O BOLETIM DO MARKETING ESPORTIVO O F E R E C I M E N T O DO NÚMERO DO DIA EDIÇÃO 1236 - QUINTA-FEIRA, 2 / MAIO / 2019 6,88 bi De dólares é o novo orçamento de Los Angeles-2028, que aumentou US$ 1,3 bi por conta da previsão de inflação até lá CBF veta venda do Brasileirão no exterior Não é só no Brasil que a venda dos direitos de transmissão do Campeonato Brasileiro está enroscada. Enquanto, por aqui, o Palmeiras segue sem um acordo com o Grupo Globo para exibir seus jogos na TV aberta e PPV, para o exterior a situação é ainda pior. Pela segunda vez os clubes rejeitaram a negociação que havia sido assinada, e uma nova licitação será lançada. POR REDAÇÃO Durante toda a terça-feira, uma reunião na sede da CBF, no Rio de Janeiro, com os representantes dos clubes da Série A do Brasileirão, definiu que a proposta vencedora, do consórcio SportPromotion/Ecotonian, não seria mais aceita. Segundo a entidade, a decisão partiu por sugestão do presidente da CBF, Rogério Caboclo. "Diante das novas condições de negócio apresentadas, o presidente da CBF, Rogério Caboclo, manifestou aos presentes que não se sentia confortável com 1
a assinatura do contrato naqueles termos e fez uma recomendação aos clubes de que recusassem as alterações e exigências contratuais feitas pelo consórcio", disse a CBF em nota oficial publicada no site. A vencedora do consórcio propunha vender também os direitos comerciais dos times para sites de apostas no exterior. A decisão tomada, então, passa a ser iniciar um novo processo de licitação, mais uma vez conduzido pela consultoria EY. De acordo com a CBF, as alterações propostas pelo consórcio mudavam o que era previsto pelo edital de licitação. Segundo apurou a Máquina do Esporte, os clubes já consideram que o ano de 2019 está "perdido" em relação à comercialização dos direitos de transmissão para o exterior. Na nova licitação, é possível que o contrato contemple a venda a partir de 2020, entregando a atual temporada como uma espécie de bônus. A venda dos direitos de transmissão para o exterior é uma novela que completa neste mês um ano. Em maio do ano passado, a CBF e os clubes venderam para a obscura empresa BR News Media os direitos. A empresa havia comprado a revista Placar da editora Abril, mas já não havia cumprido com os prazos de pagamento. Tempos depois, a empresa mudou de nome para BR Foot Media e, em janeiro deste ano, sem conseguir honrar os compromissos assumidos, o negócio foi desfeito. A CBF, então, contratou a EY para realizar a licitação. Inicialmente, ela envolveria tanto os direitos de mídia para o exterior quanto a comercialização de placas de publicidade para o torneio. No final das contas, o projeto foi dividido em dois, mas a SportPromotion venceu as duas concorrências. Agora, mais uma vez o debate voltará para o mercado. Resta saber se ainda haverá empresas interessadas em participar da concorrência. Ou se ela seguirá sendo apenas para direitos de mídia.
OPINIÃO O abismo entre futebol e basquete POR ERICH BETING diretor executivo da Máquina do Esporte Há um ano que os clubes de futebol no Brasil não conseguem se reunir e tomar uma decisão conjunta que faça com que o Campeonato Brasileiro seja um evento que possa ser transmitido para todo o mundo. Há dez anos que os clubes de basquete no Brasil perceberam que, sem planejar e atuar em conjunto, a modalidade estaria caminhando para uma lenta extinção no país. Dessa forma podemos sintetizar o abismo que existe entre o futebol e o basquete no país. Em 2008, a criação da Liga Nacional de Basquete foi a única alternativa que os clubes encontraram para não levar o esporte para a lixeira. Por mais lindo que fosse o passado esportivo do basquete, a desunião dos clubes, a colocação dos interesses pessoais à frente do coletivo e a falta de visão de futuro estavam matando o esporte. O futebol ainda está longe de não ter mais alternativa como estava o basquete, mas nossos dirigentes parecem querer caminhar a passos largos para levá-lo à falência. A negociação individual pelos direitos comerciais da principal competição esportiva do país já é uma aberração por si só. Agora, a incapacidade de os clubes se acertarem para realizar a venda internacional dos direitos de mídia do Brasileiro é mais um episódio da falta de visão estratégica dos dirigentes do futebol brasileiro. É inviável pensar na organização de qualquer coletividade sem unir forças. A piada do momento é ter de realizar, pela terceira vez, uma licitação para que se decida quem poderá vender os direitos internacionais do Brasileirão. Antes, os clubes reclamavam que a Globo possuía tais direitos, mas simplesmente não trabalhava para vender a imagem dos clubes para o exterior. Agora, eles não conseguem nem ao menos se organizar para acertar a venda dessa propriedade para uma empresa. O futebol brasileiro só conseguirá se transformar num reduto de prosperidade quando entender que o inimigo não é quem tenta fazer negócio com ele, mas o próprio boicote que os dirigentes fazem ao seu produto. Não ter jogos exibidos pela TV é muito pior do que ganhar um pouco menos e trabalhar olhando o longo prazo. Enquanto isso, o basquete após dez anos de união entre os clubes, decide fazer um encontro para que os dirigentes discutam como poderão planejar a próxima década. Cada um com sua realidade, cada um com sua dificuldade, cada um entendendo que, mais importante do que sanar o problema particular é pensar antes no coletivo. A sorte do futebol é que sua força, no Brasil, é indestrutível. Enquanto o futebol não se entende em uma negociação coletiva, o basquete debate como será a próxima década
