PROJECTO DA REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS



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Índice. Página 1 de 7

Transcrição:

PROJECTO DA REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS CONSTRUÇÃO DE ARRUAMENTO DESDE A ROTUNDA DANMARIE - LÉS - LYS À AV. ENGº CASTRO CALDAS - A2 ARCOS DE VALDEVEZ ÍNDICE 1) Planta de Localização 2) Termo de Responsabilidade do Autor do Projecto 3) Memória Descritiva e Justificativa 4) Cálculos 5) Peças Desenhadas 2009 Fevereiro

TERMO DE RESPONSABILIDADE DO AUTOR DO PROJECTO DA REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS José Miguel Real Branco Gomes Ferraz, Engenheiro Civil, morador na Rua Tenente Valadim, nº 252 Hab 63 - Freguesia de Lordelo do Ouro Porto, contribuinte fiscal n.º 198446268, inscrito na Ordem dos Engenheiros na Região Norte com o n.º 9891, portador da Cédula Profissional n.º 38431, portador do B.I. n.º 10263876 de 03/10/2006 do arquivo de identificação de Viana do Castelo, declara, para efeitos do disposto no n.º 1 do artigo 10.º do Decreto-Lei n.º 555/99, de 16 de Dezembro, alterado pelo Decreto-Lei nº 60/07, de 4 de Setembro, que o Projecto de Execução da Rede de Drenagem de Águas Residuaisde que é autor referente à Rede Viária, sita na E.N 101, E.M. 503 e Av. Dr. António Caldas; Freguesia de Faquêlo Arcos (S. Paio), Arcos de Valdevez, cujo licenciamento foi requerido pela Câmara Municipal de Arcos de Valdevez, observa as normas legais e regulamentares aplicáveis à operação urbanística em análise. Ponte de Lima, Fevereiro de 2009 TERMO DE RESPONSABILIDADE PROJECTO DE REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS

ÍNDICE 1 INTRODUÇÃO 2 2 ELEMENTOS DE BASE PARA O CÁLCULO 2 2.1 POPULAÇÃO 2 2.2 CAPITAÇÃO 2 2.3 FACTOR DE PONTA 2 2.4 CAUDAIS DE INFILTRAÇÃO 3 3 DRENAGEM DAS ÁGUAS RESIDUAIS 4 3.1 CAUDAIS DE PROJECTO DAS ÁGUAS RESIDUAIS 4 3.2 CRITÉRIOS DE PROJECTO 4 3.2.1 Diâmetro mínimo 4 3.2.2 Inclinações 4 3.2.3 Auto-Limpeza 5 3.2.4 Velocidades 5 3.2.5 Secção Líquida 5 3.2.6 Material Constituinte 5 3.2.7 Implantação dos Colectores 6 3.2.8 Caixas de Visita 6 3.3 CÁLCULO DA REDE DE DRENAGEM 7 3.3.1 Ramais de Ligação 7 3.3.2 Colectores 7 3.3.3 Caixas de Visita 7 4 SÍNTESE 8 ANEXO I 9 FOLHA DE CÁLCULO PARA DIMENSIONAMENTO 9 PÁGINA 1/9 MEMÓRIA DESCRITIVA PROJECTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

