidade criminal dos titulares de serventias extrajudiciais será individualizada, conforme o artigo 24 da Lei 8.935/94 e a CF. c) O Estado tem responsabilidade civil subjetiva para reparar danos causados a terceiros por tabeliães e oficiais de registro no exercício de suas funções cartoriais, podendo ajuizar ação de regresso contra o responsável pelo dano, nos casos de dolo ou culpa. d) Prescreve em três anos a pretensão de reparação civil, contado o prazo da data da lavratura do ato registral ou notarial. Resposta: Letra C. A letra C está incorreta, pois, conforme recente jurisprudência do STF (RE 842846, julgado em 27 de fevereiro de 2019), Plenário do Supremo Tribunal Federal reafirmou jurisprudência da Corte segundo a qual o Estado tem responsabilidade civil objetiva, e não, subjetiva, para reparar danos causados a terceiros por tabeliães e oficiais de registro no exercício de suas funções cartoriais. com repercussão geral reconhecida, e assentou ainda que o Estado deve ajuizar ação de regresso contra o responsável pelo dano, nos casos de dolo ou culpa, sob pena de improbidade administrativa. 4ª Questão Quanto ao acesso à Justiça, é correto afirmar, exceto: a) Considerando que vivemos em sociedade, o acesso à justiça é a forma socialmente adequada de lutar-se por direitos. b) O sistema jurídico brasileiro aboliu toda e qualquer forma de restrição ao acesso à justiça. c) É um direito fundamental que serve como porta de entrada para outros direitos fundamentais. d) Também faz parte do mínimo existencial, que é o rol de direitos basilares para assegurar a existência de uma vida humana digna. Resposta: Letra B. O enunciado pediu a exceção das alternativas corretas. Dessa forma, tem-se por correta a assertiva B, pois, na verdade, existem muitas restrições para a efetiva concretização do acesso à justiça, como, por exemplo: restrições de natureza econômica. 5ª Questão Sobre o reconhecimento voluntário de paternidade e maternidade socioafetivo é correto afirmar: a) Apenas crianças e adolescentes podem ser reconhecidos, sendo vedado o reconhecimento às pessoas com 18 anos ou mais; b) Está consagrado no direito brasileiro que os laços familiares entre pessoas, não são exclusivamente pelo critério sanguíneo, havendo também os vínculos por afinidade e socioafetivos. c) Pelo princípio do melhor benefício do menor, poderão reconhecer a paternidade ou maternidade socioafetiva os irmãos entre si e os ascendentes. d) É facultativa a declaração de desconhecimento da existência de processo judicial em que se discuta a filiação. Resposta: Letra B.

A letra A está incorreta, pois é permitido o procedimento extrajudicial de reconhecimento voluntário da paternidade ou maternidade socioafetiva de pessoa de qualquer idade perante o RCPN (artigo 10, Prov. nº 63/2017 do CNJ). A letra C está incorreta, pois, em similaridade com algumas das regras da adoção, não poderão reconhecer a paternidade ou maternidade socioafetiva os irmão entre si nem os ascendentes, sendo que o pretenso pai ou mãe deve ser pelo menos dezesseis anos mais velho que o filho a ser reconhecido. A letra D está incorreta, pois é obrigatória a declaração de desconhecimento da existência de processo judicial em que se discuta a filiação, sob pena restar configurado ilícito civil e penal. 6ª Questão No que tange à alteração do prenome e do gênero de pessoas transgênero, é correto afirmar, exceto: a) O procedimento será realizado com base na autonomia da pessoa requerente, que deverá declarar, perante o registrador do RCPN, a vontade de proceder à adequação da identidade mediante a averbação do prenome, do gênero ou de ambos. b) São documentos a serem apresentados no ato do requerimento da alteração do prenome e do gênero, dentre outros: cópia do cadastro de pessoa física (CPF) no Ministério da Fazenda; cópia do cadastro de pessoa física (CPF) no Ministério da Fazenda; e certidão da Justiça do Trabalho do local de residência dos últimos cinco anos. c) A alteração do prenome e do gênero de pessoas transgênero no registro civil de pessoas naturais. d) Provimento nº 76 de 2018 do CNJ, dispôs sobre o procedimento de averbação da alteração do prenome e do gênero de pessoa transgênero. Resposta: Letra D. O enunciado pediu a exceção das alternativas corretas. Assim, tem-se como correta a letra D, visto que o provimento do CNJ que dispõe sobre o procedimento de averbação da alteração do prenome e do gênero de pessoas transgênero é o Provimento nº 73 de 2018, e não, o Provimento nº 76, que trata sobre a alteração da periodicidade do recolhimento do valor da renda líquida excedente, pelos responsáveis interinos do serviço extrajudicial de notas e registros públicos, ao tribunal de justiça, previsto no Provimento n. 45 de 13/5/2015. 7ª Questão Sobre inventário e partilha é correto afirmar: a) a Lei nº 11.441/2007 possibilitou a separação, divórcio, inventário e partilha na órbita extrajudicial dos RCPNs. b) Conforme Revista Notariado, publicada em março de 2015, de 2007 até o ano de 2015, já foram realizados mais de 700 mil atos extrajudiciais, sendo 432.746 inventários; 2.801 partilhas e 243.453 divórcios, mas nenhuma separação, por ter se tornado um instituto obsoleto no Brasil. c) O divórcio consensual, a separação consensual e a extinção consensual de união estável, não havendo nascituro ou filhos incapazes e observados os requisitos legais, poderão ser realizados por escritura pública, da qual constarão as disposições de que trata o art. 731, do CPC. d) A escritura depende de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras. Resposta: Letra C

