DIREITO PROCESSUAL CIVIL Parte 8 Prof(a). Bethania Senra
h) Havendo um capítulo líquido e outro ilíquido, é possível ao credor promover a liquidação deste e a execução daquele (art. 509, 1º, CPC). Condições formais da sentença: A decisão judicial deve ser clara e precisa; do contrário, admite-se a interposição de embargos de declaração, para sanar obscuridade ou contradição (art. 1022, CPC). 1) Clareza: é clara a sentença que se apresenta inteligível, evitando interpretações ambíguas ou incertezas.
2) Precisão: refere-se à certeza da decisão. A sentença é incompatível com a dúvida. Decisão incerta, torna a sentença inexequível. CPC, art. 492, parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional. - Ademais, para a sentença ser precisa, deve estar dentro dos limites do que foi pedido. Não pode dar o que não foi pedido, nem mais do que se pediu, e nem tampouco deixar de decidir sobre parte do pedido.
2) Precisão: refere-se à certeza da decisão. A sentença é incompatível com a dúvida. Decisão incerta, torna a sentença inexequível. CPC, art. 492, parágrafo único. A decisão deve ser certa, ainda que resolva relação jurídica condicional. - Ademais, para a sentença ser precisa, deve estar dentro dos limites do que foi pedido. Não pode dar o que não foi pedido, nem mais do que se pediu, e nem tampouco deixar de decidir sobre parte do pedido.
CPC, art. 492. É vedado ao juiz proferir decisão de natureza diversa da pedida, bem como condenar a parte em quantidade superior ou em objeto diverso do que lhe foi demandado. - O CPC/73 trazia regra que impedia o juiz de proferir sentença ilíquida, quando o autor formulava pedido certo (art. 459, parágrafo único). Como o CPC/15 não reproduziu essa regra, há quem entenda (como Humberto Theodoro Jr., p. ex.), que o juiz pode acolher genericamente o pedido certo, quando não encontre elementos na prova para quantificar a condenação em termos exatos.
- Em contrapartida, mesmo diante de pedido genérico do autor, o juiz deve proferir condenação líquida, desde que haja no processo elementos que definam o montante da obrigação. A precisão da sentença no caso de obrigação de pagar quantia certa: CPC, art. 491 Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a extensão da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso.
- Da leitura do art. 491, caput, do CPC, pode-se deduzir que a condenação relacionada com obrigação por quantia certa deverá ser líquida, não importando se o pedido foi líquido ou genérico. - Ademais, ainda que a condenação seja genérica, a sentença deverá conter os elementos necessários à determinação da extensão da obrigação, no que se refere ao principal e acessórios. CPC, art. 491, 2o O disposto no caput também se aplica quando o acórdão alterar a sentença.
- A condenação relacionada com obrigação de pagar quantia certa somente poderá ser ilíquida ou genérica em duas situações previstas no art. 491, CPC, quais sejam: CPC, art. 491. Na ação relativa à obrigação de pagar quantia, ainda que formulado pedido genérico, a decisão definirá desde logo a extensão da obrigação, o índice de correção monetária, a taxa de juros, o termo inicial de ambos e a periodicidade da capitalização dos juros, se for o caso, salvo quando: I - não for possível determinar, de modo definitivo, o montante devido;
II - a apuração do valor devido depender da produção de prova de realização demorada ou excessivamente dispendiosa, assim reconhecida na sentença. 1o Nos casos previstos neste artigo, seguir-se-á a apuração do valor devido por liquidação. - Ou seja, mesmo genérica, sentença ilíquida deve ser precisa, tanto quanto possível, acerca da extensão da prestação imposta à parte, ainda que seu montante não tenha sido definido. Não se admite, p. ex., sentença que vagamente condenam a perdas e danos, sem esclarecer a sua extensão.