1 INTRODUÇÃO Refere-se a presente memória descritiva à rede de drenagem de águas residuais domésticas para a rede viária localizada na freguesia de Faquêlo Arcos (S. Paio), cujo licenciamento foi requerido pela Câmara Municipal dos Arcos de Valdevez 2 ELEMENTOS DE BASE PARA O CÁLCULO No presente projecto considerou-se um horizonte de 40 anos, para as obras de construção civil 2.1 POPULAÇÃO Para o presente projecto foi considerado, para projecção dos habitantes a servir, um valor estimado de cinco pessoas por fogo. Prevendo que futuramente será efectuada a implantação de edifícios nos terrenos adjacentes à rede viária, foi estimada uma população presente de 750 habitantes, de modo a prever uma drenagem adequada a futuras habitações. As redes de drenagem serão realizadas de forma gravítica até a Rede Pública de Drenagem de Águas Residuais Domésticas 2.2 CAPITAÇÃO Para o estabelecimento da capitação, recorreu-se à bibliografia disponível e ao disposto na Regulamentação Nacional. Assim, com base na constituição do loteamento, foi estimada uma população presente de 750 habitantes. Calculou-se para o ano de 2047 uma capitação de 161,5 l/hab/dia. Este valor calculado para a capitação, largamente conservador para o dimensionamento, também tem em conta as eventuais futuras populações residentes junto ao empreendimento 2.3 FACTOR DE PONTA O factor de ponta a considerar deverá ser adoptado, tal como no caso das capitações, a partir do conhecimento do historial dos consumos locais. Na sua ausência recorreu-se à Regulamentação Nacional. No presente projecto, para o cálculo dos factores de ponta, foi considerada a equação proposta pelo Decreto Regulamentar 23/95 de 23 de Agosto: PÁGINA 2/9 MEMÓRIA DESCRITIVA PROJECTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

Fp = 1.5 + 60 P Onde P é a população a servir 2.4 CAUDAIS DE INFILTRAÇÃO Nas redes de drenagem de águas residuais há necessidade de considerar a incidência dos caudais infiltrados, designação genérica que abrange habitualmente os caudais de águas pluviais ou freáticas que afluem aos colectores públicos através das tampas das câmaras de visita, das juntas dos colectores, de ligações clandestinas ou indevidas e das redes prediais de águas pluviais. Para os colectores pertencentes à zona em estudo, tendo em atenção os materiais e processos construtivos previstos e que os colectores se encontram quase na sua totalidade acima do nível freático, considerou-se um valor de caudal infiltrado dependendo do caudal diário médio anual sobre o comprimento da rede para cada trecho (câmara de visita a câmara de visita, ver folha de cálculo) PÁGINA 3/9 MEMÓRIA DESCRITIVA PROJECTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

3 DRENAGEM DAS ÁGUAS RESIDUAIS A rede de colectores assenta o seu percurso ao longo do pavimento da rede viária, prevendo-se ligações a futuros empreendimentos em pontos do passeio pedonal. A rede colectora é caracterizada pela drenagem gravítica dos efluentes 3.1 CAUDAIS DE PROJECTO DAS ÁGUAS RESIDUAIS Os caudais de projecto de águas residuais domésticas resultam da consideração simultânea dos caudais de ponta e dos caudais infiltrados, ou seja, de acordo com o proposto anteriormente, da soma dos caudais de ponta com os caudais infiltrados. Apresentam-se no anexo, os caudais de projecto considerados e em função destes, as respectivas características hidráulicas e de implantação. Foi previsto um caudal de 25l/s a montante da primeira caixa de visita de modo a contemplar a ligação de um empreendimento vizinho à rede projectada 3.2 CRITÉRIOS DE PROJECTO Indicam-se neste capítulo o conjunto dos critérios gerais seguidos, que se consideram indispensáveis para assegurar a obtenção de soluções tecnicamente eficientes e cujo custo global seja mínimo 3.2.1 Diâmetro mínimo O diâmetro mínimo em canalizações de drenagem de águas residuais domésticas deve ser definido em função dos custos de construção, que naturalmente crescem com os diâmetros, e dos custos de exploração resultantes da ocorrência de entupimentos. Considerou-se a utilização de um diâmetro mínimo de 200 mm. Este valor resulta do facto da redução do diâmetro não afectar significativamente os custos de construção, onde a abertura e tapamento de valas assume um peso dominante, mas poderia vir a resultar num maior número de entupimentos 3.2.2 Inclinações A inclinação mínima e máxima da piezométrica foram limitadas a 0.5% e 15%, respectivamente. Nos troços de grande inclinação (superiores a 10%) dever-se-á dar especial atenção à estabilidade dos colectores, promovendo a sua amarração ao terreno, sempre que necessário PÁGINA 4/9 MEMÓRIA DESCRITIVA PROJECTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