Letra A está incorreta, pois a Lei nº 11.441/2007 possibilitou a separação, divórcio, inventário e partilha na órbita extrajudicial dos Tabelionatos de Notas. Letra B está incorreta, pois de 2007 até o ano de 2015, já foram realizados mais de 700 mil atos extrajudiciais, sendo 432.746 inventários; 2.801 partilhas; 21.371 separações e 243.453 divórcios. (REVISTA NOTARIADO, março de 2015). Letra D está incorreta, pois a escritura não depende de homologação judicial e constitui título hábil para qualquer ato de registro, bem como para levantamento de importância depositada em instituições financeiras. 8ª Questão Assinale a alternativa correta sobre conciliação e mediação nas serventias extrajudiciais: a) A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. b) Na mediação, um terceiro imparcial atuará como conciliador nas situações em que não existia vínculo entre as partes, podendo sugerir soluções para o litígio. c) O mediador e o conciliador devem tomar decisões pelos interessados, pois os envolvidos sozinhos não possuem aptidão para alcançarem a solução final do caso. d) O conciliador atua em situações em que há vínculo anterior entre as partes, auxiliando os interessados a compreender o conflito, restabelecendo a comunicação entre os mesmos, buscando soluções consensuais que gerem benefícios mútuos. Resposta: Letra A. Artigo 166 do CPC: A conciliação e a mediação são informadas pelos princípios da independência, da imparcialidade, da autonomia da vontade, da confidencialidade, da oralidade, da informalidade e da decisão informada. Letra B está incorreta, pois relata o conceito de conciliação, e não, mediação. Letra C está incorreta, pois o mediador e o conciliador não podem tomar decisões pelos interessados, ou assumir responsabilidades pelos mesmos, devendo limitar-se a aconselhar e orientá-los, pois são os próprios envolvidos que alcançam a solução final do caso. Letra D está incorreta, pois relata o conceito de mediador, e não, de conciliação. 9ª Questão Sobre a usucapião administrativa, marque a alternativa correta: a) A usucapião administrativa é uma forma de desjudicialização que foi instituída, no ordenamento jurídico brasileiro, com o advento do Provimento nº 65/2017 do CNJ. b) A usucapião administrativa modificou a Lei de Registros Públicos, em especial, alterando a redação do artigo 2016-A. c) O requerimento do interessado em usucapir administrativamente o imóvel não prescinde de representação por advogado. d) É admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis do local de preferência do requerente. Resposta: Letra C

Letra A está incorreta, pois o instituto da usucapião administrativa já era prevista no artigo 60 da Lei do Programa Minha Casa Minha Vida (Lei nº 11.977/09). Letra B está incorreta, pois a usucapião administrativa modificou a Lei de Registros Públicos, acrescentando o 2016-A, e não, alterando a redação desse. Letra C está correta, pois o art. 4º do Prov. nº 65/2017 do CNJ estabelece que requerimento será assinado por advogado ou por defensor público constituído pelo requerente. Letra D está incorreta, pois é admitido o pedido de reconhecimento extrajudicial de usucapião, que será processado diretamente perante o cartório do registro de imóveis da comarca em que estiver situado o imóvel usucapiendo. 10ª Questão Sobre o protesto como mecanismo para a recuperação de créditos e redução de demandas judiciais, é incorreto afirmar: a) Protesto que é ato formal e solene pelo qual se prova a inadimplência e o descumprimento de obrigação originada em títulos e outros documentos de dívidas. b) São funções básicas do protesto: função probatória; função conservatória do direito do credor e função informativa. c) Após três dias úteis contados da data da protocolização, o protesto será sempre registrado por falta pagamento. d) Importante contribuição do instituto do protesto para a redução de processos judiciais e o desafogamento do Poder Judiciário, é a previsão expressa do parágrafo único, do artigo 1º, da Lei 9.492/97, de realizar-se protesto das certidões de dívida ativa da Fazenda Pública. Resposta: Letra Letra A está correta, conceito transcrito na Lei nº 9.492/97. Letra B está correta. Letra C está incorreta, pois após três dias úteis contados da data da protocolização, o protesto será registrado por falta de aceite, pagamento ou devolução. Letra D está correta.