PALESTRA: Um novo mandamento vos dou: Que vos ameis uns aos outros; como eu vos amei a vós, que também vós uns aos outros vos ameis. João, 13:34
O Que é O AMOR? www.espiritizar.com.br
Lázaro em O Evangelho Segundo o Espiritismo, capítulo XI, item 8: O amor resume a doutrina de Jesus toda inteira, visto que esse é o sentimento por excelência, e os sentimentos são os instintos elevados à altura do progresso feito. Em sua origem, o homem só tem instintos; quando mais avançado e corrompido, só tem sensações; quando instruído e depurado, tem sentimentos.
E o ponto delicado do sentimento é o amor, não o amor no sentido vulgar do termo, mas esse sol interior que condensa e reúne em seu ardente foco todas as aspirações e todas as revelações sobrehumanas. [...] Ditoso aquele que ama, pois não conhece a miséria da alma, nem a do corpo. Tem ligeiros os pés e vive como que transportado, fora de si mesmo. Quando Jesus pronunciou a divina palavra - amor, os povos sobressaltaram-se e os mártires, ébrios de esperança, desceram ao circo.
A trajetória incomparável do amor e sua manifestação no sentimento humano revela a organização do poder supremo de Deus sobre todas as coisas.
Nos primórdios de sua expressão constituise em manifestação instintiva, quando no movimento de proteção à prole, o animal somente o percebe nesse movimento involuntário e toda natureza em festa de amor se revela no primitivo instinto de conservação da espécie, demonstrando que o processo de agregar os seres em grupos familiares constrói a futura visão universal entre os Espíritos cósmicos que, mais tarde, albergarão as plêiades estelares e os seres de múltiplos mundos.
Na expressão singela do amor, está ínsita, em proporções ínfimas, a grandeza do propósito divino e seu cuidado celeste em dotar todas as suas criaturas desse sentimento imprescindível à felicidade.
A inteligência cognitiva, avançando com o raciocínio, descobriu pouco a pouco a origem e o funcionamento das coisas, não alcançando em mesma proporção a sabedoria de perceber a origem e funcionamento das emoções em si mesmas.
Cabe ao homem e à mulher emocionais o deslindar das sensações que o progresso dos milênios lhes proporcionou, porquanto, obstaculizado o sentimento, tolhido pelo asselvajar das paixões, mais encastelado no orgulho se postou o ser humano, que sem a compreensão da existência e eficácia do amor como solução de todos os males que o egoísmo criou, desenvolveu a inteligência, mas não soube solucionar os conflitos da alma.
Expressão indestrutível e inquestionável da presença Divina no Ser, o amor permaneceu subjugado ao domínio dos interesses próprios, à semelhança de um instrumento valioso nas mãos de crianças teimosas, que dele se utilizam com o desiderato de animar as próprias paixões, não permitindo que o Ser Espiritual usufrua a verdadeira finalidade desse potencial imensurável na alma.
O amor, dessa forma, foi vilipendiado, traído, usado de má fé, abusado nas sensações, humilhado pela vaidade, isolado pela prepotência, furtado pela ganância, assassinado pela indiferença, mas permanece imortal sempre, inclusive para a inteligência que, abarrotada de conhecimento, já não é capaz de sustentar a ilusão de que o amor pode ser mantido em cativeiro na alma para sempre.
O estágio de transição entre o egoísmo e o autoamor é permeado por múltiplas experiências que conduzem a criatura ao reconhecimento de suas limitações, por não conseguir sustentar o sofrimento criado para si mesma ao preferir os vícios e se afastar do amor.
Nos seres humanos, o amor se desenvolveu nos páramos das emoções, em sintonia com o desenvolvimento da inteligência, permitindo, na construção da individualidade, a experiência do surgimento do ego e suas expressões distorcidas da realidade, que exprimem as manifestações da não conexão com o amor.
Joanna de Ângelis no livro Amor Imbatível Amor diz o seguinte: O ser essencial é amor, no entanto, no processo de despertamento da sua potencialidade divina, adquire expressões não legítimas,...que passam a atormentá-lo, já que fazem parte do processo de maturação através de negatividades, que são o desamor e as máscaras do ego, expressando-se como pseudo-amor.
Com a ausência dessa conexão e, concomitantemente, com o amor não desenvolvido pelo Espírito, o egoísmo ficou evidente na criatura humana. Quando o Ser avança na valorização amorosa de si mesmo, encontra os recursos terapêuticos e a disposição para resignificar todo o passado de injunções egoicas oriundas da sua ignorância e rebeldia.
Jesus, em uma de suas frases-convite, eleva e esclarece a Humanidade sobre o modo mais seguro para o desenvolvimento da superação interior dos atavismos presentes na alma.