3.2.3 Auto-Limpeza Considera-se existirem condições de auto-limpeza, quando em regime normal de funcionamento não ocorrer a acumulação de sólidos sedimentáveis nos colectores. Em termos hidráulicos, tal condição deverá fundamentar-se na verificação de que, pelo menos uma vez por dia durante a vida útil da obra, ocorra um caudal com poder de transporte que seja suficiente para o arrastamento dos sólidos sedimentáveis e que eventualmente se tenham depositado na soleira durante as horas de menor caudal. O poder de transporte do escoamento (Pt) define-se pela seguinte expressão: F t = γ R I Onde é o peso específico do líquido, R o Raio hidráulico e, I a Inclinação da piezométrica do colector. As águas residuais das redes que agora se projectam, não deverão conter grandes quantidades de matérias inertes em suspensão pelo que se utilizou um valor mínimo em todos os colectores fora da influência das câmaras de corrente de varrer para a tensão de arrastamento, de 2 N/m2, para o caudal de ponta diário no início da exploração. 3.2.4 Velocidades O valor máximo da velocidade adoptado foi de 3,0 m/s, por razões que se prendem com a estabilidade e durabilidade das canalizações. O valor mínimo da velocidade adoptado foi de 0,6 m/s, de modo a garantir-se a auto limpeza dos colectores 3.2.5 Secção Líquida Previu-se que a altura da água residual nos colectores não exceda, para os diâmetros previstos aplicar, alturas superiores a meia secção. Este critério fundamenta-se nas seguintes razões: Para que os colectores sejam devidamente ventilados há que manter permanentemente livre uma parcela da sua secção transversal. Dadas as graves consequências sanitárias que podem advir da sobrecarga dos colectores de águas residuais comunitárias, preconiza-se a criação de uma capacidade de transporte em excesso do caudal de projecto, de modo a prevenir situações em que este possa eventualmente vir a ser excedido 3.2.6 Material Constituinte A selecção do material dos colectores a utilizar, foi ponderada em função dos seguintes aspectos: PÁGINA 5/9 MEMÓRIA DESCRITIVA PROJECTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

Adequabilidade dos materiais ao tipo de água residual a drenar; Resistência mecânica; Facilidade de manuseamento, forma de execução das juntas e técnicas de assentamento requeridas; Custo e duração provável. Optou-se pela utilização de colectores em PP SN8, com juntas autoblocantes, e 6 kg/cm² de pressão de serviço, na rede de drenagem das águas residuais 3.2.7 Implantação dos Colectores A profundidade mínima dos colectores, quando não determinada pela cota de implantação dos edifícios a servir, vem determinada pelo recobrimento necessário à sua protecção adequada. Os valores mínimos considerados para este recobrimento, medidos a partir do extradorso até a superfície do terreno, são de 1.40 m sob a faixa de rodagem. Na impossibilidade de respeitar os referidos valores, haverá que proceder à protecção dos colectores contra as cargas de superfície, nomeadamente com estruturas de betão que suportem parcialmente as ditas cargas. As profundidades máximas foram definidas, caso a caso, comparando os custos de escavação e assentamento a grandes profundidades. Os colectores de águas residuais domésticas situam-se sempre abaixo dos colectores de águas pluviais e de abastecimento de água conforme observável nas respectivas peças desenhadas 3.2.8 Caixas de Visita Ao longo dos colectores gravíticos serão instaladas câmaras de visita: Na confluência de colectores; Nos pontos de mudança de direcção (em planta ou perfil), inclinação e de diâmetro dos colectores; Nos alinhamentos rectos, onde o afastamento máximo entre câmaras de visita consecutivas não deve ultrapassar 60 m. As caixas de visita foram projectadas com dimensões que permitam fácil acesso ao operador e assegurem no seu interior espaço livre suficiente para as operações a que se destinam. O trecho final, onde assentará a tampa, deverá ser tronco-cónico assimétrico, de modo a facilitar a entrada do operador. As tampas e respectivo aro a colocar serão em ferro fundido dúctil PÁGINA 6/9 MEMÓRIA DESCRITIVA PROJECTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