UFC cria espaço para torcedor em shopping no Rio POR REDAÇÃO DAZN E HUAWEI SE UNEM PARA APLICATIVO EM TELEFONES DA MARCA CHINESA O DAZN fechou um acordo com a Huawei, empresa chinesa que é a maior fornecedora de celulares no mundo. A companhia desenvolverá um aplicativo do DAZN para seus smartphones. O acordo ainda não tem data para ocorrer no Brasil. A Huawei anunciou na última terça-feira sua chegada ao Brasil. O DAZN deve lançar, em breve, seu aplicativo. Até agora, o app está em fase de testes, e os eventos do DAZN são exibidos pelas redes sociais. O UFC decidiu fazer uma ação promocional nova no Brasil. Para aproximar o torcedor da disputa do UFC 237, que será no próximo dia dia 11 de maio, a liga de MMA montou num espaço no Barra Shopping, no Rio, o UFC Fan Experience. O local é aberto ao público e traz uma imersão no universo da liga de lutas. O torcedor poderá realizar uma luta virtual com os lutadores do UFC, além de poder ver o cinturão do UFC, que ficará exposto para as pessoas contemplarem. O lugar também abrigará o tradicional treino aberto antes das disputas. Ele será realizado no centro do espaço de 300 m², onde haverá um palco no formato do octógono que caracteriza as disputas da liga de lutas. Segundo o UFC, irão para o local Anderson Silva, José Aldo e Jessica Andrade. Estamos buscando cada vez mais nos aproximar dos fãs brasileiros e entregar uma experiência inesquecível que vai além do octógono. Essa ação vai permitir que todos os fãs, independentemente de terem ingresso para o UFC Rio, possam vivenciar o evento de perto. A nossa expectativa é impactar mais de 50 mil pessoas ao término da ação, declarou Daniel Mourão, diretor sênior de marketing do UFC. Além disso, o fã poderá fazer no local a troca de 1 kg de alimento não-perecível por um ingresso para a pesagem do evento. A ação faz parte da campanha social do UFC Rio, onde instituições sociais serão beneficiadas pelas doações. O local ficará aberto entre os dias 2 e 12 de maio. Estão programadas atividades com lutadores nos dias 7, 8 e 9. SPORTV FAZ AÇÃO PARA DOAR TÊNIS NO BRASILEIRÃO O Sportv se uniu à Topper e à fundação Abrinq para distribuir três pares de tênis a cada gol que for marcado no Brasileirão de 2019. Com o nome de "Doe Gols", a ação será finalizada em dezembro, com o término do campeonato. De acordo com a emissora, os calçados que serão doados possuem fabricação da Topper e as instituições ajudadas serão selecionadas pela Fundação Abrinq. O foco será nas crianças, e haverá modelos para os meninos e para as meninas. Um site especial para a ação foi criado. A ideia, com a iniciativa, é coibir as doenças que têm origem no solo e que pegam crianças que não têm condições de usar calçados.
Basquete se une e projeta próxima década POR POR ERICH REDAÇÃO BETING A Liga Nacional de Basquete promoveu um encontro para debater os próximos dez anos de gestão do Novo Basquete Brasil com os clubes e algumas personalidades do mundo do esporte. O encontro, organizado no final de semana passado, serviu para que a liga, que em 2018 completou dez anos, começasse a montar um projeto estratégico para os próximos dez anos. Foram debatidos temas como massificação da prática do basquete, percepção de valor da modalidade, criação de ídolos, processos internos da LNB, geração e otimização de receitas, desenvolvimento dos clubes e dos profissionais que atuam no NBB, etc. Ao final das discussões, foram levantadas soluções e metas para cada assunto. A ideia agora é desenvolver um plano de metas fixo para uma década. "Todo evento precisa de planejamento. Não se pode trabalhar ano a ano sem saber onde estamos e onde podemos chegar. Foi daí que surgiu a ideia. Reunimos os dirigentes dos clubes, parceiros, personalidades e a mídia para nos ajudar. Estabelecemos um plano para os próximos dez anos. A LNB não é nada mais do que os clubes que se reúnem e tomam as decisões, e foi exatamente isso que fizemos. Os clubes pensaram e estabeleceram os parâmetros de uma gestão estratégica para o futuro e isso foi magnífico, disse o presidente da LNB, Kouros Monadjemi. Nos últimos dois anos, a entidade tomou decisões inovadoras para o esporte no Brasil. A principal delas foi assumir toda a produção de conteúdo da liga e repassar para diferentes empresas a distribuição dos jogos. Neste ano, seis veículos de mídia exibem o NBB: Facebook, Twitter, Band, BandSports, ESPN e Fox Sports. Na terça-feira, o jogo Pinheiros e Botafogo teve 130 mil views no Facebook. 5