Reafirmando o Mestre que o amor a si mesmo é o primeiro movimento de libertação das intempéries do ego, mas sabendo que ainda assim a criatura humana pode limitarse e acomodar-se em expressões do interesse pessoal, Jesus elucida, amorosamente, sobre a necessidade de se buscar o amor terapêutico, tendo o Seu amor como referência à libertação de todo mal presente no psiquismo ancestral da criatura espiritual.
O sublime convite terapêutico de Jesus abriu os caminhos para todos os tresmalhados do amor, direcionando a criatura humana para o padrão Crístico de amar, conectando o Ser com as Leis Soberanas da Criação.
Esse amor a que Jesus nos convida é profundamente terapêutico, porque, baseado nos códigos imperecíveis das Leis Divinas, não se submete às exigências do ego que, por tanto tempo, aprisionou a criatura humana nos próprios interesses, ao invés de levá-la a sentir-se criatura divina em essência, pertencente aos elos de amor do Criador para realizar Sua plena vontade e fazer-se plenamente feliz.
Hoje é o tempo das novas possibilidades, e o pensamento coletivo já alcançou as informações necessárias para realizar o salto consciencial na direção da lídima libertação dos vícios, tomando o amor de Jesus como amor modelo e guia para a transformação dos sentimentos que o ser humano traz na alma, conciliando com os adversários egoicos que, durante tanto tempo, oprimiram o amor na própria intimidade.
Para aqueles de nós que nos esforçamos em tomar o amor terapêutico de Jesus em nossas vidas, com a finalidade de transmutar todos os azorragues do egoísmo, tenhamos como única recompensa a felicidade que o poder de amar é capaz de nos oferecer não se iludindo, exigindo sermos amados pelas pessoas, pois essa conduta é de domínio do ego.
Haja o que houver nos domínios das paixões insanas e descompassadas, que destoam da harmonia que paira no Universo, o amor será sempre a mais bela expressão da presença de Deus na alma humana, trazendo consigo a onipotência, onisciência e onipresença de forma relativa, que desabrochará nas paisagens da realidade psicológica do Ser, quando se tornar um Espírito Crístico.
Isso explica o porquê da frase o amor cobre a multidão dos pecados e explica como é possível que corações antes tão distantes da energia do amor se aproximem com tão profunda intimidade. É que no tempo do amor os erros são quimeras e a culpa não existe.
Somente o amor, superando tudo, demonstra a Vontade excelsa do Criador, e a isso não há quem resista, quem fuja, quem não seja por Ele acolhido...
OS VALORES IMORTAIS DEUS INSTINTIVA HUMANA EU, ESPÍRITO IMORTAL ENTREGA E AÇÃO FÉ CONVICTA HÁBITOS IMORTAIS LEIS DIVINAS
Padrão de Carência Afetiva EU (Deficiência De Auto- Amor) OUTRO Energia Repulsiva Insegurança Co-dependência (Movimento de buscar o amor no outro) Produz Energia Repulsiva pois a pessoa se torna dependente, pegajosa. Não há troca de energia Apego, ciúme
Padrão de Amor Incondicional EU (Auto-Amor) Energia Atrativa OUTRO Independência interdependente (Movimento de dar e receber amor) A pessoa mantém sua independência, pois o amor que ela se dá lhe basta. Ao mesmo tempo se abre à Interdependência que é o movimento de Troca de energia amorosa com o outro Autoconfiança e confiança no outro
CONFLITOS PSICOLÓGICOS (AUTOJULGAMENTO, CULPA, DESCULPA, MÁSCARAS, ETC.) IGNORAR, DISFARÇAR, REPRIMIR, FUGIR, CONDENAR, JUSTIFICAR, ACOMODAR, ETC. FATORES QUE CONSTITUEM OS CONFLITOS VÃO SE AMPLIANDO C R I S E ANÁLISE IMATURA DO CONFLITO, RESULTANDO NA REVOLTA CONTRA A VIDA ANÁLISE MADURA DO CONFLITO, QUE PROPICIA O AUTODESCOBRIMENTO AUTOENCONTRO (ACEITA AS NEGATIVIDADES SEM MÁSCARAS, SEM REPRESSÃO, SEM AUTOCONDENAÇÃO. LIBERA-SE DO AUTOJULGAMENTO, DAS CULPAS, DAS JUSTIFICATIVAS, DA ACOMODAÇÃO, ETC.) TRANSFORMAÇÃO INTERIOR PARA MELHOR ATRAVÉS DO AUTO E ALOAMOR RESOLUÇÃO DOS CONFLITOS