3.3 CÁLCULO DA REDE DE DRENAGEM Com base nas considerações anteriormente efectuadas, procedeu-se ao cálculo dos colectores de drenagem da rede de drenagem, apresentando-se no anexo os cálculos efectuados para cada troço 3.3.1 Ramais de Ligação A medição dos ramais de ligação foi estimada em função do número de alojamentos presentes. Para cada lote será suficiente a implantação de ramais de ligação em PP SN8 com 160 mm de diâmetro 3.3.2 Colectores Com base nas considerações anteriormente efectuadas, procedeu-se ao cálculo dos colectores de drenagem da rede de águas residuais domésticas, apresentando-se no anexo os cálculos efectuados para cada troço, utilizando a fórmula de Manning-Strickler: Q = K S R 2 3 i 1 2 em que: Q é o caudal escoado em m3/s; K é o coeficiente de Manning-Strickler igual a 120 m1/3/s (PVC corrugado); S é a secção transversal da tubagem em m2; R é o raio hidráulico em m; I é a inclinação longitudinal da tubagem. O dimensionamento será efectuado sempre para um escoamento à meiasecção no caso mais gravoso; analisando a folha de cálculo conclui-se que existe uma certa margem antes que o citado escoamento aconteça. Toda a rede será servida por colectores de 200 mm de diâmetro 3.3.3 Caixas de Visita As caixas de visita têm preços que dependem, além da sua profundidade, do diâmetro interno. No presente projecto considerou-se um diâmetro interno das caixas de visita mínimo de 1.00 m. Existem também caixas de queda e caixas de visita mais fundas, pelo que as peças desenhadas ilustram todas as geometrias consoante as características das caixas de visita PÁGINA 7/9 MEMÓRIA DESCRITIVA PROJECTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

4 SÍNTESE Relativamente aos traçados, diâmetros, equipamento e pormenores de execução, deverão ser seguidas todas as indicações fornecidas pela presente Memória, bem como pelo Caderno de Encargos e Peças Desenhadas anexas. Em toda a execução serão respeitadas as normas técnicas de execução aplicáveis, devendo todos os materiais a aplicar ser possuidores de certificado de homologação pelo L.N.E.C., e ser submetidos a aprovação prévia pela fiscalização no caso de peças sanitárias e respectivos acessórios. Em tudo o omisso ou não especificado na presente Memória Descritiva e Justificativa, será respeitada toda a legislação e regulamentação em vigor, bem como as demais indicações da fiscalização. Ponte de Lima, Fevereiro de 2009 O Técnico Responsável PÁGINA 8/9 MEMÓRIA DESCRITIVA PROJECTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

ANEXO I FOLHA DE CÁLCULO PARA DIMENSIONAMENTO PÁGINA 9/9 MEMÓRIA DESCRITIVA PROJECTO DE ÁGUAS RESIDUAIS

PROJECTO DA REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS OBRA: REDE VIÁRIA DONO DE OBRA: C.M. ARCOS DE VALDEVEZ Obra: Rede Viária Faquêlo - S. Paio (Arcos) - Arcos de Valdevez Troço Comprimento (m) U Escoamento Ano de Início de Exploração Ano Horizonte de Projecto Inclinação Secção Cheia Y/D Q Montante Q Infiltrado Q Percurso Q Jusante Q Montante Q Infiltrado Q Percurso Q Jusante D (mm) terreno colector Q 0 U 0 Ano 0 Ano Horiz Ano 0 Ano Horiz (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (%) (%) (l/s) (m/s) (m) (m) (m/s) (m/s) CV1-CV2 81,58 0 0,03486 1,04753 1,082 25 0,57951 1,86928 27,449 184,6 4,05% 3,81% 80,66 3,01 0,05653 0,38126 0,84 2,65 CV2-CV3 60,00 1,082 0,02564 0,77043 1,878 27,449 0,42622 1,37481 29,250 184,6 4,05% 4,00% 82,64 3,09 0,08026 0,39621 1,08 2,77 CV3-CV4 60,00 1,878 0,02564 0,77043 2,675 29,250 0,42622 1,37481 31,051 184,6 4,05% 3,76% 80,13 2,99 0,10559 0,41791 1,24 2,76 CV4-CV5 60,00 2,675 0,02564 0,77043 3,471 31,051 0,42622 1,37481 32,852 184,6 4,95% 4,50% 87,66 3,28 0,11962 0,41083 1,47 2,99 CV5-CV6 56,55 3,471 0,02416 0,72613 4,221 32,852 0,40171 1,29575 34,549 184,6 7,25% 4,33% 85,99 3,21 0,13666 0,42893 1,57 3,00 Total 318,13

PROJECTO DA REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS OBRA: REDE VIÁRIA DONO DE OBRA: C.M. ARCOS DE VALDEVEZ Obra: Rede Viária de Faquêlo - S. Paio (Arcos) - Arcos de Valdevez Cotas (m) Profundidade alt. média Troço Montante Jusante L (m) de esc. terreno soleira terreno soleira Montante Jusante (m) CV1-CV2 52,65 50,62 49,35 47,51 2,030 1,838 1,93 CV2-CV3 49,35 47,51 46,92 45,11 1,838 1,808 1,82 CV3-CV4 46,92 45,11 44,49 42,86 1,808 1,634 1,72 CV4-CV5 44,49 42,16 41,52 39,46 2,334 2,064 2,20 CV5-CV6 41,52 37,86 37,42 35,41 3,664 2,013 2,84

PROJECTO DA REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS OBRA: REDE VIÁRIA DONO DE OBRA: C.M ARCOS DE VALDEVEZ Obra: Rede Viária de Faquêlo - S. Paio (Arcos) - Arcos de Valdevez TROÇO Diâmetro Comp. Altura de Escavação Largura da vala Escavação Volume de Areia Aterro Ter. Cir. Aterro Final (mm) (m) (m) (m) (m³) (m³) (m³) (m³) CV1-CV2 200 81,58 1,93 0,80 126,23 6,53 30,07 83,81 CV2-CV3 200 60,00 1,82 0,80 87,51 4,80 22,12 56,31 CV3-CV4 200 60,00 1,72 0,80 82,62 4,80 22,12 51,42 CV4-CV5 200 60,00 2,20 0,80 105,56 4,80 22,12 74,36 CV5-CV6 200 56,55 2,84 0,80 128,41 4,52 20,84 99,01 Totais Câmaras de Visita Comprimentos 200 mm 300 mm 400 mm 500 mm Escavação Volume de Areia Aterro Ter. Cir. Aterro Final (nº) (m) (m) (m) (m) (m³) (m³) (m³) (m³) 6 318,13 0,00 0,00 0,00 556,13 26,62 117,26 374,03

PROJECTO DA REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS OBRA: REDE VIÁRIA DONO DE OBRA: C.M. ARCOS DE VALDEVEZ Obra: Rede Viária de Faquêlo - S. Paio (Arcos) - Arcos de Valdevez Troço Comprimento (m) Ano de Início de Exploração Ano Horizonte de Projecto Inclinação Secção Cheia Y/D U Escoamento Cotas (m) Profundidade D Q Montante Q Infiltrado Q Percurso Q Jusante Q Montante Q Infiltrado Q Percurso Q Jusante terreno colector Q 0 U 0 Ano 0 Ano Horiz Ano 0 Ano Horiz Troço (mm) Montante Jusante L (m) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (l/s) (%) (%) (l/s) (m/s) (m) (m) (m/s) (m/s) terreno soleira terreno soleira Montante Jusante CV1-CV2 57,05 0 0,02438 0,88376 0,908 25 0,48891 1,57703 27,066 184,6 0,65% 1,49% 50,44 1,88 0,07043 0,49999 0,60 1,88 57,05 CV1-CV2 48,31 46,63 47,94 45,78 1,680 2,158 CV2-CV3 39,49 0,908 0,01687 0,61174 1,537 27,066 0,33842 1,09162 28,496 184,6 2,10% 0,96% 40,49 1,51 0,10341 0,60352 0,62 1,63 96,54 CV2-CV3 47,94 45,78 47,11 45,40 2,158 1,707 CV3-CV4 48,60 1,537 0,02077 0,75286 2,310 28,496 0,41650 1,34345 30,256 184,6 4,73% 4,82% 90,72 3,39 0,09059 0,38408 1,28 3,00 145,14 CV3-CV4 47,11 45,40 44,81 43,06 1,707 1,750 CV4-CV5 44,39 2,310 0,01897 0,68764 3,017 30,256 0,38042 1,22707 31,863 184,6 7,55% 4,60% 88,63 3,31 0,11103 0,40237 1,42 3,00 189,53 CV4-CV5 44,81 41,78 41,46 39,74 3,030 1,722 CV5-CV6 74,17 3,017 0,03169 1,14897 4,198 31,863 0,63563 2,05028 34,549 184,6 5,84% 4,43% 86,97 3,25 0,12714 0,41876 1,52 3,00 263,70 CV5-CV6 41,46 38,24 37,13 34,95 3,222 2,177 Total 263,70 Cota Real

PROJECTO DA REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS OBRA: REDE VIÁRIA DONO DE OBRA: C.M. ARCOS DE VALDEVEZ Obra: Rede Viária de Faquêlo - S. Paio (Arcos) - Arcos de Valdevez Cotas (m) Profundidade alt. média Troço Montante Jusante L (m) de esc. terreno soleira terreno soleira Montante Jusante (m) CV1-CV2 48,31 46,63 47,94 45,78 1,680 2,158 1,92 CV2-CV3 47,94 45,78 47,11 45,40 2,158 1,707 1,93 CV3-CV4 47,11 45,40 44,81 43,06 1,707 1,750 1,73 CV4-CV5 44,81 41,78 41,46 39,74 3,030 1,722 2,38 CV5-CV6 41,46 38,24 37,13 34,95 3,222 2,177 2,70

PROJECTO DA REDE DE DRENAGEM DE ÁGUAS RESIDUAIS DOMÉSTICAS OBRA: REDE VIÁRIA DONO DE OBRA: C.M ARCOS DE VALDEVEZ Obra: Rede Viária de Faquêlo - S. Paio (Arcos) - Arcos de Valdevez TROÇO Diâmetro Comp. Altura de Escavação Largura da vala Escavação Volume de Areia Aterro Ter. Cir. Aterro Final (mm) (m) (m) (m) (m³) (m³) (m³) (m³) CV1-CV2 200 57,05 1,92 0,80 87,58 4,56 21,03 57,92 CV2-CV3 200 39,49 1,93 0,80 61,05 3,16 14,56 40,52 CV3-CV4 200 48,60 1,73 0,80 67,20 3,89 17,91 41,93 CV4-CV5 200 44,39 2,38 0,80 84,36 3,55 16,36 61,28 CV5-CV6 200 74,17 2,70 0,80 160,18 5,93 27,34 121,61 Totais Câmaras de Visita Comprimentos 200 mm 300 mm 400 mm 500 mm Escavação Volume de Areia Aterro Ter. Cir. Aterro Final (nº) (m) (m) (m) (m) (m³) (m³) (m³) (m³) 6 263,70 0,00 0,00 0,00 487,11 22,27 97,20 332,92

PROJECTO DA REDE DE DRENAGEM DE ÀGUAS RESIDUAIS CONSTRUÇÃO DE ARRUAMENTO DESDE A ROTUNDA DANMARIE - LÉS - LYS À AV. ENGº CASTRO CALDAS - A2 ARCOS DE VALDEVEZ LISTA DAS PEÇAS DESENHADAS AR01 135_01 Planta Geral de Implantação AR02 135_01 Perfil Longitudinal do Arruamento1 AR03 135_01 Perfil Longitudinal do Arruamento 2 AR04 135_01 Ramais Tipo Pormenores AR05 135_01 Tampas - Sumidouro Pormenores AR06 135_01 Caixas de Visita - Pormenores 2009 Fevereiro